Jeep Compass 1.6 MultiJet II 4×2 – Ensaio Teste
Ensaio: Jeep Compass 1.6 MultiJet II 4×2 Night Eagle
Texto: Francisco Cruz
A luz do Preto
Modelo em que a Jeep deposita enormes esperança, também em Portugal, o Compass está já disponível com uma nova versão, denominada Night Eagle. E que, além das competência ditas familiares, se destaca, principalmente, pela exaltação do Preto…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Habitabilidade / Posição de condução / Motor
Excesso de botões / Aptidões TT / Preço
Exterior
Pontuação – 9/10
Apresentado pela primeira vez ao mercado no Salão Automóvel de Detroit de 2006, o Jeep Compass assume-se, ainda hoje, como uma das primeiras incursões da famosa marca norte-americana de veículos todo-o-terreno, no território dos SUV e crossovers compactos médios. O qual, ainda na primeira geração, e mais concretamente em 2011, haveria de sofrer uma importante transformação, destinada a não só elevar o posicionamento, como também as parecenças com o mais estatutário Grand Cherokee.
A partir daí, mais atraente e consensual, seria preciso, no entanto, esperar mais cinco anos, para que, em 2016 e mais uma vez no salão de Detroit, a Jeep desse a conhecer o actual Compass. Segunda geração de um SUV que, partilhando a plataforma com o irmão mais jovem Renegade, procura ganhar agora novo impulso, com “vestimenta” mais de acordo com aquelas que são as actuais preferências do mercado; a começar, por uma opcional pintura bicolor Branco Solid com Tecto Preto (1.400€), acrescida de uma série de aplicações a negro, e que, de certa forma, dão o nome a esta versão Night Eagle. Ou, em tradução livre, Águia Nocturna.
Entre os pormenores a negro, estão, por exemplo, a grelha dianteira, os logótipos, os farolins (escurecidos e com uma moldura negra) e as jantes de 18 polegadas, elementos que se destacam num corpo de linhas sólidas, robustas, mas também de que facilmente se gosta; ou não fossem buscar a sua inspiração, assim como algum do estatuto, ao navio-almirante da marca para a Europa!
Interior
Pontuação: 9/10
Esteticamente personalizado no exterior, o Jeep Compass Night Eagle adopta uma imagem um pouco mais “familiar” no interior, desde logo, ao exibir um design em tudo idêntico ao do Cherokee – marcado não somente por linhas funcionais e ergonómicas, como também por uma boa qualidade de construção. Qualidades a que esta versão em concreto acrescenta as particularidades que a suportam, como é o caso das molduras das saídas de ar e do ecrã táctil do sistema de info-entretenimento Uconnect (que, opcionalmente, pode ser de 8″) na cor preta, ou ainda dos plásticos que revestem o túnel de transmissão, na mesma cor.
Instalados no lugar do condutor, a constatação de uma óptima posição de condução, bem integrada no cockpit, resultado não apenas de um volante grande, de óptima pega, e com amplo ajuste em altura e profundidade, como também de um banco, igualmente multiregulável, ainda que com pouco apoio lateral.
Referência, ainda, para os comandos simples e intuitivos, embora não só em número exagerado (nomeadamente, no volante e face aquilo que é a actual tendência do mercado…), como também em locais, por vezes, inesperados (a “mistura” entre botões relacionados com a condução e comandos do ar condicionado é apenas um dos vários exemplos), assim como para a existência de alguns alguns espaços de arrumação e, principalmente, de uma excelente habitabilidade. Esta última, a garantir espaço suficiente para cinco adultos, fruto não só de um banco traseiro de assentos lisos e a garantir um melhor aproveitamento em largura, mas também de um túnel de transmissão quase inexistente, a favorecer a colocação das pernas, até mesmo para o potencial passageiro do meio.
De resto, a funcionalidade e espaço proporcionados pelo banco traseiro, cujas costas rebatem 60/40 de forma fácil e praticamente na horizontal, estende-se à bagageira, onde, além de uma capacidade de carga inicial de 438 litros, conjugada com um acesso mais largo que propriamente baixo ou amplo (o facto da chapeleira, extensível, subir pouco com o portão, também não ajuda…), é possível disfrutar ainda, quando com o piso amovível no patamar mais alto, de um alçapão a toda a dimensão do espaço. O qual, tendo o pneu sobressalente ao centro, acaba por não garantir muito aproveitamento.
