Mazda CX-5 2.2 Skyactiv-D 184 cv – Ensaio Teste

By on 14 Novembro, 2024

A Mazda gosta de fazer as coisas à sua maneira. Nem sempre percorre os caminhos dos outros construtores e a sua abordagem muito própria faz com que os seus produtos sejam sempre diferenciados. Mesmo quando aposta em SUV, fá-lo de forma bem própria. E se o primeiro impacto pode causar alguma estranheza, conhecendo melhor a marca e a filosofia, faz-nos gostar cada vez mais. 

Lançado em 2012, o Mazda CX-5 foi o primeiro a apresentar o design Kodo e a tecnologia Skyactiv, estabelecendo novos padrões para os SUVs compactos. A segunda geração, introduzida em 2017, avançou a filosofia Jinba Ittai da Mazda com maior conforto, requinte. 

As atualizações neste modelo incluíram elementos interiores aprimorados, melhor conetividade com Apple CarPlay® e Android Auto ™, um sistema de câmara de 360 graus, motores e suspensão. 


Mais:

Design

Conforto

Dinâmica de condução

Menos:

Espaço nos bancos traseiros

Infotainment

 

Exterior

8/10

As linhas do CX-5 não mudaram muito, mas também não precisavam. O design mantém-se atual, elegante e muito bonito, com transições de superfície acentuadas para um efeito dinâmico na luz refletida. A frente destaca-se com uma grelha tridimensional e uma asa remodelada que destaca a robustez do SUV. Os faróis e lanternas traseiras têm um novo design para um visual mais agressivo e uma postura mais firme.

O CX-5 continua a ser um dos SUV mais apelativos a nível estético e, como não é um modelo muito visto por cá, tem um toque de exclusividade. O único motivo pelo qual não vemos mais carros destes na estrada prende-se unicamente com o preço. Porque visualmente, é dos mais agradáveis do mercado.

Interior

8/10

O habitáculo do Mazda CX-5 privilegia o conforto, a qualidade, o design, oferecendo uma sensação de qualidade superior. Apresenta um cockpit de design ergonómico com os principais controlos centrados no volante. As melhorias práticas incluem uma base de carregamento sem fios para telemóveis e um versátil piso de duas peças para carga. As linhas do interior são simples, mas bonitas, contando com a qualidade dos materiais usados para melhorar o ambiente. Os bancos são confortáveis, o espaço para os passageiros é suficiente (um ponto menos positivo), com uma bagageira de 500 litros.

Há aqui um toque premium que faz deste CX-5 uma excelente opção para quem procura um veículo desta tipologia e se quer afastar das habituais propostas alemãs. No que diz respeito à qualidade do interior, não perde nada para outras marcas de segmento semelhante ou superior. Se as linhas exteriores convencem em pouco tempo, o interior consegue o mesmo efeito. 

Equipamento

8/10

Apesar da boa lista de equipamento, vamos começar pela parte que nos agrada menos. O sistema de infotainment. Não é muito dificil de usar, mas não é o mais apelativo que encontramos no mercado. E quando se usa um sistema como Android Auto ou Apple CarPlay, o facto de o controlo do sistema se fazer com um botão rotativo situado entre os bancos da frente torna o uso menos prático. O sistema não é mau, pelo contrário, mas estando nos habituados a trabalhar todo o dia com tecnologia de ecrãs táteis, faz com que a adaptação se torne mais dificil.  O ecrã central atualizado de 10,25 polegadas oferece um arranque mais rápido, maior clareza e controlos intuitivos, incluindo agora portas Apple CarPlay e USB Type-C sem fios

O Mazda CX-5 aumenta a conveniência e a segurança com funcionalidades como a aplicação MyMazda, um sistema de câmara de 360 graus e um alarme antirroubo de série com um sensor de intrusão. O ecrã central atualizado de 10,25 polegadas oferece um arranque mais rápido, maior clareza e controlos intuitivos, incluindo agora portas Apple CarPlay e USB Type-C sem fios. O sistema Mazda Connect foi atualizado e o rádio DAB+ é de série. A aplicação MyMazda disponibiliza várias funções, tais como localização do veículo, fecho remoto, navegação, relatórios de saúde e agendamento de serviços. 

