Novo Dacia Duster – Primeiro ensaio

By on 25 Abril, 2024

40 prémios, de 2,4 milhões de unidades produzidas e continua a aumentar, o SUV mais vendido da Europa, em 2022, em todos os segmentos do mercado de particulares. Cerca de 1.000 SUV Duster saem das linhas de produção da fábrica da Dacia, em Pitesti, na Roménia. Cerca de um por minuto, todos os dias. Estes números dizem muito da importância do Duster para a Dacia e para o grupo Renault.

Não foi há muito tempo que ensaiamos as versões atuais, prestes a serem substituídas por esta nova terceira geração do Duster.

O Duster, o primeiro SUV da marca, depois da aquisição pela Renault, terá sido o primeiro verdadeiro sucesso da Dacia, apesar dos números muito interessantes do Logan e do Sandero. Mas se estes últimos eram apenas carros baratos, o Duster começou a elevar-se acima desse rótulo. Foi o seu preço que lhe permitiu conquistar muito mercado, mas as suas formas começaram a ser cada vez mais apreciadas, tornando-se icónicas.

A segunda geração apostou em linhas muito semelhantes, com um toque de modernidade. O incremento na qualidade global do produto ajudou, o que começou a ser notado na globalidade da marca. O sucesso desta segunda geração foi igual ou superior ao da primeira, com o Duster a solidificar ainda mais a sua posição.

A terceira geração é um ato mais arriscado, mas necessário por parte da Dacia. O Duster precisava de linhas mais modernas, mais arrojadas e algo distintas das duas primeiras gerações. O novo Duster é um corte radical com o design que fez sucesso, mantendo sempre a filosofia Dacia, com o aspeto prático e a relação qualidade / preço no topo das prioridades. O resultado? Um novo Duster bem mais interessante.

Exterior

9/10

Por fora, o Duster deu um salto qualitativo enorme. As linhas da nova proposta são agradáveis e modernas. Criam a sensação de robustez, num veículo que apetece levar para a aventura. O design do Novo Duster tem agora um espírito mais aventureiro com uma abordagem mais sustentável.

A sustentabilidade é um tema cada vez mais forte no grupo Renault Dacia e o Duster, tornou-se mais amigo do ambiente. Recursos como proteções inferiores sem tinta minimizam danos externos e impactos ambientais. Além disso, temos o uso do material Starkle, desenvolvido em parceria com a LyondellBasell. Composto por até 20% de material reciclado, confere durabilidade e reduz o impacto ambiental.

Este material apresenta uma aparência malhada distintiva, eliminando a necessidade de pintura adicional. Contém até 20% de polipropileno reutilizado e totalmente sem pintura. O que significa que a pegada de carbono do seu processo de produção é menor.

As proteções laterais da parte inferior da carroçaria, as proteções das cavas das rodas, as marcas de identificação, os guarda-lamas, os triângulos no para-choques dianteiro e a proteção da zona traseira são fabricados em Starkle. Visualmente o material resulta bem. E este material mostra que o Duster foi pensado para usos mais atrevidos.

No geral, o Duster está mais bonito, mais apelativo, mais jovem e moderno. Por fora, o carro consegue ser muito mais apelativo e promete ser um caso sério.

Interior

7/10

O interior do Novo Duster foi também completamente renovado.  Há muito plástico à vista, o aspeto e o toque não são uma experiência digna de nota, como se poderia esperar. Apresenta um interior coeso e funcional, destacando-se pelo tablier alto, vertical e espaçoso, juntamente com uma faixa larga. O interior é focado no essencial, com ênfase na ergonomia. O ecrã central de 10,1 polegadas é posicionado no campo de visão do condutor. O volante apresenta superfícies planas tanto na parte superior quanto na inferior, proporcionando um manuseio confortável.

Não sabemos se preferimos o interior desta geração ou da anterior. Por algum motivo, a sensação “plastificada” era menor nas linhas da geração anterior. No entanto, ganhou-se a possibilidade de ter um painel digital e um ecrã de infotainment de 10.1 polegadas, claros upgrades face ao passado.

A nova assinatura em forma de Y conecta o interior e o exterior do veículo. Temos elementos como as saídas de ar e os apoios de braços das portas no interior, e faróis, luzes traseiras e jantes em forma de Y no exterior. Este pormenor acaba por se destacar e tornar as linhas interessantes.

Os 4,34 metros de comprimento acomodam mais espaço, que nos bancos dianteiros e nos traseiros. Mesmo a bagageira ganhou com até 517 litros de capacidade.

