Hyundai i30 Fastback 1.4 T-GDI DCT – Ensaio Teste
Hyundai i30 Fastback 1.5 T-GDI DCT: Agradável surpresa
Texto: José Manuel Costa
Irracionalidade ou preconceito? Só uma destas opções pode explicar porque ainda há quem não veja nos produtos da Hyundai qualidades ao nível daquilo que os europeus fazem. Este i30 Fastback é disso um bom exemplo, sendo mais um dos instrumentos da casa coreana para cercar os europeus. Para si que preza o “value for Money”, ou seja, o que consegue obter pelo dinheiro que pode gastar, este é um carro a ter em conta. Eu explico-lhe porquê.
Estilo, Conforto, Caixa
Opcionais, Consumos
Exterior
A Hyundai, com o i30 Fastback, oferece ao segmento o seu primeiro coupé de cinco portas, completando uma gama que oferece um cinco portas e uma excelente carrinha. E não tenho dúvidas nenhumas que esta última será a preferida dos portugueses. A casa coreana tem vindo a fazer um esforço enorme para melhorar o aspeto dos seus produtos e tal como sucede com os outros i30, este coupé de cinco portas é muito agradável à vista. Não é, de forma nenhuma, disruptivo, mas já ganhou prémios de estilo o que é uma prova da excelência do trabalho feito.
Sendo mais comprido 115 mm que a versão de cinco portas, as grandes diferenças do Fastback para aquela variante estão, naturalmente, na traseira. O carro afunila nessa zona rumo a uma tampa da mala com spoiler integrado, farolins que se espraiam pelo portão traseiro e um para choques completamente redesenhado. Mantendo a frente igual, o i30 Fastback oferece jantes de liga leve de 17 ou 18 polegadas que preenchem bem as cavas das rodas, num conjunto que não imita ninguém e estabelece um padrão de elegância que agrada á vista.
Interior
Já no interior, tudo é exatamente igual aos restantes i30, o que não espanta e nem é necessariamente mau, pois vamos bem sentados, confortavelmente instalados com tudo ao alcance da mão. O estilo não é particularmente estimulante, mas a qualidade é boa e a dotação de equipamento muito interessante. No que toca à conectividade oferece um ecrã de 8 polegadas com todas as ligações habituais, carregamento sem fios na consola central, várias tomadas USB e AUX. A forma da carroçaria permite que sejam oferecidos 450 litros (extensíveis a 1351 litros). Contas feitas, são mais 55 litros que a variante de 5 portas (mais 50 litros com os bancos rebatidos) e menos 152 litros face á carrinha (300 litros menos com os bancos rebatidos). E esta é, realmente, a grande diferença entre o Fastback e o i30 de cinco portas e a fantástica carrinha.
Equipamento
O Hyundai i30 Fastback tem o mesmo nível de equipamento dos restantes. Além da conectividade que referi acima, está disponível a travagem autónoma de emergência, aviso de transposição de faixa de rodagem, monitorização do ângulo morto, enfim tudo aquilo que é habitual ver num Hyundai e no segmento. Juntam-se os vidros elétricos, o fecho central de portas com comando, sendo depois necessário deitar mão à lista de opcionais para colocar no seu i30 o arranque mãos livres sem chave, o sistema de navegação e pouco mais há a encontrar nessa lista.
Consumos
Sendo um carro a gasolina com performances interessantes e um comportamento que apela aos sentidos, os consumos não podem ser fabulosos. Não que o i30 Fastback com este motor 1.4 T-GDI e caixa de dupla embraiagem seja um beberrão, mas fica longe dos otimistas 5,5 l/100 km que a Hyundai reclama. Contas feitas a alguma diversão, muito quilómetro sem preocupação de poupar e algumas viagens feitas com rigor e vontade de economizar, a média final ficou nos 7,1 l/100 km. É muito? Talvez, mas não é escandaloso e estou convencido que com menos tropelias poderia ter ficado abaixo dos 6 litros.
Ao Volante
Por baixo do manto mais elegante desta versão, há, realmente, mais trabalho feito pelos engenheiros da Hyundai. O chassis foi ligeiramente rebaixado e as suspensões foram endurecidas, face à versão de cinco portas. O intuito foi dar um acento mais desportivo a um carro que, de base, é seguro e eficaz. Não chegou ao ponto do i30 N, mas a verdade é que o i30 Fastback sente-se mais ágil, com um eixo dianteiro mais agarrado ao chão com uma direção que responde de forma correta ao nosso comando.
Não fique preocupado que este endurecimento, de chassis e suspensões, não teve repercussões no conforto, mesmo que o carro esteja equipado com jantes de generosas dimensões e os belíssimos Michelin Super Sport. Um indicador claro que a Hyundai deseja que o Fastback assuma uma postura mais desportiva que será complementada com a versão N, já a caminho.