Quanto às ajudas à condução e dispositivos de  segurança temos o i-Activsense, melhorando a segurança passiva e ativa. Tecnologias como Cruise & Traffic Support (CTS), que auxilia na aceleração, travagem e direção em situações de trânsito intenso, e os Faróis LED Adaptativos (ALH), que melhoram a visibilidade através de conjuntos de 20 blocos de LED finamente controlados podem ser encontrados.

O Cx-5 (na versão ensaiada, a Exclusive-Line) está muito bem equipado e reconhecemos que a “implicância” com o sistema de infotainment pode ser apenas isso. Há opções mais agradáveis no mercado, mas não seria este pormenor que nos impediria de avançar para a compra deste SUV.

 

Consumos

7/10

 Não se esperam consumos espantosos de um motor com esta dimensão, associado a uma caixa automática. Mas os 7,5 l/100 km obtidos não foram nada maus e deixaram-nos agradavelmente surpreendidos. Certamente que não é um prodígio da eficiência, mas olhando à utilização feita e ao valor obtido, parece-nos uma boa marca para a este CX-5. 

Ao Volante

8/10

Antes das sensações na estrada, é importante referir as sensações no habitáculo do carro. Posição de condução, alta (mas não em demasia), é fácil de encontrar, comandos fáceis de alcançar e usar, conforto e uma sensação de qualidade que nos dá um ambiente acolhedor e agradável.

Ao volante, as sensações do CX-5 são das melhores que se podem ter um SUV deste género. A suspensão, mais para o firme, apresenta um excelente compromisso entre conforto e controlo dos movimentos de carroçaria. Ou seja, num dia em que esteja com um pouco mais atrasado, o CX-5 não o vai deixar ficar mal, dando confiança na condução. A caixa de oito relações ensaiada nesta versão respondeu afirmativamente a todos os desafios e revelou-se uma boa companheira deste motor. A visibilidade é boa, com uma nota um pouco menos positiva para a visibilidade traseira, ainda assim, mais desafogada do que noutras propostas. O tamanho do carro, apesar de já ser considerável, não intimida e mesmo em trajetos mais urbanos consegue um bom compromisso. Em estradas mais acidentadas ou de terra batida, o CX-5 despachou sem problema as dificuldades encontradas e embora não tenha aspirações a um verdadeiro off-roader, permite encarar com confiança algumas pequenas aventuras, sem exageros.

 

Motor

8/10

O motor da unidade testada foi o  2.2 Skyactiv-D 184 cv. Todos os motores a gasolina estão equipados com desativação de cilindros, adoptam a tecnologia Mazda M Hybrid de série e têm um controlo de combustão melhorado para aumentar a economia de combustível e reduzir as emissões de CO₂.

Os modelos com transmissão automática e-Skyactiv G, como é o caso desta unidade,  que funcionam com seleção de condução no modo Sport beneficiam de uma resposta ágil e de uma velocidade de cruzeiro confortável através do controlo do programa de mudanças automáticas pelo acionamento do acelerador por parte do condutor. 

Balanço Final

8/10

É preciso algum tempo para apreciar as qualidades da gama Mazda. Já referimos anteriormente que a abordagem diferenciada pode chocar que esteja mais habituado o que a maioria das marcas apresenta na atualidade. Mas a Mazda continua a fazer excelentes carros, com uma filosofia própria, bem definida. E nos pilares em que os consumidores se costumam apoiar para escolher o seu próximo carro (qualidade, design e fiabilidade) poucas marcas consegue fazer melhor que a Mazda. No caso do CX-5 podemos dizer que a concorrência direta pode ter falta de alguns argumentos e que este modelo aponta já para um segmento mais premium. Ficamos muito agradados com este SUV. Sabemos também que dificilmente será um sucesso de vendas por cá, muito por culpa do preço. Mas é claramente das opções mais interessantes do mercado.