O interior segue a filosofia exterior, o que é bom, e as linhas são também mais modernas. O interior é, como se esperava, com muito plástico duro à vista, com a durabilidade e a economia a serem  pontos-chave. Mas é um interior prático, espaçoso, com bom nível de equipamento.

 

Equipamento

8/10

No Duster o truque é sempre o mesmo: ter o essencial, e as vezes um pouco mais, por pouco dinheiro. E nesta nova geração, a tecnologia ganha destaque. O novo Duster ganhou um sério update no que diz respeito à tecnologia. Oferecendo agora mais, com sistemas atuais, o Duster é agora uma proposta com opções tecnológicas interessantes. O sistema de infoentretenimento inclui um ecrã tátil central de 10,1 polegadas, disponível em diferentes versões:

  • Media Display, que será incorporado de série nas versões Expression e Extreme, inclui quatro altifalantes e conetividade sem fios Apple CarPlay™ e Android Auto™.
  • Media Nav Live, que será de série na versão Journey e estará disponível como opção na versão Expression e Extreme, inclui todos os elementos acima referidos, além de um sistema de navegação conectado que fornece atualizações de tráfego em tempo real e cartografia atualizada durante 8 anos. O Media Nav Live é fornecido de série com um sistema de som Arkamys 3D com seis altifalantes.
  • Media Control, na versão Essential, é um sistema de infoentretenimento que pode ser controlado a partir do volante. Apresenta informações relacionadas com o tipo de media, chamadas telefónicas ou rádio num ecrã de 3,5 polegadas, ao lado dos mostradores analógicos no painel de instrumentos. Tem quatro altifalantes, uma ligação Bluetooth, uma porta USB e um suporte para smartphone integrado no painel de instrumentos. Quando ligar o seu Smartphone, o ecrã deste passa a ser o ecrã do seu infotainment, uma opção cada vez mais usada nas versões de entrada.

    O novo Duster oferece uma conetividade avançada, segundo os padrões europeus GSR2. Para veículos equipados com Media Display e Media Nav Live, há ainda mais serviços conectados, incluindo atualizações de software FOTA, permitindo atualizações remotas sem a necessidade de visitar a concessionária.O cruise control é padrão a partir da versão Expression, enquanto a comutação automática entre os faróis médios e máximos está disponível nas versões Extreme e Journey. Faróis médios automáticos são oferecidos em todas as versões.

    Novos recursos de segurança incluem travagem automática de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, alerta de excesso de velocidade, assistência ao estacionamento traseiro, sinal de paragem de emergência, aviso de saída de faixa, assistência à manutenção na faixa, alerta de atenção do condutor e chamadas de emergência (eCall). Um botão inteligente, My Safety, facilita a configuração dos sistemas de assistência ao condutor preferidos.


Consumos

8/10

No primeiro ensaio internacional, usamos duas motorizações do Duster:  TCe 130 CV nas versões 4×2 e 4×4 e a grande novidade, o Hybrid 140. Na versão TCe 130, o percurso idealizado pela Dacia levou-nos por percursos em terra batida, com uma pista TT dedicada para entendermos as capacidades do novo Duster em ambientes mais inóspitos pelo que revelar consumos neste tipo de utilização pode induzir em erro, mas no troço de autoestrada que fizemos com o TCe 130 conseguimos consumos ligeiramente acima dos 6 L/100km  o que é já uma excelente referência.

A versão Hybrid ainda impressionou mais. O percurso escolhido incluída uma estrada de montanha com muitos quilómetros a subir e consequentemente, outros tantos a descer. Em autoestrada, os consumos também andaram nos 6L/100km. No final do percurso, que contou com quase 200km entre autoestrada e estrada de montanha, terminamos o teste com uma média de 5,4l/100km, isto já a contar com um ou outro exagero no pé direito. A versão Hybrid é de facto uma opção muito interessante e que apenas não é mais pela fiscalidade por vezes difícil de entender que temos e que torna esta versão mais cara que outras versões menos amigas do ambiente.

Ao Volante

8/10

Antes de mais, é preciso recalibrar e entender que estamos perante uma proposta que começa nos 19.150 €. O primeiro impacto visual coloca o Duster num patamar já acima do que estávamos habituados e demos por nós a analisar alguns pormenores que normalmente repararíamos em modelos de gamas superiores. Mas tudo somado de forma mais ponderada, a nota do Duster é de facto muito positiva.

