Opel Grandland X 1.2T – Ensaio Teste
Opel Grandland X 1.2T AT8 Innovation
Texto: Francisco Cruz
Maravilhoso mundo novo
Depois de uma época de quase rendição da indústria automóvel ao Diesel, os motores a gasolina começam progressivamente a recuperar terreno, desvendando toda uma espécie de maravilhoso mundo novo. Do qual o Opel Grandland X 1.2T AT8 é um excelente exemplo…
Motor/Caixa de velocidade; Comportamento competente; Habitabilidade
Fixação e qualidade de alguns revestimentos; Visibilidade traseira; Falhas no equipamento de topo
Exterior
Pontuação: 8/10
Há quem goste, há quem deteste. Foi a conclusão a que chegámos, após uma espécie de sondagem intra-familiar realizada assim que o Opel Grandland X chegou às nossas mãos.
A verdade é que, embora com todos os elementos identitários da marca do relâmpago, a começar numa frente da qual sobressai o generoso emblema ao centro da grelha frontal e os faróis agressivos (LED AFL com comutação automática, por 1200€), e a terminar numa traseira sólida e de farolins igualmente esguios, o SUV médio alemão não consegue, nem mesmo recorrendo à hoje em dia muito na moda pintura metalizada (550€) com tejadilho contrastante (450€), o mesmo impacto visual do irmão mais velho francês, Peugeot 3008. Apresentando, quando comparado com este, uma estética exterior não somente personalizada, mas também excessivamente conservadora para o tipo de clientes que fazem dos SUV e crossovers um sucesso de vendas…
Nós, pelo menos, não somos fãs; resta saber o leitor…
Interior
Pontuação: 9/10
Conservadora é, de resto, também, a imagem que o Opel Grandland X exibe no interior do habitáculo, onde o mais fácil é darmos por nós a pensar que estamos a bordo, por exemplo, de um Astra; afinal, a semelhança com o pequeno familiar, em aspectos como o volante, os manómetros, na grande maioria dos botões, comandos e ecrã táctil, é mais que muita!…
Aliás e tal como acontece com o Astra, também o Grandland X acaba por primar por uma boa qualidade de construção e de materiais – apesar de, por exemplo, a fraca fixação dos revestimentos dos pilares A, revestidos a tecido, e da manutenção dos plásticos rijos e rugosos… -, a que soma uma ainda melhor dose de funcionalidade e ergonomia – o acesso ao habitáculo é fácil, os comandos estão acessíveis e são funcionais, o sistema multimédia com ecrã táctil idem-idem, aspas-aspas (ainda que com um layout algo… simples), não faltando sequer vários espaços de arrumação (quase todos com tampa) e um porta-luvas de boa capacidade…
Correcta, ainda que ligeiramente elevada, mostrou ser também a posição de condução, graças não só a um volante multiregulável e de óptima pega, mas principalmente a um óptimo banco em pele (bancos AGR, por 2200€), com bons apoios laterais, assento extensível, regulações elétricas e memórias. Sendo que a ajudar surge ainda um apoio de pé esquerdo firme (importante, por se tratar de uma unidade com caixa automática e sem embraiagem…) e pedaleira a imitar alumínio (90€), ficando assim o ónus para a visibilidade traseira – difícil, ainda que mais por culpa do pequeno óculo. Felizmente, existem os sensores e câmara traseira…
Quanto à habitabilidade, a certeza de que este SUV alemão, construído sob a mesma base do francês 3008, nada fica a dever ao Peugeot neste domínio. Oferecendo espaço suficiente também nos bancos traseiros, onde facilmente se acomodam três adultos, mesmo com um banco do meio mais estreito. O mesmo acontecendo na bagageira – com uma capacidade inicial fixada em 514 litros, mas que pode chegar aos 1652 litros mediante o fácil e prático rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros (trancas também nas laterais da mala), o espaço conta ainda com portão de accionamento elétrico, acesso amplo, ganchos porta-sacos, tomada de 12V, um ponto de luz (fraco) e piso amovível e fixável num de dois níveis de altura. Sendo que, com o piso no nível mais alto, passa-se a dispor de um alçapão a toda a dimensão do espaço, ainda que não muito fundo… e cuja capacidade fica muito dependente da presença, ou não, da opcional (550€) roda sobressalente.
