Hyundai Kauai 1.0 T-GDi N Line – Ensaio Teste
Desportivo faz-de-conta
O primeiro contacto visual com o Hyundai Kauai N Line não dispensa um pequeno sorriso, mas pouco ou nada tem a ver com o objetivo desta versão, que está apenas equipada com o motor de um litro com três cilindros, ainda que numa versão de 120 cavalos. Neste Kauai, o objetivo é servir de apoio à grande maioria das famílias que deseja um prático e económico SUV no seu dia-a-dia, para as voltas na cidade e nas escapadelas de fim-de-semana. No entanto, para quem gosta de um ambiente mais desportivo, a versão N Line é a escolha perfeita.
Texto: André Mendes
- Habitáculo amplo;
- Estética da versão N Line;
- Conforto;
- Equipamento;
- Consumo elevado;
- Bagageira acanhada;
Exterior
O Hyundai Kauai representou até há bem pouco tempo a entrada na gama de SUV da marca, pelo menos, até surgir no mercado o Bayon. Em termos de medidas, as semelhanças são mais que muitas, mas enquanto o Bayon tem um visual mais moderno e arrojado, o Kauai assume uma postura mais clássica. Mas não nesta versão N Line que tivemos oportunidade de ensaiar. Com o Kauai N Line, o visual é praticamente à versão N sem o ‘Line’. Aquela que inclui o motor de dois litros com 280 cavalos de potência. A diferença mais óbvia no exterior é a dupla saída de escape, que neste caso tem duas ponteiras juntas do lado direito e na opção mais potente são também duas, mas uma de cada lado. Em comum, no entanto, estão pára-choques mais desportivos à frente e atrás e até um difusor de ar traseiro, sem esquecer a presença das jantes de liga leve com 18 polegadas de diâmetro.
Interior
A bordo da versão N Line, encontramos diversos detalhes em vermelho, desde as costuras dos assentos, com uma decoração específica que inclui o logo “N”, até aos pespontos no fole do comando da caixa de velocidades e na pele que forra o volante desportivo. Para terminar, há ainda a destacar a presença das capas dos pedais em alumínio.
Depois de passar diretamente do Bayon para o Kauai, fica mais fácil perceber algumas das diferenças entre os dois modelos, que se encontram tão aproximados na gama da Hyundai. A bordo do Kauai também existem materiais rígidos, mas de uma forma geral, o ambiente é um pouco mais cativante e evoluído, ainda que mais datado que o Bayon. Até porque, não nos podemos esquecer, o Kauai está apenas a meses de distância para dar lugar ao seu sucessor.
Em termos de espaço, há novamente muitas semelhanças com o irmão mais novo deste Kauai e até ficamos com a ideia de que no modelo mais pequeno havia mais espaço a bordo. Não que este Kauai seja acanhado, mas quem viaja nos lugares traseiros, talvez se sentisse mais à-vontade no Bayon. O que é realmente mais acanhado é a capacidade da bagageira, que fica pelos 374 litros de volumetria, menos 37 que a do Bayon. A do Kauai, no entanto, tem mais espaços de arrumação sob o piso e ainda um compartimento capaz de transportar um pneu de reserva por baixo disso tudo.
Equipamento
Representando o topo da oferta da gama Kauai (tirando o ‘N’ a sério), esta versão N Line já inclui uma dose de recheio bastante completa, não faltando a instrumentação totalmente digital e personalizável ou o monitor central tátil do sistema multimédia, mas também o carregamento do telefone sem fios e a sua ligação ao carro através de Apple CarPlay ou Android Auto. No equipamento de série desta versão encontramos ainda o sistema de iluminação totalmente em LED, o travão de estacionamento elétrico, ar condicionado automático e diversos outros. Na lista de opcionais fica apenas a pintura metalizada ou o Pack Navi, que inclui um monitor de 10,25 polegadas para o topo do tablier (em vez do de oito polegadas instalado de série), o sistema de navegação com atualizações gratuitas da “Mapcare” e o sistema de som desenvolvido pela Krell.
Consumos
O capítulo das médias de consumo foi uma espécie de “Calcanhar de Aquiles” para o Hyundai Kauai N Line. Nos valores declarados pela marca encontrámos uma média de consumo combinado de 6,1 litros de combustível para cada 100 quilómetros. No entanto, o mínimo que conseguimos e com diversos momentos a deixar o Kauai simplesmente rolar, foi um valor de 6,6 litros. Com alguns dias de trânsito e deslocações em cidade, mas também com pequenas incursões em estrada para tentar perceber se os préstimos do 1.0 T-GDi conseguiam acompanhar o visual da versão N Line, a média final indicada pelo computador de bordo acabou por ficar nos nove litros, o que nos parece bastante elevado.
