Hyundai i20 1.0 T-GDi – Ensaio Teste

By on 21 Outubro, 2020

Hyundai i20 1.0 T-GDI Style Plus

Texto: João Isaac

Todo o utilitário de que precisa

A Hyundai continua a atravessar um bom momento de forma, com uma gama muito completa de modelos onde se destaca a sua família de SUV, bem como inúmeras propostas eletrificadas e até mesmo um dos melhores desportivos da atualidade. Então e para aqueles que procuram um utilitário para todos os dias e todas as ocasiões? Para esses, a marca coreana propõe este i20, a sua proposta de segmento B, aqui à prova com o motor 1.0 T-GDi de 100 cavalos.


Mais:

Equipamento; garantia; habitabilidade.

Menos:

Consumo vs. concorrência; qualidade de alguns materiais.

Exterior

7/10

Exterior (7/10) Equilibrado. Este é talvez o adjetivo que melhor define o design do i20. Mantém-se muito atual mesmo contando já com alguns anos de mercado. Talvez porque desde o seu lançamento nunca se tenha destacado pela irreverência das suas linhas, solução que está agora a dar os seus frutos. Também as proporções agradam, seja de que ângulo for. A carroçaria do i20 transmite solidez e a sensação de que este é um Hyundai maior do que é na verdade. Em cidade, essa compacidade é bem-vinda, contribuindo para a sua facilidade de condução.

Interior

7/10

Interior (7/10) Uma vez mais, a Hyundai aplicou no tablier e restante habitáculo a mesma dose de racionalidade que encontramos no exterior. Os materiais são predominantemente rijos, com exceção da zona frontal do tablier, mas a qualidade de construção é sólida. O painel de instrumentos possui leitura clara, elogio que prolongamos ao sistema de infotainment, uma unidade já conhecida mas que continua a cativar pelo seu funcionamento intuitivo. Os bancos possuem um desenho correto, inclusivamente para os passageiros traseiros, zona onde o túnel central é quase inexistente. A bagageira conta com um muito útil fundo amovível que permite não só a criação de um fundo plano com o rebatimento dos bancos traseiros como também criar um compartimento para esconder objetos mais valiosos. A sua capacidade é de 326 litros.

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) A unidade ensaiada é um i20 Style Plus e a sua lista de equipamento é extensa. Assim, este i20 do parque de imprensa nacional inclui, por exemplo, o acesso e arranque sem chave, o ar condicionado automático, o teto panorâmico e o ecrã tátil de 7 polegadas com sistema de navegação e compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play. No campo da segurança e da assistência à condução destacam-se elementos como o alerta de saída da faixa de rodagem, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, a câmara traseira e o cruise control.

Consumos

/10

Consumo (6/10) Este é o campo de avaliação onde o i20 teve mais dificuldades em cumprir com o que se espera de um utilitário, segmento onde a economia de combustível tem uma importância muito significativa para os condutores. Com uma média final de 6,9 lt/100 km, o i20 gasta um pouco mais de combustível do que alguma da sua concorrência para percorrer a mesma distância. Caso percorra muitos quilómetros em autoestrada, as relações longas da caixa de 6 velocidades trazem, certamente, a média para valores mais baixos.

Ao Volante

7/10

Ao volante (7/10) No que diz respeito a condução, o Hyundai i20 faz tudo bem sem se querer destacar num determinado aspeto. Ainda antes de arrancar, a posição de condução ideal é fácil de encontrar graças às boas regulações do banco e volante. Já em andamento, nota-se que a afinação da suspensão está mais orientada para o conforto do que para uma dinâmica mais entusiasmante e, na verdade, ainda bem que assim é. Para quem assim quiser, há propostas mais dinâmicas no segmento, mas o i20 é uma das mais equilibradas, com um bom nível de conforto de rolamento e sempre estável e seguro quando submetido a situações mais exigentes.

Motor

7/10

Motor (7/10) O 1.0 T-GDi da Hyundai é mais um bom exemplo de como o downsizing trouxe ao mercado pequenos mas enérgicos propulsores que não só equipam utilitários como o i20 como chegam inclusivamente a prestar serviço no segmento acima. Este é um desses exemplos, sendo que no i30 o pequeno três cilindros produz 120 cavalos e não os 100 deste i20. Ainda assim, a potência é mais do que suficiente para o corpo de pouco mais de 1100 kg do i20. A aceleração dos 0 aos 100 km/h faz-se em menos de 11 segundos e a velocidade máxima de quase 190 km/h é também mais do que suficiente. O binário máximo de 172 Nm está disponível logo às 1500 rpm e isso nota-se na forma como o pequeno 1.0 dá um pulo na sua entrega ligeiramente acima desse regime. A sonoridade típica dos três cilindros está presente, um pouco mais do que noutros motores equivalentes, mas nada que chegue a incomodar.

