Mazda 3 HB 1.8 SKYACTIV-D – Ensaio Teste
Mazda 3 HB 1.8 SKYACTIV-D Evolve
Texto: Francisco Cruz
A força da diferença
Não é de hoje que a Mazda procura afirmar-se no mercado automóvel, trilhando um caminho diferente dos restantes construtores. A intenção é, de resto, reafirmada na nova geração Mazda 3, um familiar compacto… diferente na opções que preconiza, mas também cada vez melhor.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Qualidade de construção e de materiais; Equipamento; Comportamento
Acesso aos lugares traseiros; Lugar do meio; Bagageira
Exterior
Pontuação: 10/10
Continuadora da linguagem de design Kodo que a marca de Hiroshima tem vindo a desenvolver nos seus automóveis, a quarta geração do Mazda 3 é também o primeiro modelo a exibir aquela que é a mais recente evolução desta filosofia. E que prima por um visual mais radical e desportivo, marcado por arestas e planos fortes, tudo junto num corpo que não esconde a inspiração no protótipo Vision Coupé, dado a conhecer na edição de 2017 do Salão de Tóquio.
Com um comprimento exterior a roçar os 4,5 metros, dos quais mais de 2,7 m encontram-se entre os eixos, o novo Mazda 3 consegue, assim, criar, logo no primeiro contacto e graças às linhas particularmente fluídas e refinadas, o desejo de condução. Sentimento acentuado igualmente não somente pela traseira tipo hatchback fortemente desportiva, como também pelos vários pormenores que fazem a personalidade deste familiar.
É o caso, por exemplo, da nova grelha frontal, aumentada nas dimensões e com uma moldura mais destacada face à rede negra, claramente a remeter para os desportivos do passado. Ou ainda das cada vez mais afiladas ópticas dianteiras em LED, a contribuir para o apurar da imagem de ave de rapina, e que só fica bem a este compacto japonês.
Assim e mesmo com uma incompreensível desvalorização da importância das jantes – o “nosso” carro envergava umas “modestas” jantes de 16 polegadas… -, pouco mais haverá a dizer, senão que… gostámos; muito!
Interior
Pontuação: 8/10
Senhor de um visual exterior arrebatador na sua simplicidade, o novo Mazda 3 transporta esse mesmo princípio para o interior do habitáculo. Onde a par de uma qualidade de construção sem mácula e de uma evolução substancial nos materiais, é possível encontrar um ambiente despido de pormenores ou comandos supérfluos, e resumido apenas àquilo que é verdadeiramente importante.
Assim e em particular na área destinada aos dois ocupantes dos lugares da frente, um tablier de linhas minimalistas, no qual o aspecto mais “elaborado” é a colocação destacada e entre linhas, do novo ecrã do sistema de infoentretenimento HMI – agora mais na horizontal, mas também imune ao tacto.
Aliás, melhorias, neste aspecto, só mesmo no layout, e, principalmente, na eliminação da crónica demora na exibição das estações de rádio. Mas isso…
De frente para o condutor e optando por um painel de instrumentos que conjuga o analógico com o digital (só não se percebe a duplicação do indicador de gasolina…), destaque para a forma perfeita como a Mazda integrou o sistema de ar condicionado automático e saídas de ar no frontal do tablier, assim como para já proverbial colocação da pequena (e excelente!) manche da caixa de velocidades. Acompanhada, um pouco mais atrás, dos botões rotativos do som e do já referido sistema multimédia; este último, conjugado com botões de pressão de acesso rápido às várias funcionalidades, além de com o mesmo toque excelente dos restantes…
Convincente e sem mácula é também a posição de condução, marcada pela perfeita integração do condutor no cockpit, fruto de um volante com muitos botões, mas também com pega excelente, além de regulação ampla, tanto em altura como em profundidade. E, principalmente, de um banco que, mais baixo que anteriormente, oferece ainda bons apoios laterais, conforto e regulações manuais amplas. Tudo isto a garantir um bom acesso aos poucos comandos e bem melhor, inclusivamente, que a visibilidade traseira, muito dependente das ajudas electrónicas…
Quanto à habitabilidade, melhor à frente que atrás, onde o Mazda3 acaba penalizado pelas opções estéticas. Com os condicionalismos a começarem no acesso, passando em seguida ao espaço disponível para três ocupantes. E, em particular, para um potencial passageiro ao meio, limitado no espaço para pernas, em altura e em largura – motivos que levam a recomendar o transporte de apenas dois passageiros nos lugares traseiros…
As mesmas limitações estendem-se, de resto, à bagageira, cuja capacidade inicial não vai além dos 388 litros, 1270 l com as costas dos bancos traseiros rebatidas 60/40 na horizontal e no seguimento do piso da mala. Valores aquém daquilo são as referências do segmento, como é o caso do Volkswagen Golf, e a que se junta um acesso demasiado alto, a inexistência de ganchos porta-sacos e apenas um pequeno alçapão por baixo do piso falso.