Equipamento
Pontuação: 8/10
Envergando o nível de equipamento mais completo, Innovation, o Opel Grandland X apresenta-se razoavelmente recheado, garantindo, entre outros argumentos, Programa Electrónico de Controlo de Estabilidade (ESP Plus), Assistência ao Arranque em Subidas (HSA), Monitorização da Pressão dos Pneus, Reconhecimento de Sinais de Trânsito, Alerta de Veículo no Ângulo Cego, luzes diurnas e traseiras em LED, comutação automática máximos-médios, sensores de luz e de chuva, e sensores de estacionamento à frente e atrás, com câmara na traseira.
Igualmente parte do equipamento de série, as jantes em liga leve de 18″, sistema Open&Start sem chave, portão da bagageira com abertura elétrica e sensor de pé, rádio NAVI 5.0 IntelliLink com sistema de navegação, entradas USB, seis altifalantes, e ecrã táctil policromático de 8″, sistema mãos-livres de telefone Bluetooth, programador de velocidade com limitador, ar condicionado electrónico bi-zona, além do pack Versatilidade (piso duplo na bagageira + luz de bagageira + apoio central de braços no banco traseiro).
Contudo e mesmo tratando-se da versão Innovation, de fora e pago à parte, mantém-se o pacote de tecnologias de segurança e apoio à condução a que a Opel deu o nome de Pack Safety (500€), composto pelo Alerta de Cansaço do Condutor, Alerta de Colisão Dianteira Iminente, Travagem Automática de Emergência e Alerta de Saída de faixa com Correcção Automática, e cujo funcionamento eficaz pudemos confirmar.
Opcionais são também os bancos AGR forrados a couro (2200€), Cruise Control Adaptativo Stop&Go (350€), tejadilho panorâmico em vidro (700€) e pack Park&Go (Câmara de Estacionamento 360 graus + Sistema Avançado de Assistência ao Estacionamento + Alerta de Veículo no Ângulo Cego + Espelhos Retrovisores Exteriores Aquecidos + Navi 5.0 IntelliLink com navegação, por 950€).
Ou seja, talvez seja melhor contar com mais alguns “trocos”, no momento de encomendar o Grandland X…
Consumos
Pontuação: 8/10
“Esticado” nos atributos, também como forma de garantir competência e agradabilidade no desempenho, o pequeno três cilindros 1,2 litros turbo acaba exigindo, igualmente, consumos um pouco mais elevados, que no final do nosso ensaio se cifravam em redor dos 8 l/100 km.
Embora, numa primeira análise, podendo ser considerada uma média alta face àquilo que o Diesel promete, a verdade é que é impossível não ter em consideração, na análise deste número, as dimensões e peso do carro, e principalmente o estilo de condução. O que nos leva a acreditar que é possível fazer melhor… com a certeza antecipada de que, milagres, não existem…
Ao Volante
Pontuação: 9/10
Competência, nunca descurando o conforto, parece ser o princípio orientador deste Opel Grandland X 1.2 T AT8 Innovation. O qual, assumindo de forma clara as suas ambições familiares, aposta num pisar fiável e agradavelmente informativo, ajudado por uma carroçaria que raramente perde a compostura, ainda que também nunca escondendo as repercussões (naturais) da maior altura da carroçaria e distância ao solo, no comportamento. E, em particular, nos trajectos mais sinuosos.
Com uma direcção que se destaca mais pelo peso correcto e precisão agradável, que pela capacidade de transmitir a forma como as rodas seguem no alcatrão, o SUV alemão facilmente sobressai pela forma competente como enfrenta o “lufa-lufa” citadino, em constantes trajectos cumpridos contra o relógio, mas sempre salvaguardando, tanto o bem-estar do condutor, como dos restantes passageiros. Assim como a sua segurança.