Ao Volante
Boa posição de condução e um patamar de conforto cativante são elementos suficientes para começarmos a gostar de conduzir o Hyundai Kauai. O motor de três cilindros vai “falando” com uma voz rouca, como se quisesse soar a desportivo e vai-nos levando pelo interior da cidade num ambiente muito convidativo a escolher uma playlist mais serena e aproveitar a viagem, enquanto tentamos decidir de que tema gostamos mais na instrumentação. Nas manobras de estacionamento, a câmara e os sensores dão uma ajuda preciosa, mas apenas na parte de trás do Kauai. Na frente, depende da vista ou, na pior das hipóteses, da audição.
Motor
O conhecido motor de três cilindros com apenas um litro de capacidade surge no Kauai com uma potência de 120 cavalos, um pouco mais expressiva que a versão de 100 que testámos no Bayon. No entanto, o acréscimo de peso e do tamanho das rodas faz com que este Kauai até registe prestações inferiores e médias de consumo mais elevadas, provando que um visual mais desportivo não tem qualquer influência no desempenho de um automóvel, ao contrário do que muitas pessoas parecem pensar. Brincadeiras à parte, o bloco de três cilindros continua a ser um dos trunfos de muitos modelos da Hyundai e da Kia, ainda que um pouco mais “guloso” que o desejado.
Balanço Final
O Hyundai Kauai N Line tem um visual bastante desportivo, que não casa com a motorização que inclui. Por outro prista, o Hyundai Kauai N Line tem uma motorização bastante competente, à qual ainda adiciona um visual desportivo. Ou seja, uma configuração que o mercado nacional até costuma gostar bastante. Comparativamente ao Bayon, o Kauai parece um pouco mais Premium, mas nota-se a conceção mais antiga, pelo que ficamos com muita curiosidade em conhecer o seu sucessor, previsto para meados deste ano e que até vai crescer um pouco em termos de dimensões, além de incluir um visual bem mais sofisticado no exterior e no interior.
Concorrentes
Ford Puma 1.0 EcoBoost mHEV ST Line
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 125 cavalos; consumo médio: 5,4 l/100km; preço base: 28.855 €
Kia Stonic 1.0 T-GDi ISG Drive
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 23.275 €
Nissan Juke 1.0 DIG-T N-Connecta
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 114 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 26.100 €
Opel Mokka GS 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 26.210 €
Peugeot 2008 GT 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 28.890 €
Seat Arona 1.0 TSI FR
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,3 l/100km; preço base: 26.902 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 120/6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 11,5
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos misto (l/100 km): 6,1
Emissões CO2 (g/km): 137
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.205/1.800/1.565
Distância entre eixos (mm): 2.600
Largura de vias (fr/tr mm): 1.559/1.568
Peso (kg): 1.312
Capacidade da bagageira (l): 374
Depósito (l): 50
Pneus (fr/tr): 235/45 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): 26.190 €
Preço da versão base (Euros): 25.760 €
Mais/Menos
Mais
- Habitáculo amplo;
- Estética da versão N Line;
- Conforto;
- Equipamento;
Menos
- Consumo elevado;
- Bagageira acanhada;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 26190€
Preço da versão base (Euros): 25760€
Exterior
O Hyundai Kauai representou até há bem pouco tempo a entrada na gama de SUV da marca, pelo menos, até surgir no mercado o Bayon. Em termos de medidas, as semelhanças são mais que muitas, mas enquanto o Bayon tem um visual mais moderno e arrojado, o Kauai assume uma postura mais clássica. Mas não nesta versão N Line que tivemos oportunidade de ensaiar. Com o Kauai N Line, o visual é praticamente à versão N sem o ‘Line’. Aquela que inclui o motor de dois litros com 280 cavalos de potência. A diferença mais óbvia no exterior é a dupla saída de escape, que neste caso tem duas ponteiras juntas do lado direito e na opção mais potente são também duas, mas uma de cada lado. Em comum, no entanto, estão pára-choques mais desportivos à frente e atrás e até um difusor de ar traseiro, sem esquecer a presença das jantes de liga leve com 18 polegadas de diâmetro.
Interior
A bordo da versão N Line, encontramos diversos detalhes em vermelho, desde as costuras dos assentos, com uma decoração específica que inclui o logo “N”, até aos pespontos no fole do comando da caixa de velocidades e na pele que forra o volante desportivo. Para terminar, há ainda a destacar a presença das capas dos pedais em alumínio.
Depois de passar diretamente do Bayon para o Kauai, fica mais fácil perceber algumas das diferenças entre os dois modelos, que se encontram tão aproximados na gama da Hyundai. A bordo do Kauai também existem materiais rígidos, mas de uma forma geral, o ambiente é um pouco mais cativante e evoluído, ainda que mais datado que o Bayon. Até porque, não nos podemos esquecer, o Kauai está apenas a meses de distância para dar lugar ao seu sucessor.
Em termos de espaço, há novamente muitas semelhanças com o irmão mais novo deste Kauai e até ficamos com a ideia de que no modelo mais pequeno havia mais espaço a bordo. Não que este Kauai seja acanhado, mas quem viaja nos lugares traseiros, talvez se sentisse mais à-vontade no Bayon. O que é realmente mais acanhado é a capacidade da bagageira, que fica pelos 374 litros de volumetria, menos 37 que a do Bayon. A do Kauai, no entanto, tem mais espaços de arrumação sob o piso e ainda um compartimento capaz de transportar um pneu de reserva por baixo disso tudo.