Finalmente, com dois espaços de arrumação nas laterais, elogios para a opção por dois pontos de iluminação, a acompanhar os “obrigatórios” tomada de 12V e ganchos porta-sacos.
Equipamento
Pontuação: 8/10
Série especial, esta versão Night Eagle do americano Jeep Compass destaca-se, igualmente e como não poderia deixar de ser, por um enriquecimento do equipamento de série.
Tendo por base o nível de equipamento Longitude Plus, esta nova variante conta, de fábrica, com os packs Function (Espelho interno eletrocromático + Espelhos retrovisores + eletricamente + Keyless Entry & Go + Tomada auxiliar 230V, Alarme) e ESP (ERM + Trailer Sway Damping + Sistema de travagem anti-bloqueio), assim como e já no domínio da segurança, com Sistema de Ajuda ao Arranque (Hill Holder), Aviso de Transposição de Faixa Plus, Aviso de colisão frontal, sistema dinâmico de aviso de velocidade e pressão de pneus com indicação digital (TPMS).
Igualmente presente, o sistema multimédia Uconnect Rádio 5″ (MP3, AUX, USB, Bluetooth), ar condicionado manual, Cruise Control, travão de mão elétrico, sistema de áudio com 6 altifalantes, rádio DAB com Serviços Live Uconnect, TFT monocromático 3,5″ no painel de instrumentos, luzes dianteiras em halogéneo com luzes diurnas automáticas (DRL) e faróis de nevoeiro dianteiros com efeito de curva.
Ainda assim, na unidade por nós testada, opcionais eram a já referida pintura exterior bicolor, Branco Solid com Tecto Preto (1.400€), o Pack Tech (Ar condicionado automático bi-zona + sistema multimédia Uconnect Rádio NAV 8,4″ + Câmara de estacionamento traseira, por 1.150€) e, porque não, tapetes dianteiros e traseiros Jeep (60€). Lista curta, da qual nem sequer fazia parte o pneu de emergência, por ser proposto de série…
Consumos
Pontuação: 8/10
Convincente no desempenho, o 1.6 Multijet II de 120 cv proposto como única opção para impulsionar, em Portugal, o Jeep Compass, acaba por não desiludir, igualmente, no que a consumos diz respeito.
Colocado à prova ao longo de quatro dias, numa utilização maioritariamente citadina, este quatro cilindros em linha, equipado com injecção directa Common-Rail, turbo de geometria variável, e intercooler, terminou este ensaio com uma média de 6,5 l/100 km registada no computador de bordo. Isto, já com o apoio de um sistema Start&Stop, mas também sem quaisquer tipo de condicionalismos auto-impostos, na condução realizada.
Resumindo, uma média satisfatória para um conjunto com mais de tonelada e meia, embora, ainda assim, acima daquilo que os principais rivais prometem…
Ao Volante
Pontuação: 8/10
Proposto, nesta motorização 1.6 Multijet II de 120 cv, apenas e só com tracção dianteira, mas também com algumas tecnologias de apoio à condução, todas elas direccionadas para uma utilização no alcatrão, é caso para dizer que, ao contrário daquilo que é a imagem da própria Jeep, uma marca “de e para” o Todo-o-Terreno, este Compass é um SUV “de e para” o alcatrão! Ou, pelo menos, maioritariamente…
Embora enriquecido com uma nova “roupagem”, inquestionavelmente mais atractiva, a verdade é que o Compass Night Eagle continua a exibir como
único verdadeiro argumento, para as aventuras fora de estrada, uma altura ao solo pouco acima dos 21 cm. Qualidade que não deixa de ser insuficiente para qualquer tipo de desafio que não seja o estradão de terra.
Já no alcatrão, um desempenho bem mais convincente, desde logo, graças a uma suspensão um pouco mais firme e preocupada em garantir um razoável compromisso entre eficácia e conforto. Objectivo alcançado através de um agradável controlo das oscilações da carroçaria, mesmo com uma direcção que, penalizada por um volante de dimensões um pouco exageradas, mostra bem mais vocação para uma utilização em cidade. Preferencialmente, se e quando abordada de forma mais descontraída.