E isto, não temos dúvida, é melodia para ouvidos de qualquer família…
Motor
Pontuação: 9/10
Solução, de certa forma, inesperada num crossover mais familiar, a verdade é que o pequeno tricilíndrico 1,2 litros, equipado com turbocompressor e injecção directa, vem demonstrar que a aposta agora feita pela Opel, é tudo menos descabida!
Anunciando uma potência máxima de 130 cv, a par de um binário máximo de 230 Nm, este 1.2 T garante um desempenho muito convincente, com respostas despachadas desde os regimes mais baixos (cerca das 1750 rpm) e subidas de regime lineares, realizadas, invariavelmente, com uma sonoridade muito discreta.
Igualmente a contribuir para este desempenho, a excelente caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades que as restantes marcas do grupo PSA também já utilizam, excelente na gestão que faz das potencialidades do motor. Garantindo, através de uma actuação discreta e eficaz, desempenho competente do propulsor, em particular, no dia-a-dia, numa utilização descontraída, e pelos trajectos do costume…
Balanço Final
Pontuação: 8/10
Derivação alemã de um sucesso chamado Peugeot 3008, o Opel Grandland X não tem, no entanto, o mesmo sex-appeal estético do modelo francês, afirmando-se antes pelas qualidades familiares – competência, funcionalidade, conforto, tudo embrulhado com o cunho “made in Germany”… ou quase! Sendo que o novo tricilindrico 1.2 Turbo de 130cv, optimamente ajudado por uma excelente caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades, é mais um argumento a favor deste maravilhoso mundo novo que, pouco a pouco, se vai afirmando…
Concorrentes
Ford Kuga 1.5 EcoBoost ST-Line, 120cv, 12,5s 0-100 km/h, 180 km/h, 6,2 l/100 km, 184 g/km CO2, 33 368€
(Conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Nissan Qashqai 1.3 DIG-T Tekna, 140cv, 10,5s 0-100 km/h, 193 km/h, 5,7 l/100 km, 160 g/km CO2, 31 800€
(Veja o ensaio AQUI e conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 3008 1.2 PureTech Active, 130cv, 10,8s 0-100 km/h, 188 km/h, 5,2 l/100 km, 151 g/km CO2, 31 780€
(Veja o ensaio AQUI e conheça toda as versões e motorizações AQUI)
SEAT Ateca 1.0 TSI Reference, 115cv, 11s 0-100 km/h, 183 km/h, 5,2 l/100 km, 119 g/km CO2, 25 027€
(Conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Suzuki VItara 1.0T 6AT GLE 2WD, 111cv, 12,5s 0-100 km/h, 180 km/h, 5,7 l/100 km, 153 g/km CO2, 22 394€
(Conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo – Três cilindros a gasolina, com turbcompressor e injeção direta
Cilindrada (cm3) – 1199
Diâmetro x Curso (mm) – 75 x 90,5
Taxa de compressão – 16.5 : 1
Potência máxima (cv/rpm) – 130/5550
Binário máximo (Nm/rpm) – 230/1750
Transmissão e direção – dianteira, caixa automática de dupla embraiagem e 8 velocidades; pinhão e cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – independente duplo triângulo /eixo de torção
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 10,4
Velocidade máxima (km/h) – 196
Consumos Extra urb./Urbano/Misto (l/100 km) – 4,9/6,1/5,3
Emissões de CO2 (gr/km) – 121
Dimensões e pesos
Comp./Larg./Alt. (mm) – 4477/1856/1609
Dist. entre eixos (mm) – 2675
Largura de vias fr/tr (mm) – 1595/1610
Travões (fr/tr) – discos ventilados / discos
Peso (kg) – 1390
Capacidade da bagageira (l) – 514/1652
Capacidade do depósito (l) – 53
Pneus (fr/tr) – 225/55 R18 / 225/55 R18
Mais/Menos
Mais
Motor/Caixa de velocidade; Comportamento competente; Habitabilidade
Menos
Fixação e qualidade de alguns revestimentos; Visibilidade traseira; Falhas no equipamento de topo
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 39640€
Preço da versão base (Euros): 33490€
Exterior
Pontuação: 8/10
Há quem goste, há quem deteste. Foi a conclusão a que chegámos, após uma espécie de sondagem intra-familiar realizada assim que o Opel Grandland X chegou às nossas mãos.
