Jaguar XE 20d 180 cv – Ensaio Teste
Jaguar XE 20d 180 cv RWD Auto
Texto: Filipe Pinto Mesquita
Legítima diferença
Em 2015, a Jaguar escolheu o XE para se tentar imiscuir na guerra do segmento D premium, um feudo das três marcas alemãs, Audi, BMW e Mercedes. Três anos depois, o modelo continua a não poder ombrear com o A4, Série 3 e Classe C em termos de vendas, mas a sua distinta imagem continua a impressionar e, ainda mais, na versão “R-Sport”…
Nota: fotografias correspondem à versão Landmark Edition.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Qualidade/Comportamento
Consumos/Equipamento de série
Exterior
A pergunta impõe-se: entre um Mercedes-Benz Classe C (linha de equipamento AMG), um BMW Série 3 (linha de equipamento M Performance) ou um Audi A4 (linha de equipamento Sport S Line), para qual é que olha primeiro? A resposta pode variar, mas se lhe juntarmos o Jaguar XE, vestido com a linha de equipamento “R-Sport”, dificilmente o felino inglês não atrairá mais atenções, a avaliar pelos olhares indiscretos que pouco descanso dão à beleza estética do mais pequeno da família Jaguar.
Face à versão Prestige, a “R-Sport” privilegia, como seria de esperar, o look desportivo e há vários apontamentos que o tornam evidente. Desde logo, o kit de carroçaria, que incluiu um novo desenho dos para-choques dianteiros, extensões das embaladeiras na cor da carroçaria e grelhas laterais Satin Chrome com logotipo “R-Sport”, para além do spoiler na tampa da bagageira. As proteções das embaladeiras metálicas com a marca “R-Sport” e as jantes de liga leve de 18’’ e cinco raios também se demarcam. Mas o que realmente impressiona é a enorme grelha central dianteira do radiador Black com moldura Satin Chrome, que lhe confere um ar verdadeiramente imponente, ainda que mais aristocrático do que desportivo, mas que fica bem acompanhada por faróis afilados que ajudam a quebrar o “peso” da “aristocracia” e que evocam um certo ar de felino.
Fora do alcance visual, as suspensões Sport acrescentam “desportividade” a esta versão, que atrai atenções por onde quer que passe, mas mais ao estilo “cordeiro em pele de lobo” do que “lobo em pele de cordeiro”, como mais há frente se verá…
Interior
“Requinte” e “elegância” são as duas primeiras palavras que o cérebro dispara quando queremos falar do habitáculo do XE. Não se espere, no entanto, o luxo e o primor do XJ, mas o XE passa bem a imagem do que é ser um Jaguar. Na versão “R-Sport”, os bancos Sport Luxtec e Technical Mesh, o volante multifunções em couro Softgrain e os acabamentos em Etched Aluminium tornam a experiência interior agradável, com o toque refinado a provir da qualidade dos materiais, mas sobretudo do pormenor de elevação automática do selector de modos de condução da caixa de 8 velocidades que emerge da consola central, logo que se carrega no botão start/stop.
O destaque vai para o écran tátil de 8’’, com o sistema de infoentretenimento InControl que agrupa inúmeros submenus com imagem moderna e de compreensão intuitiva. A consola central também é sóbria, com comandos para selecionar os diferentes modos de condução e que permite também desligar o sistema start&stop ou ajudas eletrónicas de segurança do controlo de tração e de estabilidade. Pouco ergonómicos são os comandos dos vidros e espelhos retrovisores exteriores que, na porta, estão num nível superior, com os comandos da memória da posição dos bancos a ocuparem um patamar inferior. Na prática, ambos exigem habituação pois, ao início, a tendência é sempre tentar abrir/fechar os vidros com os botões da memória dos bancos!
Relativamente à habitabilidade, à frente nada a apontar, mas nos lugares traseiros, o espaço fica a perder para a concorrência (até pelo efeito descendente do tejadilho), o mesmo sucedendo com os 455 litros oferecidos pela bagageira, que merecia, de serie, ter portão elétrico, mesmo se a Jaguar afirma que não é preciso porque o XE realiza o “truque mágico” de abrir a mala com a passagem do pé pela parte exterior inferior da mala.
