Mazda CX-5 2.0-G 165 Special Edition Navi – Ensaio Teste
Mazda CX-5 2.0-G 165 Special Edition Navi
Texto: João Isaac
Uma proposta de inquestionável qualidade
As vendas nacionais acumuladas referentes a 2020 do Mazda CX-5, com menos de 100 unidades entregues, atestam bem o porquê de vermos tão poucos na estrada. Algo que é na verdade, muito injusto, tal é a qualidade do maior dos SUV da marca japonesa, patente também no facto de ser o Mazda mais vendido no mercado europeu. O CX-5 foi um dos responsáveis pela introdução da mais recente evolução da linguagem de design da Mazda e assim, para sermos justos, é também importante considerá-lo como um dos principais responsáveis pelo sucesso em que a filosofia Kodo se tornou. Isto porque são muitos os sinais de aprovação daqueles a quem esta não passa despercebida e este CX-5 não foi exceção durante os dias que esteve connosco. Conduzimo-lo equipado com o motor 2.0 Skyactiv-G de 165 cavalos.
Qualidade geral; imagem; equipamento.
Consumos em cidade; disponibilidade do motor.
Exterior
Exterior (8/10) A Mazda conseguiu, através da sua linguagem de design Kodo, esconder as dimensões do seu maior SUV e, ao mesmo tempo, adicionar emoção às suas linhas. A marca japonesa prova assim que um grande SUV, espaçoso e prático, pode também ser sinónimo de um automóvel emocional. Na mais recente atualização, a carroçaria do CX-5 apenas recebeu um novo lettering nos emblemas, mantendo intactas as suas linhas gerais, uma decisão que nos parece certa dado o impacto visual que este ainda consegue causar junto de quem o vê.
Interior
Interior (9/10) No habitáculo destaca-se a enorme sensação de qualidade, notória não só nos materiais utilizados no tablier, consola, portas e bancos, como também na montagem de todos os seus elementos. O painel de instrumentos permite uma leitura muito clara das informações e a posição de condução, por oposição à do CX-30 recentemente ensaiado, é mais elevada, agradando, certamente, aos condutores que procuram uma excelente visibilidade dianteira e não tanto uma maior ligação à condução. A sensação de robustez de construção prolonga-se ao banco traseiro, lugares onde os passageiros não podem igualmente queixar-se da falta de espaço. A bagageira, com abertura elétrica, conta com 506 litros de capacidade.
Equipamento
Equipamento (9/10) A gama atualizada do Mazda CX-5 conta com os habituais níveis de equipamento Evolve e Excellence mas adiciona-lhe ainda um de topo, o que ensaiámos, designado por Special Edition. Não lhe faltam assim elementos como os acabamentos em madeira no habitáculo, iluminação interior full LED, bancos e volante aquecido e estofos em pele, equipamento adicional ao já proposto de série no nível Excellence e que inclui, por exemplo: faróis LED adaptativos, jantes de 19”, sistema de som Bose, bem como um pacote de sistemas de segurança com travagem automática de emergência, alerta de ângulo morto, Active Driving Display, entre outros.
Consumos
Consumos (7/10) Nos primeiros 50 quilómetros, onde percursos citadinos foram poucos, o computador de bordo registou um consumo médio de 7,6 litros/100 km. No entanto, assim que chegámos à cidade e introduzimos um pouco de ar condicionado na equação, o valor subiu para uns menos simpáticos 8,3 litros/100 km e por ali se manteve, mais décima, menos décima, até regressarmos à estrada aberta e autoestrada, fechando o nosso circuito misto com uma média final de 8 lt/100 km.
Ao Volante
Ao volante (8/10) Como referido anteriormente, a posição de condução elevada é muito confortável e permite igualmente uma ótima visibilidade para a frente. Mas o grande destaque da condução é o tato muito positivo de todos os comandos: pedais, direção e caixa. Também a suspensão merece elogios, deixando de fora do habitáculo quase todas as imperfeições do piso e mesmo não conseguindo esconder algum adornar de carroçaria nas curvas mais pronunciadas, confere ao CX-5 uma capacidade dinâmica acima da média, mostrando-se relativamente ágil considerando os seus quase 1,7 metros de altura e cerca de 1,5 toneladas de peso.