De resto, abordagens mais agressivas ao volante, por exemplo, em trajectos mais sinuosos, terão como resposta, da parte deste Compass, o acentuar das limitações naturais do próprio conjunto. Com o SUV americano a deixar, então, escapar, maiores dificuldades em garantir a estabilidade e o conforto, ao mesmo tempo que sobressai uma não tão eficaz inserção em curva.
Bem melhor, sem dúvida, a actuação em auto-estrada, onde o modelo consegue garantir viagens com bom nível de conforto e igual descontracção para o condutor, o qual beneficia ainda de algumas tecnologias de ajuda à condução, importantes também no confuso meio citadino, como é o caso do aviso de colisão frontal ou até mesmo do alerta de transposição de faixa Plus; este último, aliás, fortemente interventivo!…
Motor
Pontuação: 9/10
Disponível em Portugal com apenas uma motorização, um quatro cilindros turbodiesel 1,6 litros com 120 cv às 3.750 rpm e 320 Nm de binário máximo, logo a partir das 1.750 rpm, aqui conjugado com uma caixa manual de seis velocidades, pode dizer-se que o motor escolhido pelo grupo Fiat Chrysler Automobiles para impulsionar este Compass, acaba por exibir-se em bom plano. Fruto, desde logo, de uma disponibilidade madrugadora mas também repentina, com a melhor fase a ter lugar, no entanto, nos regimes intermédios, para terminar mais em esforço, à medida que se aproxima do red-line, às 4.500 rpm.
Beneficiando de uma transmissão bem escalonada, este 1.6 Multijet II consegue ainda prestações igualmente agradáveis, alcançadas invariavelmente com uma boa insonorização, mesmo sem conseguir esconder, nos momentos de maior intensidade, um certo funcionar “old timer”. Ou, dito de outra forma, com um matraquear a fazer lembrar os motores a gasóleo de outros tempos…
Particularidade que, ainda assim, não chega para beliscar o bom plano em que este 1.6 Multijet II 120 cv consegue cotar-se…
Balanço Final
Pontuação: 9/10
Esteticamente mais atraente e de equipamento enriquecido, o Jeep Compass 1.6 MultiJet II Night Eagle quer desafiar rivais como o Nissan Qashqai, Peugeot 3008 ou Volkswagen Tiguan, apelando ao lado mais emocional dos consumidores. Consciente de que, mesmo pertencendo a uma marca indelevelmente ligada ao offroad, é na aparência, habitabilidade, consumos, e preços, que tudo, hoje em dia, se decide. Algo que, no entanto e infelizmente para o SUV americano, os adversários já há muito descobriram, com muitos deles a conseguirem ainda melhores resultados…
Concorrentes
Nissan Qashqai 1.6 dCi 4×2 6MT Tekna+, 115 cv, 12,3s 0-100 km/h, 181 km/h, 5,5 l/100 km, 145 g/km, 32.950€ (preço promocional)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 3008 1.5 BlueHDi 6MT GT Line, 130 cv, 8,9s 0-100 km, 192 km/h, 5,4 l/100 km, 142 g/km, 39.044€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Grandland X 1.5 CDTI 6MT Innovation, 130 cv, 12,3s 0-100 km/h, 192 km/h, 5,2 – 5,7l/100 km, 137-150 g/km, 34.666,18€
(Veja o ensaio AQUI)
Kia Sportage 1.6 CRDI 6MT GT Line, 136 cv, 11,2s 0-100 km/h, 180 km/h, 5,0 l/100 km, 162 g/km, 33.990€ (preço promocional)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo – gasóleo, 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo de geometria variável, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1.598
Diâmetro x curso (mm) – 79,5 x 80,5
Taxa de compressão – 16,5 : 1
Potência máxima (cv/rpm) – 120/3.750
Binário máximo (Nm/rpm) – 320/1.750
Transmissão e direcção – dianteira, transmissão manual de 6 velocidades; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Independente do Tipo McPherson com molas helicoidais; Independente do Tipo McPherson com molas helicoidais
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 11s
Velocidade máxima (km/h) – 185 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,0/5,2/4,4
Emissões de CO2 (g/km) – 117
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4.394/1.819/1.635
Distância entre eixos (mm) – 2.636
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1.540/1.540
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos
Peso (kg) – 1.519
Capacidade da bagageira (l) – 438
Capacidade do depósito (l) – 60
Pneus (fr/tr) – 255/55 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): Preço com campanha de desconto de 4.500€
Mais/Menos
Mais
Habitabilidade / Posição de condução / Motor
Menos
Excesso de botões / Aptidões TT / Preço
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 42229€
Preço da versão base (Euros): 42788€
Exterior
Pontuação – 9/10
Apresentado pela primeira vez ao mercado no Salão Automóvel de Detroit de 2006, o Jeep Compass assume-se, ainda hoje, como uma das primeiras incursões da famosa marca norte-americana de veículos todo-o-terreno, no território dos SUV e crossovers compactos médios. O qual, ainda na primeira geração, e mais concretamente em 2011, haveria de sofrer uma importante transformação, destinada a não só elevar o posicionamento, como também as parecenças com o mais estatutário Grand Cherokee.
