MINI COOPER SD – Ensaio Teste

By on 14 Março, 2019

Mini Cooper SD 5 Portas

Texto: José Manuel Costa

Um Cooper SD com um par de portas extra

É uma verdade “lapaliciana” mas este é um Mini Coopper SD com um par de portas extra, tendo como ponto de partida o Mini de três portas, O que aqui vamos perceber é se o Mini perdeu qualidades com as portas a mais.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Comportamento / Qualidade    

Menos:

Estilo / Conforto

Exterior

5/10

Pontuação 5/10

Não é nenhuma novidade esta carroçaria de cinco portas. Não é o modelo mais feliz da Mini com as duas portas extras a não rimarem muito bem com o resto do carro, ficando melhor na carrinha. Claramente, o Mini não foi feito para ter estas portas a mais e por isso, elegância não rima com este Mini. O carro é maior, tem uma distância entre eixos majorada e oferece mais bagageira. São as mais valias desta versão de quatro portas.

Interior

6/10

Pontuação 6/10

Como disse acima, o Mini com cinco portas está maior, viu a distância entre eixos aumentar 72 mm e na bagageira estão mais 67 litros, chegando aos 278 litros de capacidade. Um VW Polo tem 280 litros… O aumento da distância entre eixos pouco ou nada acrescentou à habitabilidade, melhorou a acessibilidade. Tudo o resto é igual ao que todos conhecemos nos Mini: qualidade melhorada, um painel de instrumentos dividido com o enorme circulo central a alojar ou o sistema de navegação ou o computador de bordo, migrando para cima da coluna de direção o velocímetro, o conta rotações e o indicador do nível de combustível. Por baixo do circulo central, estão os comandos da climatização e, depois, os comandos de ligar motor e dos modos de condução, que deixam de estar na base da alavanca da caixa de velocidades automática. Como disse, o espaço não é abundante, mas a posição de condução é boa e encaixamos bem no banco. A qualidade é boa, mas o tabliê do Mini é ma confusão que, originalmente, era muito interessante como revivalismo, mas que descambou para exageros como o circulo central que quase pode ser visto por segue no carro atrás. E depois, temos de tirar os olhos da estrada para olhar para o sistema de navegação e para todas as informações que possam lá surgir. Novidade é um “head up display” que pode mitigar esta questão.

Equipamento

5/10

Pontuação 5/10

Descodificar os equipamentos da Mini não é fácil, pois a lista de opcionais é enorme e no modelo em causa, há personalização, enfim, muita coisa para considerar. Posso lhe dizer que de série temos o tejadilho e as capas dos espelhos pintados de preto, ar condicionado automático, jantes de liga leve de 16 polegadas, computador de bordo, volante multifunções, bancos dianteiro desportivos, sensores de chuva e luz, faróis de nevoeiro, cruise control com função de travagem, pacote de luzes, espelho retrovisor interior com função automática antiencadeamento.

Quanto aos extras, a pintura metalizada custa 471 euros, a suspensão adaptativa fica por 406 euros, a caixa automática tem um preço de 203 euros e as faixas do capô motor custam 98 euros. Juntam-se a câmara traseira (284 euros), vidros com proteção solar (235 euros), sensores de estacionamento traseiro (293 euros), serviços Concierge (203 euros), pacote Connected Navigation Plus 8,8 (volante desportivo John Cooper Works, serviços Connetc Drive, informação de trânsito em tempo real, serviços Remote, preparação Apple CarPlay, Mini Visual Boost, Mini Connected XL, Bluetooth avançado, carregamento por indução, duas portas USB e sistema de navegação, custa 1.829 euros) e o pacote John Cooper Works (JCW), composto por pneus runflat, kit de espelhos exteriores, kit aerodinâmico JCW, pacote de compartimentos de arrumação, forro do tejadilho antracite, bancos desportivos JCW, Mini Excitement Package, Mini Drivng Modes, faróis LED Matrix, luzes de nevoeiro LED (2.967 euros), jantes de liga leve de 18 polegadas com pneus 205/40 R18 (528 euros), Cruise control activo (204 euros), assistente de condução (476 euros). O preço deste Mini Cooper SD é de 35.400 euros, mas com o equipamento opcional que trazia, fica em mais de 45 mil euros.