Motor
Motor (7/10) O motor dois litros Skyactiv-G é uma unidade que prima pela suavidade de funcionamento, com ruído bem contido, bem como pela progressividade na entrega da potência, uma vez que se trata de um motor atmosférico. A resposta do acelerador é imediata mas o motor gosta de trabalhar a partir dos médios regimes uma vez que o binário de 213 Nm, algo curto, está apenas disponível às 4000 rpm. Um ótimo complemento do motor, bem como da experiência de condução, de uma forma geral, é a ótima transmissão manual de 6 velocidades, como é hábito na Mazda.
Balanço Final
Balanço final (8/10) O CX-5 é um sucesso tremendo para a marca de Hiroshima e o mercado português não está, infelizmente, a desfrutar de uma das melhores propostas do segmento. É verdade que o motor, uma unidade cheia de qualidades, difere bastante das propostas atualmente mais valorizadas pelos condutores, cuja sobrealimentação traz o binário e consequente disponibilidade para regimes mais baixos, facilitando a utilização numa condução descontraída no quotidiano. Ainda assim, é impossível não ficar impressionado com o design, distinto, exclusivo, bem como com outros argumentos como a oferta de equipamento e uma irrepreensível qualidade geral enquanto produto, enquanto automóvel. E que bom automóvel ele é.
Concorrentes
Ford Kuga 1.5 EcoBoost ST-Line X, 1496 cc, gasolina, 150 cv, 240 Nm; 0-100 km/h em 9,7 seg,; 195 km/h; 6,8 l/100 km, 155 gr/km de CO2; 36 659 euros
Ficha Técnica
Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, gasolina Cilindrada (cm3): 1998 Diâmetro x Curso (mm): 83,5 x 91,2 Taxa de Compressão: 13:1 Potência máxima (CV/rpm): 165/6000 Binário máximo (Nm/rpm): 213/4000. Transmissão: manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/independente, multibraços Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 10,3 Velocidade máxima (km/h): 201 Consumos misto (l/100 km): 7,1 Emissões CO2 (gr/km): 160 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4550/1840/1680 Distância entre eixos (mm): 2700 Largura de vias (fr/tr mm): 1595/1595 Peso (kg): 1463 Capacidade da bagageira (l): 506 Deposito de combustível (l): 56 Pneus (fr/tr): 225/55 R19 Preço da versão base (Euros): 32.910 Preço da versão ensaiada (Euros): 39.213
Mais/Menos
Mais
Qualidade geral; imagem; equipamento.
Menos
Consumos em cidade; disponibilidade do motor.
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 39213€
Preço da versão base (Euros): 32910€
Exterior
Exterior (8/10) A Mazda conseguiu, através da sua linguagem de design Kodo, esconder as dimensões do seu maior SUV e, ao mesmo tempo, adicionar emoção às suas linhas. A marca japonesa prova assim que um grande SUV, espaçoso e prático, pode também ser sinónimo de um automóvel emocional. Na mais recente atualização, a carroçaria do CX-5 apenas recebeu um novo lettering nos emblemas, mantendo intactas as suas linhas gerais, uma decisão que nos parece certa dado o impacto visual que este ainda consegue causar junto de quem o vê.
Interior
Interior (9/10) No habitáculo destaca-se a enorme sensação de qualidade, notória não só nos materiais utilizados no tablier, consola, portas e bancos, como também na montagem de todos os seus elementos. O painel de instrumentos permite uma leitura muito clara das informações e a posição de condução, por oposição à do CX-30 recentemente ensaiado, é mais elevada, agradando, certamente, aos condutores que procuram uma excelente visibilidade dianteira e não tanto uma maior ligação à condução. A sensação de robustez de construção prolonga-se ao banco traseiro, lugares onde os passageiros não podem igualmente queixar-se da falta de espaço. A bagageira, com abertura elétrica, conta com 506 litros de capacidade.
