MINI Cooper SE 3p BEV 184 cv – Ensaio Teste

By on 5 Setembro, 2023

Foi ao começo deste século que o Grupo BMW deu nova vida ao Mini, recuperando o bem sucedido modelo nascido há mais de 60 anos, em 1959. Projetado por Alec Issigonis, foi um sucesso instantâneo, rapidamente se tornando um carro muito popular entre os jovens, os hippies e os intelectuais. O carro era visto como um símbolo de liberdade e rebeldia.

Foi também muito usado em filmes e programas de televisão, o que ajudou a aumentar sua enorme popularidade.

Em 1994, a BMW adquiriu a Rover Group, que incluía a marca Mini. A BMW lançou uma nova geração de Mini em 2001 e o novo era maior e mais luxuoso que o modelo original, mas manteve o estilo, e essencialmente, o espírito do original.

O mundo mudou muito desde os anos 60, mas o Mini continua a ser muito popular hoje em dia, sendo um símbolo de estilo, personalidade e diversão.

Três gerações depois, continua a encantar, e há algo que não muda pois continua a ser único na sua espécie. Pequeno, irreverente, e quem o tem não se preocupa muito se leva pouca gente, tem pouco espaço e ainda menos para bagagem. Não é nem nunca será para isso que nasceu. Depois veio a eletricidade, que em nada abanou os alicerces do Mini.

Só o coração bate de pulsação diferente, pois o resto é imutável…

Apesar de algumas mudanças, poucas, a versão 100% elétrica Cooper SE não é muito diferente das versões a gasolina, quer seja no exterior ou interior.

Este Mini Cooper SE 3 Portas tem 184 cv, e a exemplo dos seus irmão ‘combustão’ guia-se de forma muito divertida. É verdade que tem pouca autonomia, cerca de 160-170 Km, real, mas no seu contexto isso pouco importa, porque ninguém o tem para longas viagens, embora as possa fazer, desde que bem planeadas.

Logicamente, pode ser carregado numa tomada de casa, em estação de carregamento ou ainda postos de carregamento públicos. O carregamento rápido por corrente direta é possível até aos 50 kW.

É rápido, acelera dos zero aos 60 km/h em 3,9 segundos e dos zero aos 100 km/h em 7,3 segundos, e tem um aspeto interessante na condução, pois a regeneração de travagem pode ser configurada em dois níveis para uma sensação de pedal único.

Está bem equipada, os elementos de equipamento standard incluem faróis Led, ar condicionado automático com duas zonas, aquecimento com tecnologia de bomba de calor, aquecimento auxiliar, travão de estacionamento elétrico e Navegação Conectada.

Exterior

7/10

Tem muito pouco de diferente do seu irmão com motor de combustão, apenas modificações discretas diferenciações, em relação ao modelo convencional. De resto, tudo o que já conhecemos, o típico chassis, frente e traseira curtas, com rodas colocadas nas extremidades da carroceria, o bocal de carregamento está situado por cima da roda traseira do lado direito, exatamente onde está situada a tampa do depósito no Mini 3 Portas.
O elemento central da parte da frente do Mini Cooper SE 3 Portas também inclui o distintivo contorno hexagonal mas, neste caso, é fechado, porque o motor elétrico carece de muito pouco ar para arrefecimento. Tal como a grelha frontal do radiador, específica do Mini Elétrico, a parte inferior do chassis quase totalmente fechada, assim como o preciso spoiler traseiro contribuem para a redução da resistência aerodinâmica.

Interior

7/10

Este é do tipo de carros que se entrarmos de olhos fechados no habitáculo, quando abrimos os olhos sabemos imediatamente que carro se trata. É inconfundível, especialmente o painel de instrumentos digital. Claro que não temos muito espaço, nem à frente e especialmente atrás, o acesso não é fácil, a bagageira não sofre com a bateria devido à forma em T como esta foi colocada, sem afetar o habitáculo.
encaixamos perfeitamente nos bancos, um pouco apertado, mas isso é mais defeito do condutor do que do carro. Para quem gosta de guiar perto do chão, a posição de condução é soberba.
O habitáculo é de alta qualidade, os materiais são excelentes, o ecrã central tátil de 8.8 polegadas, é eficiente e intuitivo, e o enorme círculo, uma histórica imagem de marca.
Para além disso, o ecrã atrás do volante mostra a velocidade, a carga, a autonomia e os dados da viagem, há vários controlos tácteis e físicos da climatização e interruptores para uma série de outras funcionalidades.
Atrás o espaço para as pernas é quase inexistente, quem tiver família e quiser um Mini opte pelo Mini Countryman.