A partir daí, mais atraente e consensual, seria preciso, no entanto, esperar mais cinco anos, para que, em 2016 e mais uma vez no salão de Detroit, a Jeep desse a conhecer o actual Compass. Segunda geração de um SUV que, partilhando a plataforma com o irmão mais jovem Renegade, procura ganhar agora novo impulso, com “vestimenta” mais de acordo com aquelas que são as actuais preferências do mercado; a começar, por uma opcional pintura bicolor Branco Solid com Tecto Preto (1.400€), acrescida de uma série de aplicações a negro, e que, de certa forma, dão o nome a esta versão Night Eagle. Ou, em tradução livre, Águia Nocturna.
Entre os pormenores a negro, estão, por exemplo, a grelha dianteira, os logótipos, os farolins (escurecidos e com uma moldura negra) e as jantes de 18 polegadas, elementos que se destacam num corpo de linhas sólidas, robustas, mas também de que facilmente se gosta; ou não fossem buscar a sua inspiração, assim como algum do estatuto, ao navio-almirante da marca para a Europa!
Interior
Pontuação: 9/10
Esteticamente personalizado no exterior, o Jeep Compass Night Eagle adopta uma imagem um pouco mais “familiar” no interior, desde logo, ao exibir um design em tudo idêntico ao do Cherokee – marcado não somente por linhas funcionais e ergonómicas, como também por uma boa qualidade de construção. Qualidades a que esta versão em concreto acrescenta as particularidades que a suportam, como é o caso das molduras das saídas de ar e do ecrã táctil do sistema de info-entretenimento Uconnect (que, opcionalmente, pode ser de 8″) na cor preta, ou ainda dos plásticos que revestem o túnel de transmissão, na mesma cor.
Instalados no lugar do condutor, a constatação de uma óptima posição de condução, bem integrada no cockpit, resultado não apenas de um volante grande, de óptima pega, e com amplo ajuste em altura e profundidade, como também de um banco, igualmente multiregulável, ainda que com pouco apoio lateral.
Referência, ainda, para os comandos simples e intuitivos, embora não só em número exagerado (nomeadamente, no volante e face aquilo que é a actual tendência do mercado…), como também em locais, por vezes, inesperados (a “mistura” entre botões relacionados com a condução e comandos do ar condicionado é apenas um dos vários exemplos), assim como para a existência de alguns alguns espaços de arrumação e, principalmente, de uma excelente habitabilidade. Esta última, a garantir espaço suficiente para cinco adultos, fruto não só de um banco traseiro de assentos lisos e a garantir um melhor aproveitamento em largura, mas também de um túnel de transmissão quase inexistente, a favorecer a colocação das pernas, até mesmo para o potencial passageiro do meio.
De resto, a funcionalidade e espaço proporcionados pelo banco traseiro, cujas costas rebatem 60/40 de forma fácil e praticamente na horizontal, estende-se à bagageira, onde, além de uma capacidade de carga inicial de 438 litros, conjugada com um acesso mais largo que propriamente baixo ou amplo (o facto da chapeleira, extensível, subir pouco com o portão, também não ajuda…), é possível disfrutar ainda, quando com o piso amovível no patamar mais alto, de um alçapão a toda a dimensão do espaço. O qual, tendo o pneu sobressalente ao centro, acaba por não garantir muito aproveitamento.
Finalmente, com dois espaços de arrumação nas laterais, elogios para a opção por dois pontos de iluminação, a acompanhar os “obrigatórios” tomada de 12V e ganchos porta-sacos.