Equipamento
Representando o topo da oferta da gama Kauai (tirando o ‘N’ a sério), esta versão N Line já inclui uma dose de recheio bastante completa, não faltando a instrumentação totalmente digital e personalizável ou o monitor central tátil do sistema multimédia, mas também o carregamento do telefone sem fios e a sua ligação ao carro através de Apple CarPlay ou Android Auto. No equipamento de série desta versão encontramos ainda o sistema de iluminação totalmente em LED, o travão de estacionamento elétrico, ar condicionado automático e diversos outros. Na lista de opcionais fica apenas a pintura metalizada ou o Pack Navi, que inclui um monitor de 10,25 polegadas para o topo do tablier (em vez do de oito polegadas instalado de série), o sistema de navegação com atualizações gratuitas da “Mapcare” e o sistema de som desenvolvido pela Krell.
Consumos
O capítulo das médias de consumo foi uma espécie de “Calcanhar de Aquiles” para o Hyundai Kauai N Line. Nos valores declarados pela marca encontrámos uma média de consumo combinado de 6,1 litros de combustível para cada 100 quilómetros. No entanto, o mínimo que conseguimos e com diversos momentos a deixar o Kauai simplesmente rolar, foi um valor de 6,6 litros. Com alguns dias de trânsito e deslocações em cidade, mas também com pequenas incursões em estrada para tentar perceber se os préstimos do 1.0 T-GDi conseguiam acompanhar o visual da versão N Line, a média final indicada pelo computador de bordo acabou por ficar nos nove litros, o que nos parece bastante elevado.
Ao volante
Boa posição de condução e um patamar de conforto cativante são elementos suficientes para começarmos a gostar de conduzir o Hyundai Kauai. O motor de três cilindros vai “falando” com uma voz rouca, como se quisesse soar a desportivo e vai-nos levando pelo interior da cidade num ambiente muito convidativo a escolher uma playlist mais serena e aproveitar a viagem, enquanto tentamos decidir de que tema gostamos mais na instrumentação. Nas manobras de estacionamento, a câmara e os sensores dão uma ajuda preciosa, mas apenas na parte de trás do Kauai. Na frente, depende da vista ou, na pior das hipóteses, da audição.
Concorrentes
Ford Puma 1.0 EcoBoost mHEV ST Line
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 125 cavalos; consumo médio: 5,4 l/100km; preço base: 28.855 €
Kia Stonic 1.0 T-GDi ISG Drive
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 23.275 €
Nissan Juke 1.0 DIG-T N-Connecta
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 114 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 26.100 €
Opel Mokka GS 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 26.210 €
Peugeot 2008 GT 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 28.890 €
Seat Arona 1.0 TSI FR
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,3 l/100km; preço base: 26.902 €
Motor
O conhecido motor de três cilindros com apenas um litro de capacidade surge no Kauai com uma potência de 120 cavalos, um pouco mais expressiva que a versão de 100 que testámos no Bayon. No entanto, o acréscimo de peso e do tamanho das rodas faz com que este Kauai até registe prestações inferiores e médias de consumo mais elevadas, provando que um visual mais desportivo não tem qualquer influência no desempenho de um automóvel, ao contrário do que muitas pessoas parecem pensar. Brincadeiras à parte, o bloco de três cilindros continua a ser um dos trunfos de muitos modelos da Hyundai e da Kia, ainda que um pouco mais “guloso” que o desejado.
Balanço final
O Hyundai Kauai N Line tem um visual bastante desportivo, que não casa com a motorização que inclui. Por outro prista, o Hyundai Kauai N Line tem uma motorização bastante competente, à qual ainda adiciona um visual desportivo. Ou seja, uma configuração que o mercado nacional até costuma gostar bastante. Comparativamente ao Bayon, o Kauai parece um pouco mais Premium, mas nota-se a conceção mais antiga, pelo que ficamos com muita curiosidade em conhecer o seu sucessor, previsto para meados deste ano e que até vai crescer um pouco em termos de dimensões, além de incluir um visual bem mais sofisticado no exterior e no interior.
- Habitáculo amplo;
- Estética da versão N Line;
- Conforto;
- Equipamento;
- Consumo elevado;
- Bagageira acanhada;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 120/6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 11,5
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos misto (l/100 km): 6,1
Emissões CO2 (g/km): 137
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.205/1.800/1.565
Distância entre eixos (mm): 2.600
Largura de vias (fr/tr mm): 1.559/1.568
Peso (kg): 1.312
Capacidade da bagageira (l): 374
Depósito (l): 50
Pneus (fr/tr): 235/45 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): 26.190 €
Preço da versão base (Euros): 25.760 €
Preço da versão base (Euros): 25760€
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