A verdade é que, embora com todos os elementos identitários da marca do relâmpago, a começar numa frente da qual sobressai o generoso emblema ao centro da grelha frontal e os faróis agressivos (LED AFL com comutação automática, por 1200€), e a terminar numa traseira sólida e de farolins igualmente esguios, o SUV médio alemão não consegue, nem mesmo recorrendo à hoje em dia muito na moda pintura metalizada (550€) com tejadilho contrastante (450€), o mesmo impacto visual do irmão mais velho francês, Peugeot 3008. Apresentando, quando comparado com este, uma estética exterior não somente personalizada, mas também excessivamente conservadora para o tipo de clientes que fazem dos SUV e crossovers um sucesso de vendas…
Nós, pelo menos, não somos fãs; resta saber o leitor…
Interior
Pontuação: 9/10
Conservadora é, de resto, também, a imagem que o Opel Grandland X exibe no interior do habitáculo, onde o mais fácil é darmos por nós a pensar que estamos a bordo, por exemplo, de um Astra; afinal, a semelhança com o pequeno familiar, em aspectos como o volante, os manómetros, na grande maioria dos botões, comandos e ecrã táctil, é mais que muita!…
Aliás e tal como acontece com o Astra, também o Grandland X acaba por primar por uma boa qualidade de construção e de materiais – apesar de, por exemplo, a fraca fixação dos revestimentos dos pilares A, revestidos a tecido, e da manutenção dos plásticos rijos e rugosos… -, a que soma uma ainda melhor dose de funcionalidade e ergonomia – o acesso ao habitáculo é fácil, os comandos estão acessíveis e são funcionais, o sistema multimédia com ecrã táctil idem-idem, aspas-aspas (ainda que com um layout algo… simples), não faltando sequer vários espaços de arrumação (quase todos com tampa) e um porta-luvas de boa capacidade…
Correcta, ainda que ligeiramente elevada, mostrou ser também a posição de condução, graças não só a um volante multiregulável e de óptima pega, mas principalmente a um óptimo banco em pele (bancos AGR, por 2200€), com bons apoios laterais, assento extensível, regulações elétricas e memórias. Sendo que a ajudar surge ainda um apoio de pé esquerdo firme (importante, por se tratar de uma unidade com caixa automática e sem embraiagem…) e pedaleira a imitar alumínio (90€), ficando assim o ónus para a visibilidade traseira – difícil, ainda que mais por culpa do pequeno óculo. Felizmente, existem os sensores e câmara traseira…
Quanto à habitabilidade, a certeza de que este SUV alemão, construído sob a mesma base do francês 3008, nada fica a dever ao Peugeot neste domínio. Oferecendo espaço suficiente também nos bancos traseiros, onde facilmente se acomodam três adultos, mesmo com um banco do meio mais estreito. O mesmo acontecendo na bagageira – com uma capacidade inicial fixada em 514 litros, mas que pode chegar aos 1652 litros mediante o fácil e prático rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros (trancas também nas laterais da mala), o espaço conta ainda com portão de accionamento elétrico, acesso amplo, ganchos porta-sacos, tomada de 12V, um ponto de luz (fraco) e piso amovível e fixável num de dois níveis de altura. Sendo que, com o piso no nível mais alto, passa-se a dispor de um alçapão a toda a dimensão do espaço, ainda que não muito fundo… e cuja capacidade fica muito dependente da presença, ou não, da opcional (550€) roda sobressalente.