Concorrentes

Alfa Romeo Tonale 1.5 130 TCT Veloce 

CUPRA Formentor 2.0 TDI 110 kW (150 CV)

SEAT Ateca 2.0 TDI 110 KW (150 CV) 

Skoda Karoq Sportline 2.0 TDI 110 kW (150 CV) DSG 4×4 

Volkswagen Tiguan 2.0 TDI 150 CV DSG 

Ficha Técnica

Velocidade máxima 210 km/h

Aceleração 0-100 km/h 9,3 s

Consumo de combustível WLTP – Combinado 7,2 l/100 km – obtido

 

Comprimento 4575 mm

Largura 1.845 mm

Altura 1.685 mm

Distância entre eixos 2700 mml

Peso 1.660 kg

Depósito de combustível – Gasóleo 56 l /  AdBlue 15 l

Volume da bagageira – 510 a 1.626 litros

 

Potência máxima 184 cv / 135 kW

Binário máximo 445 Nm

 

Pneus dianteiros 225/55 R19

Pneus traseiros 225/55 R19

Mais/Menos


Mais

Design

Conforto

Dinâmica de condução

Menos

Espaço nos bancos traseiros

Infotainment

 

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

As linhas do CX-5 não mudaram muito, mas também não precisavam. O design mantém-se atual, elegante e muito bonito, com transições de superfície acentuadas para um efeito dinâmico na luz refletida. A frente destaca-se com uma grelha tridimensional e uma asa remodelada que destaca a robustez do SUV. Os faróis e lanternas traseiras têm um novo design para um visual mais agressivo e uma postura mais firme.

O CX-5 continua a ser um dos SUV mais apelativos a nível estético e, como não é um modelo muito visto por cá, tem um toque de exclusividade. O único motivo pelo qual não vemos mais carros destes na estrada prende-se unicamente com o preço. Porque visualmente, é dos mais agradáveis do mercado.

Interior

O habitáculo do Mazda CX-5 privilegia o conforto, a qualidade, o design, oferecendo uma sensação de qualidade superior. Apresenta um cockpit de design ergonómico com os principais controlos centrados no volante. As melhorias práticas incluem uma base de carregamento sem fios para telemóveis e um versátil piso de duas peças para carga. As linhas do interior são simples, mas bonitas, contando com a qualidade dos materiais usados para melhorar o ambiente. Os bancos são confortáveis, o espaço para os passageiros é suficiente (um ponto menos positivo), com uma bagageira de 500 litros.

Há aqui um toque premium que faz deste CX-5 uma excelente opção para quem procura um veículo desta tipologia e se quer afastar das habituais propostas alemãs. No que diz respeito à qualidade do interior, não perde nada para outras marcas de segmento semelhante ou superior. Se as linhas exteriores convencem em pouco tempo, o interior consegue o mesmo efeito. 

Equipamento

Apesar da boa lista de equipamento, vamos começar pela parte que nos agrada menos. O sistema de infotainment. Não é muito dificil de usar, mas não é o mais apelativo que encontramos no mercado. E quando se usa um sistema como Android Auto ou Apple CarPlay, o facto de o controlo do sistema se fazer com um botão rotativo situado entre os bancos da frente torna o uso menos prático. O sistema não é mau, pelo contrário, mas estando nos habituados a trabalhar todo o dia com tecnologia de ecrãs táteis, faz com que a adaptação se torne mais dificil.  O ecrã central atualizado de 10,25 polegadas oferece um arranque mais rápido, maior clareza e controlos intuitivos, incluindo agora portas Apple CarPlay e USB Type-C sem fios

O Mazda CX-5 aumenta a conveniência e a segurança com funcionalidades como a aplicação MyMazda, um sistema de câmara de 360 graus e um alarme antirroubo de série com um sensor de intrusão. O ecrã central atualizado de 10,25 polegadas oferece um arranque mais rápido, maior clareza e controlos intuitivos, incluindo agora portas Apple CarPlay e USB Type-C sem fios. O sistema Mazda Connect foi atualizado e o rádio DAB+ é de série. A aplicação MyMazda disponibiliza várias funções, tais como localização do veículo, fecho remoto, navegação, relatórios de saúde e agendamento de serviços. 

Quanto às ajudas à condução e dispositivos de  segurança temos o i-Activsense, melhorando a segurança passiva e ativa. Tecnologias como Cruise & Traffic Support (CTS), que auxilia na aceleração, travagem e direção em situações de trânsito intenso, e os Faróis LED Adaptativos (ALH), que melhoram a visibilidade através de conjuntos de 20 blocos de LED finamente controlados podem ser encontrados.

O Cx-5 (na versão ensaiada, a Exclusive-Line) está muito bem equipado e reconhecemos que a “implicância” com o sistema de infotainment pode ser apenas isso. Há opções mais agradáveis no mercado, mas não seria este pormenor que nos impediria de avançar para a compra deste SUV.

