Jaguar XF Sportbrake 2.0 D AWD R-Sport – Ensaio
Jaguar XF Sportbrake 2.0 D AWD R-Sport
Texto: Francisco Cruz
Valeu a pena a espera
Relegada, tal como na primeira geração, para mais tarde, desta feita, foram precisos dois anos para que a Jaguar desse a conhecer a segunda geração da XF Sportbrake. A qual, renovada no âmago e com algumas novidades em termos estéticos e de equipamento, transmite, no entanto, a certeza de que valeu a pena a espera!
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Motor / Caixa de velocidades / Comportamento / Bagageira
Acesso aos lugares traseiros / Lugar do meio / Design interior algo austero
Exterior
Orgulhosa descendente não só da primeira geração do modelo, mas também do sedan que lhe está na base, a verdade é que, pelo menos na nossa opinião, a nova XF Sportbrake acabou suplantando ambos! Acrescentando a uma secção frontal em tudo idêntica à da berlina, e como tal particularmente cativante, um perfil que, nesta nova geração, transmite, de forma ainda mais acentuada, a ideia de uma shooting brake de linhas que mais parecem não acabar – isto, apesar de até ter menos 6 mm que a antecessora, fruto da adopção de uma nova plataforma modular com chassis em alumínio.
Contudo e uma vez chegados à traseira, a certeza de que os designers da Jaguar não deixaram de fazer o trabalho de casa, reinterpretando o já conhecido desenho dos farolins do desportivo F-Type, também como forma de dotar esta proposta mais familiar, de uma imagem igualmente felina e desportiva. Reforçada, aliás, com a opção por duas ponteiras de escape, integradas num pretenso difusor traseiro.
Igualmente a acentuar o deslumbramento, no caso da versão R-Sport por nós ensaiada, além de um branco imaculado de nome Yulong White (1.161,89€), pormenores como as jantes em liga leve de 18″, o kit de carroçaria R-Sport com pára-choques dianteiro desportivo, embaladeiras e spoiler no topo do portão da bagageira, e as grelhas laterais Satin Chrome com logótipo R-Sport. A juntar aos faróis automáticos, farolins parcialmente em LED e à iluminação de aproximação, solução que não deixa de contribuir para uma certa distinção.
Interior
Já no interior do habitáculo, cujos lugares dianteiros têm um acesso mais fácil e ergonómico que os traseiros, culpa da colocação excessivamente recuada do banco face ao recorte da porta, a já esperada qualidade de construção e de materiais, ainda que emoldurada por linhas algo conservadoras em demasia. Embora também acrescidas de pormenores de funcionalidade como o correcto acesso à generalidade dos comandos ou a oferta de vários espaços de arrumação. Assim como de pequenos mimos que sabem sempre bem, como é o caso das saídas de ar que se revelam no tablier ou a manete rotativa que irrompe do largo túnel de transmissão, assim que colocamos o motor a funcionar.
Igualmente convincente, a posição de condução, a proporcionar uma boa integração do condutor no cockpit, fruto também de um volante de óptima pega e de um banco de inspiração desportiva, excelente. Ambos ajustáveis tanto em altura como em profundidade – ainda que, no caso do volante, com o manípulo de ajuste menos funcional que já vimos!
E se a boa leitura do painel de instrumentos totalmente digital e de layout configurável segundo o modo de condução escolhido, é aspecto que rapidamente se nota e elogia, já a má visibilidade traseira, também não passa despercebida. Neste caso, com a culpa a ir, em grande parte, para um óculo traseiro demasiado pequeno, que só a inclusão de sensores de estacionamento e de uma também opcional câmara traseira, conseguem atenuar.
