Mazda CX-30 2.0 Skyactiv-G Evolve – Ensaio Teste
Mazda CX-30 2.0 Skyactiv-G Evolve
Texto: José Manuel Costa ([email protected])
Uma agradável surpresa
Os últimos produtos da Mazda têm vindo a surpreender e se o CX-30 não é propriamente uma novidade, pois já o tinha conhecido na apresentação europeia, a verdade é um contacto mais demorado com o carro permitiu-me ficar surpreendido com várias coisas, entre elas, a qualidade, o refinamento e o cuidado nos detalhes. Para lá disso, o motor a gasolina voltou a mostrar qualidades.
Estilo, Qualidade, Eficiência
Performances
Exterior
Pontuação 8/10
A base do CX-30 é a mesma do Mazda3, não sendo uma aplicação pura e simples. A Mazda encolheu a distância entre eixos e o CX-30 é mais pequeno que o 3. Diz a marca japonesa que a ideia foi dar ao CX-30 dimensões mais confortáveis para a cidade. Quanto ao estilo, o departamento de design da Mazda voltou a acertar em cheio com um SUV bem proporcionado e que não nos esfrega na cara ser um SUV. As proteções de plástico negro nas cavas das rodas dão-lhe carácter e o aspeto geral é excelente. Enfim, um carro muito agradável à vista e sedutor.
Interior
Pontuação 8/10
Tal como tem acontecido com os últimos modelos da Mazda, o CX-30 tem um interior muito bem construído e volta a impressionar. Os materiais são de grande qualidade, há muito plástico suave ao toque a revestir quase todo o habitáculo e não tenho dúvidas que no caso do CX-30 estamos a falar de qualidade ao nível do BMW X2, deixando para trás os rivais do segmento como o Seat Ateca, Nissan Qashqai e outros. O CX-30 utiliza muitas das peças usadas no 3 para compor o habitáculo, por isso lá está o mesmo sistema de info entretenimento, o mesmo ecrã de 8,8 polegadas montado na mesma posição, controlado pelo mesmo comando rotativo colocado entre os bancos, tem grafismo sóbrio e oferece de série Apple CarPlay e Android Auto.
A posição de condução é facilmente encontrada graças às muitas possibilidades de regulação em termos de banco e coluna de direção, e apesar de estarmos sentados mais alto que no Mazda3, se estiver ao seu lado um Qasqhai parece que estacionou ao lado de uma Navara! Espaço existe em abundância à frente, atrás as coisas são menos risonhas principalmente se quem estiver ao volante tiver um chassis robusto. A bagageira não tem truques com fundos falsos ou arrumações específicas e a capacidade está abaixo da média do segmento: são 430 litros que se podem esticar aos 1406 litros com o rebatimento do banco traseiro.
Equipamento
Pontuação 7/10
A unidade ensaiada tinha como nível de equipamento o Evolve, que oferece jantes de liga leve, faróis dianteiros LED, luzes frontais de halogéneo, faróis traseiros LED, spoiler da cor do tejadilho, retrovisores exteriores com rebatimento automático, ajustáveis e aquecidos, antena integrada no vidro traseiro, ecrã central TFT de 8,8 polegadas, volante em pele, comandos no volante, Bluetooth, alavanca da caixa em pele, ar condicionado automático, apoio de braço central, HUD display, assistência ao arranque em declive, apoio inteligente à travagem em cidade com deteção de peões, monitorização do ângulo morto com alerta de tráfego traseiro, alerta de atenção do condutor, reconhecimento dos sinais de trânsito, aviso de saída de faixa e assistente de posicionamento na faixa, apoio inteligente à travagem, controlo de velocidade com radar e assistente inteligente de velocidade, sensores de estacionamento traseiros, máximos automáticos, botão de ignição, computador de bordo, sensores de luz e chuva, sistema de som com Bluetooth e 8 colunas de som.