Consumos

/10

Pontuação 6/10

A Mini reclama para o motor 2.0 litros com 170 CV, um consumo de 5,1 l/100 km e emissões de 133 gr/km de CO2. O comportamento do Mini leva a que seja quase impossível andar tranquilamente e pensar nos consumos. Ainda assim, o bloco da BMW mostrou-se simpático e se não consegui chegar aos valores reclamados, o ensaio terminou com uma média de 6,1 l/100 km, mesmo com uma visita à Serra de Sintra e mais umas incursões por estradas divertidas e que rima com o Mini.  

Ao Volante

9/10

Pontuação 9/10

Bastou sair da garagem da BMW, onde fui recolher este Mini Cooper SD 5 portas, para perceber que as duas portas a mais não lhe roubaram o carácter. É verdade que o Mini engordou 60 quilos e que o carro está mais comprido, mas se entrar nele sem ver as portas a mais, nunca dirá que este não é um Mini. Está lá tudo! A direção continua a oferecer boa sensibilidade para se perceber o que andam a fazer as rodas dianteiras e o comportamento continua a ser excelente, com todos os tiques do Mini: as pequenas derivas da traseira que colocam o carro no sítio certo, a deslocação lateral sem que o ESP entre em ação e nos roube a diversão, enfim, é um verdadeiro Mini! O motor também ajuda à festa e até a caixa automática rima com o comportamento do Mini. Ou seja, a adição de duas portas, o peso extra e o comprimento a mais, não estragaram mais nada que a aparência do Mini. A suspensão é dura, já se sabe, o ruído de rolamento pode ser irritante, mas isto é um Mini e se não fosse assim, não seria um… Mini. Ah!, e já agora, dizer que o Mini continua duro, mas não como anteriormente em que se despenhava a cada lomba ou a cada buraco ou buracos. Nesse aspeto está melhor. O ESP continua a ser muito permissivo, mas se abusar á séria, ele entra em ação, mas sempre de forma subtil e sem abusos ou aquela sensação que fizemos asneira da grossa. Finalmente, dizer que o carro tem um diferencial eletrónico que oferece excelentes níveis de tração.

Motor

8/10

Pontuação 8/10

O bloco 2.0 litros da BMW é muito agradável, com muita tecnologia que rima de forma perfeita com o comportamento do Mini. Com 360 Nm de binário, o motor do Mini dá-lhe armas suficientes para afrontar os pequenos desportivos sem grandes dificuldades. Além disso, é um motor refinado e acaba por ser económico como refiro no capítulo dos consumos. É um motor que contribui para a agradabilidade de utilização do Mini, acompanhando a sua capacidade em estrada.

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10

Volto ao principio, este é um Mini que ganhou cinco portas, ficou mais desconchavado e ganhou melhor acessibilidade, pois a maior distância entre eixos ofereceu pouco mais no que toca á habitabilidade. A dinâmica ficou praticamente igual – o peso sente-se, ligeiramente, nas mudanças de direção – a dureza da suspensão também e a bagageira ganhou espaço para mais um par de sacos de compras. Se não precisa de levar ninguém atrás de si, esqueça lá este cinco portas e opte pelo Mini convencional e, já agora, a gasolina que é mais interessante que o Mini a gasóleo, porque para ter a mesma “patanisca” terá de optar por este Cooper SD e o preço é sempre superior, com este Cooper SD 5 portas a custar 35.400 euros.

Concorrentes

Com este motor de 2.0 litros e 170 CV, o Mini Cooper SD 5 portas não tem rivais. As versões menos potentes, podem ser alinhadas junto dos modelos do segmento B, pois o Mini tem 4 metros de comprimento. Não parece, mas acaba por ser rival do Renault Clio, VW Polo, Seat Ibiza, Skoda Fabia, Peugeot 208, enfim, os utilitários. Mas nenhum deles tem um motor a gasóleo com 170 CV e 2.0 litros de cilindrada.