Equipamento

7/10

O equipamento de série inclui um sistema de ar condicionado automático de 2 zonas com ventilação e controlo de temperatura separados para os lados do condutor e do passageiro da frente. O interior é aquecido através duma bomba que recolhe calor residual do motor, do sistema transmissão/travagem, da bateria de alta voltagem e do ar do exterior, antes de o passar para o sistema de ar condicionado.
De série, o sistema de navegação com serviços de conectividade e serviços específicos para a electro-mobilidade. O ecrã eDrive fornece informação sobre o fluxo de energia e a autonomia, além de oferecer modos de aumentar a autonomia do veículo através da descativação de certas funções relacionadas com o conforto ou incrementando a recuperação de energia. No mapa de navegação, podemos até ter uma sugestão de caminho verde, que implica o mais baixo nível de consumo de energia, tudo isto num ecrã táctil de 6,5 polegadas localizado no painel de instrumentos central.
Dá-nos também uma imagem de mapa com as estações de postos públicos de carregamento na vizinhança do veículo.
De resto, pode optar por quatro packs de personalização de exterior e interior para o Mini.
Independentemente do conjunto de equipamento escolhido, todos os acabamentos exteriores podem também ser combinados com tejadilho e revestimento dos espelhos exteriores com o acabamento da carroçaria.
No interior, tem como standard assentos em tecido Double Stripe Carbon Black, que fazem parte do conjunto S.
Esta versão Resolute Edition custa mais 3.450€ e inclui JLL MINI Electric Collection 17″, Volante Desportivo em Pele Walknappa, Piano Black Exterior, Forro Tejadilho Antracite, Tecido/Eco-Pele Light Chequered, Rebel Green, Tejadilho na Cor da Carroçaria, Tapetes Dianteiros em Alcatifa Aveludada e Resolute Exterior.

Consumos

7/10

O primeiro ponto de surpresa foi a ‘agressividade’ da travagem regenerativa, mas a verdade é que se compreende, apesar de, logicamente, poder ser alterada mediante o modo escolhido, pois o carro tem um autonomia parca, resultando de uma bateria pequena. Tudo é pequeno no Mini, e apesar da Mini anunciar 233 Km, conte mais para algo na casa dos 160-170 Km, e mesmo assim dependendo da forma como andar.
Como em todos os automóveis, seja combustão ou elétricos. Convertendo isto em consumo, a Mini anuncia 15,3 kWh/100 km WLTP, nós conseguimos cerca de 16,5 kWh/100 km, e andando de forma calma. Portanto, é preciso saber sempre muito bem o que se pretende fazer com o carro para evitar surpresas, mas como se sabe, o Mini pode ser ligado através duma convencional tomada elétrica doméstica, duma estação de carregamento Mini Electric em casa ou uma estação de postos de carregamento públicos. A sua ligação para carregamento está concebida para carregamentos em AC e DC, usando as fichas de Tipo 2 e CCS Combo 2.
Por cima da ligação, um indicador do nível de carga exibe um sinal cor de laranja para a inicialização, uma luz amarela a piscar para uma operação de carregamento a decorrer e uma luz verde para uma bateria totalmente carregada.
O Mini pode ser carregado com uma capacidade máxima de carregamento de 11 kW – até 80 por cento, em duas horas e meia, a 100 por cento, em três horas e meia. A unidade de carregamento está concebida para uma capacidade de carregamento máxima de 50 kW, permitindo que seja atingido um carregamento de 80 por cento em 35 minutos.
Veja bem onde e como carregar, pois vai precisar de o fazer muito assiduamente…