Mas se o condutor não deixa de ser adequadamente mimado, já os ocupantes dos lugares traseiros, não deixam de ter algumas razões de queixa. Não só pelo já referido fraco acesso e dificuldades na saída, como também por condicionalismos que, até pelo aumento entre eixos (+51 mm) e consequente crescimento do espaço para pernas (+30 mm), eram facilmente evitáveis – é o caso da impossibilidade de estender os pés para debaixo dos assentos da frente, de forma a conseguir aproveitar ainda melhor o generoso espaço para pernas; ou, ainda, do lugar do meio, cujo possível ocupante tem (quase) tudo contra si: desde um túnel de transmissão demasiado largo e grande (consequência também da tracção integral), até um assento que tem tanto de saliente, quanto de estreito. Particularidades que não deixam de beliscar, ainda que levemente, um argumentos que faz desta carrinha britânica uma rival a ter seriamente em conta, no segmento…
Aliás, argumento de ainda maior peso, é a bagageira, cuja capacidade aumentou 15 litros face à da antecessora, para uns quase referenciais 565 litros, não apenas aumentáveis até aos 1.700 litros, mediante o fácil e prático rebatimento (40/20/40) na horizontal dos bancos traseiros (trancas no topo das costas e nas laterais da mala), mas também facilmente acessíveis, através de um excelente plano e acesso de carga. Culpa não só do generoso portão de accionamento eléctrico (parte do Sportbrake Convenience Pack, por 1.531,91€), mas também de uma suspensão traseira autonivelante. Isto, a juntar a uma série de soluções funcionais, mas não a qualquer espaço de arrumação por baixo do piso falso, onde só cabe mesmo um opcional pneu de emergência, com um custo extra de 248,03€.
Equipamento
Concorrente num segmento em que a personalização é desculpa, não raras vezes, para versões quase despidas e que, quase sempre, obrigam a incursões várias na lista de opcionais, a verdade é que a Jaguar XF Sportbrake é uma das (quase) excepções que ajudam a confirmar a regra; ainda para mais, nesta versão R-Sport.
Com um equipamento de série bastante completo, destaque, no domínio da tecnologia, para o ecrã táctil capacitivo de 8″, Sistema de Som Jaguar (80W), assistente de estilo de condução ECO, Controlo Dinâmico de Volume (DVC) e o ar condicionado automático de duas zonas. Ou, ainda mais importante, no capítulo da segurança, a Travagem de Emergência, Controlo Dinâmico de Estabilidade e Controlo de Tracção, Assistência à Estabilidade do Atrelado (TSA), Sistema de Aviso de Afastamento da Faixa de Rodagem, Sistema de Protecção de Peões, Alarme Perimétrico, Sistema de Imobilização, Airbags dianteiros para o condutor e passageiro, Airbags laterais integrais de cortina e Botão de Arranque.
Ainda assim e da lista de opcionais, recomendável a inclusão de packs como o Advanced Parking Assist (Sensores de Estacionamento Traseiros + Sensores de Estacionamento Dianteiros + Câmara Traseira de Estacionamento + Sistema de Estacionamento 360° + Park Assist), por 2.700,92€; o Active Safety (Controlo de Velocidade de Cruzeiro Adaptativo com Assistência em Fila + Monitor de Ângulo Morto e Monitor de veículos em marcha-atrás + Assistência à Manutenção de Faixa e Monitorização da Atenção do Condutor), por 2.636,88€; e o Sportbrake Convenience (Tampa da bagageira acionada por gestos + Sistema Jaguar Smart Key com Acesso sem Chave e Botão de Arranque + Activity Key + Barras no piso da bagageira), por 1.531,91€.
Consumos
Disponível com outras motorizações, inclusivamente, mais acessíveis, a XF Sportbrake que tivemos oportunidade de ensaiar beneficiava da versão mais potente do conhecido quatro cilindros 2,0 litros Ingenium a gasóleo, equipado com, não um, mas dois turbos, além de a debitar 240 cv de potência e 500 Nm de binário. E que, conjugado de série com uma transmissão automática (com conversor de binário) de oito velocidades, anuncia não somente prestações de topo (241 km/h de velocidade máxima, com acelerações dos 0 aos 100 km/h em 6,7s), como também consumos à altura do estatuto do conjunto, traduzidos em médias de 9 l/100 km.