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha com injeção direta e turbocompressor com intercooler

Cilindrada (cm3): 1995

Diâmetro x Curso (mm): 84 x 90

Taxa de Compressão: 16,5

Potência máxima (CV/rpm): 170/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 360/1500 – 2500

Transmissão: Dianteira, caixa automática de 8 8 velocidades automática

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 7,3

Velocidade máxima (km/h): 223

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,9/4,6/4,1

Emissões CO2 (gr/km): 109

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4005/1727/1425

Distância entre eixos (mm): 2567

Largura de vias (fr/tr mm): 1501/1501

Peso (kg): 1295 Capacidade da bagageira (l): 278/941

Deposito de combustível (l): 44 Pneus (fr/tr): 205/45 R17

Mais/Menos


Mais

Comportamento / Qualidade    

Menos

Estilo / Conforto

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 45350€

Preço da versão base (Euros): 35400€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 5/10

Não é nenhuma novidade esta carroçaria de cinco portas. Não é o modelo mais feliz da Mini com as duas portas extras a não rimarem muito bem com o resto do carro, ficando melhor na carrinha. Claramente, o Mini não foi feito para ter estas portas a mais e por isso, elegância não rima com este Mini. O carro é maior, tem uma distância entre eixos majorada e oferece mais bagageira. São as mais valias desta versão de quatro portas.

Interior

Pontuação 6/10

Como disse acima, o Mini com cinco portas está maior, viu a distância entre eixos aumentar 72 mm e na bagageira estão mais 67 litros, chegando aos 278 litros de capacidade. Um VW Polo tem 280 litros… O aumento da distância entre eixos pouco ou nada acrescentou à habitabilidade, melhorou a acessibilidade. Tudo o resto é igual ao que todos conhecemos nos Mini: qualidade melhorada, um painel de instrumentos dividido com o enorme circulo central a alojar ou o sistema de navegação ou o computador de bordo, migrando para cima da coluna de direção o velocímetro, o conta rotações e o indicador do nível de combustível. Por baixo do circulo central, estão os comandos da climatização e, depois, os comandos de ligar motor e dos modos de condução, que deixam de estar na base da alavanca da caixa de velocidades automática. Como disse, o espaço não é abundante, mas a posição de condução é boa e encaixamos bem no banco. A qualidade é boa, mas o tabliê do Mini é ma confusão que, originalmente, era muito interessante como revivalismo, mas que descambou para exageros como o circulo central que quase pode ser visto por segue no carro atrás. E depois, temos de tirar os olhos da estrada para olhar para o sistema de navegação e para todas as informações que possam lá surgir. Novidade é um “head up display” que pode mitigar esta questão.

Equipamento

Pontuação 5/10

Descodificar os equipamentos da Mini não é fácil, pois a lista de opcionais é enorme e no modelo em causa, há personalização, enfim, muita coisa para considerar. Posso lhe dizer que de série temos o tejadilho e as capas dos espelhos pintados de preto, ar condicionado automático, jantes de liga leve de 16 polegadas, computador de bordo, volante multifunções, bancos dianteiro desportivos, sensores de chuva e luz, faróis de nevoeiro, cruise control com função de travagem, pacote de luzes, espelho retrovisor interior com função automática antiencadeamento.

Quanto aos extras, a pintura metalizada custa 471 euros, a suspensão adaptativa fica por 406 euros, a caixa automática tem um preço de 203 euros e as faixas do capô motor custam 98 euros. Juntam-se a câmara traseira (284 euros), vidros com proteção solar (235 euros), sensores de estacionamento traseiro (293 euros), serviços Concierge (203 euros), pacote Connected Navigation Plus 8,8 (volante desportivo John Cooper Works, serviços Connetc Drive, informação de trânsito em tempo real, serviços Remote, preparação Apple CarPlay, Mini Visual Boost, Mini Connected XL, Bluetooth avançado, carregamento por indução, duas portas USB e sistema de navegação, custa 1.829 euros) e o pacote John Cooper Works (JCW), composto por pneus runflat, kit de espelhos exteriores, kit aerodinâmico JCW, pacote de compartimentos de arrumação, forro do tejadilho antracite, bancos desportivos JCW, Mini Excitement Package, Mini Drivng Modes, faróis LED Matrix, luzes de nevoeiro LED (2.967 euros), jantes de liga leve de 18 polegadas com pneus 205/40 R18 (528 euros), Cruise control activo (204 euros), assistente de condução (476 euros). O preço deste Mini Cooper SD é de 35.400 euros, mas com o equipamento opcional que trazia, fica em mais de 45 mil euros.

Consumos

Pontuação 6/10

A Mini reclama para o motor 2.0 litros com 170 CV, um consumo de 5,1 l/100 km e emissões de 133 gr/km de CO2. O comportamento do Mini leva a que seja quase impossível andar tranquilamente e pensar nos consumos. Ainda assim, o bloco da BMW mostrou-se simpático e se não consegui chegar aos valores reclamados, o ensaio terminou com uma média de 6,1 l/100 km, mesmo com uma visita à Serra de Sintra e mais umas incursões por estradas divertidas e que rima com o Mini.  