Ao Volante

8/10

Independente de tudo o resto, se há algo de sobra no Mini elétrico, é o prazer de condução. Os 184 cv, o chassis mais baixo, o menor peso, permitem-lhe um desempenho rápido e ágil.
A direção não é leve, mas é precisa e o chassis muito equilibrado, tudo isto permite uma condução divertida e envolvente. Como é apanágio da Mini, a suspensão é firme, a caixa automática troca bem as mudanças, de forma suave, mesmo nos regimes de ‘rotação’ mais elevados do motor, sendo quase desnecessário dizer que é na cidade que o Mini encontra o seu ‘habitat natural’. Tão perto do chão que está, é preciso ‘provocá-lo’ muito para se sentir menos aderência à estrada.
A função e-pedal é mesmo ‘agressiva’, requer um pouco de hábito, mas no meio do trânsito é muito cómoda, pelo menos depois de nos habituarmos ao facto de tirar o pé e o carro quase parar…imediatamente. Ou seja, temos de saber aligeirar o pé gradualmente para sermos mais eficientes no trânsito, especialmente quando rodamos a 50-60 Km/h e o trânsito para de repente. Seja como for há dois níveis de regeneração, é uma questão de afinar a gosto.
Quanto aos modos de condução, Sport/Mid/Green/Green+, depende muito do estado de espírito ou da necessidade de poupar bateria. É fácil de perceber que quanto mais ‘green’, mais coisas desligadas, por exemplo o ar condicionado, menos potência.
Com o modo Sport, o acelerador responde bem melhor, sendo que o resto não muda muito, exceto a resposta do carro, o que acrescenta diversão. De vez em quando, também merecemos.
O carro entra bem nas curvas, até nos esquecemos que estamos a guiar um elétrico, mas disso lembramo-nos bem quando precisamos de acelerar a partir de um ritmo mais lento. Tipo, queremos mudar de faixa e o condutor à direita não colabora, um toque de acelerador, e está resolvido…
Os Modos de Condução Mini são selecionados por um interruptor no lado direito da barra de comandos. O modo Sport difere das definições do modo standard MID, por ter uma resposta mais direta das rodas a cada movimento do volante e uma resposta particularmente mais rápida do sistema de propulsão.
As características de condução orientadas para o conforto da definição MID estão também ativas no modo GREEN, assim como no novo modo GREEN+. O sistema de condução nestes dois últimos modos está ajustado para a máxima eficiência. No modo GREEN+, funções relacionadas com o conforto, selecionadas adicionalmente, como o aquecimento, o ar condicionado e o aquecimento dos assentos estão limitados ou desativados, de modo a aumentar a autonomia do veículo.

Motor

7/10

O Mini tem um motor elétrico com potência equivalente a 184 cv, a bateria permite uma autonomia de 216-234 quilómetros (WLTP), que no mundo real se queda entre os 160-170 Km, a bateria de células de iões de lítio formam uma unidade em forma de T, posicionada no piso do veículo, que fornece um conteúdo bruto de energia de 32,6 kWh, que lhe permite ganhar espaço habitáculo, especialmente em altura, sendo que a mala, também não ‘sofre’.
Com a forma como a bateria é colocada, o Mini fica mais perto do chão o que permite ganhos dinâmicos devido ao centro de gravidade mais baixo.
O senão dos elétricos é e enquanto a tecnologia não o permitir, o peso adicional, com este Mini a pesar cerca de mais 150 Kg que a versão combustão.

Balanço Final

8/10

O MINI Cooper SE 3p BEV é uma boa alternativa para os indefectíveis da marca, e não só.
É um automóvel elétrico com um bom desempenho, muito divertido de guiar, não tem muita autonomia, pelo que é importante poder carregá-lo em ‘casa’, quer seja uma garagem ou parqueamento. Porque vai precisar de o carregar muitas vezes. Se tiver essa possibilidade, pode perfeitamente usá-lo no dia a dia. Conte com autonomia à volta dos 160 Km, para mais e não para menos, e outra coisa que aconselho vivamente, tendo em conta que é uma carro muito interessante para umas passeatas, é saber sempre onde o pode carregar.
Por ser muito divertido de conduzir depressa, numa estrada secundária com curvas e pouco trânsito, a reduzida autonomia torna-se num obstáculo suplementar para uma escapadinha deste género. Para não haver stress, é preciso saber exatamente onde fica o carregador rápido mais próximo.
O design atraente é o que já sabemos, basicamente combina perfeitamente o melhor da marca Mini com as vantagens da eletrificação, não faltando, claro está, o toque de nostalgia, pois o automóvel mantém muitos dos predicados que tornam o Mini famoso desde 1959.
De resto, fica por dizer que já foi apresentado o novo Mini Elétrico, que deverá estar disponível dentro de algum tempo pelo que é provável que possa fazer ainda melhor negócio com esta versão, que como todos, continua a ter vida no mercado.

