Mazda 2 Hybrid 1.5 e-CVT Select – Ensaio Teste
A tua cara não me é estranha
Já sabemos o que está a pensar. Já viu este modelo em algum lado e o desenho é mais do que familiar, mas há qualquer coisa que não está certa. E tem toda a razão. O novo Mazda 2 é, na verdade, um Toyota Yaris com outros logos e um ajuste de equipamento ponderado pela Mazda. Resulta de uma parceria entre as duas marcas, que já dura desde 2015 e que foi aproveitada da melhor forma. Ao poder utilizar o projeto de um dos melhores utilitários de motor híbrido do mercado, a Mazda poupa anos e milhões no desenvolvimento de um novo modelo. E já que é para fazer “igual”, ao menos, que seja igual a um dos melhores.
Texto: André Mendes
– Equipamento
– Sistema híbrido
– Consumos
– Espaço disponível
– Tamanho do depósito de combustível
– Resolução dos ecrãs
Exterior
Parados em frente ao Mazda 2, o nosso próprio cérebro mantém-se na dúvida e continua a dizer-nos que estamos perante o novo Yaris. É que tirando os logos da marca existentes à frente e atrás, a designação do modelo na tampa da bagageira e os logos no centro das jantes de polegadas, os dois são idênticos. E isso é extremamente positivo. A última geração deste modelo é uma das melhores de sempre a vários níveis e um deles é mesmo o visual mais desportivo da carroçaria que, neste caso, até merecia umas jantes de uma ou duas polegadas acima das de 16 polegadas que esta versão inclui no equipamento de série.
Interior
O habitáculo do Mazda 2 está de acordo com o segmento dos utilitários e por isso já sabemos que os lugares traseiros não são dos mais amplos em termos de espaço e que apenas devem receber duas pessoas e não três. No entanto, para quem viaja na frente, a noção de espaço é maior e a posição de condução é boa, com o volante e a caixa de velocidades (CVT) a estarem posicionados onde devem. Olhando à nossa volta, há componentes com um desenho mais arrojado, diversos recantos destinados à arrumação de pequenos objetos e algumas peças produzidas com plásticos mais rijos, mas, de uma forma geral, temos um bom ambiente a bordo, também com inúmeras semelhanças com o seu irmão gémeo.
Equipamento
Este é um dos pontos em que o Mazda 2 se destaca consideravelmente. Com esta versão Select que tivemos oportunidade de ensaiar, a lista de equipamento fornecido de série é enorme e apesar de se tratar de um modelo do segmento B, estão presentes elementos como o head-up display, os assentos desportivos forrados em pele e tecido, o ar condicionado automático com duas áreas independentes, carregador sem fios para o telefone e sistema Apple CarPlay ou Android Auto para espelharmos o conteúdo do smartphone para o monitor tátil existente no topo da consola central, que, infelizmente, não tem uma das melhores definições que já vimos e já precisava de um upgrade. Tudo isto, entre muitos outros elementos, tanto de conforto como de segurança, fazem deste utilitário um dos mais equipados do mercado.
Consumos
Não sendo um sistema plug-in, quer dizer que o motor terá de carregar o sistema elétrico de alguma forma em determinado momento, caso a energia captada pelas desacelerações e travagens não sejam suficientes para manter a carga na bateria do sistema. Mas aqui, o modo de condução ideal é aquele que não liga a uma bateria ou depósito cheios e sim um que vai usando um bocadinho daqui um bocadinho dali, carregando a bateria sempre que possível e tendo em atenção a percentagem do curso do acelerador que utilizamos. Desta forma, e se a cidade estiver na maior parte do trajeto, é possível conseguir médias abaixo dos quatro litros. No entanto, numa utilização convencional e com um percurso acima dos 150 quilómetros entre cidade e autoestrada, conseguimos que a média do Mazda 2 ficasse nos 4,5 litros de combustível.
Ao Volante
Utilitário prático, despachado e económico, o Mazda 2 circula com uma mestria incrível pelos percursos mais urbanos. Neste ritmo, a caixa automática de variação contínua até é uma excelente opção, uma vez que na maioria do tempo não desata aos gritos connosco como acontece algumas vezes em autoestrada. Fora da cidade, o comportamento dinâmico também fica de acordo com o que estamos habituados nos modelos desta marca. Ainda que seja de uma marca diferente, é uma que teve um CEO a afirmar que não queria mais carros aborrecidos. O Mazda 2 gosta de curva e o seu chassis colabora nessa aventura, mas o seu principal trunfo é mesmo ajudar-nos a conquistar as médias de consumo mais comedidas.