Com a plataforma CMF-B que encontramos no Logan, no Sandero, no Clio e no Captur ganhamos um pisar um pouco mais maduro. Não conte encontrar um conforto referência, mas a relação qualidade/preço faz desta uma excelente proposta. Nos vários quilómetros que fizemos em autoestrada e estrada, tivemos um Duster capaz de absorver as irregularidades da estrada sem problema, mostrando uma versatilidade digna de nota. Quer em autoestrada, quer em estrada de montanha, o compromisso encontrado pela marca romena é digno de registo, com os movimentos de carroçaria controlados de forma eficiente. Peca apenas pela dureza dos bancos que tornaram as viagens um pouco menos confortáveis. Em estradas mais danificadas, o Duster mostrou boa solidez no seu conjunto e em estradas de terra, a versão 4×2 mostrou-se capaz de resolver todos os desafios sem problemas.

Onde o Duster surpreendeu pela positiva foi pelas suas capacidades off road. O Duster 4×4 é uma máquina muito capaz em trilhos exigentes, e os responsáveis da marca criaram um percurso deveras desafiante com o Duster a responder afirmativamente a todos os desafios. Com a transmissão 4×4 Terrain Control apresenta 5 configurações de condução que ajudam o condutor na tarefa de enfrentar terrenos mais acidentados. O Novo Duster possui uma altura ao solo de 217 mm na versão 4×4, a mais elevada do mercado. Quanto aos ângulos de ataque, saída até 31° à frente e 36° atrás, e 24° para o ângulo ventral. Podemos resumir tudo de forma simples. Se está a pensar no novo Duster para um carro que lhe permita boas aventuras, não precisa pensar muito. O Duster é muito capaz fora de estrada, especialmente a versão de tração integral.

Resumindo, em estrada, o Duster é capaz, mas poderia ser um pouco mais confortável, com os bancos a complicarem esta equação, enquanto que fora de estrada, o Duster é capaz de subir e descer percursos que à primeira vista parecem demasiado desafiadores.  É um excelente compromisso para quem quer espaço, economia, um pouco de aventura (ou muita na versão 4×4). Falta só um pouco de conforto para ser uma proposta ainda mais ampla.

 

Motor

9/10

O Novo Duster oferece três opções de grupo motopropulsor:

  1. Duster HYBRID 140: Combina um motor a gasolina de 1,6 litros e 94 cv com dois motores elétricos e uma caixa de velocidades automática elétrica, proporcionando até 80% de condução em modo totalmente elétrico em ambiente urbano e reduzindo os consumos em até 40% em ciclo urbano.
  2. Duster TCe 130: Utiliza um motor a gasolina de 1,2 litros turbo de nova geração em conjunto com uma solução híbrida ligeira de 48V, proporcionando uma redução de até 10% no consumo médio e nas emissões de CO₂ em comparação com o modelo TCe 130 anterior, além de uma condução mais reativa e suave.
  3. Duster ECO-G 100: Equipado com tecnologia de combustível duplo (gasolina e GPL), oferece menor emissão de CO₂ em comparação com um motor a gasolina similar e uma autonomia de até 1.400 km com os seus dois depósitos de 100 litros.

O TCe130 mostrou ser um bom motor para um uso misto. Quer em estrada que em percursos TT, o motor mostrou argumentos, mesmo em baixa rotação, com um bom binário. É uma unidade para quem pretende versatilidade, com o sistema mild hybrid a dar uma ajuda na economia, que acabou por se revelar muito interessante. A versão Hybrid é mais pensada para quem não pretende ir por percursos mais aventureiros, com o sistema híbrido a devolver uma excelente economia.

Balanço Final

9/10

O balanço final do Duster tem vindo a ser amplamente positivo, e nesta terceira geração a tradição mantém-se. Com os preços praticados pela marca, temos uma proposta muito interessante. O ar jovem e arrojado irá convencer muitos clientes. O nível de equipamento é também agora superior, e temos um pouco mais do que o estritamente necessário que tínhamos na geração anterior. E, para o preço, o Duster tem um nível de equipamento assinalável, já com boas ajudas à condução. No interior, mais espaço, mais pormenores que tornam o Duster ainda mais prático. Faltou um pouco mais de conforto para tornar a experiência ainda melhor.