Concorrentes

Os preços do Mini elétrico Cooper SE 3 portas BEV 184 cv, começam nos 38.000€, esta versão Resolute fica nos 41.450€. Como se sabe o Mini é diferente de tudo o resto, e por isso não tem um concorrente ‘evidente’. Mas há propostas que podem ser consideradas ‘concorrência’.
O Abarth 500e Berlina custa desde 38.030€, tem 155cv, 266 Km de autonomia WLTP em ciclo combinado, 360 Km em ciclo urbano WLTP.
O Volkswagen ID.3 é um carro completamente diferente, nada a ver em termos de estilo e tipo de cliente que pode procurar um Mini ou mesmo um Abarth, mas é também um pequeno elétrico. Curiosamente é mais caro, custa a partir de 42.450€ tem 204 cv, autonomia até 427 Km. O Peugeot e-208 elétrico, custa a partir de 35.620€, tem 136cv, tem 352 Km autonomia.

Ficha Técnica

Mini Cooper SE LCI II BEV 3 portas
Motor Elétrico
Potência 184 cv (135 kW)
Binário 270 Nm
Aceleração 0-100 km/h 7,3 s
Transmissão Dianteira, Auto., 1 vel.
Bateria tipo Acumulador de iões de lítio
Capacidade 32,6 kWh
Capacidade útil 28,9 kWh
Potência máxima de recarga em CC 50 kW
Potência máxima de recarga em AC 11 kW
Tempo total de recarga a 2,3 kW 12 h
Tempo total de recarga a 7,4 kW 4,2 horas
Tempo total de recarga a 11 kW 3,5 h
Tempo de recarga de 0 a 80 % DC 35 min (50 kW)

Consumo combinado 15,3 (16,5) kWh/100 km
Autonomia Elétrica 234 (160-170 km)
Emissões CO2 0 g/Km

Tipo de carroçaria Automóvel de passageiros
Número de portas 3
Peso 1.440 kg
Comp./Larg./Alt. 3,85/1,72/1,43 m
Dist. entre eixos 2,49 m
Mala 211 – 731 litros

Chassis
Suspensão dianteira Tipo McPherson
Mola da suspensão dianteira Mola helicoidal
Estrutura da suspensão traseira Paralelogramo deformável
Mola da suspensão traseira Mola helicoidal
Travões dianteiros Disco ventilado
Travões traseiros Disco
Direção Tipo de assistência Eléctrica
Círculo de viragem entre muros 10,7 m
Pneus dianteiros 195/55 R16 87W
Pneus traseiros 195/55 R16 87W
Pneus dianteiros 6,5 x 16
Rodas traseiras 6,5 x 16

 

 

 

Mais/Menos


Mais

É um símbolo…
Performance
Design
Utilização urbana
Carregamentos fáceis 11 kW (AC) e 50 kW (DC)

 

Menos

Autonomia
Preço
É estranho criticar os bancos traseiro e a bagageira, não é? Mas tem de ser…

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 44.950€

Preço da versão base (Euros): 38.000€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Tem muito pouco de diferente do seu irmão com motor de combustão, apenas modificações discretas diferenciações, em relação ao modelo convencional. De resto, tudo o que já conhecemos, o típico chassis, frente e traseira curtas, com rodas colocadas nas extremidades da carroceria, o bocal de carregamento está situado por cima da roda traseira do lado direito, exatamente onde está situada a tampa do depósito no Mini 3 Portas.
O elemento central da parte da frente do Mini Cooper SE 3 Portas também inclui o distintivo contorno hexagonal mas, neste caso, é fechado, porque o motor elétrico carece de muito pouco ar para arrefecimento. Tal como a grelha frontal do radiador, específica do Mini Elétrico, a parte inferior do chassis quase totalmente fechada, assim como o preciso spoiler traseiro contribuem para a redução da resistência aerodinâmica.