Equipamento
Com uma imagem a preservar, o nível de equipamento apresentado pelo Jaguar é notável. Mas, apenas se se incluir a lista de opcionais. A versão R-Sport dispõe de um carácter mais desportivo, tanto no exterior, como em alguns apontamentos do interior, como acima já foi referido, mas, na sua base, obedece ao “critério” da linha Prestige que conta com argumentos muito razoáveis, em termos de equipamento de conforto, segurança ou cinemática.
No primeiro caso, há que contar com o vidro traseiro aquecido, a iluminação interior ambiente (Jaguar Sense), as fichas elétricas de 12 V (no apoio de braços dianteiro e na consola traseira), o suporte de óculos de Sol na consola superior, dois suportes de copos dianteiros, ar condicionado automático de duas zonas, grelhas de ventilação traseiras, palas para o Sol iluminadas para o condutor e passageiro dianteiro, banco traseiro fixo e apoio de braços traseiro com dois suportes para copo.
A segurança também não foi esquecida e é assim que este XE conta com sistema Hill Lauch Assist (assistência em subidas), controlo de velocidade de cruzeiro com limitador de velocidades, indicador de desgaste de pastilhas de travão, direção proporcional à velocidade, controlo dinâmico de estabilidade, controlo de tração, travagem assistida de emergência com ativação dos quatro piscas, sem esquecer sistema de monitorização da pressão dos pneus e sistema de reparação de pneus. Depois, de série pode também usufruir de airbags de condutor e passageiro dianteiros, laterais integrais de cortina e laterais dianteiros, do mesmo modo que o sistema ISOFIX marca presença nos bancos traseiros.
O sistema multimédia oferece uma entrada de áudio AUX, uma entrada USB, bem como o sistema de conectividade de telefone Bluetooth e streaming Bluetooth.
Equipamento opcional
A lista de equipamentos opcionais é muito extensa, contendo, como já referido, diversos itens que não fazem sentido integrar o equipamento de série, o que já acontece em múltiplas viaturas até de segmentos inferiores. Entre estes pontos, há a registar espelhos aquecidos com anti-encadeamento, recolha elétrica e iluminação de aproximação (388 €), pedais metálicos brilhantes (217 €), sensores de estacionamento dianteiros (432 €), sensores de estacionamento traseiros (528 €), sistema de manutenção de faixa e monitorização da atenção do condutor (404 €) e assistência à monitorização de ângulos-mortos (942 €).
Mas, a parte de tudo, não faltam elementos de ornamentação para o XE R-Sport, podendo contar com teto de abrir panorâmico (1.614 €), jantes de 18’’ de 5 raios duplos (409 €), bancos dianteiros com 10 ajustes elétricos (754 €), sistema de Navegação Pro Pack com Sistema de Som Meridian Digital (3.077 €), Secure Tracker para o Período de Garantia (678 €), câmara traseira (452 €) e acesso sem chave (614 €). Mais em conta poderá ficar a sucessão de equipamento dividido por packs, como Black Pack (453 €), Connect Pro Pack (754 €), Parking Pack (1.853 €), Convenience Pack (302 €) e Winter Pack (1.281 €).
Evidentemente que será difícil um cliente optar por todos os extras, mas se o fizer terá que contar com mais de 10.000€ à acrescentar à fatura final!
Consumos
Se há coisa onde este Jaguar XE tem “mau feitio” é nos consumos. Os 5,3 l/100 km anunciados de média são verdadeira utopia ao ponto de com andamento moderado não ser fácil baixar dos 8 l/100 km reais. O que vale é que a variação entre ter o pé leve ou o pé pesado não se faz notar em mais do que 1,3 l por cada 100 km, o que quer dizer que em ritmos vivos a “fome” deste Jaguar não ultrapassa os 9,3 l/100 km.