Se o Duster já era um campeão de vendas, a nova geração promete, no mínimo, manter o nível. O novo Duster é melhor em praticamente todos os aspetos, conseguiu evoluir o design sem perder a sua essência: ser um SUV atrevido, versátil com uma relação qualidade preço praticamente imbatível. Todos estes predicados foram respeitados e aprimorados. Ficamos particularmente de olho na versão 4×4, pela sua excelente capacidade off-road e por 24.750 € dificilmente vai encontrar uma proposta tão interessante. Para os menos aventureiros, a versão Hybrid promete devolver uma excelente economia. Pena o preço que já começa a sair fora do “reino Dacia” apesar de ainda ser competitivo. 

 

Concorrentes

 

Fiat 500X

Hyundai Bayon

Jeep Avenger

SEAT Arona

Skoda Kamiq

Volkswagen T-Cross

Renault Captur

Suzuki Vitara

 

Ficha Técnica

Várias versões ensaiadas

Mais/Menos


Mais

Design exterior

Versatilidade

Capacidade Off- Road

Preço

Menos

Conforto

Preço da versão Hybrid

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Por fora, o Duster deu um salto qualitativo enorme. As linhas da nova proposta são agradáveis e modernas. Criam a sensação de robustez, num veículo que apetece levar para a aventura. O design do Novo Duster tem agora um espírito mais aventureiro com uma abordagem mais sustentável.

A sustentabilidade é um tema cada vez mais forte no grupo Renault Dacia e o Duster, tornou-se mais amigo do ambiente. Recursos como proteções inferiores sem tinta minimizam danos externos e impactos ambientais. Além disso, temos o uso do material Starkle, desenvolvido em parceria com a LyondellBasell. Composto por até 20% de material reciclado, confere durabilidade e reduz o impacto ambiental.

Este material apresenta uma aparência malhada distintiva, eliminando a necessidade de pintura adicional. Contém até 20% de polipropileno reutilizado e totalmente sem pintura. O que significa que a pegada de carbono do seu processo de produção é menor.

As proteções laterais da parte inferior da carroçaria, as proteções das cavas das rodas, as marcas de identificação, os guarda-lamas, os triângulos no para-choques dianteiro e a proteção da zona traseira são fabricados em Starkle. Visualmente o material resulta bem. E este material mostra que o Duster foi pensado para usos mais atrevidos.

No geral, o Duster está mais bonito, mais apelativo, mais jovem e moderno. Por fora, o carro consegue ser muito mais apelativo e promete ser um caso sério.

Interior

O interior do Novo Duster foi também completamente renovado.  Há muito plástico à vista, o aspeto e o toque não são uma experiência digna de nota, como se poderia esperar. Apresenta um interior coeso e funcional, destacando-se pelo tablier alto, vertical e espaçoso, juntamente com uma faixa larga. O interior é focado no essencial, com ênfase na ergonomia. O ecrã central de 10,1 polegadas é posicionado no campo de visão do condutor. O volante apresenta superfícies planas tanto na parte superior quanto na inferior, proporcionando um manuseio confortável.

Não sabemos se preferimos o interior desta geração ou da anterior. Por algum motivo, a sensação “plastificada” era menor nas linhas da geração anterior. No entanto, ganhou-se a possibilidade de ter um painel digital e um ecrã de infotainment de 10.1 polegadas, claros upgrades face ao passado.

A nova assinatura em forma de Y conecta o interior e o exterior do veículo. Temos elementos como as saídas de ar e os apoios de braços das portas no interior, e faróis, luzes traseiras e jantes em forma de Y no exterior. Este pormenor acaba por se destacar e tornar as linhas interessantes.

Os 4,34 metros de comprimento acomodam mais espaço, que nos bancos dianteiros e nos traseiros. Mesmo a bagageira ganhou com até 517 litros de capacidade.

O interior segue a filosofia exterior, o que é bom, e as linhas são também mais modernas. O interior é, como se esperava, com muito plástico duro à vista, com a durabilidade e a economia a serem  pontos-chave. Mas é um interior prático, espaçoso, com bom nível de equipamento.