Interior

Este é do tipo de carros que se entrarmos de olhos fechados no habitáculo, quando abrimos os olhos sabemos imediatamente que carro se trata. É inconfundível, especialmente o painel de instrumentos digital. Claro que não temos muito espaço, nem à frente e especialmente atrás, o acesso não é fácil, a bagageira não sofre com a bateria devido à forma em T como esta foi colocada, sem afetar o habitáculo.
encaixamos perfeitamente nos bancos, um pouco apertado, mas isso é mais defeito do condutor do que do carro. Para quem gosta de guiar perto do chão, a posição de condução é soberba.
O habitáculo é de alta qualidade, os materiais são excelentes, o ecrã central tátil de 8.8 polegadas, é eficiente e intuitivo, e o enorme círculo, uma histórica imagem de marca.
Para além disso, o ecrã atrás do volante mostra a velocidade, a carga, a autonomia e os dados da viagem, há vários controlos tácteis e físicos da climatização e interruptores para uma série de outras funcionalidades.
Atrás o espaço para as pernas é quase inexistente, quem tiver família e quiser um Mini opte pelo Mini Countryman.

Equipamento

O equipamento de série inclui um sistema de ar condicionado automático de 2 zonas com ventilação e controlo de temperatura separados para os lados do condutor e do passageiro da frente. O interior é aquecido através duma bomba que recolhe calor residual do motor, do sistema transmissão/travagem, da bateria de alta voltagem e do ar do exterior, antes de o passar para o sistema de ar condicionado.
De série, o sistema de navegação com serviços de conectividade e serviços específicos para a electro-mobilidade. O ecrã eDrive fornece informação sobre o fluxo de energia e a autonomia, além de oferecer modos de aumentar a autonomia do veículo através da descativação de certas funções relacionadas com o conforto ou incrementando a recuperação de energia. No mapa de navegação, podemos até ter uma sugestão de caminho verde, que implica o mais baixo nível de consumo de energia, tudo isto num ecrã táctil de 6,5 polegadas localizado no painel de instrumentos central.
Dá-nos também uma imagem de mapa com as estações de postos públicos de carregamento na vizinhança do veículo.
De resto, pode optar por quatro packs de personalização de exterior e interior para o Mini.
Independentemente do conjunto de equipamento escolhido, todos os acabamentos exteriores podem também ser combinados com tejadilho e revestimento dos espelhos exteriores com o acabamento da carroçaria.
No interior, tem como standard assentos em tecido Double Stripe Carbon Black, que fazem parte do conjunto S.
Esta versão Resolute Edition custa mais 3.450€ e inclui JLL MINI Electric Collection 17″, Volante Desportivo em Pele Walknappa, Piano Black Exterior, Forro Tejadilho Antracite, Tecido/Eco-Pele Light Chequered, Rebel Green, Tejadilho na Cor da Carroçaria, Tapetes Dianteiros em Alcatifa Aveludada e Resolute Exterior.

Consumos

O primeiro ponto de surpresa foi a ‘agressividade’ da travagem regenerativa, mas a verdade é que se compreende, apesar de, logicamente, poder ser alterada mediante o modo escolhido, pois o carro tem um autonomia parca, resultando de uma bateria pequena. Tudo é pequeno no Mini, e apesar da Mini anunciar 233 Km, conte mais para algo na casa dos 160-170 Km, e mesmo assim dependendo da forma como andar.
Como em todos os automóveis, seja combustão ou elétricos. Convertendo isto em consumo, a Mini anuncia 15,3 kWh/100 km WLTP, nós conseguimos cerca de 16,5 kWh/100 km, e andando de forma calma. Portanto, é preciso saber sempre muito bem o que se pretende fazer com o carro para evitar surpresas, mas como se sabe, o Mini pode ser ligado através duma convencional tomada elétrica doméstica, duma estação de carregamento Mini Electric em casa ou uma estação de postos de carregamento públicos. A sua ligação para carregamento está concebida para carregamentos em AC e DC, usando as fichas de Tipo 2 e CCS Combo 2.
Por cima da ligação, um indicador do nível de carga exibe um sinal cor de laranja para a inicialização, uma luz amarela a piscar para uma operação de carregamento a decorrer e uma luz verde para uma bateria totalmente carregada.
O Mini pode ser carregado com uma capacidade máxima de carregamento de 11 kW – até 80 por cento, em duas horas e meia, a 100 por cento, em três horas e meia. A unidade de carregamento está concebida para uma capacidade de carregamento máxima de 50 kW, permitindo que seja atingido um carregamento de 80 por cento em 35 minutos.
Veja bem onde e como carregar, pois vai precisar de o fazer muito assiduamente…