Existem, depois, quatro pacotes de equipamento opcional. Pack Ative (Jantes de liga leve de 18 polegadas, câmara traseira, sensores de estacionamento dianteiro, vidros traseiros escurecidos, chave inteligente e abertura e fecho elétrico da bagageira), Pack Safety (alerta de tráfego frontal, sistema de monitorização do condutor, sistema inteligente de apoio à travagem em marcha atrás, monitorização de visualização superior e sistema de apoio ao trânsito em fila), Pack Sound (sistema Premium da Bose) e Pack Sport (assinatura de luz LED e luzes diurnas LED). Tudo isto para poder colocar no seu CX-30.
Consumos
Pontuação 7/10
A eficiência do motor Slyactiv-G é impressionante: observando os cuidados próprio de uma condução responsável, o CX-30 devolveu-me um consumo de 5,4 l/100 km. Absolutamente excelente. É verdade que se queremos abusar um pouco, a fasquia sobe para os 6,8 l/100 km e é possível que chegue aos 7,4 l/100 km se insistirmos em explorar a parca potência disponível. Mas a verdade é que o motor deixa de ter piada e só estamos a gastar gasolina. Contas feitas, um consumo médio do ensaio de 6,1 l/100 km é um extraordinário resultado para o CX-30 Skyactiv G, sim, a gasolina.
Ao Volante
Pontuação 7/10
Não tendo performances apuradas, o CX-30 não deixa de ser um carro eficaz e competente, embora como sucede com todos os SUV, não seja um desportivo, longe disso. Porém, encaixa bem com as capacidades do motor, e o comportamento acaba por ser bom: controlo efetivo dos movimentos da carroçaria, eixo dianteiro com excelente aderência e uma direção preciso e com o peso certo, apesar de ser menos rápida a regressar ao ponto neutro. Ou seja, não sendo desportivo ou particularmente emocionante na condução, o CX-30 é eficaz, seguro e competente.
Motor
Pontuação 7/10
Com o motor 2.0 Skyactiv-G a debitar 122 CV e 213 Nm, não se pode esperar grandes veleidades em termos de performances. Mas pelo menos é um motor refinado, suave porque não tem turbo e com características muito simpáticas como o consumo e as emissões. Naturalmente que a necessidade de levar o motor até ás 3000 rpm para ter binário, obriga, também, a mexer mais na caixa. Mas como sucede com o Mazda3, a caixa do CX-30 é uma preciosa ajuda para utilizar o motor, sendo fácil, suave e agradável.
Balanço Final
Pontuação 8/10
O CX-30 é um carro que satisfaz em, praticamente, todas as áreas: tem um interior com enorme qualidade – que pede meças aos produtos Premium – tem muita atenção aos detalhes (veja o exemplo do ruído interior do sistema de indicador de mudança de direção, suave e requintado), tem espaço suficiente e uma bagageira que não é de topo, mas não envergonha, um comportamento seguro e eficaz e uma eficiência notável. Enfim, é um carro giro que merece a sua atenção, até porque está muito bem equipado e por menos de 30 mil euros, é um carro muito, muito interessante.
Concorrentes
Audi Q2
999 c.c. turbo a gasolina; 116 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 10,1 seg,; 197 km/h; 5,2 l/100 km, 119 gr/km de CO2; 31.080 euros
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Seat Ateca
999 c.c. turbo a gasolina; 115 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 5,2 l/100 km, 121 gr/km de CO2; 31.103 euros
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Toyota C-HR
1798 c.c. híbrído a gasolina; 122 CV; 163 Nm; 0-100 km/h em 11,0 seg,; 170 km/h; 3,8 l/100 km, 86 gr/km de CO2; 29.870 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha a gasolina com injeção direta
Cilindrada (cm3): 1998
Diâmetro x Curso (mm): 83,5 x 91,2
Taxa de Compressão: 13,0
Potência máxima (CV/rpm): 122/6000
Binário máximo (Nm/rpm): 213/4000
Transmissão: tração dianteira, caixa manual de 6 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): McPherson/eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,6
Velocidade máxima (km/h): 186
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,5/6,2/5,1
Emissões CO2 (gr/km): 116
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4395/1795/1540
Distância entre eixos (mm): 2655
Largura de vias (fr/tr mm): 1565/1565
Peso (kg): 1320
Capacidade da bagageira (l): 430/1406
Deposito de combustível (l): 51
Pneus (fr/tr): 215/55 R18
Mais/Menos
Mais
Estilo, Qualidade, Eficiência
Menos
Performances
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 27650€
Preço da versão base (Euros): 27650€
Exterior
Pontuação 8/10
A base do CX-30 é a mesma do Mazda3, não sendo uma aplicação pura e simples. A Mazda encolheu a distância entre eixos e o CX-30 é mais pequeno que o 3. Diz a marca japonesa que a ideia foi dar ao CX-30 dimensões mais confortáveis para a cidade. Quanto ao estilo, o departamento de design da Mazda voltou a acertar em cheio com um SUV bem proporcionado e que não nos esfrega na cara ser um SUV. As proteções de plástico negro nas cavas das rodas dão-lhe carácter e o aspeto geral é excelente. Enfim, um carro muito agradável à vista e sedutor.