Equipamento
Pontuação: 8/10
Série especial, esta versão Night Eagle do americano Jeep Compass destaca-se, igualmente e como não poderia deixar de ser, por um enriquecimento do equipamento de série.
Tendo por base o nível de equipamento Longitude Plus, esta nova variante conta, de fábrica, com os packs Function (Espelho interno eletrocromático + Espelhos retrovisores + eletricamente + Keyless Entry & Go + Tomada auxiliar 230V, Alarme) e ESP (ERM + Trailer Sway Damping + Sistema de travagem anti-bloqueio), assim como e já no domínio da segurança, com Sistema de Ajuda ao Arranque (Hill Holder), Aviso de Transposição de Faixa Plus, Aviso de colisão frontal, sistema dinâmico de aviso de velocidade e pressão de pneus com indicação digital (TPMS).
Igualmente presente, o sistema multimédia Uconnect Rádio 5″ (MP3, AUX, USB, Bluetooth), ar condicionado manual, Cruise Control, travão de mão elétrico, sistema de áudio com 6 altifalantes, rádio DAB com Serviços Live Uconnect, TFT monocromático 3,5″ no painel de instrumentos, luzes dianteiras em halogéneo com luzes diurnas automáticas (DRL) e faróis de nevoeiro dianteiros com efeito de curva.
Ainda assim, na unidade por nós testada, opcionais eram a já referida pintura exterior bicolor, Branco Solid com Tecto Preto (1.400€), o Pack Tech (Ar condicionado automático bi-zona + sistema multimédia Uconnect Rádio NAV 8,4″ + Câmara de estacionamento traseira, por 1.150€) e, porque não, tapetes dianteiros e traseiros Jeep (60€). Lista curta, da qual nem sequer fazia parte o pneu de emergência, por ser proposto de série…
Consumos
Pontuação: 8/10
Convincente no desempenho, o 1.6 Multijet II de 120 cv proposto como única opção para impulsionar, em Portugal, o Jeep Compass, acaba por não desiludir, igualmente, no que a consumos diz respeito.
Colocado à prova ao longo de quatro dias, numa utilização maioritariamente citadina, este quatro cilindros em linha, equipado com injecção directa Common-Rail, turbo de geometria variável, e intercooler, terminou este ensaio com uma média de 6,5 l/100 km registada no computador de bordo. Isto, já com o apoio de um sistema Start&Stop, mas também sem quaisquer tipo de condicionalismos auto-impostos, na condução realizada.
Resumindo, uma média satisfatória para um conjunto com mais de tonelada e meia, embora, ainda assim, acima daquilo que os principais rivais prometem…
Ao volante
Pontuação: 8/10
Proposto, nesta motorização 1.6 Multijet II de 120 cv, apenas e só com tracção dianteira, mas também com algumas tecnologias de apoio à condução, todas elas direccionadas para uma utilização no alcatrão, é caso para dizer que, ao contrário daquilo que é a imagem da própria Jeep, uma marca “de e para” o Todo-o-Terreno, este Compass é um SUV “de e para” o alcatrão! Ou, pelo menos, maioritariamente…
Embora enriquecido com uma nova “roupagem”, inquestionavelmente mais atractiva, a verdade é que o Compass Night Eagle continua a exibir como
único verdadeiro argumento, para as aventuras fora de estrada, uma altura ao solo pouco acima dos 21 cm. Qualidade que não deixa de ser insuficiente para qualquer tipo de desafio que não seja o estradão de terra.
Já no alcatrão, um desempenho bem mais convincente, desde logo, graças a uma suspensão um pouco mais firme e preocupada em garantir um razoável compromisso entre eficácia e conforto. Objectivo alcançado através de um agradável controlo das oscilações da carroçaria, mesmo com uma direcção que, penalizada por um volante de dimensões um pouco exageradas, mostra bem mais vocação para uma utilização em cidade. Preferencialmente, se e quando abordada de forma mais descontraída.
De resto, abordagens mais agressivas ao volante, por exemplo, em trajectos mais sinuosos, terão como resposta, da parte deste Compass, o acentuar das limitações naturais do próprio conjunto. Com o SUV americano a deixar, então, escapar, maiores dificuldades em garantir a estabilidade e o conforto, ao mesmo tempo que sobressai uma não tão eficaz inserção em curva.