Ao volante

Independente de tudo o resto, se há algo de sobra no Mini elétrico, é o prazer de condução. Os 184 cv, o chassis mais baixo, o menor peso, permitem-lhe um desempenho rápido e ágil.
A direção não é leve, mas é precisa e o chassis muito equilibrado, tudo isto permite uma condução divertida e envolvente. Como é apanágio da Mini, a suspensão é firme, a caixa automática troca bem as mudanças, de forma suave, mesmo nos regimes de ‘rotação’ mais elevados do motor, sendo quase desnecessário dizer que é na cidade que o Mini encontra o seu ‘habitat natural’. Tão perto do chão que está, é preciso ‘provocá-lo’ muito para se sentir menos aderência à estrada.
A função e-pedal é mesmo ‘agressiva’, requer um pouco de hábito, mas no meio do trânsito é muito cómoda, pelo menos depois de nos habituarmos ao facto de tirar o pé e o carro quase parar…imediatamente. Ou seja, temos de saber aligeirar o pé gradualmente para sermos mais eficientes no trânsito, especialmente quando rodamos a 50-60 Km/h e o trânsito para de repente. Seja como for há dois níveis de regeneração, é uma questão de afinar a gosto.
Quanto aos modos de condução, Sport/Mid/Green/Green+, depende muito do estado de espírito ou da necessidade de poupar bateria. É fácil de perceber que quanto mais ‘green’, mais coisas desligadas, por exemplo o ar condicionado, menos potência.
Com o modo Sport, o acelerador responde bem melhor, sendo que o resto não muda muito, exceto a resposta do carro, o que acrescenta diversão. De vez em quando, também merecemos.
O carro entra bem nas curvas, até nos esquecemos que estamos a guiar um elétrico, mas disso lembramo-nos bem quando precisamos de acelerar a partir de um ritmo mais lento. Tipo, queremos mudar de faixa e o condutor à direita não colabora, um toque de acelerador, e está resolvido…
Os Modos de Condução Mini são selecionados por um interruptor no lado direito da barra de comandos. O modo Sport difere das definições do modo standard MID, por ter uma resposta mais direta das rodas a cada movimento do volante e uma resposta particularmente mais rápida do sistema de propulsão.
As características de condução orientadas para o conforto da definição MID estão também ativas no modo GREEN, assim como no novo modo GREEN+. O sistema de condução nestes dois últimos modos está ajustado para a máxima eficiência. No modo GREEN+, funções relacionadas com o conforto, selecionadas adicionalmente, como o aquecimento, o ar condicionado e o aquecimento dos assentos estão limitados ou desativados, de modo a aumentar a autonomia do veículo.

Concorrentes

Os preços do Mini elétrico Cooper SE 3 portas BEV 184 cv, começam nos 38.000€, esta versão Resolute fica nos 41.450€. Como se sabe o Mini é diferente de tudo o resto, e por isso não tem um concorrente ‘evidente’. Mas há propostas que podem ser consideradas ‘concorrência’.
O Abarth 500e Berlina custa desde 38.030€, tem 155cv, 266 Km de autonomia WLTP em ciclo combinado, 360 Km em ciclo urbano WLTP.
O Volkswagen ID.3 é um carro completamente diferente, nada a ver em termos de estilo e tipo de cliente que pode procurar um Mini ou mesmo um Abarth, mas é também um pequeno elétrico. Curiosamente é mais caro, custa a partir de 42.450€ tem 204 cv, autonomia até 427 Km. O Peugeot e-208 elétrico, custa a partir de 35.620€, tem 136cv, tem 352 Km autonomia.

