Honda Jazz 1.5 i-VTEC – Ensaio Teste
Honda Jazz 1.5 i-VTEC Dynamic
Texto: José Manuel Costa ([email protected])
Renovação precisa-se
Falar de sucesso sobre um carro que vendeu mais de 7 milhões de unidades desde que foi lançado em 2001, é redundante, mais ainda quando em 2018, o Jazz viu as vendas aumentarem, na Europa, chegando no Velho Continente às 38 mil unidades (cerca de 3 mil unidades). Mas isso tem uma justificação que muitas vezes escapa aos menos atentos: o Jazz começa a denotar algum cansaço em termos de estilo exterior e interior, mas tem um habitáculo sem rival no que toca ao espaço e versatilidade, além de uma bagageira recordista. Por tudo isto, o Jazz continua a ser um carro que faz esboçar um sorriso quando se pensa no interior, mas levanta o sobrolho quando olhamos para o exterior e para o facto do motor ser um bloco 1.5 litros… a gasolina.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Habitabilidade, Fiabilidade, Bagageira
Comportamento, projeto a necessitar renovação
Exterior
Pontuação 7/10
Com dimensões de utilitário, o Jazz tem uma carroçaria que lembra um monovolume, sem grandes requintes estilísticos, misturando linhas retas com alguns arredondamentos, muito à imagem daquilo que a Honda habitualmente faz. Tudo é feito com qualidade e nesta versão Dynamic, os detalhes que sublinham os para choques, além das saias laterais e o spoiler traseiro. As jantes de 16 polegadas são pequenas para tanta chapa á mostra, mas o Jazz é assim mesmo, função sacrifica a forma.
Interior
Pontuação 8/10
O ouro está dentro do Jazz. Quem não conheça o utilitário japonês, não imagina o que é o habitáculo deste Honda. Olhando ao tamanho do carro, impressiona o espaço oferecido, particularmente no banco traseiro. Há muito espaço para arrumar as pernas, mesmo que quem seguir ao volante seja de gabarito á imagem da NBA. A forma monovolume do Jazz permite que a distância ao tejadilho atrás seja muito generosa. A bagageira também é enorme com 354 litros, mais que o VW Polo e o Seat Ibiza, os líderes do segmento, que se estendem até aos 897 litros com o banco rebatido. Até aqui, o interior do Jazz impressiona e deixa-nos boquiabertos.
Isso já não sucede quando analisamos a qualidade do interior. A montagem é excelente, mas os plásticos são todos duros. Isso não quer dizer que os plásticos sejam maus, antes pelo contrário. Aliás, dão toda a sensação que serão capazes de duras anos sem se degradarem. Apenas não têm aquele aspeto acetinado e simpático á vista dos seus rivais. O estilo é… Honda, o sistema Honda Connect já precisa de uma volta e o painel de instrumentos também. Não funcionam por isso? Claro que funcionam, mas comparando com os rivais… está longe. A posição de condução é elevada como se quer nos dias que correm.
Equipamento
Pontuação 5/10
O equipamento do Jazz Dynamic é muito recheado para um utilitário. Destacamos o sistema de paragem de emergência, sistema de travagem ativa em cidade, avisador de colisão frontal, avisador de saída de faixa, limitador inteligente de velocidade, reconhecimento de sinalização de trânsito, fecho de portas com comando, imobilizador, volante e punho da alavanca da caixa de velocidades em couro, ecrã multi informações, ajuda ao arranque em declive, ar condicionado manual, sensores de chuva e luz, espelhos exteriores retráteis com regulação elétrica e aquecidos, quatro vidros elétricos, sensores de estacionamento à frente e atrás, bancos traseiros reclináveis, sistema Honda Connect com ecrã sensível ao toque com 7 polegadas, volante com comandos, Bluetooth, para choques dianteiro e traseiro com contornos vermelhos, faróis LED, máximos automáticos, jantes de liga leve de 16 polegadas.
Como opcionais, apenas a pintura metalizada e o sistema de navegação.
Consumos
Pontuação 4/10
O bloco 1.5 litros atmosférico é um motor… Honda, ou seja, rotativo e com potência e pequeno binário colocado muito acima (130 CV às 6600 rpm e 155 Nm às 4600 rpm), o que nos obriga a puxar ela caixa e, logo, os consumos não podem ser brilhantes. Quer dizer, até podem, pois o Jazz provou que com cuidado e rigor o consumo aproxima-se dos valores homologados pela Honda. Registei 6,9 l/100 km quando a casa japonesa reclama 5,9 litros. A média final ficou nos 7,9 l/100 km.