Equipamento
Equipamento (9/10) A gama atualizada do Mazda CX-5 conta com os habituais níveis de equipamento Evolve e Excellence mas adiciona-lhe ainda um de topo, o que ensaiámos, designado por Special Edition. Não lhe faltam assim elementos como os acabamentos em madeira no habitáculo, iluminação interior full LED, bancos e volante aquecido e estofos em pele, equipamento adicional ao já proposto de série no nível Excellence e que inclui, por exemplo: faróis LED adaptativos, jantes de 19”, sistema de som Bose, bem como um pacote de sistemas de segurança com travagem automática de emergência, alerta de ângulo morto, Active Driving Display, entre outros.
Consumos
Consumos (7/10) Nos primeiros 50 quilómetros, onde percursos citadinos foram poucos, o computador de bordo registou um consumo médio de 7,6 litros/100 km. No entanto, assim que chegámos à cidade e introduzimos um pouco de ar condicionado na equação, o valor subiu para uns menos simpáticos 8,3 litros/100 km e por ali se manteve, mais décima, menos décima, até regressarmos à estrada aberta e autoestrada, fechando o nosso circuito misto com uma média final de 8 lt/100 km.
Ao volante
Ao volante (8/10) Como referido anteriormente, a posição de condução elevada é muito confortável e permite igualmente uma ótima visibilidade para a frente. Mas o grande destaque da condução é o tato muito positivo de todos os comandos: pedais, direção e caixa. Também a suspensão merece elogios, deixando de fora do habitáculo quase todas as imperfeições do piso e mesmo não conseguindo esconder algum adornar de carroçaria nas curvas mais pronunciadas, confere ao CX-5 uma capacidade dinâmica acima da média, mostrando-se relativamente ágil considerando os seus quase 1,7 metros de altura e cerca de 1,5 toneladas de peso.
Concorrentes
Ford Kuga 1.5 EcoBoost ST-Line X, 1496 cc, gasolina, 150 cv, 240 Nm; 0-100 km/h em 9,7 seg,; 195 km/h; 6,8 l/100 km, 155 gr/km de CO2; 36 659 euros
Motor
Motor (7/10) O motor dois litros Skyactiv-G é uma unidade que prima pela suavidade de funcionamento, com ruído bem contido, bem como pela progressividade na entrega da potência, uma vez que se trata de um motor atmosférico. A resposta do acelerador é imediata mas o motor gosta de trabalhar a partir dos médios regimes uma vez que o binário de 213 Nm, algo curto, está apenas disponível às 4000 rpm. Um ótimo complemento do motor, bem como da experiência de condução, de uma forma geral, é a ótima transmissão manual de 6 velocidades, como é hábito na Mazda.
Balanço final
Balanço final (8/10) O CX-5 é um sucesso tremendo para a marca de Hiroshima e o mercado português não está, infelizmente, a desfrutar de uma das melhores propostas do segmento. É verdade que o motor, uma unidade cheia de qualidades, difere bastante das propostas atualmente mais valorizadas pelos condutores, cuja sobrealimentação traz o binário e consequente disponibilidade para regimes mais baixos, facilitando a utilização numa condução descontraída no quotidiano. Ainda assim, é impossível não ficar impressionado com o design, distinto, exclusivo, bem como com outros argumentos como a oferta de equipamento e uma irrepreensível qualidade geral enquanto produto, enquanto automóvel. E que bom automóvel ele é.
Qualidade geral; imagem; equipamento.
MenosConsumos em cidade; disponibilidade do motor.
Ficha técnica
Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, gasolina Cilindrada (cm3): 1998 Diâmetro x Curso (mm): 83,5 x 91,2 Taxa de Compressão: 13:1 Potência máxima (CV/rpm): 165/6000 Binário máximo (Nm/rpm): 213/4000. Transmissão: manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/independente, multibraços Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 10,3 Velocidade máxima (km/h): 201 Consumos misto (l/100 km): 7,1 Emissões CO2 (gr/km): 160 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4550/1840/1680 Distância entre eixos (mm): 2700 Largura de vias (fr/tr mm): 1595/1595 Peso (kg): 1463 Capacidade da bagageira (l): 506 Deposito de combustível (l): 56 Pneus (fr/tr): 225/55 R19 Preço da versão base (Euros): 32.910 Preço da versão ensaiada (Euros): 39.213
Preço da versão base (Euros): 32910€
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