Motor
Não há versões diesel para este modelo e entre o 1.0 T-GDI com 120 CV e o 1.4 T-GDI com 140 CV terá de fazer a sua escolha. Pode, também, optar pela caixa de dupla embraiagem no motor mais potente. O motor 1.4 litros é interessante, sobe facilmente de rotação, mas não é um bloco espetacular, merecendo o comportamento do Fastback um pouco mais de chispa. Os 140 CV nunca colocam em causa a estabilidade do chassis e um pouco mais de poderio seria bem-vindo.
Balanço Final
É uma proposta ousada da Hyundai e explica-se pela euforia que a marca conhece na Europa. Tem melhor comportamento que a versão de cinco portas, mas não é um verdadeiro coupé e muito menos desportivo. Oferece um pouco mais de bagageira, é certo, mas a Hyundai vai ter de convencer os seus clientes que este Fastaback vale tanto como a carrinha, por exemplo. Outras marcas tiveram sucesso, mas têm nome com outro peso. Seja como for, não deixa de ser um belo automóvel que com uma versão N ficará entre os melhores do segmento. Até lá é uma opção válida e mais agradável à vista que o i30 de cinco portas.
Concorrentes
Mazda 3 CS
1499 c.c. (turbodiesel); 105 CV; 270 Nm; 0-100 km/h em 11,0 seg,; 186 km/h; 3,8 l/100 km, 99 gr/km de CO2; 24.907€
Mercedes CLA 200
1596 c.c.; 122 CV, 260 Nm; 0-100 km/h em 9,0 seg; 210 km/h; 5,7 l/100 km; 125 gr/km de CO2; 38.700€
Renault Megane Grand Coupe 1.6 TCe 115
1598 c.c.; 115 CV; 156 Nm; 0-100 km/h em 11,8 seg; 190 km/h; 6,3 l/100 km; 142 gr/km; 25.283€
Ficha Técnica
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cil. injeção direta e turbo
Cilindrada (cm3): 1553
Diâmetro x Curso (mm): 71.6 x 84
Taxa de Compressão: 10,0
Potência máxima (CV/rpm): 140/6000
Binário máximo (Nm/rpm): 242/1500
Transmissão: dianteira com caixa automática de 7 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): MvPherson/eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,2
Velocidade máxima (km/h): 208
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,9/6,7/5,5
Emissões CO2 (gr/km): 129
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4455/1795/1425
Distância entre eixos (mm): 2650
Largura de vias (fr/tr mm): Nd
Peso (kg): 1255
Capacidade da bagageira (l): 450 (5 lugares)/1351 (bancos rebatidos)
Deposito de combustível (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/40 R18
Mais/Menos
Mais
Estilo, Conforto, Caixa
Menos
Opcionais, Consumos
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 28.350€
Preço da versão base (Euros): 28.350€
Exterior
A Hyundai, com o i30 Fastback, oferece ao segmento o seu primeiro coupé de cinco portas, completando uma gama que oferece um cinco portas e uma excelente carrinha. E não tenho dúvidas nenhumas que esta última será a preferida dos portugueses. A casa coreana tem vindo a fazer um esforço enorme para melhorar o aspeto dos seus produtos e tal como sucede com os outros i30, este coupé de cinco portas é muito agradável à vista. Não é, de forma nenhuma, disruptivo, mas já ganhou prémios de estilo o que é uma prova da excelência do trabalho feito.
Sendo mais comprido 115 mm que a versão de cinco portas, as grandes diferenças do Fastback para aquela variante estão, naturalmente, na traseira. O carro afunila nessa zona rumo a uma tampa da mala com spoiler integrado, farolins que se espraiam pelo portão traseiro e um para choques completamente redesenhado. Mantendo a frente igual, o i30 Fastback oferece jantes de liga leve de 17 ou 18 polegadas que preenchem bem as cavas das rodas, num conjunto que não imita ninguém e estabelece um padrão de elegância que agrada á vista.
Interior
Já no interior, tudo é exatamente igual aos restantes i30, o que não espanta e nem é necessariamente mau, pois vamos bem sentados, confortavelmente instalados com tudo ao alcance da mão. O estilo não é particularmente estimulante, mas a qualidade é boa e a dotação de equipamento muito interessante. No que toca à conectividade oferece um ecrã de 8 polegadas com todas as ligações habituais, carregamento sem fios na consola central, várias tomadas USB e AUX. A forma da carroçaria permite que sejam oferecidos 450 litros (extensíveis a 1351 litros). Contas feitas, são mais 55 litros que a variante de 5 portas (mais 50 litros com os bancos rebatidos) e menos 152 litros face á carrinha (300 litros menos com os bancos rebatidos). E esta é, realmente, a grande diferença entre o Fastback e o i30 de cinco portas e a fantástica carrinha.