Ao Volante
Uma distribuição de peso próxima dos 50%/50% é o primeiro sinal de que o XE se vai sentir à vontade na estrada. E, de facto, não são precisos muitos quilómetros para se confirmar o seu excelente comportamento dinâmico. Com o Jaguar Drive Select, que permite optar pelos perfis de condução “Normal”, “Eco”, “Dynamic” ou “Chuva/Gelo/Neve”, parecem existir diversas formas de ser XE, com o modo “Eco” a otimizar a condução económica, o modo “Chuva/Gelo/Neve” a mostrar-se ideal para superfícies com pouca aderência (reduzindo a potência) e o modo “Dynamic” a tornar o acelerador mais reativo, a direção mais pesada, a suspensão mais firme e as passagens de caixa mais rápidas nos regimes mais elevados. Este, claro está, é o modo ideal para explorar o máximo das potencialidades do XE R-Sport, ágil em curva e capaz de assumir a sua tendência natural sobreviradora (fruto da sua transmissão traseira), mas apenas nos regimes mais elevados, uma vez que a primeira tendência é ver a frente a perder motricidade, no caso das ajudas eletrónicas estarem desligadas e o objetivo ser, declaradamente, puxar ao limite as capacidades deste Jaguar.
O motor de 180 cv, turbodiesel, é um bom aliado para explorar este tipo de registo (tal como a caixa automática de 8 velocidades e patilhas no volante), mas fica já aquém dos valores e, de certo modo, da vivacidade dos propulsores que equipam os concorrentes germânicos.
Em ritmos mais moderados (nos restantes três modos, que não o “Dynamic”), é sempre possível usufruir de conforto, com as reações da carroçaria a serem suaves e a base rolante a mostrar-se plenamente competente, não tendo qualquer problema em assumir o compromisso familiar.
Balanço Final
É no estatuto do símbolo que transporta que o XE tenta impor os seus argumentos à concorrência alemã, que há, muitos anos abraçou a hegemonia do segmento. E não se pode dizer que se saia mal, uma vez que apesar de estar no início da linha hierárquica da Jaguar, o modelo britânico tem muitas virtudes (e também alguns defeitos). O “status” ajuda, o design exterior e o habitáculo moderno também, tal como a dinâmica, mas os consumos, o equipamento standart e o preço (57.924 €) deixam algo a desejar e poderão ser um entrave à mudança para as cores inglesas.
Concorrentes
Alfa Romeo Giulia 2.2 Turbo Diesel 180 cv Supercom 180 cv a partir de 45.500 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Audi A4 2.0 TDI 190 com 190 cv a partir de 46.900 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW 320d com 190 cv a partir 49.800 €
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ford Mondeo 2.0 TDCi 180 Titanium com 180 cv a partir de 44.403 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Lexus IS 300h Business com 223 cv a partir de 43.980 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mazda 6 2.2 Skyactiv-D 175 Excellence Navi com 175 cv a partir de 40.780 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D 170 cv BlueInjection Selective com 170 cv a partir de 40.780 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Renault Talisman dCi 160 EDC Executive com 160 cv a partir de 43.360 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Octavia 2.0 TDI 184 cv RS com 184 cv a partir de 36.755 €
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen Passat 2.0 TDI 190 cv Confortline com 190 cv a partir de 42.841 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo S60 D4 Momentum com 190 cv a partir de 44.119 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo
Cilindrada (cm3): 1999
Diâmetro x curso (mm): 83.0 x 92.35
Taxa de Compressão: 15,5: 1
Potência máxima (cv): 180/4000
Binário máximo (Nm/rpm): 430/1750-2500
Transmissão, direção, suspensão e travões
Transmissão e direção: Traseira, com caixa automática 8 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, assistida
Suspensão (fr/tr): Duplos triângulos/Multilink
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e Consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 7,8
Velocidade máxima (km/h): 228
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): -/-/5,3
Emissões de CO2 (g/km): 141
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4672/1850/1416
Distância entre eixos (mm): 2835
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1596/1585
Peso (kg): 1640
Capacidade da bagageira (l): 455
Depósito de combustível (l): 56
Pneus (fr/tr): 225/45 R18 / 245/40 R18
Mais/Menos
Mais
Qualidade/Comportamento
Menos
Consumos/Equipamento de série
Exterior
A pergunta impõe-se: entre um Mercedes-Benz Classe C (linha de equipamento AMG), um BMW Série 3 (linha de equipamento M Performance) ou um Audi A4 (linha de equipamento Sport S Line), para qual é que olha primeiro? A resposta pode variar, mas se lhe juntarmos o Jaguar XE, vestido com a linha de equipamento “R-Sport”, dificilmente o felino inglês não atrairá mais atenções, a avaliar pelos olhares indiscretos que pouco descanso dão à beleza estética do mais pequeno da família Jaguar.