Motor
O novo Mazda 2 conta com um dos sistemas híbridos mais desenvolvidos dos últimos anos, proveniente de uma marca com uma longa história neste campo. O bloco de 1,5 litros com apenas três cilindros contribui com uma potência de 93 cavalos, mas o motor elétrico que está integrado neste conjunto também entra com 80 cavalos. Quando funcionam em conjunto, são 116 os cavalos disponíveis para alimentar o eixo dianteiro do Mazda 2 e 141 Nm de binário máximo. Segundo os valores indicados pela marca, consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de dez segundos, mas, mais uma vez, não é para este tipo de aventuras que este modelo foi criado.
Balanço Final
Neste segmento ainda não são muitas as versões híbridas existentes no mercado, uma vez que neste segmento, a maior aposta continuam a ser os modelos equipados com um sistema totalmente elétrico. A entrada em comercialização deste Mazda 2 acabou por ser uma boa surpresa, uma vez que os fãs da marca têm agora acesso a um utilitário de motorização híbrida, capaz de médias de consumo muito comedidas e uma dinâmica que não desilude os entusiastas do Jinba Ittai. E já que é para ser igual a outro, que seja igual a um que seja bom. E o Toyota Yaris é dos melhores.
Concorrentes
Honda Jazz 1.5 i-MMD híbrido CVT
Motor: quatro cilindros, 1.5 litros, híbrido; potência: 109 cavalos; consumo médio: 4,5 l/100km; preço base: 27.750 €
Renault Clio E-Tech Híbrido
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, híbrido; potência: 145 cavalos; consumo médio: 4,3 l/100km; preço base: 26.680 €
Toyota Yaris 1.5 Hybrid Dynamic Force
Motor: três cilindros, 1.5 litros, híbrido; potência: 116 cavalos; consumo médio: 3,8 l/100km; preço base: 22.820 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.490
Potência máxima (CV/rpm): 93/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 120/3.600-4.800
Tração: Dianteira
Transmissão: Caixa de variação contínua (CVT)
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,7
Velocidade máxima (km/h): 175
Consumos misto (l/100 km): 4,0
Emissões CO2 (gr/km): 92
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3.940/1.745/1.500
Distância entre eixos (mm): 2.560
Largura de vias (fr/tr mm): 1.531/1.528
Peso (kg): 1.125
Capacidade da bagageira (l): 286
Deposito de combustível (l): 36
Pneus (fr/tr): 195/55 R16
Preço da versão ensaiada (Euros): 30.187 €
Preço da versão base (Euros): 24.397 €
Mais/Menos
Mais
– Equipamento
– Sistema híbrido
– Consumos
Menos
– Espaço disponível
– Tamanho do depósito de combustível
– Resolução dos ecrãs
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 30187€
Preço da versão base (Euros): 24397€
Exterior
Parados em frente ao Mazda 2, o nosso próprio cérebro mantém-se na dúvida e continua a dizer-nos que estamos perante o novo Yaris. É que tirando os logos da marca existentes à frente e atrás, a designação do modelo na tampa da bagageira e os logos no centro das jantes de polegadas, os dois são idênticos. E isso é extremamente positivo. A última geração deste modelo é uma das melhores de sempre a vários níveis e um deles é mesmo o visual mais desportivo da carroçaria que, neste caso, até merecia umas jantes de uma ou duas polegadas acima das de 16 polegadas que esta versão inclui no equipamento de série.
Interior
O habitáculo do Mazda 2 está de acordo com o segmento dos utilitários e por isso já sabemos que os lugares traseiros não são dos mais amplos em termos de espaço e que apenas devem receber duas pessoas e não três. No entanto, para quem viaja na frente, a noção de espaço é maior e a posição de condução é boa, com o volante e a caixa de velocidades (CVT) a estarem posicionados onde devem. Olhando à nossa volta, há componentes com um desenho mais arrojado, diversos recantos destinados à arrumação de pequenos objetos e algumas peças produzidas com plásticos mais rijos, mas, de uma forma geral, temos um bom ambiente a bordo, também com inúmeras semelhanças com o seu irmão gémeo.
Equipamento
Este é um dos pontos em que o Mazda 2 se destaca consideravelmente. Com esta versão Select que tivemos oportunidade de ensaiar, a lista de equipamento fornecido de série é enorme e apesar de se tratar de um modelo do segmento B, estão presentes elementos como o head-up display, os assentos desportivos forrados em pele e tecido, o ar condicionado automático com duas áreas independentes, carregador sem fios para o telefone e sistema Apple CarPlay ou Android Auto para espelharmos o conteúdo do smartphone para o monitor tátil existente no topo da consola central, que, infelizmente, não tem uma das melhores definições que já vimos e já precisava de um upgrade. Tudo isto, entre muitos outros elementos, tanto de conforto como de segurança, fazem deste utilitário um dos mais equipados do mercado.