Equipamento
O Hyundai i30 Fastback tem o mesmo nível de equipamento dos restantes. Além da conectividade que referi acima, está disponível a travagem autónoma de emergência, aviso de transposição de faixa de rodagem, monitorização do ângulo morto, enfim tudo aquilo que é habitual ver num Hyundai e no segmento. Juntam-se os vidros elétricos, o fecho central de portas com comando, sendo depois necessário deitar mão à lista de opcionais para colocar no seu i30 o arranque mãos livres sem chave, o sistema de navegação e pouco mais há a encontrar nessa lista.
Consumos
Sendo um carro a gasolina com performances interessantes e um comportamento que apela aos sentidos, os consumos não podem ser fabulosos. Não que o i30 Fastback com este motor 1.4 T-GDI e caixa de dupla embraiagem seja um beberrão, mas fica longe dos otimistas 5,5 l/100 km que a Hyundai reclama. Contas feitas a alguma diversão, muito quilómetro sem preocupação de poupar e algumas viagens feitas com rigor e vontade de economizar, a média final ficou nos 7,1 l/100 km. É muito? Talvez, mas não é escandaloso e estou convencido que com menos tropelias poderia ter ficado abaixo dos 6 litros.
Ao volante
Por baixo do manto mais elegante desta versão, há, realmente, mais trabalho feito pelos engenheiros da Hyundai. O chassis foi ligeiramente rebaixado e as suspensões foram endurecidas, face à versão de cinco portas. O intuito foi dar um acento mais desportivo a um carro que, de base, é seguro e eficaz. Não chegou ao ponto do i30 N, mas a verdade é que o i30 Fastback sente-se mais ágil, com um eixo dianteiro mais agarrado ao chão com uma direção que responde de forma correta ao nosso comando.
Não fique preocupado que este endurecimento, de chassis e suspensões, não teve repercussões no conforto, mesmo que o carro esteja equipado com jantes de generosas dimensões e os belíssimos Michelin Super Sport. Um indicador claro que a Hyundai deseja que o Fastback assuma uma postura mais desportiva que será complementada com a versão N, já a caminho.
Concorrentes
Mazda 3 CS
1499 c.c. (turbodiesel); 105 CV; 270 Nm; 0-100 km/h em 11,0 seg,; 186 km/h; 3,8 l/100 km, 99 gr/km de CO2; 24.907€
Mercedes CLA 200
1596 c.c.; 122 CV, 260 Nm; 0-100 km/h em 9,0 seg; 210 km/h; 5,7 l/100 km; 125 gr/km de CO2; 38.700€
Renault Megane Grand Coupe 1.6 TCe 115
1598 c.c.; 115 CV; 156 Nm; 0-100 km/h em 11,8 seg; 190 km/h; 6,3 l/100 km; 142 gr/km; 25.283€
Motor
Não há versões diesel para este modelo e entre o 1.0 T-GDI com 120 CV e o 1.4 T-GDI com 140 CV terá de fazer a sua escolha. Pode, também, optar pela caixa de dupla embraiagem no motor mais potente. O motor 1.4 litros é interessante, sobe facilmente de rotação, mas não é um bloco espetacular, merecendo o comportamento do Fastback um pouco mais de chispa. Os 140 CV nunca colocam em causa a estabilidade do chassis e um pouco mais de poderio seria bem-vindo.
Balanço final
É uma proposta ousada da Hyundai e explica-se pela euforia que a marca conhece na Europa. Tem melhor comportamento que a versão de cinco portas, mas não é um verdadeiro coupé e muito menos desportivo. Oferece um pouco mais de bagageira, é certo, mas a Hyundai vai ter de convencer os seus clientes que este Fastaback vale tanto como a carrinha, por exemplo. Outras marcas tiveram sucesso, mas têm nome com outro peso. Seja como for, não deixa de ser um belo automóvel que com uma versão N ficará entre os melhores do segmento. Até lá é uma opção válida e mais agradável à vista que o i30 de cinco portas.
Estilo, Conforto, Caixa
MenosOpcionais, Consumos
Ficha técnica
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cil. injeção direta e turbo
Cilindrada (cm3): 1553
Diâmetro x Curso (mm): 71.6 x 84
Taxa de Compressão: 10,0
Potência máxima (CV/rpm): 140/6000
Binário máximo (Nm/rpm): 242/1500
Transmissão: dianteira com caixa automática de 7 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): MvPherson/eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,2
Velocidade máxima (km/h): 208
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,9/6,7/5,5
Emissões CO2 (gr/km): 129
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4455/1795/1425
Distância entre eixos (mm): 2650
Largura de vias (fr/tr mm): Nd
Peso (kg): 1255
Capacidade da bagageira (l): 450 (5 lugares)/1351 (bancos rebatidos)
Deposito de combustível (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/40 R18
Preço da versão base (Euros): 28.350€
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