Face à versão Prestige, a “R-Sport” privilegia, como seria de esperar, o look desportivo e há vários apontamentos que o tornam evidente. Desde logo, o kit de carroçaria, que incluiu um novo desenho dos para-choques dianteiros, extensões das embaladeiras na cor da carroçaria e grelhas laterais Satin Chrome com logotipo “R-Sport”, para além do spoiler na tampa da bagageira. As proteções das embaladeiras metálicas com a marca “R-Sport” e as jantes de liga leve de 18’’ e cinco raios também se demarcam. Mas o que realmente impressiona é a enorme grelha central dianteira do radiador Black com moldura Satin Chrome, que lhe confere um ar verdadeiramente imponente, ainda que mais aristocrático do que desportivo, mas que fica bem acompanhada por faróis afilados que ajudam a quebrar o “peso” da “aristocracia” e que evocam um certo ar de felino.
Fora do alcance visual, as suspensões Sport acrescentam “desportividade” a esta versão, que atrai atenções por onde quer que passe, mas mais ao estilo “cordeiro em pele de lobo” do que “lobo em pele de cordeiro”, como mais há frente se verá…
Interior
“Requinte” e “elegância” são as duas primeiras palavras que o cérebro dispara quando queremos falar do habitáculo do XE. Não se espere, no entanto, o luxo e o primor do XJ, mas o XE passa bem a imagem do que é ser um Jaguar. Na versão “R-Sport”, os bancos Sport Luxtec e Technical Mesh, o volante multifunções em couro Softgrain e os acabamentos em Etched Aluminium tornam a experiência interior agradável, com o toque refinado a provir da qualidade dos materiais, mas sobretudo do pormenor de elevação automática do selector de modos de condução da caixa de 8 velocidades que emerge da consola central, logo que se carrega no botão start/stop.
O destaque vai para o écran tátil de 8’’, com o sistema de infoentretenimento InControl que agrupa inúmeros submenus com imagem moderna e de compreensão intuitiva. A consola central também é sóbria, com comandos para selecionar os diferentes modos de condução e que permite também desligar o sistema start&stop ou ajudas eletrónicas de segurança do controlo de tração e de estabilidade. Pouco ergonómicos são os comandos dos vidros e espelhos retrovisores exteriores que, na porta, estão num nível superior, com os comandos da memória da posição dos bancos a ocuparem um patamar inferior. Na prática, ambos exigem habituação pois, ao início, a tendência é sempre tentar abrir/fechar os vidros com os botões da memória dos bancos!
Relativamente à habitabilidade, à frente nada a apontar, mas nos lugares traseiros, o espaço fica a perder para a concorrência (até pelo efeito descendente do tejadilho), o mesmo sucedendo com os 455 litros oferecidos pela bagageira, que merecia, de serie, ter portão elétrico, mesmo se a Jaguar afirma que não é preciso porque o XE realiza o “truque mágico” de abrir a mala com a passagem do pé pela parte exterior inferior da mala.