Ao Volante
Pontuação 7/10
Analisar o Jazz neste particular é simples: eficácia. Não é divertido de conduzir como um Ford Fiesta ou até como o VW Polo ou o Seat Ibiza, mas não cria muitos problemas. É verdade que o rolamento de carroçaria é elevado, a direção tem pouca ou nenhuma sensibilidade, mas o Jazz acaba por se desembaraçar de todas as situações sem muitas dificuldades. Apesar de ter um sistema McPherson à frente e um eixo de torção atrás, este Honda é capaz de oferecer um conforto assinalável, passando a ferro lombas e buracos.
Motor
Pontuação 8/10
Como disse acima, é um motor Honda! Tem potência suficiente e o binário é pequeno, é verdade, mas ainda assim suficiente. Precisamos muito de trabalhar com a caixa para conseguir recuperações de aceleração suficientes e para ultrapassar certos obstáculos. E nessa altura o bloco japonês faz-se ouvir e de que maneira. E acreditem que em algumas ocasiões é cansativo. Também aqui a Honda terá de fazer um pouco melhor na próxima geração do Jazz.
Balanço Final
Pontuação 6/10
O Jazz tem de ser olhado de dois ângulos: se pretende um carro eficaz, ultra espaçoso e com uma generosa bagageira, com níveis de qualidade elevados, mesmo que não pareça, esta pode ser uma boa opção. Se o que pretende é um carro com mais estilo, mais musculo e divertido de conduzir que justifique fazer um desvio no caminho para casa, terá de olhar para outro lado. Ou seja, o Jazz ganha no que toca à habitabilidade e no conforto, com um razoável nível de equipamento, mas perde em tudo o resto. O que mostra como está a necessitar de uma mudança bem mais profunda que a remodelação feita em 2017.
Concorrentes
Ford Fiesta
998 c.c. turbo a gasolina; 140 CV; 180 Nm; 0-100 km/h em 9,0 seg,; 202 km/h; 4,5 l/100 km, 102 gr/km de CO2; 21.934 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Seat Ibiza
1498 c.c. turbo a gasolina; 150 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 7,9 seg,; 215 km/h; 4,9 l/100 km, 112 gr/km de CO2; 22.237 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
VW Polo
999 c.c. turbo a gasolina; 95 CV; 175 Nm; 0-100 km/h em 10,8 seg,; 187 km/h; 4,6 l/100 km, 104 gr/km de CO2; 19.431
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta
Cilindrada (cm3): 1498
Diâmetro x Curso (mm): 73 x 89,5
Taxa de Compressão: 11,5
Potência máxima (CV/rpm): 130/6600
Binário máximo (Nm/rpm): 155/4600
Transmissão: dianteira com caixa manual de 6 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,7
Velocidade máxima (km/h): 190
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 5,1/7,2/5,9
Emissões CO2 (gr/km): 133
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4051/1694/1525
Distância entre eixos (mm): 2530
Largura de vias (fr/tr mm): 1477/1466
Peso (kg): 1041
Capacidade da bagageira (l): 354
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 185/55 R16
Mais/Menos
Mais
Habitabilidade, Fiabilidade, Bagageira
Menos
Comportamento, projeto a necessitar renovação
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 23550€
Preço da versão base (Euros): 23550€
Exterior
Pontuação 7/10
Com dimensões de utilitário, o Jazz tem uma carroçaria que lembra um monovolume, sem grandes requintes estilísticos, misturando linhas retas com alguns arredondamentos, muito à imagem daquilo que a Honda habitualmente faz. Tudo é feito com qualidade e nesta versão Dynamic, os detalhes que sublinham os para choques, além das saias laterais e o spoiler traseiro. As jantes de 16 polegadas são pequenas para tanta chapa á mostra, mas o Jazz é assim mesmo, função sacrifica a forma.
Interior
Pontuação 8/10
O ouro está dentro do Jazz. Quem não conheça o utilitário japonês, não imagina o que é o habitáculo deste Honda. Olhando ao tamanho do carro, impressiona o espaço oferecido, particularmente no banco traseiro. Há muito espaço para arrumar as pernas, mesmo que quem seguir ao volante seja de gabarito á imagem da NBA. A forma monovolume do Jazz permite que a distância ao tejadilho atrás seja muito generosa. A bagageira também é enorme com 354 litros, mais que o VW Polo e o Seat Ibiza, os líderes do segmento, que se estendem até aos 897 litros com o banco rebatido. Até aqui, o interior do Jazz impressiona e deixa-nos boquiabertos.
Isso já não sucede quando analisamos a qualidade do interior. A montagem é excelente, mas os plásticos são todos duros. Isso não quer dizer que os plásticos sejam maus, antes pelo contrário. Aliás, dão toda a sensação que serão capazes de duras anos sem se degradarem. Apenas não têm aquele aspeto acetinado e simpático á vista dos seus rivais. O estilo é… Honda, o sistema Honda Connect já precisa de uma volta e o painel de instrumentos também. Não funcionam por isso? Claro que funcionam, mas comparando com os rivais… está longe. A posição de condução é elevada como se quer nos dias que correm.