Interior
Pontuação 8/10
Tal como tem acontecido com os últimos modelos da Mazda, o CX-30 tem um interior muito bem construído e volta a impressionar. Os materiais são de grande qualidade, há muito plástico suave ao toque a revestir quase todo o habitáculo e não tenho dúvidas que no caso do CX-30 estamos a falar de qualidade ao nível do BMW X2, deixando para trás os rivais do segmento como o Seat Ateca, Nissan Qashqai e outros. O CX-30 utiliza muitas das peças usadas no 3 para compor o habitáculo, por isso lá está o mesmo sistema de info entretenimento, o mesmo ecrã de 8,8 polegadas montado na mesma posição, controlado pelo mesmo comando rotativo colocado entre os bancos, tem grafismo sóbrio e oferece de série Apple CarPlay e Android Auto.
A posição de condução é facilmente encontrada graças às muitas possibilidades de regulação em termos de banco e coluna de direção, e apesar de estarmos sentados mais alto que no Mazda3, se estiver ao seu lado um Qasqhai parece que estacionou ao lado de uma Navara! Espaço existe em abundância à frente, atrás as coisas são menos risonhas principalmente se quem estiver ao volante tiver um chassis robusto. A bagageira não tem truques com fundos falsos ou arrumações específicas e a capacidade está abaixo da média do segmento: são 430 litros que se podem esticar aos 1406 litros com o rebatimento do banco traseiro.
Equipamento
Pontuação 7/10
A unidade ensaiada tinha como nível de equipamento o Evolve, que oferece jantes de liga leve, faróis dianteiros LED, luzes frontais de halogéneo, faróis traseiros LED, spoiler da cor do tejadilho, retrovisores exteriores com rebatimento automático, ajustáveis e aquecidos, antena integrada no vidro traseiro, ecrã central TFT de 8,8 polegadas, volante em pele, comandos no volante, Bluetooth, alavanca da caixa em pele, ar condicionado automático, apoio de braço central, HUD display, assistência ao arranque em declive, apoio inteligente à travagem em cidade com deteção de peões, monitorização do ângulo morto com alerta de tráfego traseiro, alerta de atenção do condutor, reconhecimento dos sinais de trânsito, aviso de saída de faixa e assistente de posicionamento na faixa, apoio inteligente à travagem, controlo de velocidade com radar e assistente inteligente de velocidade, sensores de estacionamento traseiros, máximos automáticos, botão de ignição, computador de bordo, sensores de luz e chuva, sistema de som com Bluetooth e 8 colunas de som.
Existem, depois, quatro pacotes de equipamento opcional. Pack Ative (Jantes de liga leve de 18 polegadas, câmara traseira, sensores de estacionamento dianteiro, vidros traseiros escurecidos, chave inteligente e abertura e fecho elétrico da bagageira), Pack Safety (alerta de tráfego frontal, sistema de monitorização do condutor, sistema inteligente de apoio à travagem em marcha atrás, monitorização de visualização superior e sistema de apoio ao trânsito em fila), Pack Sound (sistema Premium da Bose) e Pack Sport (assinatura de luz LED e luzes diurnas LED). Tudo isto para poder colocar no seu CX-30.