Balanço Final

7/10

Balanço final (7/10) Este ensaio termina como começou, destacando o equilíbrio do Hyundai i20 enquanto utilitário. Possui um motor enérgico, ainda que algo mais gastador do que se espera de um 1.0 litros Turbo, e um habitáculo onde equipamento não falta e onde há também espaço adequado para quatro ou até mesmo cinco passageiros, se o percurso não for excessivamente longo. A condução convence, não só pela facilidade proporcionada por todos os comandos, mas também pela ligeireza com que os 100 cavalos o aceleram. Resta abordar a questão do preço, 20 110 euros, um valor justo por um i20 recheado e ao qual pode retirar 430 euros se prescindir da pintura metalizada. A garantia de 7 anos, sem limite de quilómetros, só vem adicionar um argumento de peso à lista.

Concorrentes

Opel Corsa 1.2 Turbo, 1199 cc, gasolina, 100 cv, 205 Nm; 0-100 km/h em 9,9 seg,; 188 km/h; 5,5 l/100 km, 124 gr/km de CO2; 16 960 euros

Renault Clio TCe 100, 999 cc, gasolina, 100 cv, 160 Nm; 0-100 km/h em 11,8 seg,; 187 km/h; 5,2 l/100 km, 118 gr/km de CO2; 17 950 euros

SEAT Ibiza 1.0 TSI, 999 cc, gasolina, 95 cv, 175 Nm; 0-100 km/h em 10,9 seg,; 182 km/h; 5,4 l/100 km, 124 gr/km de CO2; 17 270 euros

Ficha Técnica

Motor Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina Cilindrada (cm3): 998 Diâmetro x Curso (mm): 71 x 84 Taxa de Compressão: 10:1 Potência máxima (CV/rpm): 100/4500 Binário máximo (Nm/rpm): 172/1500-4000. Transmissão: manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/barra de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 10,8 Velocidade máxima (km/h): 188 Consumos misto (l/100 km): 5,9 Emissões CO2 (gr/km): 133 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4035/1734/1474 Distância entre eixos (mm): 2570 Largura de vias (fr/tr mm): n.d. Peso (kg): 1140 Capacidade da bagageira (l): 326 Deposito de combustível (l): 50 Pneus (fr/tr): 195/55 R16 Preço da versão base (Euros): 13.780 Preço da versão ensaiada (Euros): 20.110

Mais/Menos


Mais

Equipamento; garantia; habitabilidade.

Menos

Consumo vs. concorrência; qualidade de alguns materiais.

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 20110€

Preço da versão base (Euros): 13780€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (7/10) Equilibrado. Este é talvez o adjetivo que melhor define o design do i20. Mantém-se muito atual mesmo contando já com alguns anos de mercado. Talvez porque desde o seu lançamento nunca se tenha destacado pela irreverência das suas linhas, solução que está agora a dar os seus frutos. Também as proporções agradam, seja de que ângulo for. A carroçaria do i20 transmite solidez e a sensação de que este é um Hyundai maior do que é na verdade. Em cidade, essa compacidade é bem-vinda, contribuindo para a sua facilidade de condução.

Interior

Interior (7/10) Uma vez mais, a Hyundai aplicou no tablier e restante habitáculo a mesma dose de racionalidade que encontramos no exterior. Os materiais são predominantemente rijos, com exceção da zona frontal do tablier, mas a qualidade de construção é sólida. O painel de instrumentos possui leitura clara, elogio que prolongamos ao sistema de infotainment, uma unidade já conhecida mas que continua a cativar pelo seu funcionamento intuitivo. Os bancos possuem um desenho correto, inclusivamente para os passageiros traseiros, zona onde o túnel central é quase inexistente. A bagageira conta com um muito útil fundo amovível que permite não só a criação de um fundo plano com o rebatimento dos bancos traseiros como também criar um compartimento para esconder objetos mais valiosos. A sua capacidade é de 326 litros.

Equipamento

Equipamento (8/10) A unidade ensaiada é um i20 Style Plus e a sua lista de equipamento é extensa. Assim, este i20 do parque de imprensa nacional inclui, por exemplo, o acesso e arranque sem chave, o ar condicionado automático, o teto panorâmico e o ecrã tátil de 7 polegadas com sistema de navegação e compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play. No campo da segurança e da assistência à condução destacam-se elementos como o alerta de saída da faixa de rodagem, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, a câmara traseira e o cruise control.