Equipamento
Pontuação: 9/10
Enriquecido com o nível de equipamento Evolve – além deste, só mesmo topo de gama Excellence… -, o Mazda 3 apresenta um conjunto de mais-valias que facilmente o fazem destacar-se.
A comprová-lo, a extensa lista de equipamentos de Segurança e Ajuda à Condução, da qual fazem parte, entre muitos outros items, a Assistência à Travagem de Emergência com Distribuição Electrónica da Força de Travagem, Travagem Autónoma de Emergência, Controlo Dinâmico de Estabilidade, Assistência ao Arranque em Subidas, Mazda Radar Cruise Control, Alerta de Transposição Involuntária de Faixa, Manutenção na Faixa de Rodagem, Sistema de Monitorização da Pressão dos Pneus, Active Drive Display no pára-brisas, Alerta de Ângulo Morto, Alerta de Cansaço do Condutor, Reconhecimento de Sinais de Trânsito, faróis LED, Controlo de Máximos, Sensores de Chuva e de Luminosidade, sensores de estacionamento traseiro, travão de mão elétrico e alarme.
… Chega?
Consumos
Pontuação: 9/10
Competente na forma como reage às exigências impostas pelo trânsito de todos os dias, o 1.8 SKYACTIV-D de 116 cv, que é também a única motorização Diesel disponível no novo Mazda 3, consegue, ser ainda mais convincente, no capítulo dos consumos.
Anunciando, à partida, uma média oficial em trajecto combinado na ordem dos 5,6 l/100 km, a verdade é que o modelo japonês terminou o nosso ensaio, com um registo não muito distante desse mesmo valor, fixado nos 6 l/100 km. Isto, já com a ajuda de um sistema Stop&Start mais eficaz e discreto no funcionamento, que propriamente rápido…
Ao Volante
Pontuação: 9/10
Desenvolvido com base na mesma plataforma do antecessor, embora com a surpresa da troca do anterior sistema multibraços na suspensão traseira, por um mais básico eixo de torção (necessidade de reduzir custos?…), a verdade é que o Mazda 3 1.8 SKYACTIV-D continua a afirmar-se também através de um comportamento dinâmico pouco menos que referencial. Juntando à facilidade de condução e conforto no rolar, uma atitude em estrada, que facilmente cativa.
Seguro, estável e preciso na forma como cumpre curva sobre curva, nem o carácter um tudo-nada mais filtrado da direcção, impede que nos sintamos parte do conjunto e envolvidos na condução. Com o Mazda 3 a não recusar sequer uma atitude mais afoita ao volante, mesmo que que condicionada pela personalidade mais descontraída do propulsor, graças à forma equilibrada e salutar, como se exibe e comporta.
Em suma, um prazer ao volante!…
Motor
Pontuação: 8/10
Disponível igualmente com uma motorização 2.0 a gasolina de 122 cv, o Mazda 3 que escolhemos para este ensaio, envergava, no entanto, aquela que será, à partida, a motorização com maior procura, junto dos condutores portugueses: um quatro cilindros 1,8 litros a gasóleo, que, com os seus 116 cv e 270 Nm de binário, anuncia prestações na ordem dos 197 km/h de velocidade máxima, além de acelerações dos 0 aos 100 km/h em pouco mais de 10 segundos.
Aplicados à dura realidade, estes números acabam contribuindo para a afirmação deste bloco SKYACTIV-D enquanto opção perfeita para as necessidades familiares, mais até que garantia de emoções fortes ou acelerações vigorosas. Sobressaindo não apenas o funcionamento muito linear e suave, como também a óptima insonorização e a elevada disponibilidade ao longo de praticamente todo o conta-rotações.