 

Consumos

 Não se esperam consumos espantosos de um motor com esta dimensão, associado a uma caixa automática. Mas os 7,5 l/100 km obtidos não foram nada maus e deixaram-nos agradavelmente surpreendidos. Certamente que não é um prodígio da eficiência, mas olhando à utilização feita e ao valor obtido, parece-nos uma boa marca para a este CX-5. 

Ao volante

Antes das sensações na estrada, é importante referir as sensações no habitáculo do carro. Posição de condução, alta (mas não em demasia), é fácil de encontrar, comandos fáceis de alcançar e usar, conforto e uma sensação de qualidade que nos dá um ambiente acolhedor e agradável.

Ao volante, as sensações do CX-5 são das melhores que se podem ter um SUV deste género. A suspensão, mais para o firme, apresenta um excelente compromisso entre conforto e controlo dos movimentos de carroçaria. Ou seja, num dia em que esteja com um pouco mais atrasado, o CX-5 não o vai deixar ficar mal, dando confiança na condução. A caixa de oito relações ensaiada nesta versão respondeu afirmativamente a todos os desafios e revelou-se uma boa companheira deste motor. A visibilidade é boa, com uma nota um pouco menos positiva para a visibilidade traseira, ainda assim, mais desafogada do que noutras propostas. O tamanho do carro, apesar de já ser considerável, não intimida e mesmo em trajetos mais urbanos consegue um bom compromisso. Em estradas mais acidentadas ou de terra batida, o CX-5 despachou sem problema as dificuldades encontradas e embora não tenha aspirações a um verdadeiro off-roader, permite encarar com confiança algumas pequenas aventuras, sem exageros.

 

Concorrentes

Alfa Romeo Tonale 1.5 130 TCT Veloce 

CUPRA Formentor 2.0 TDI 110 kW (150 CV)

SEAT Ateca 2.0 TDI 110 KW (150 CV) 

Skoda Karoq Sportline 2.0 TDI 110 kW (150 CV) DSG 4×4 

Volkswagen Tiguan 2.0 TDI 150 CV DSG 

Motor

O motor da unidade testada foi o  2.2 Skyactiv-D 184 cv. Todos os motores a gasolina estão equipados com desativação de cilindros, adoptam a tecnologia Mazda M Hybrid de série e têm um controlo de combustão melhorado para aumentar a economia de combustível e reduzir as emissões de CO₂.

Os modelos com transmissão automática e-Skyactiv G, como é o caso desta unidade,  que funcionam com seleção de condução no modo Sport beneficiam de uma resposta ágil e de uma velocidade de cruzeiro confortável através do controlo do programa de mudanças automáticas pelo acionamento do acelerador por parte do condutor. 

Balanço final

É preciso algum tempo para apreciar as qualidades da gama Mazda. Já referimos anteriormente que a abordagem diferenciada pode chocar que esteja mais habituado o que a maioria das marcas apresenta na atualidade. Mas a Mazda continua a fazer excelentes carros, com uma filosofia própria, bem definida. E nos pilares em que os consumidores se costumam apoiar para escolher o seu próximo carro (qualidade, design e fiabilidade) poucas marcas consegue fazer melhor que a Mazda. No caso do CX-5 podemos dizer que a concorrência direta pode ter falta de alguns argumentos e que este modelo aponta já para um segmento mais premium. Ficamos muito agradados com este SUV. Sabemos também que dificilmente será um sucesso de vendas por cá, muito por culpa do preço. Mas é claramente das opções mais interessantes do mercado.

Mais

Design

Conforto

Dinâmica de condução

Menos

Espaço nos bancos traseiros

Infotainment

 

Ficha técnica

Velocidade máxima 210 km/h

Aceleração 0-100 km/h 9,3 s

Consumo de combustível WLTP – Combinado 7,2 l/100 km – obtido

 

Comprimento 4575 mm

Largura 1.845 mm

Altura 1.685 mm

Distância entre eixos 2700 mml

Peso 1.660 kg

Depósito de combustível – Gasóleo 56 l /  AdBlue 15 l

Volume da bagageira – 510 a 1.626 litros

 

Potência máxima 184 cv / 135 kW

Binário máximo 445 Nm

 

Pneus dianteiros 225/55 R19

Pneus traseiros 225/55 R19