Equipamento
Com uma imagem a preservar, o nível de equipamento apresentado pelo Jaguar é notável. Mas, apenas se se incluir a lista de opcionais. A versão R-Sport dispõe de um carácter mais desportivo, tanto no exterior, como em alguns apontamentos do interior, como acima já foi referido, mas, na sua base, obedece ao “critério” da linha Prestige que conta com argumentos muito razoáveis, em termos de equipamento de conforto, segurança ou cinemática.
No primeiro caso, há que contar com o vidro traseiro aquecido, a iluminação interior ambiente (Jaguar Sense), as fichas elétricas de 12 V (no apoio de braços dianteiro e na consola traseira), o suporte de óculos de Sol na consola superior, dois suportes de copos dianteiros, ar condicionado automático de duas zonas, grelhas de ventilação traseiras, palas para o Sol iluminadas para o condutor e passageiro dianteiro, banco traseiro fixo e apoio de braços traseiro com dois suportes para copo.
A segurança também não foi esquecida e é assim que este XE conta com sistema Hill Lauch Assist (assistência em subidas), controlo de velocidade de cruzeiro com limitador de velocidades, indicador de desgaste de pastilhas de travão, direção proporcional à velocidade, controlo dinâmico de estabilidade, controlo de tração, travagem assistida de emergência com ativação dos quatro piscas, sem esquecer sistema de monitorização da pressão dos pneus e sistema de reparação de pneus. Depois, de série pode também usufruir de airbags de condutor e passageiro dianteiros, laterais integrais de cortina e laterais dianteiros, do mesmo modo que o sistema ISOFIX marca presença nos bancos traseiros.
O sistema multimédia oferece uma entrada de áudio AUX, uma entrada USB, bem como o sistema de conectividade de telefone Bluetooth e streaming Bluetooth.
Equipamento opcional
A lista de equipamentos opcionais é muito extensa, contendo, como já referido, diversos itens que não fazem sentido integrar o equipamento de série, o que já acontece em múltiplas viaturas até de segmentos inferiores. Entre estes pontos, há a registar espelhos aquecidos com anti-encadeamento, recolha elétrica e iluminação de aproximação (388 €), pedais metálicos brilhantes (217 €), sensores de estacionamento dianteiros (432 €), sensores de estacionamento traseiros (528 €), sistema de manutenção de faixa e monitorização da atenção do condutor (404 €) e assistência à monitorização de ângulos-mortos (942 €).
Mas, a parte de tudo, não faltam elementos de ornamentação para o XE R-Sport, podendo contar com teto de abrir panorâmico (1.614 €), jantes de 18’’ de 5 raios duplos (409 €), bancos dianteiros com 10 ajustes elétricos (754 €), sistema de Navegação Pro Pack com Sistema de Som Meridian Digital (3.077 €), Secure Tracker para o Período de Garantia (678 €), câmara traseira (452 €) e acesso sem chave (614 €). Mais em conta poderá ficar a sucessão de equipamento dividido por packs, como Black Pack (453 €), Connect Pro Pack (754 €), Parking Pack (1.853 €), Convenience Pack (302 €) e Winter Pack (1.281 €).
Evidentemente que será difícil um cliente optar por todos os extras, mas se o fizer terá que contar com mais de 10.000€ à acrescentar à fatura final!
Consumos
Se há coisa onde este Jaguar XE tem “mau feitio” é nos consumos. Os 5,3 l/100 km anunciados de média são verdadeira utopia ao ponto de com andamento moderado não ser fácil baixar dos 8 l/100 km reais. O que vale é que a variação entre ter o pé leve ou o pé pesado não se faz notar em mais do que 1,3 l por cada 100 km, o que quer dizer que em ritmos vivos a “fome” deste Jaguar não ultrapassa os 9,3 l/100 km.