Valor para o qual também contribui, necessariamente, a presença de um sistema de tracção integral, mesmo se funcionando preferencialmente com recurso às rodas traseiras…
Ao Volante
https://automais.autosport.pt/newsletter/ensaio-volvo-v90-cross-country-pro-d5-awd/Mas se os consumos poderão ser encarados, à partida, como um aspecto menos positivo nesta estatutária carrinha britânica, a verdade é que a sua importância no momento da tomada da decisão acaba ganhando uma outra relatividade, a partir do momento em que experienciamos a nova XF Sportbrake em estrada. Com o desempenho dinâmico a não defraudar, em nada, tanto as expectativas criadas pela imagem exterior, como os limites fixados pela concorrência.
Afirmando-se permanentemente através de um pisar agradavelmente aveludado, embora não menos estável ou seguro, a nova XF Sportbrake faz-se valer de argumentos como as já referidas suspensão traseira autonivelante e tracção integral, a par de uma direcção de peso correcto e precisão, para combater uma menor agilidade resultante das dimensões mais generosas ou até mesmo de um peso não menos substancial. Aspectos que acabam sendo suavizados também pela presença de um sistema de modos de condução, com quatro opções – Normal, Eco, Chuva/Gelo/Neve e modo Dinâmico -, com a mais desportiva, accionável através de um botão próprio sobre o túnel de transmissão e com a bandeira de xadrez desenhada, a fazer-se notar claramente pela forma como “transforma” a carrinha britânica. Garantindo, desde logo e para começar, acelerações mais impetuosas.
Estradista por excelência, vocacionada também para os grandes espaços e viagens longas, a Jaguar XF Sportbrake junta assim às características familiares, apreciadas também no dia-a-dia, um comportamento dinâmico ao nível da concorrência directa e, necessariamente, com o conforto que o seu estatuto lhe exige. Pormenor sempre valorizado pelos clientes deste tipo de propostas.
Balanço Final
Marcada por linhas exteriores inquestionavelmente arrebatadoras, uma pose britânica e predicados de qualidade que a posicionam lado-a-lado com as rivais alemãs, a segunda geração da Jaguar XF Sporbrake chegou com o objectivo de se afirmar, claramente, como uma alternativa, válida, àquelas que são as propostas-referência no segmento. É certo que o acesso aos lugares traseiros podia ser mais funcional, a imagem interior não será tão exuberante quanto o de algumas adversárias e, lá atrás, o lugar do meio, principalmente, não deixa de condicionar a presença de um quinto passageiro; mas a verdade é que nada disto acaba sendo suficiente para nos impedir de pensar que, face ao produto final, valeu a pena a espera!
Concorrentes
Destaque para:
Volvo V90 D4 (190 cv) Geartronic FWD, a partir de 61.748€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mercedes-Benz E Station 220d (194 cv) 9G-Tronic, a partir de 62.500€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Audi A6 Avant 2.0 TDI (190 cv) quattro S tronic, a partir de 64.240€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW Série 525d xDrive Touring (231 cv) com caixa automática e patilhas, a partir de 71.130€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.999
Diâmetro x curso (mm): 83.0×92.35
Taxa compressão: 15.5:1
Potência máxima (cv/rpm): 241/4.000
Binário máximo (Nm/rpm): 500/1.500
Transmissão e direcção: Integral, com caixa automática de oito velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica em função da velocidade
Suspensão (fr/tr): Duplos triângulos sobrepostos; Multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,7
Velocidade máxima (km/h): 241
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,8/7,5/5,8
Emissões de CO2 (g/km): 153
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,955/1,880/1,496
Distância entre eixos (mm): 2,960
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.605/1.607
Peso (kg): 1.805
Capacidade da bagageira (l): 565/1.700
Depósito de combustível (l): 66
Pneus (fr/tr): 245/45 R18/245/45 R18
Mais/Menos
Mais
Motor / Caixa de velocidades / Comportamento / Bagageira
Menos
Acesso aos lugares traseiros / Lugar do meio / Design interior algo austero
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 77257€
Preço da versão base (Euros): €
Exterior
Orgulhosa descendente não só da primeira geração do modelo, mas também do sedan que lhe está na base, a verdade é que, pelo menos na nossa opinião, a nova XF Sportbrake acabou suplantando ambos! Acrescentando a uma secção frontal em tudo idêntica à da berlina, e como tal particularmente cativante, um perfil que, nesta nova geração, transmite, de forma ainda mais acentuada, a ideia de uma shooting brake de linhas que mais parecem não acabar – isto, apesar de até ter menos 6 mm que a antecessora, fruto da adopção de uma nova plataforma modular com chassis em alumínio.