Consumos

Consumo (6/10) Este é o campo de avaliação onde o i20 teve mais dificuldades em cumprir com o que se espera de um utilitário, segmento onde a economia de combustível tem uma importância muito significativa para os condutores. Com uma média final de 6,9 lt/100 km, o i20 gasta um pouco mais de combustível do que alguma da sua concorrência para percorrer a mesma distância. Caso percorra muitos quilómetros em autoestrada, as relações longas da caixa de 6 velocidades trazem, certamente, a média para valores mais baixos.

Ao volante

Ao volante (7/10) No que diz respeito a condução, o Hyundai i20 faz tudo bem sem se querer destacar num determinado aspeto. Ainda antes de arrancar, a posição de condução ideal é fácil de encontrar graças às boas regulações do banco e volante. Já em andamento, nota-se que a afinação da suspensão está mais orientada para o conforto do que para uma dinâmica mais entusiasmante e, na verdade, ainda bem que assim é. Para quem assim quiser, há propostas mais dinâmicas no segmento, mas o i20 é uma das mais equilibradas, com um bom nível de conforto de rolamento e sempre estável e seguro quando submetido a situações mais exigentes.

Concorrentes

Opel Corsa 1.2 Turbo, 1199 cc, gasolina, 100 cv, 205 Nm; 0-100 km/h em 9,9 seg,; 188 km/h; 5,5 l/100 km, 124 gr/km de CO2; 16 960 euros

Renault Clio TCe 100, 999 cc, gasolina, 100 cv, 160 Nm; 0-100 km/h em 11,8 seg,; 187 km/h; 5,2 l/100 km, 118 gr/km de CO2; 17 950 euros

SEAT Ibiza 1.0 TSI, 999 cc, gasolina, 95 cv, 175 Nm; 0-100 km/h em 10,9 seg,; 182 km/h; 5,4 l/100 km, 124 gr/km de CO2; 17 270 euros

Motor

Motor (7/10) O 1.0 T-GDi da Hyundai é mais um bom exemplo de como o downsizing trouxe ao mercado pequenos mas enérgicos propulsores que não só equipam utilitários como o i20 como chegam inclusivamente a prestar serviço no segmento acima. Este é um desses exemplos, sendo que no i30 o pequeno três cilindros produz 120 cavalos e não os 100 deste i20. Ainda assim, a potência é mais do que suficiente para o corpo de pouco mais de 1100 kg do i20. A aceleração dos 0 aos 100 km/h faz-se em menos de 11 segundos e a velocidade máxima de quase 190 km/h é também mais do que suficiente. O binário máximo de 172 Nm está disponível logo às 1500 rpm e isso nota-se na forma como o pequeno 1.0 dá um pulo na sua entrega ligeiramente acima desse regime. A sonoridade típica dos três cilindros está presente, um pouco mais do que noutros motores equivalentes, mas nada que chegue a incomodar.

Balanço final

Balanço final (7/10) Este ensaio termina como começou, destacando o equilíbrio do Hyundai i20 enquanto utilitário. Possui um motor enérgico, ainda que algo mais gastador do que se espera de um 1.0 litros Turbo, e um habitáculo onde equipamento não falta e onde há também espaço adequado para quatro ou até mesmo cinco passageiros, se o percurso não for excessivamente longo. A condução convence, não só pela facilidade proporcionada por todos os comandos, mas também pela ligeireza com que os 100 cavalos o aceleram. Resta abordar a questão do preço, 20 110 euros, um valor justo por um i20 recheado e ao qual pode retirar 430 euros se prescindir da pintura metalizada. A garantia de 7 anos, sem limite de quilómetros, só vem adicionar um argumento de peso à lista.

Mais

Equipamento; garantia; habitabilidade.

Menos

Consumo vs. concorrência; qualidade de alguns materiais.

Ficha técnica

Motor Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina Cilindrada (cm3): 998 Diâmetro x Curso (mm): 71 x 84 Taxa de Compressão: 10:1 Potência máxima (CV/rpm): 100/4500 Binário máximo (Nm/rpm): 172/1500-4000. Transmissão: manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/barra de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 10,8 Velocidade máxima (km/h): 188 Consumos misto (l/100 km): 5,9 Emissões CO2 (gr/km): 133 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4035/1734/1474 Distância entre eixos (mm): 2570 Largura de vias (fr/tr mm): n.d. Peso (kg): 1140 Capacidade da bagageira (l): 326 Deposito de combustível (l): 50 Pneus (fr/tr): 195/55 R16 Preço da versão base (Euros): 13.780 Preço da versão ensaiada (Euros): 20.110

Preço da versão ensaiada (Euros): 20110€
Preço da versão base (Euros): 13780€