Equipamento
Pontuação: 8/10
Envergando o nível de equipamento mais completo, Innovation, o Opel Grandland X apresenta-se razoavelmente recheado, garantindo, entre outros argumentos, Programa Electrónico de Controlo de Estabilidade (ESP Plus), Assistência ao Arranque em Subidas (HSA), Monitorização da Pressão dos Pneus, Reconhecimento de Sinais de Trânsito, Alerta de Veículo no Ângulo Cego, luzes diurnas e traseiras em LED, comutação automática máximos-médios, sensores de luz e de chuva, e sensores de estacionamento à frente e atrás, com câmara na traseira.
Igualmente parte do equipamento de série, as jantes em liga leve de 18″, sistema Open&Start sem chave, portão da bagageira com abertura elétrica e sensor de pé, rádio NAVI 5.0 IntelliLink com sistema de navegação, entradas USB, seis altifalantes, e ecrã táctil policromático de 8″, sistema mãos-livres de telefone Bluetooth, programador de velocidade com limitador, ar condicionado electrónico bi-zona, além do pack Versatilidade (piso duplo na bagageira + luz de bagageira + apoio central de braços no banco traseiro).
Contudo e mesmo tratando-se da versão Innovation, de fora e pago à parte, mantém-se o pacote de tecnologias de segurança e apoio à condução a que a Opel deu o nome de Pack Safety (500€), composto pelo Alerta de Cansaço do Condutor, Alerta de Colisão Dianteira Iminente, Travagem Automática de Emergência e Alerta de Saída de faixa com Correcção Automática, e cujo funcionamento eficaz pudemos confirmar.
Opcionais são também os bancos AGR forrados a couro (2200€), Cruise Control Adaptativo Stop&Go (350€), tejadilho panorâmico em vidro (700€) e pack Park&Go (Câmara de Estacionamento 360 graus + Sistema Avançado de Assistência ao Estacionamento + Alerta de Veículo no Ângulo Cego + Espelhos Retrovisores Exteriores Aquecidos + Navi 5.0 IntelliLink com navegação, por 950€).
Ou seja, talvez seja melhor contar com mais alguns “trocos”, no momento de encomendar o Grandland X…
Consumos
Pontuação: 8/10
“Esticado” nos atributos, também como forma de garantir competência e agradabilidade no desempenho, o pequeno três cilindros 1,2 litros turbo acaba exigindo, igualmente, consumos um pouco mais elevados, que no final do nosso ensaio se cifravam em redor dos 8 l/100 km.
Embora, numa primeira análise, podendo ser considerada uma média alta face àquilo que o Diesel promete, a verdade é que é impossível não ter em consideração, na análise deste número, as dimensões e peso do carro, e principalmente o estilo de condução. O que nos leva a acreditar que é possível fazer melhor… com a certeza antecipada de que, milagres, não existem…
Ao volante
Pontuação: 9/10
Competência, nunca descurando o conforto, parece ser o princípio orientador deste Opel Grandland X 1.2 T AT8 Innovation. O qual, assumindo de forma clara as suas ambições familiares, aposta num pisar fiável e agradavelmente informativo, ajudado por uma carroçaria que raramente perde a compostura, ainda que também nunca escondendo as repercussões (naturais) da maior altura da carroçaria e distância ao solo, no comportamento. E, em particular, nos trajectos mais sinuosos.
Com uma direcção que se destaca mais pelo peso correcto e precisão agradável, que pela capacidade de transmitir a forma como as rodas seguem no alcatrão, o SUV alemão facilmente sobressai pela forma competente como enfrenta o “lufa-lufa” citadino, em constantes trajectos cumpridos contra o relógio, mas sempre salvaguardando, tanto o bem-estar do condutor, como dos restantes passageiros. Assim como a sua segurança.