Contudo e uma vez chegados à traseira, a certeza de que os designers da Jaguar não deixaram de fazer o trabalho de casa, reinterpretando o já conhecido desenho dos farolins do desportivo F-Type, também como forma de dotar esta proposta mais familiar, de uma imagem igualmente felina e desportiva. Reforçada, aliás, com a opção por duas ponteiras de escape, integradas num pretenso difusor traseiro.
Igualmente a acentuar o deslumbramento, no caso da versão R-Sport por nós ensaiada, além de um branco imaculado de nome Yulong White (1.161,89€), pormenores como as jantes em liga leve de 18″, o kit de carroçaria R-Sport com pára-choques dianteiro desportivo, embaladeiras e spoiler no topo do portão da bagageira, e as grelhas laterais Satin Chrome com logótipo R-Sport. A juntar aos faróis automáticos, farolins parcialmente em LED e à iluminação de aproximação, solução que não deixa de contribuir para uma certa distinção.
Interior
Já no interior do habitáculo, cujos lugares dianteiros têm um acesso mais fácil e ergonómico que os traseiros, culpa da colocação excessivamente recuada do banco face ao recorte da porta, a já esperada qualidade de construção e de materiais, ainda que emoldurada por linhas algo conservadoras em demasia. Embora também acrescidas de pormenores de funcionalidade como o correcto acesso à generalidade dos comandos ou a oferta de vários espaços de arrumação. Assim como de pequenos mimos que sabem sempre bem, como é o caso das saídas de ar que se revelam no tablier ou a manete rotativa que irrompe do largo túnel de transmissão, assim que colocamos o motor a funcionar.
Igualmente convincente, a posição de condução, a proporcionar uma boa integração do condutor no cockpit, fruto também de um volante de óptima pega e de um banco de inspiração desportiva, excelente. Ambos ajustáveis tanto em altura como em profundidade – ainda que, no caso do volante, com o manípulo de ajuste menos funcional que já vimos!
E se a boa leitura do painel de instrumentos totalmente digital e de layout configurável segundo o modo de condução escolhido, é aspecto que rapidamente se nota e elogia, já a má visibilidade traseira, também não passa despercebida. Neste caso, com a culpa a ir, em grande parte, para um óculo traseiro demasiado pequeno, que só a inclusão de sensores de estacionamento e de uma também opcional câmara traseira, conseguem atenuar.