Motor

O Mini tem um motor elétrico com potência equivalente a 184 cv, a bateria permite uma autonomia de 216-234 quilómetros (WLTP), que no mundo real se queda entre os 160-170 Km, a bateria de células de iões de lítio formam uma unidade em forma de T, posicionada no piso do veículo, que fornece um conteúdo bruto de energia de 32,6 kWh, que lhe permite ganhar espaço habitáculo, especialmente em altura, sendo que a mala, também não ‘sofre’.
Com a forma como a bateria é colocada, o Mini fica mais perto do chão o que permite ganhos dinâmicos devido ao centro de gravidade mais baixo.
O senão dos elétricos é e enquanto a tecnologia não o permitir, o peso adicional, com este Mini a pesar cerca de mais 150 Kg que a versão combustão.

Balanço final

O MINI Cooper SE 3p BEV é uma boa alternativa para os indefectíveis da marca, e não só.
É um automóvel elétrico com um bom desempenho, muito divertido de guiar, não tem muita autonomia, pelo que é importante poder carregá-lo em ‘casa’, quer seja uma garagem ou parqueamento. Porque vai precisar de o carregar muitas vezes. Se tiver essa possibilidade, pode perfeitamente usá-lo no dia a dia. Conte com autonomia à volta dos 160 Km, para mais e não para menos, e outra coisa que aconselho vivamente, tendo em conta que é uma carro muito interessante para umas passeatas, é saber sempre onde o pode carregar.
Por ser muito divertido de conduzir depressa, numa estrada secundária com curvas e pouco trânsito, a reduzida autonomia torna-se num obstáculo suplementar para uma escapadinha deste género. Para não haver stress, é preciso saber exatamente onde fica o carregador rápido mais próximo.
O design atraente é o que já sabemos, basicamente combina perfeitamente o melhor da marca Mini com as vantagens da eletrificação, não faltando, claro está, o toque de nostalgia, pois o automóvel mantém muitos dos predicados que tornam o Mini famoso desde 1959.
De resto, fica por dizer que já foi apresentado o novo Mini Elétrico, que deverá estar disponível dentro de algum tempo pelo que é provável que possa fazer ainda melhor negócio com esta versão, que como todos, continua a ter vida no mercado.

Mais

É um símbolo…
Performance
Design
Utilização urbana
Carregamentos fáceis 11 kW (AC) e 50 kW (DC)

 

Menos

Autonomia
Preço
É estranho criticar os bancos traseiro e a bagageira, não é? Mas tem de ser…

Ficha técnica

Mini Cooper SE LCI II BEV 3 portas
Motor Elétrico
Potência 184 cv (135 kW)
Binário 270 Nm
Aceleração 0-100 km/h 7,3 s
Transmissão Dianteira, Auto., 1 vel.
Bateria tipo Acumulador de iões de lítio
Capacidade 32,6 kWh
Capacidade útil 28,9 kWh
Potência máxima de recarga em CC 50 kW
Potência máxima de recarga em AC 11 kW
Tempo total de recarga a 2,3 kW 12 h
Tempo total de recarga a 7,4 kW 4,2 horas
Tempo total de recarga a 11 kW 3,5 h
Tempo de recarga de 0 a 80 % DC 35 min (50 kW)

Consumo combinado 15,3 (16,5) kWh/100 km
Autonomia Elétrica 234 (160-170 km)
Emissões CO2 0 g/Km

Tipo de carroçaria Automóvel de passageiros
Número de portas 3
Peso 1.440 kg
Comp./Larg./Alt. 3,85/1,72/1,43 m
Dist. entre eixos 2,49 m
Mala 211 – 731 litros

Chassis
Suspensão dianteira Tipo McPherson
Mola da suspensão dianteira Mola helicoidal
Estrutura da suspensão traseira Paralelogramo deformável
Mola da suspensão traseira Mola helicoidal
Travões dianteiros Disco ventilado
Travões traseiros Disco
Direção Tipo de assistência Eléctrica
Círculo de viragem entre muros 10,7 m
Pneus dianteiros 195/55 R16 87W
Pneus traseiros 195/55 R16 87W
Pneus dianteiros 6,5 x 16
Rodas traseiras 6,5 x 16

 

 

 

Preço da versão ensaiada (Euros): 44.950€
Preço da versão base (Euros): 38.000€