Bem melhor, sem dúvida, a actuação em auto-estrada, onde o modelo consegue garantir viagens com bom nível de conforto e igual descontracção para o condutor, o qual beneficia ainda de algumas tecnologias de ajuda à condução, importantes também no confuso meio citadino, como é o caso do aviso de colisão frontal ou até mesmo do alerta de transposição de faixa Plus; este último, aliás, fortemente interventivo!…
Concorrentes
Nissan Qashqai 1.6 dCi 4×2 6MT Tekna+, 115 cv, 12,3s 0-100 km/h, 181 km/h, 5,5 l/100 km, 145 g/km, 32.950€ (preço promocional)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 3008 1.5 BlueHDi 6MT GT Line, 130 cv, 8,9s 0-100 km, 192 km/h, 5,4 l/100 km, 142 g/km, 39.044€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Grandland X 1.5 CDTI 6MT Innovation, 130 cv, 12,3s 0-100 km/h, 192 km/h, 5,2 – 5,7l/100 km, 137-150 g/km, 34.666,18€
(Veja o ensaio AQUI)
Kia Sportage 1.6 CRDI 6MT GT Line, 136 cv, 11,2s 0-100 km/h, 180 km/h, 5,0 l/100 km, 162 g/km, 33.990€ (preço promocional)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação: 9/10
Disponível em Portugal com apenas uma motorização, um quatro cilindros turbodiesel 1,6 litros com 120 cv às 3.750 rpm e 320 Nm de binário máximo, logo a partir das 1.750 rpm, aqui conjugado com uma caixa manual de seis velocidades, pode dizer-se que o motor escolhido pelo grupo Fiat Chrysler Automobiles para impulsionar este Compass, acaba por exibir-se em bom plano. Fruto, desde logo, de uma disponibilidade madrugadora mas também repentina, com a melhor fase a ter lugar, no entanto, nos regimes intermédios, para terminar mais em esforço, à medida que se aproxima do red-line, às 4.500 rpm.
Beneficiando de uma transmissão bem escalonada, este 1.6 Multijet II consegue ainda prestações igualmente agradáveis, alcançadas invariavelmente com uma boa insonorização, mesmo sem conseguir esconder, nos momentos de maior intensidade, um certo funcionar “old timer”. Ou, dito de outra forma, com um matraquear a fazer lembrar os motores a gasóleo de outros tempos…
Particularidade que, ainda assim, não chega para beliscar o bom plano em que este 1.6 Multijet II 120 cv consegue cotar-se…
Balanço final
Pontuação: 9/10
Esteticamente mais atraente e de equipamento enriquecido, o Jeep Compass 1.6 MultiJet II Night Eagle quer desafiar rivais como o Nissan Qashqai, Peugeot 3008 ou Volkswagen Tiguan, apelando ao lado mais emocional dos consumidores. Consciente de que, mesmo pertencendo a uma marca indelevelmente ligada ao offroad, é na aparência, habitabilidade, consumos, e preços, que tudo, hoje em dia, se decide. Algo que, no entanto e infelizmente para o SUV americano, os adversários já há muito descobriram, com muitos deles a conseguirem ainda melhores resultados…
Habitabilidade / Posição de condução / Motor
Menos
Excesso de botões / Aptidões TT / Preço
Ficha técnica
Motor
Tipo – gasóleo, 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo de geometria variável, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1.598
Diâmetro x curso (mm) – 79,5 x 80,5
Taxa de compressão – 16,5 : 1
Potência máxima (cv/rpm) – 120/3.750
Binário máximo (Nm/rpm) – 320/1.750
Transmissão e direcção – dianteira, transmissão manual de 6 velocidades; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Independente do Tipo McPherson com molas helicoidais; Independente do Tipo McPherson com molas helicoidais
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 11s
Velocidade máxima (km/h) – 185 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,0/5,2/4,4
Emissões de CO2 (g/km) – 117
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4.394/1.819/1.635
Distância entre eixos (mm) – 2.636
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1.540/1.540
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos
Peso (kg) – 1.519
Capacidade da bagageira (l) – 438
Capacidade do depósito (l) – 60
Pneus (fr/tr) – 255/55 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): Preço com campanha de desconto de 4.500€
Preço da versão base (Euros): 42788€
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