Mas se o condutor não deixa de ser adequadamente mimado, já os ocupantes dos lugares traseiros, não deixam de ter algumas razões de queixa. Não só pelo já referido fraco acesso e dificuldades na saída, como também por condicionalismos que, até pelo aumento entre eixos (+51 mm) e consequente crescimento do espaço para pernas (+30 mm), eram facilmente evitáveis – é o caso da impossibilidade de estender os pés para debaixo dos assentos da frente, de forma a conseguir aproveitar ainda melhor o generoso espaço para pernas; ou, ainda, do lugar do meio, cujo possível ocupante tem (quase) tudo contra si: desde um túnel de transmissão demasiado largo e grande (consequência também da tracção integral), até um assento que tem tanto de saliente, quanto de estreito. Particularidades que não deixam de beliscar, ainda que levemente, um argumentos que faz desta carrinha britânica uma rival a ter seriamente em conta, no segmento…
Aliás, argumento de ainda maior peso, é a bagageira, cuja capacidade aumentou 15 litros face à da antecessora, para uns quase referenciais 565 litros, não apenas aumentáveis até aos 1.700 litros, mediante o fácil e prático rebatimento (40/20/40) na horizontal dos bancos traseiros (trancas no topo das costas e nas laterais da mala), mas também facilmente acessíveis, através de um excelente plano e acesso de carga. Culpa não só do generoso portão de accionamento eléctrico (parte do Sportbrake Convenience Pack, por 1.531,91€), mas também de uma suspensão traseira autonivelante. Isto, a juntar a uma série de soluções funcionais, mas não a qualquer espaço de arrumação por baixo do piso falso, onde só cabe mesmo um opcional pneu de emergência, com um custo extra de 248,03€.
Equipamento
Concorrente num segmento em que a personalização é desculpa, não raras vezes, para versões quase despidas e que, quase sempre, obrigam a incursões várias na lista de opcionais, a verdade é que a Jaguar XF Sportbrake é uma das (quase) excepções que ajudam a confirmar a regra; ainda para mais, nesta versão R-Sport.
Com um equipamento de série bastante completo, destaque, no domínio da tecnologia, para o ecrã táctil capacitivo de 8″, Sistema de Som Jaguar (80W), assistente de estilo de condução ECO, Controlo Dinâmico de Volume (DVC) e o ar condicionado automático de duas zonas. Ou, ainda mais importante, no capítulo da segurança, a Travagem de Emergência, Controlo Dinâmico de Estabilidade e Controlo de Tracção, Assistência à Estabilidade do Atrelado (TSA), Sistema de Aviso de Afastamento da Faixa de Rodagem, Sistema de Protecção de Peões, Alarme Perimétrico, Sistema de Imobilização, Airbags dianteiros para o condutor e passageiro, Airbags laterais integrais de cortina e Botão de Arranque.
Ainda assim e da lista de opcionais, recomendável a inclusão de packs como o Advanced Parking Assist (Sensores de Estacionamento Traseiros + Sensores de Estacionamento Dianteiros + Câmara Traseira de Estacionamento + Sistema de Estacionamento 360° + Park Assist), por 2.700,92€; o Active Safety (Controlo de Velocidade de Cruzeiro Adaptativo com Assistência em Fila + Monitor de Ângulo Morto e Monitor de veículos em marcha-atrás + Assistência à Manutenção de Faixa e Monitorização da Atenção do Condutor), por 2.636,88€; e o Sportbrake Convenience (Tampa da bagageira acionada por gestos + Sistema Jaguar Smart Key com Acesso sem Chave e Botão de Arranque + Activity Key + Barras no piso da bagageira), por 1.531,91€.
Consumos
Disponível com outras motorizações, inclusivamente, mais acessíveis, a XF Sportbrake que tivemos oportunidade de ensaiar beneficiava da versão mais potente do conhecido quatro cilindros 2,0 litros Ingenium a gasóleo, equipado com, não um, mas dois turbos, além de a debitar 240 cv de potência e 500 Nm de binário. E que, conjugado de série com uma transmissão automática (com conversor de binário) de oito velocidades, anuncia não somente prestações de topo (241 km/h de velocidade máxima, com acelerações dos 0 aos 100 km/h em 6,7s), como também consumos à altura do estatuto do conjunto, traduzidos em médias de 9 l/100 km.