Equipamento
Pontuação 5/10
O equipamento do Jazz Dynamic é muito recheado para um utilitário. Destacamos o sistema de paragem de emergência, sistema de travagem ativa em cidade, avisador de colisão frontal, avisador de saída de faixa, limitador inteligente de velocidade, reconhecimento de sinalização de trânsito, fecho de portas com comando, imobilizador, volante e punho da alavanca da caixa de velocidades em couro, ecrã multi informações, ajuda ao arranque em declive, ar condicionado manual, sensores de chuva e luz, espelhos exteriores retráteis com regulação elétrica e aquecidos, quatro vidros elétricos, sensores de estacionamento à frente e atrás, bancos traseiros reclináveis, sistema Honda Connect com ecrã sensível ao toque com 7 polegadas, volante com comandos, Bluetooth, para choques dianteiro e traseiro com contornos vermelhos, faróis LED, máximos automáticos, jantes de liga leve de 16 polegadas.
Como opcionais, apenas a pintura metalizada e o sistema de navegação.
Consumos
Pontuação 4/10
O bloco 1.5 litros atmosférico é um motor… Honda, ou seja, rotativo e com potência e pequeno binário colocado muito acima (130 CV às 6600 rpm e 155 Nm às 4600 rpm), o que nos obriga a puxar ela caixa e, logo, os consumos não podem ser brilhantes. Quer dizer, até podem, pois o Jazz provou que com cuidado e rigor o consumo aproxima-se dos valores homologados pela Honda. Registei 6,9 l/100 km quando a casa japonesa reclama 5,9 litros. A média final ficou nos 7,9 l/100 km.
Ao volante
Pontuação 7/10
Analisar o Jazz neste particular é simples: eficácia. Não é divertido de conduzir como um Ford Fiesta ou até como o VW Polo ou o Seat Ibiza, mas não cria muitos problemas. É verdade que o rolamento de carroçaria é elevado, a direção tem pouca ou nenhuma sensibilidade, mas o Jazz acaba por se desembaraçar de todas as situações sem muitas dificuldades. Apesar de ter um sistema McPherson à frente e um eixo de torção atrás, este Honda é capaz de oferecer um conforto assinalável, passando a ferro lombas e buracos.
Concorrentes
Ford Fiesta
998 c.c. turbo a gasolina; 140 CV; 180 Nm; 0-100 km/h em 9,0 seg,; 202 km/h; 4,5 l/100 km, 102 gr/km de CO2; 21.934 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Seat Ibiza
1498 c.c. turbo a gasolina; 150 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 7,9 seg,; 215 km/h; 4,9 l/100 km, 112 gr/km de CO2; 22.237 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
VW Polo
999 c.c. turbo a gasolina; 95 CV; 175 Nm; 0-100 km/h em 10,8 seg,; 187 km/h; 4,6 l/100 km, 104 gr/km de CO2; 19.431
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação 8/10
Como disse acima, é um motor Honda! Tem potência suficiente e o binário é pequeno, é verdade, mas ainda assim suficiente. Precisamos muito de trabalhar com a caixa para conseguir recuperações de aceleração suficientes e para ultrapassar certos obstáculos. E nessa altura o bloco japonês faz-se ouvir e de que maneira. E acreditem que em algumas ocasiões é cansativo. Também aqui a Honda terá de fazer um pouco melhor na próxima geração do Jazz.
Balanço final
Pontuação 6/10
O Jazz tem de ser olhado de dois ângulos: se pretende um carro eficaz, ultra espaçoso e com uma generosa bagageira, com níveis de qualidade elevados, mesmo que não pareça, esta pode ser uma boa opção. Se o que pretende é um carro com mais estilo, mais musculo e divertido de conduzir que justifique fazer um desvio no caminho para casa, terá de olhar para outro lado. Ou seja, o Jazz ganha no que toca à habitabilidade e no conforto, com um razoável nível de equipamento, mas perde em tudo o resto. O que mostra como está a necessitar de uma mudança bem mais profunda que a remodelação feita em 2017.
Habitabilidade, Fiabilidade, Bagageira
Menos
Comportamento, projeto a necessitar renovação
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta
Cilindrada (cm3): 1498
Diâmetro x Curso (mm): 73 x 89,5
Taxa de Compressão: 11,5
Potência máxima (CV/rpm): 130/6600
Binário máximo (Nm/rpm): 155/4600
Transmissão: dianteira com caixa manual de 6 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,7
Velocidade máxima (km/h): 190
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 5,1/7,2/5,9
Emissões CO2 (gr/km): 133
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4051/1694/1525
Distância entre eixos (mm): 2530
Largura de vias (fr/tr mm): 1477/1466
Peso (kg): 1041
Capacidade da bagageira (l): 354
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 185/55 R16
Preço da versão base (Euros): 23550€
0 comentários