E isto, não temos dúvida, é melodia para ouvidos de qualquer família…
Concorrentes
Ford Kuga 1.5 EcoBoost ST-Line, 120cv, 12,5s 0-100 km/h, 180 km/h, 6,2 l/100 km, 184 g/km CO2, 33 368€
(Conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Nissan Qashqai 1.3 DIG-T Tekna, 140cv, 10,5s 0-100 km/h, 193 km/h, 5,7 l/100 km, 160 g/km CO2, 31 800€
(Veja o ensaio AQUI e conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 3008 1.2 PureTech Active, 130cv, 10,8s 0-100 km/h, 188 km/h, 5,2 l/100 km, 151 g/km CO2, 31 780€
(Veja o ensaio AQUI e conheça toda as versões e motorizações AQUI)
SEAT Ateca 1.0 TSI Reference, 115cv, 11s 0-100 km/h, 183 km/h, 5,2 l/100 km, 119 g/km CO2, 25 027€
(Conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Suzuki VItara 1.0T 6AT GLE 2WD, 111cv, 12,5s 0-100 km/h, 180 km/h, 5,7 l/100 km, 153 g/km CO2, 22 394€
(Conheça toda as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação: 9/10
Solução, de certa forma, inesperada num crossover mais familiar, a verdade é que o pequeno tricilíndrico 1,2 litros, equipado com turbocompressor e injecção directa, vem demonstrar que a aposta agora feita pela Opel, é tudo menos descabida!
Anunciando uma potência máxima de 130 cv, a par de um binário máximo de 230 Nm, este 1.2 T garante um desempenho muito convincente, com respostas despachadas desde os regimes mais baixos (cerca das 1750 rpm) e subidas de regime lineares, realizadas, invariavelmente, com uma sonoridade muito discreta.
Igualmente a contribuir para este desempenho, a excelente caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades que as restantes marcas do grupo PSA também já utilizam, excelente na gestão que faz das potencialidades do motor. Garantindo, através de uma actuação discreta e eficaz, desempenho competente do propulsor, em particular, no dia-a-dia, numa utilização descontraída, e pelos trajectos do costume…
Balanço final
Pontuação: 8/10
Derivação alemã de um sucesso chamado Peugeot 3008, o Opel Grandland X não tem, no entanto, o mesmo sex-appeal estético do modelo francês, afirmando-se antes pelas qualidades familiares – competência, funcionalidade, conforto, tudo embrulhado com o cunho “made in Germany”… ou quase! Sendo que o novo tricilindrico 1.2 Turbo de 130cv, optimamente ajudado por uma excelente caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades, é mais um argumento a favor deste maravilhoso mundo novo que, pouco a pouco, se vai afirmando…
Motor/Caixa de velocidade; Comportamento competente; Habitabilidade
Menos
Fixação e qualidade de alguns revestimentos; Visibilidade traseira; Falhas no equipamento de topo
Ficha técnica
Motor
Tipo – Três cilindros a gasolina, com turbcompressor e injeção direta
Cilindrada (cm3) – 1199
Diâmetro x Curso (mm) – 75 x 90,5
Taxa de compressão – 16.5 : 1
Potência máxima (cv/rpm) – 130/5550
Binário máximo (Nm/rpm) – 230/1750
Transmissão e direção – dianteira, caixa automática de dupla embraiagem e 8 velocidades; pinhão e cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – independente duplo triângulo /eixo de torção
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 10,4
Velocidade máxima (km/h) – 196
Consumos Extra urb./Urbano/Misto (l/100 km) – 4,9/6,1/5,3
Emissões de CO2 (gr/km) – 121
Dimensões e pesos
Comp./Larg./Alt. (mm) – 4477/1856/1609
Dist. entre eixos (mm) – 2675
Largura de vias fr/tr (mm) – 1595/1610
Travões (fr/tr) – discos ventilados / discos
Peso (kg) – 1390
Capacidade da bagageira (l) – 514/1652
Capacidade do depósito (l) – 53
Pneus (fr/tr) – 225/55 R18 / 225/55 R18
Preço da versão base (Euros): 33490€
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