Consumos
Pontuação 7/10
A eficiência do motor Slyactiv-G é impressionante: observando os cuidados próprio de uma condução responsável, o CX-30 devolveu-me um consumo de 5,4 l/100 km. Absolutamente excelente. É verdade que se queremos abusar um pouco, a fasquia sobe para os 6,8 l/100 km e é possível que chegue aos 7,4 l/100 km se insistirmos em explorar a parca potência disponível. Mas a verdade é que o motor deixa de ter piada e só estamos a gastar gasolina. Contas feitas, um consumo médio do ensaio de 6,1 l/100 km é um extraordinário resultado para o CX-30 Skyactiv G, sim, a gasolina.
Ao volante
Pontuação 7/10
Não tendo performances apuradas, o CX-30 não deixa de ser um carro eficaz e competente, embora como sucede com todos os SUV, não seja um desportivo, longe disso. Porém, encaixa bem com as capacidades do motor, e o comportamento acaba por ser bom: controlo efetivo dos movimentos da carroçaria, eixo dianteiro com excelente aderência e uma direção preciso e com o peso certo, apesar de ser menos rápida a regressar ao ponto neutro. Ou seja, não sendo desportivo ou particularmente emocionante na condução, o CX-30 é eficaz, seguro e competente.
Concorrentes
Audi Q2
999 c.c. turbo a gasolina; 116 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 10,1 seg,; 197 km/h; 5,2 l/100 km, 119 gr/km de CO2; 31.080 euros
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Seat Ateca
999 c.c. turbo a gasolina; 115 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 5,2 l/100 km, 121 gr/km de CO2; 31.103 euros
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Toyota C-HR
1798 c.c. híbrído a gasolina; 122 CV; 163 Nm; 0-100 km/h em 11,0 seg,; 170 km/h; 3,8 l/100 km, 86 gr/km de CO2; 29.870 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação 7/10
Com o motor 2.0 Skyactiv-G a debitar 122 CV e 213 Nm, não se pode esperar grandes veleidades em termos de performances. Mas pelo menos é um motor refinado, suave porque não tem turbo e com características muito simpáticas como o consumo e as emissões. Naturalmente que a necessidade de levar o motor até ás 3000 rpm para ter binário, obriga, também, a mexer mais na caixa. Mas como sucede com o Mazda3, a caixa do CX-30 é uma preciosa ajuda para utilizar o motor, sendo fácil, suave e agradável.
Balanço final
Pontuação 8/10
O CX-30 é um carro que satisfaz em, praticamente, todas as áreas: tem um interior com enorme qualidade – que pede meças aos produtos Premium – tem muita atenção aos detalhes (veja o exemplo do ruído interior do sistema de indicador de mudança de direção, suave e requintado), tem espaço suficiente e uma bagageira que não é de topo, mas não envergonha, um comportamento seguro e eficaz e uma eficiência notável. Enfim, é um carro giro que merece a sua atenção, até porque está muito bem equipado e por menos de 30 mil euros, é um carro muito, muito interessante.
Estilo, Qualidade, Eficiência
Menos
Performances
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha a gasolina com injeção direta
Cilindrada (cm3): 1998
Diâmetro x Curso (mm): 83,5 x 91,2
Taxa de Compressão: 13,0
Potência máxima (CV/rpm): 122/6000
Binário máximo (Nm/rpm): 213/4000
Transmissão: tração dianteira, caixa manual de 6 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): McPherson/eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,6
Velocidade máxima (km/h): 186
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,5/6,2/5,1
Emissões CO2 (gr/km): 116
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4395/1795/1540
Distância entre eixos (mm): 2655
Largura de vias (fr/tr mm): 1565/1565
Peso (kg): 1320
Capacidade da bagageira (l): 430/1406
Deposito de combustível (l): 51
Pneus (fr/tr): 215/55 R18
Preço da versão base (Euros): 27650€
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