Ao volante
Uma distribuição de peso próxima dos 50%/50% é o primeiro sinal de que o XE se vai sentir à vontade na estrada. E, de facto, não são precisos muitos quilómetros para se confirmar o seu excelente comportamento dinâmico. Com o Jaguar Drive Select, que permite optar pelos perfis de condução “Normal”, “Eco”, “Dynamic” ou “Chuva/Gelo/Neve”, parecem existir diversas formas de ser XE, com o modo “Eco” a otimizar a condução económica, o modo “Chuva/Gelo/Neve” a mostrar-se ideal para superfícies com pouca aderência (reduzindo a potência) e o modo “Dynamic” a tornar o acelerador mais reativo, a direção mais pesada, a suspensão mais firme e as passagens de caixa mais rápidas nos regimes mais elevados. Este, claro está, é o modo ideal para explorar o máximo das potencialidades do XE R-Sport, ágil em curva e capaz de assumir a sua tendência natural sobreviradora (fruto da sua transmissão traseira), mas apenas nos regimes mais elevados, uma vez que a primeira tendência é ver a frente a perder motricidade, no caso das ajudas eletrónicas estarem desligadas e o objetivo ser, declaradamente, puxar ao limite as capacidades deste Jaguar.
O motor de 180 cv, turbodiesel, é um bom aliado para explorar este tipo de registo (tal como a caixa automática de 8 velocidades e patilhas no volante), mas fica já aquém dos valores e, de certo modo, da vivacidade dos propulsores que equipam os concorrentes germânicos.
Em ritmos mais moderados (nos restantes três modos, que não o “Dynamic”), é sempre possível usufruir de conforto, com as reações da carroçaria a serem suaves e a base rolante a mostrar-se plenamente competente, não tendo qualquer problema em assumir o compromisso familiar.
Concorrentes
Alfa Romeo Giulia 2.2 Turbo Diesel 180 cv Supercom 180 cv a partir de 45.500 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Audi A4 2.0 TDI 190 com 190 cv a partir de 46.900 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW 320d com 190 cv a partir 49.800 €
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Ford Mondeo 2.0 TDCi 180 Titanium com 180 cv a partir de 44.403 €
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Lexus IS 300h Business com 223 cv a partir de 43.980 €
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Mazda 6 2.2 Skyactiv-D 175 Excellence Navi com 175 cv a partir de 40.780 €
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Opel Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D 170 cv BlueInjection Selective com 170 cv a partir de 40.780 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Renault Talisman dCi 160 EDC Executive com 160 cv a partir de 43.360 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Octavia 2.0 TDI 184 cv RS com 184 cv a partir de 36.755 €
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen Passat 2.0 TDI 190 cv Confortline com 190 cv a partir de 42.841 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo S60 D4 Momentum com 190 cv a partir de 44.119 €
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Balanço final
É no estatuto do símbolo que transporta que o XE tenta impor os seus argumentos à concorrência alemã, que há, muitos anos abraçou a hegemonia do segmento. E não se pode dizer que se saia mal, uma vez que apesar de estar no início da linha hierárquica da Jaguar, o modelo britânico tem muitas virtudes (e também alguns defeitos). O “status” ajuda, o design exterior e o habitáculo moderno também, tal como a dinâmica, mas os consumos, o equipamento standart e o preço (57.924 €) deixam algo a desejar e poderão ser um entrave à mudança para as cores inglesas.
Qualidade/Comportamento
Menos
Consumos/Equipamento de série
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo
Cilindrada (cm3): 1999
Diâmetro x curso (mm): 83.0 x 92.35
Taxa de Compressão: 15,5: 1
Potência máxima (cv): 180/4000
Binário máximo (Nm/rpm): 430/1750-2500
Transmissão, direção, suspensão e travões
Transmissão e direção: Traseira, com caixa automática 8 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, assistida
Suspensão (fr/tr): Duplos triângulos/Multilink
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e Consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 7,8
Velocidade máxima (km/h): 228
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): -/-/5,3
Emissões de CO2 (g/km): 141
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4672/1850/1416
Distância entre eixos (mm): 2835
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1596/1585
Peso (kg): 1640
Capacidade da bagageira (l): 455
Depósito de combustível (l): 56
Pneus (fr/tr): 225/45 R18 / 245/40 R18
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