Opção convincente para os desmandos do dia-a-dia, em prol deste resultado joga ainda a óptima caixa manual de seis velocidades, exemplo de precisão e tacto no funcionamento; tanto, que só apetece usar!…
Balanço Final
Pontuação: 9/10
Concorrente num dos segmentos mais importantes do mercado automóvel europeu, em que o Volkswagen Golf continua como a eterna referência, o Mazda 3 apresenta-se, em nova geração, como uma proposta mais amadurecida e refinada. Graças, desde logo, à evolução registada em aspectos como a qualidade, a estética, o equipamento, mas também o comportamento e facilidade de condução. Argumentos que nem mesmo uma habitabilidade traseira aquém das referências, uma capacidade de carga mais limitada, e um motor Diesel que tem nos consumos e suavidade as suas maiores qualidades, conseguem deslustrar…
Concorrentes
Alfa Romeo Giulietta 1.6 JTDM-2 Sport, 120cv, 10s 0-100km/h, 195 km/h, 4,7 l/100 km, 103 g/km CO2, 29 702€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ford Focus 1.5 TDCi Business, 120cv, 10s 0-100 km/h, 196 km/h, 3,6 l/100 km, 118 g/km CO2, 26 901€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Honda Civic 1.6 i-DTEC Comfort, 120cv, 10,1s 0-100 km/h, 201 km/h, 3,5 l/100 km, 117 g/km CO2, 27 550€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Hyundai i30 1.6 CRDi Style, 116cv, 10,7s 0-100 km/h, 192 km/h, 4,5 l/100 km, 124 g/km CO2, 27 155€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Astra 1.6 CDTi Dynamic, 136cv, 9,4s 0-100 km/h, 213 km/h, 4,4 l/100 km, 116 g/km CO2, 30 800€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen Golf 1.6 TDI Trendline, 115cv, 10,s 0-100 km/h, 198 km/h, 4,1 l/100 km, 120 g/km CO2, 29 156€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, DOHC, com injecção directa
Cilindrada (cm3): 1.759
Diâmetro x curso (mm): 79.0 x 89.7
Taxa compressão: 14.8 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 116/4.000
Binário máximo (Nm/rpm): 270/1600-2600
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica (EPS)
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Barra de torsão
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos sólidos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 12,1
Velocidade máxima (km/h): 192
Consumos Extra-Alta Velocidade/Alta Velocidade/Média Velocidade/Baixa Velocidade/Combinado (l/100 km WLTP): 6,3/4,6/5,8/6,4/5,6
Emissões de CO2 (g/km): 148
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,460/2,028/1,435
Distância entre eixos (mm): 2,725
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,570/1,580
Peso máximo (kg): 1.320
Capacidade da bagageira (l): 358/1.026
Depósito de combustível (l): 51
Pneus (fr/tr): 205/60 R16 / 205/60 R16
Preço da versão ensaiada (Euros): inclui pintura metalizada
Mais/Menos
Mais
Qualidade de construção e de materiais; Equipamento; Comportamento
Menos
Acesso aos lugares traseiros; Lugar do meio; Bagageira
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 30704€
Preço da versão base (Euros): €
Exterior
Pontuação: 10/10
Continuadora da linguagem de design Kodo que a marca de Hiroshima tem vindo a desenvolver nos seus automóveis, a quarta geração do Mazda 3 é também o primeiro modelo a exibir aquela que é a mais recente evolução desta filosofia. E que prima por um visual mais radical e desportivo, marcado por arestas e planos fortes, tudo junto num corpo que não esconde a inspiração no protótipo Vision Coupé, dado a conhecer na edição de 2017 do Salão de Tóquio.
Com um comprimento exterior a roçar os 4,5 metros, dos quais mais de 2,7 m encontram-se entre os eixos, o novo Mazda 3 consegue, assim, criar, logo no primeiro contacto e graças às linhas particularmente fluídas e refinadas, o desejo de condução. Sentimento acentuado igualmente não somente pela traseira tipo hatchback fortemente desportiva, como também pelos vários pormenores que fazem a personalidade deste familiar.
É o caso, por exemplo, da nova grelha frontal, aumentada nas dimensões e com uma moldura mais destacada face à rede negra, claramente a remeter para os desportivos do passado. Ou ainda das cada vez mais afiladas ópticas dianteiras em LED, a contribuir para o apurar da imagem de ave de rapina, e que só fica bem a este compacto japonês.
Assim e mesmo com uma incompreensível desvalorização da importância das jantes – o “nosso” carro envergava umas “modestas” jantes de 16 polegadas… -, pouco mais haverá a dizer, senão que… gostámos; muito!
Interior
Pontuação: 8/10
Senhor de um visual exterior arrebatador na sua simplicidade, o novo Mazda 3 transporta esse mesmo princípio para o interior do habitáculo. Onde a par de uma qualidade de construção sem mácula e de uma evolução substancial nos materiais, é possível encontrar um ambiente despido de pormenores ou comandos supérfluos, e resumido apenas àquilo que é verdadeiramente importante.