 

Equipamento

No Duster o truque é sempre o mesmo: ter o essencial, e as vezes um pouco mais, por pouco dinheiro. E nesta nova geração, a tecnologia ganha destaque. O novo Duster ganhou um sério update no que diz respeito à tecnologia. Oferecendo agora mais, com sistemas atuais, o Duster é agora uma proposta com opções tecnológicas interessantes. O sistema de infoentretenimento inclui um ecrã tátil central de 10,1 polegadas, disponível em diferentes versões:

  • Media Display, que será incorporado de série nas versões Expression e Extreme, inclui quatro altifalantes e conetividade sem fios Apple CarPlay™ e Android Auto™.
  • Media Nav Live, que será de série na versão Journey e estará disponível como opção na versão Expression e Extreme, inclui todos os elementos acima referidos, além de um sistema de navegação conectado que fornece atualizações de tráfego em tempo real e cartografia atualizada durante 8 anos. O Media Nav Live é fornecido de série com um sistema de som Arkamys 3D com seis altifalantes.
  • Media Control, na versão Essential, é um sistema de infoentretenimento que pode ser controlado a partir do volante. Apresenta informações relacionadas com o tipo de media, chamadas telefónicas ou rádio num ecrã de 3,5 polegadas, ao lado dos mostradores analógicos no painel de instrumentos. Tem quatro altifalantes, uma ligação Bluetooth, uma porta USB e um suporte para smartphone integrado no painel de instrumentos. Quando ligar o seu Smartphone, o ecrã deste passa a ser o ecrã do seu infotainment, uma opção cada vez mais usada nas versões de entrada.

    O novo Duster oferece uma conetividade avançada, segundo os padrões europeus GSR2. Para veículos equipados com Media Display e Media Nav Live, há ainda mais serviços conectados, incluindo atualizações de software FOTA, permitindo atualizações remotas sem a necessidade de visitar a concessionária.O cruise control é padrão a partir da versão Expression, enquanto a comutação automática entre os faróis médios e máximos está disponível nas versões Extreme e Journey. Faróis médios automáticos são oferecidos em todas as versões.

    Novos recursos de segurança incluem travagem automática de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, alerta de excesso de velocidade, assistência ao estacionamento traseiro, sinal de paragem de emergência, aviso de saída de faixa, assistência à manutenção na faixa, alerta de atenção do condutor e chamadas de emergência (eCall). Um botão inteligente, My Safety, facilita a configuração dos sistemas de assistência ao condutor preferidos.


Consumos

No primeiro ensaio internacional, usamos duas motorizações do Duster:  TCe 130 CV nas versões 4×2 e 4×4 e a grande novidade, o Hybrid 140. Na versão TCe 130, o percurso idealizado pela Dacia levou-nos por percursos em terra batida, com uma pista TT dedicada para entendermos as capacidades do novo Duster em ambientes mais inóspitos pelo que revelar consumos neste tipo de utilização pode induzir em erro, mas no troço de autoestrada que fizemos com o TCe 130 conseguimos consumos ligeiramente acima dos 6 L/100km  o que é já uma excelente referência.

A versão Hybrid ainda impressionou mais. O percurso escolhido incluída uma estrada de montanha com muitos quilómetros a subir e consequentemente, outros tantos a descer. Em autoestrada, os consumos também andaram nos 6L/100km. No final do percurso, que contou com quase 200km entre autoestrada e estrada de montanha, terminamos o teste com uma média de 5,4l/100km, isto já a contar com um ou outro exagero no pé direito. A versão Hybrid é de facto uma opção muito interessante e que apenas não é mais pela fiscalidade por vezes difícil de entender que temos e que torna esta versão mais cara que outras versões menos amigas do ambiente.

Ao volante

Antes de mais, é preciso recalibrar e entender que estamos perante uma proposta que começa nos 19.150 €. O primeiro impacto visual coloca o Duster num patamar já acima do que estávamos habituados e demos por nós a analisar alguns pormenores que normalmente repararíamos em modelos de gamas superiores. Mas tudo somado de forma mais ponderada, a nota do Duster é de facto muito positiva.

Com a plataforma CMF-B que encontramos no Logan, no Sandero, no Clio e no Captur ganhamos um pisar um pouco mais maduro. Não conte encontrar um conforto referência, mas a relação qualidade/preço faz desta uma excelente proposta. Nos vários quilómetros que fizemos em autoestrada e estrada, tivemos um Duster capaz de absorver as irregularidades da estrada sem problema, mostrando uma versatilidade digna de nota. Quer em autoestrada, quer em estrada de montanha, o compromisso encontrado pela marca romena é digno de registo, com os movimentos de carroçaria controlados de forma eficiente. Peca apenas pela dureza dos bancos que tornaram as viagens um pouco menos confortáveis. Em estradas mais danificadas, o Duster mostrou boa solidez no seu conjunto e em estradas de terra, a versão 4×2 mostrou-se capaz de resolver todos os desafios sem problemas.