Consumos
Não sendo um sistema plug-in, quer dizer que o motor terá de carregar o sistema elétrico de alguma forma em determinado momento, caso a energia captada pelas desacelerações e travagens não sejam suficientes para manter a carga na bateria do sistema. Mas aqui, o modo de condução ideal é aquele que não liga a uma bateria ou depósito cheios e sim um que vai usando um bocadinho daqui um bocadinho dali, carregando a bateria sempre que possível e tendo em atenção a percentagem do curso do acelerador que utilizamos. Desta forma, e se a cidade estiver na maior parte do trajeto, é possível conseguir médias abaixo dos quatro litros. No entanto, numa utilização convencional e com um percurso acima dos 150 quilómetros entre cidade e autoestrada, conseguimos que a média do Mazda 2 ficasse nos 4,5 litros de combustível.
Ao volante
Utilitário prático, despachado e económico, o Mazda 2 circula com uma mestria incrível pelos percursos mais urbanos. Neste ritmo, a caixa automática de variação contínua até é uma excelente opção, uma vez que na maioria do tempo não desata aos gritos connosco como acontece algumas vezes em autoestrada. Fora da cidade, o comportamento dinâmico também fica de acordo com o que estamos habituados nos modelos desta marca. Ainda que seja de uma marca diferente, é uma que teve um CEO a afirmar que não queria mais carros aborrecidos. O Mazda 2 gosta de curva e o seu chassis colabora nessa aventura, mas o seu principal trunfo é mesmo ajudar-nos a conquistar as médias de consumo mais comedidas.
Concorrentes
Honda Jazz 1.5 i-MMD híbrido CVT
Motor: quatro cilindros, 1.5 litros, híbrido; potência: 109 cavalos; consumo médio: 4,5 l/100km; preço base: 27.750 €
Renault Clio E-Tech Híbrido
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, híbrido; potência: 145 cavalos; consumo médio: 4,3 l/100km; preço base: 26.680 €
Toyota Yaris 1.5 Hybrid Dynamic Force
Motor: três cilindros, 1.5 litros, híbrido; potência: 116 cavalos; consumo médio: 3,8 l/100km; preço base: 22.820 €
Motor
O novo Mazda 2 conta com um dos sistemas híbridos mais desenvolvidos dos últimos anos, proveniente de uma marca com uma longa história neste campo. O bloco de 1,5 litros com apenas três cilindros contribui com uma potência de 93 cavalos, mas o motor elétrico que está integrado neste conjunto também entra com 80 cavalos. Quando funcionam em conjunto, são 116 os cavalos disponíveis para alimentar o eixo dianteiro do Mazda 2 e 141 Nm de binário máximo. Segundo os valores indicados pela marca, consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de dez segundos, mas, mais uma vez, não é para este tipo de aventuras que este modelo foi criado.
Balanço final
Neste segmento ainda não são muitas as versões híbridas existentes no mercado, uma vez que neste segmento, a maior aposta continuam a ser os modelos equipados com um sistema totalmente elétrico. A entrada em comercialização deste Mazda 2 acabou por ser uma boa surpresa, uma vez que os fãs da marca têm agora acesso a um utilitário de motorização híbrida, capaz de médias de consumo muito comedidas e uma dinâmica que não desilude os entusiastas do Jinba Ittai. E já que é para ser igual a outro, que seja igual a um que seja bom. E o Toyota Yaris é dos melhores.
– Equipamento
– Sistema híbrido
– Consumos
– Espaço disponível
– Tamanho do depósito de combustível
– Resolução dos ecrãs
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.490
Potência máxima (CV/rpm): 93/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 120/3.600-4.800
Tração: Dianteira
Transmissão: Caixa de variação contínua (CVT)
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,7
Velocidade máxima (km/h): 175
Consumos misto (l/100 km): 4,0
Emissões CO2 (gr/km): 92
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3.940/1.745/1.500
Distância entre eixos (mm): 2.560
Largura de vias (fr/tr mm): 1.531/1.528
Peso (kg): 1.125
Capacidade da bagageira (l): 286
Deposito de combustível (l): 36
Pneus (fr/tr): 195/55 R16
Preço da versão ensaiada (Euros): 30.187 €
Preço da versão base (Euros): 24.397 €
Preço da versão base (Euros): 24397€
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