Ao volante

Pontuação 9/10

Bastou sair da garagem da BMW, onde fui recolher este Mini Cooper SD 5 portas, para perceber que as duas portas a mais não lhe roubaram o carácter. É verdade que o Mini engordou 60 quilos e que o carro está mais comprido, mas se entrar nele sem ver as portas a mais, nunca dirá que este não é um Mini. Está lá tudo! A direção continua a oferecer boa sensibilidade para se perceber o que andam a fazer as rodas dianteiras e o comportamento continua a ser excelente, com todos os tiques do Mini: as pequenas derivas da traseira que colocam o carro no sítio certo, a deslocação lateral sem que o ESP entre em ação e nos roube a diversão, enfim, é um verdadeiro Mini! O motor também ajuda à festa e até a caixa automática rima com o comportamento do Mini. Ou seja, a adição de duas portas, o peso extra e o comprimento a mais, não estragaram mais nada que a aparência do Mini. A suspensão é dura, já se sabe, o ruído de rolamento pode ser irritante, mas isto é um Mini e se não fosse assim, não seria um… Mini. Ah!, e já agora, dizer que o Mini continua duro, mas não como anteriormente em que se despenhava a cada lomba ou a cada buraco ou buracos. Nesse aspeto está melhor. O ESP continua a ser muito permissivo, mas se abusar á séria, ele entra em ação, mas sempre de forma subtil e sem abusos ou aquela sensação que fizemos asneira da grossa. Finalmente, dizer que o carro tem um diferencial eletrónico que oferece excelentes níveis de tração.

Concorrentes

Com este motor de 2.0 litros e 170 CV, o Mini Cooper SD 5 portas não tem rivais. As versões menos potentes, podem ser alinhadas junto dos modelos do segmento B, pois o Mini tem 4 metros de comprimento. Não parece, mas acaba por ser rival do Renault Clio, VW Polo, Seat Ibiza, Skoda Fabia, Peugeot 208, enfim, os utilitários. Mas nenhum deles tem um motor a gasóleo com 170 CV e 2.0 litros de cilindrada.

Motor

Pontuação 8/10

O bloco 2.0 litros da BMW é muito agradável, com muita tecnologia que rima de forma perfeita com o comportamento do Mini. Com 360 Nm de binário, o motor do Mini dá-lhe armas suficientes para afrontar os pequenos desportivos sem grandes dificuldades. Além disso, é um motor refinado e acaba por ser económico como refiro no capítulo dos consumos. É um motor que contribui para a agradabilidade de utilização do Mini, acompanhando a sua capacidade em estrada.

Balanço final

Pontuação 8/10

Volto ao principio, este é um Mini que ganhou cinco portas, ficou mais desconchavado e ganhou melhor acessibilidade, pois a maior distância entre eixos ofereceu pouco mais no que toca á habitabilidade. A dinâmica ficou praticamente igual – o peso sente-se, ligeiramente, nas mudanças de direção – a dureza da suspensão também e a bagageira ganhou espaço para mais um par de sacos de compras. Se não precisa de levar ninguém atrás de si, esqueça lá este cinco portas e opte pelo Mini convencional e, já agora, a gasolina que é mais interessante que o Mini a gasóleo, porque para ter a mesma “patanisca” terá de optar por este Cooper SD e o preço é sempre superior, com este Cooper SD 5 portas a custar 35.400 euros.

Mais

Comportamento / Qualidade    

Menos

Estilo / Conforto

Ficha técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha com injeção direta e turbocompressor com intercooler

Cilindrada (cm3): 1995

Diâmetro x Curso (mm): 84 x 90

Taxa de Compressão: 16,5

Potência máxima (CV/rpm): 170/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 360/1500 – 2500

Transmissão: Dianteira, caixa automática de 8 8 velocidades automática

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 7,3

Velocidade máxima (km/h): 223

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,9/4,6/4,1

Emissões CO2 (gr/km): 109

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4005/1727/1425

Distância entre eixos (mm): 2567

Largura de vias (fr/tr mm): 1501/1501

Peso (kg): 1295 Capacidade da bagageira (l): 278/941

Deposito de combustível (l): 44 Pneus (fr/tr): 205/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 45350€
Preço da versão base (Euros): 35400€