Onde o Duster surpreendeu pela positiva foi pelas suas capacidades off road. O Duster 4×4 é uma máquina muito capaz em trilhos exigentes, e os responsáveis da marca criaram um percurso deveras desafiante com o Duster a responder afirmativamente a todos os desafios. Com a transmissão 4×4 Terrain Control apresenta 5 configurações de condução que ajudam o condutor na tarefa de enfrentar terrenos mais acidentados. O Novo Duster possui uma altura ao solo de 217 mm na versão 4×4, a mais elevada do mercado. Quanto aos ângulos de ataque, saída até 31° à frente e 36° atrás, e 24° para o ângulo ventral. Podemos resumir tudo de forma simples. Se está a pensar no novo Duster para um carro que lhe permita boas aventuras, não precisa pensar muito. O Duster é muito capaz fora de estrada, especialmente a versão de tração integral.

Resumindo, em estrada, o Duster é capaz, mas poderia ser um pouco mais confortável, com os bancos a complicarem esta equação, enquanto que fora de estrada, o Duster é capaz de subir e descer percursos que à primeira vista parecem demasiado desafiadores.  É um excelente compromisso para quem quer espaço, economia, um pouco de aventura (ou muita na versão 4×4). Falta só um pouco de conforto para ser uma proposta ainda mais ampla.

 

Concorrentes

 

Fiat 500X

Hyundai Bayon

Jeep Avenger

SEAT Arona

Skoda Kamiq

Volkswagen T-Cross

Renault Captur

Suzuki Vitara

 

Motor

O Novo Duster oferece três opções de grupo motopropulsor:

  1. Duster HYBRID 140: Combina um motor a gasolina de 1,6 litros e 94 cv com dois motores elétricos e uma caixa de velocidades automática elétrica, proporcionando até 80% de condução em modo totalmente elétrico em ambiente urbano e reduzindo os consumos em até 40% em ciclo urbano.
  2. Duster TCe 130: Utiliza um motor a gasolina de 1,2 litros turbo de nova geração em conjunto com uma solução híbrida ligeira de 48V, proporcionando uma redução de até 10% no consumo médio e nas emissões de CO₂ em comparação com o modelo TCe 130 anterior, além de uma condução mais reativa e suave.
  3. Duster ECO-G 100: Equipado com tecnologia de combustível duplo (gasolina e GPL), oferece menor emissão de CO₂ em comparação com um motor a gasolina similar e uma autonomia de até 1.400 km com os seus dois depósitos de 100 litros.

O TCe130 mostrou ser um bom motor para um uso misto. Quer em estrada que em percursos TT, o motor mostrou argumentos, mesmo em baixa rotação, com um bom binário. É uma unidade para quem pretende versatilidade, com o sistema mild hybrid a dar uma ajuda na economia, que acabou por se revelar muito interessante. A versão Hybrid é mais pensada para quem não pretende ir por percursos mais aventureiros, com o sistema híbrido a devolver uma excelente economia.

Balanço final

O balanço final do Duster tem vindo a ser amplamente positivo, e nesta terceira geração a tradição mantém-se. Com os preços praticados pela marca, temos uma proposta muito interessante. O ar jovem e arrojado irá convencer muitos clientes. O nível de equipamento é também agora superior, e temos um pouco mais do que o estritamente necessário que tínhamos na geração anterior. E, para o preço, o Duster tem um nível de equipamento assinalável, já com boas ajudas à condução. No interior, mais espaço, mais pormenores que tornam o Duster ainda mais prático. Faltou um pouco mais de conforto para tornar a experiência ainda melhor.

Se o Duster já era um campeão de vendas, a nova geração promete, no mínimo, manter o nível. O novo Duster é melhor em praticamente todos os aspetos, conseguiu evoluir o design sem perder a sua essência: ser um SUV atrevido, versátil com uma relação qualidade preço praticamente imbatível. Todos estes predicados foram respeitados e aprimorados. Ficamos particularmente de olho na versão 4×4, pela sua excelente capacidade off-road e por 24.750 € dificilmente vai encontrar uma proposta tão interessante. Para os menos aventureiros, a versão Hybrid promete devolver uma excelente economia. Pena o preço que já começa a sair fora do “reino Dacia” apesar de ainda ser competitivo. 

 

Mais

Design exterior

Versatilidade

Capacidade Off- Road

Preço

Menos

Conforto

Preço da versão Hybrid

Ficha técnica

Várias versões ensaiadas

Preço da versão base (Euros): 19.150€