Assim e em particular na área destinada aos dois ocupantes dos lugares da frente, um tablier de linhas minimalistas, no qual o aspecto mais “elaborado” é a colocação destacada e entre linhas, do novo ecrã do sistema de infoentretenimento HMI – agora mais na horizontal, mas também imune ao tacto.
Aliás, melhorias, neste aspecto, só mesmo no layout, e, principalmente, na eliminação da crónica demora na exibição das estações de rádio. Mas isso…
De frente para o condutor e optando por um painel de instrumentos que conjuga o analógico com o digital (só não se percebe a duplicação do indicador de gasolina…), destaque para a forma perfeita como a Mazda integrou o sistema de ar condicionado automático e saídas de ar no frontal do tablier, assim como para já proverbial colocação da pequena (e excelente!) manche da caixa de velocidades. Acompanhada, um pouco mais atrás, dos botões rotativos do som e do já referido sistema multimédia; este último, conjugado com botões de pressão de acesso rápido às várias funcionalidades, além de com o mesmo toque excelente dos restantes…
Convincente e sem mácula é também a posição de condução, marcada pela perfeita integração do condutor no cockpit, fruto de um volante com muitos botões, mas também com pega excelente, além de regulação ampla, tanto em altura como em profundidade. E, principalmente, de um banco que, mais baixo que anteriormente, oferece ainda bons apoios laterais, conforto e regulações manuais amplas. Tudo isto a garantir um bom acesso aos poucos comandos e bem melhor, inclusivamente, que a visibilidade traseira, muito dependente das ajudas electrónicas…
Quanto à habitabilidade, melhor à frente que atrás, onde o Mazda3 acaba penalizado pelas opções estéticas. Com os condicionalismos a começarem no acesso, passando em seguida ao espaço disponível para três ocupantes. E, em particular, para um potencial passageiro ao meio, limitado no espaço para pernas, em altura e em largura – motivos que levam a recomendar o transporte de apenas dois passageiros nos lugares traseiros…
As mesmas limitações estendem-se, de resto, à bagageira, cuja capacidade inicial não vai além dos 388 litros, 1270 l com as costas dos bancos traseiros rebatidas 60/40 na horizontal e no seguimento do piso da mala. Valores aquém daquilo são as referências do segmento, como é o caso do Volkswagen Golf, e a que se junta um acesso demasiado alto, a inexistência de ganchos porta-sacos e apenas um pequeno alçapão por baixo do piso falso.
Equipamento
Pontuação: 9/10
Enriquecido com o nível de equipamento Evolve – além deste, só mesmo topo de gama Excellence… -, o Mazda 3 apresenta um conjunto de mais-valias que facilmente o fazem destacar-se.
A comprová-lo, a extensa lista de equipamentos de Segurança e Ajuda à Condução, da qual fazem parte, entre muitos outros items, a Assistência à Travagem de Emergência com Distribuição Electrónica da Força de Travagem, Travagem Autónoma de Emergência, Controlo Dinâmico de Estabilidade, Assistência ao Arranque em Subidas, Mazda Radar Cruise Control, Alerta de Transposição Involuntária de Faixa, Manutenção na Faixa de Rodagem, Sistema de Monitorização da Pressão dos Pneus, Active Drive Display no pára-brisas, Alerta de Ângulo Morto, Alerta de Cansaço do Condutor, Reconhecimento de Sinais de Trânsito, faróis LED, Controlo de Máximos, Sensores de Chuva e de Luminosidade, sensores de estacionamento traseiro, travão de mão elétrico e alarme.
… Chega?
Consumos
Pontuação: 9/10
Competente na forma como reage às exigências impostas pelo trânsito de todos os dias, o 1.8 SKYACTIV-D de 116 cv, que é também a única motorização Diesel disponível no novo Mazda 3, consegue, ser ainda mais convincente, no capítulo dos consumos.
Anunciando, à partida, uma média oficial em trajecto combinado na ordem dos 5,6 l/100 km, a verdade é que o modelo japonês terminou o nosso ensaio, com um registo não muito distante desse mesmo valor, fixado nos 6 l/100 km. Isto, já com a ajuda de um sistema Stop&Start mais eficaz e discreto no funcionamento, que propriamente rápido…
Ao volante
Pontuação: 9/10
Desenvolvido com base na mesma plataforma do antecessor, embora com a surpresa da troca do anterior sistema multibraços na suspensão traseira, por um mais básico eixo de torção (necessidade de reduzir custos?…), a verdade é que o Mazda 3 1.8 SKYACTIV-D continua a afirmar-se também através de um comportamento dinâmico pouco menos que referencial. Juntando à facilidade de condução e conforto no rolar, uma atitude em estrada, que facilmente cativa.