Valor para o qual também contribui, necessariamente, a presença de um sistema de tracção integral, mesmo se funcionando preferencialmente com recurso às rodas traseiras…
Ao volante
https://automais.autosport.pt/newsletter/ensaio-volvo-v90-cross-country-pro-d5-awd/Mas se os consumos poderão ser encarados, à partida, como um aspecto menos positivo nesta estatutária carrinha britânica, a verdade é que a sua importância no momento da tomada da decisão acaba ganhando uma outra relatividade, a partir do momento em que experienciamos a nova XF Sportbrake em estrada. Com o desempenho dinâmico a não defraudar, em nada, tanto as expectativas criadas pela imagem exterior, como os limites fixados pela concorrência.
Afirmando-se permanentemente através de um pisar agradavelmente aveludado, embora não menos estável ou seguro, a nova XF Sportbrake faz-se valer de argumentos como as já referidas suspensão traseira autonivelante e tracção integral, a par de uma direcção de peso correcto e precisão, para combater uma menor agilidade resultante das dimensões mais generosas ou até mesmo de um peso não menos substancial. Aspectos que acabam sendo suavizados também pela presença de um sistema de modos de condução, com quatro opções – Normal, Eco, Chuva/Gelo/Neve e modo Dinâmico -, com a mais desportiva, accionável através de um botão próprio sobre o túnel de transmissão e com a bandeira de xadrez desenhada, a fazer-se notar claramente pela forma como “transforma” a carrinha britânica. Garantindo, desde logo e para começar, acelerações mais impetuosas.
Estradista por excelência, vocacionada também para os grandes espaços e viagens longas, a Jaguar XF Sportbrake junta assim às características familiares, apreciadas também no dia-a-dia, um comportamento dinâmico ao nível da concorrência directa e, necessariamente, com o conforto que o seu estatuto lhe exige. Pormenor sempre valorizado pelos clientes deste tipo de propostas.
Concorrentes
Destaque para:
Volvo V90 D4 (190 cv) Geartronic FWD, a partir de 61.748€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mercedes-Benz E Station 220d (194 cv) 9G-Tronic, a partir de 62.500€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Audi A6 Avant 2.0 TDI (190 cv) quattro S tronic, a partir de 64.240€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW Série 525d xDrive Touring (231 cv) com caixa automática e patilhas, a partir de 71.130€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Balanço final
Marcada por linhas exteriores inquestionavelmente arrebatadoras, uma pose britânica e predicados de qualidade que a posicionam lado-a-lado com as rivais alemãs, a segunda geração da Jaguar XF Sporbrake chegou com o objectivo de se afirmar, claramente, como uma alternativa, válida, àquelas que são as propostas-referência no segmento. É certo que o acesso aos lugares traseiros podia ser mais funcional, a imagem interior não será tão exuberante quanto o de algumas adversárias e, lá atrás, o lugar do meio, principalmente, não deixa de condicionar a presença de um quinto passageiro; mas a verdade é que nada disto acaba sendo suficiente para nos impedir de pensar que, face ao produto final, valeu a pena a espera!
Motor / Caixa de velocidades / Comportamento / Bagageira
Menos
Acesso aos lugares traseiros / Lugar do meio / Design interior algo austero
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.999
Diâmetro x curso (mm): 83.0×92.35
Taxa compressão: 15.5:1
Potência máxima (cv/rpm): 241/4.000
Binário máximo (Nm/rpm): 500/1.500
Transmissão e direcção: Integral, com caixa automática de oito velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica em função da velocidade
Suspensão (fr/tr): Duplos triângulos sobrepostos; Multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,7
Velocidade máxima (km/h): 241
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,8/7,5/5,8
Emissões de CO2 (g/km): 153
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,955/1,880/1,496
Distância entre eixos (mm): 2,960
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.605/1.607
Peso (kg): 1.805
Capacidade da bagageira (l): 565/1.700
Depósito de combustível (l): 66
Pneus (fr/tr): 245/45 R18/245/45 R18
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