Seguro, estável e preciso na forma como cumpre curva sobre curva, nem o carácter um tudo-nada mais filtrado da direcção, impede que nos sintamos parte do conjunto e envolvidos na condução. Com o Mazda 3 a não recusar sequer uma atitude mais afoita ao volante, mesmo que que condicionada pela personalidade mais descontraída do propulsor, graças à forma equilibrada e salutar, como se exibe e comporta.
Em suma, um prazer ao volante!…
Concorrentes
Alfa Romeo Giulietta 1.6 JTDM-2 Sport, 120cv, 10s 0-100km/h, 195 km/h, 4,7 l/100 km, 103 g/km CO2, 29 702€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ford Focus 1.5 TDCi Business, 120cv, 10s 0-100 km/h, 196 km/h, 3,6 l/100 km, 118 g/km CO2, 26 901€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Honda Civic 1.6 i-DTEC Comfort, 120cv, 10,1s 0-100 km/h, 201 km/h, 3,5 l/100 km, 117 g/km CO2, 27 550€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Hyundai i30 1.6 CRDi Style, 116cv, 10,7s 0-100 km/h, 192 km/h, 4,5 l/100 km, 124 g/km CO2, 27 155€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Astra 1.6 CDTi Dynamic, 136cv, 9,4s 0-100 km/h, 213 km/h, 4,4 l/100 km, 116 g/km CO2, 30 800€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen Golf 1.6 TDI Trendline, 115cv, 10,s 0-100 km/h, 198 km/h, 4,1 l/100 km, 120 g/km CO2, 29 156€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação: 8/10
Disponível igualmente com uma motorização 2.0 a gasolina de 122 cv, o Mazda 3 que escolhemos para este ensaio, envergava, no entanto, aquela que será, à partida, a motorização com maior procura, junto dos condutores portugueses: um quatro cilindros 1,8 litros a gasóleo, que, com os seus 116 cv e 270 Nm de binário, anuncia prestações na ordem dos 197 km/h de velocidade máxima, além de acelerações dos 0 aos 100 km/h em pouco mais de 10 segundos.
Aplicados à dura realidade, estes números acabam contribuindo para a afirmação deste bloco SKYACTIV-D enquanto opção perfeita para as necessidades familiares, mais até que garantia de emoções fortes ou acelerações vigorosas. Sobressaindo não apenas o funcionamento muito linear e suave, como também a óptima insonorização e a elevada disponibilidade ao longo de praticamente todo o conta-rotações.
Opção convincente para os desmandos do dia-a-dia, em prol deste resultado joga ainda a óptima caixa manual de seis velocidades, exemplo de precisão e tacto no funcionamento; tanto, que só apetece usar!…
Balanço final
Pontuação: 9/10
Concorrente num dos segmentos mais importantes do mercado automóvel europeu, em que o Volkswagen Golf continua como a eterna referência, o Mazda 3 apresenta-se, em nova geração, como uma proposta mais amadurecida e refinada. Graças, desde logo, à evolução registada em aspectos como a qualidade, a estética, o equipamento, mas também o comportamento e facilidade de condução. Argumentos que nem mesmo uma habitabilidade traseira aquém das referências, uma capacidade de carga mais limitada, e um motor Diesel que tem nos consumos e suavidade as suas maiores qualidades, conseguem deslustrar…
Qualidade de construção e de materiais; Equipamento; Comportamento
Menos
Acesso aos lugares traseiros; Lugar do meio; Bagageira
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, DOHC, com injecção directa
Cilindrada (cm3): 1.759
Diâmetro x curso (mm): 79.0 x 89.7
Taxa compressão: 14.8 : 1
Potência máxima (cv/rpm): 116/4.000
Binário máximo (Nm/rpm): 270/1600-2600
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica (EPS)
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Barra de torsão
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos sólidos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 12,1
Velocidade máxima (km/h): 192
Consumos Extra-Alta Velocidade/Alta Velocidade/Média Velocidade/Baixa Velocidade/Combinado (l/100 km WLTP): 6,3/4,6/5,8/6,4/5,6
Emissões de CO2 (g/km): 148
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,460/2,028/1,435
Distância entre eixos (mm): 2,725
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,570/1,580
Peso máximo (kg): 1.320
Capacidade da bagageira (l): 358/1.026
Depósito de combustível (l): 51
Pneus (fr/tr): 205/60 R16 / 205/60 R16
Preço da versão ensaiada (Euros): inclui pintura metalizada
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