ENSAIO: VOLKSWAGEN SHARAN 2.0 TDI 184 HIGHLINE DSG

By on 10 Outubro, 2016

O novo Sharan vê o seu equipamento reforçado e os motores modernizados, mas para os menos preocupados com a componente técnica, continua a dar cartas a nível do aproveitamento do espaço interior

A mais recente atualização da gama Sharan mantém a familiaridade da geração anterior, mas esconde muitas mudanças por baixo da pele. O monovolume construído em Portugal promete continuar a ser uma das referências no segmento, que tem sido atacado pela procura por SUVs e crossovers mais longos e mais práticos, mas que ainda continua a oferecer a melhor utilização do espaço interior entre qualquer tipo de automóvel individual, tanto para pessoas como para bagagem.

Muitas das novidades são equipamentos de segurança que, para o dono de um monovolume, quase não se notam. É este tipo de sistema que vai trabalhar sozinho quando os donos de automóveis familiares decidirem finalmente deixar de conduzir e comprarem carros preparados para auto-mobilidade. A lista de sistemas inclui cruise control adaptativo, monitor de ângulo morto, radar com monitorização de tráfego ligado ao sistema de assistência de travagem e assistência de parqueamento, entre outros.

Mesmo quando não fazem parte do equipamento de série, e dependendo da versão escolhida, é possível selecioná-los no ‘buffet’ do configurador da Volkswagen, e o preço variando de acordo. Nos 150 cv começa abaixo dos 43 mil euros, nos 184 cv já começa abaixo dos 48 mil, mas também é possível optar pela versão mais interessante acima dos 51 mil euros. Oscilando entre estes valores, e dependendo da potência ou do equipamento, é possível construir um VW Sharan ao gosto mais específico do cliente.

O motor mais apropriado para a versão topo de gama, a Highline, acaba por ser o 2.0 TDI de 184 cv. Embora exista uma variante de 150 cv, que é bem mais acessível a um maior número de bolsas, a variante de 184 cv consegue ter o comportamento mais interessante, com um bom nível de aceleração desde rotações baixas, abaixo das 2000 rpm. Quem quiser os sistemas automáticos também vai preferir a caixa DSG de dupla embraiagem, muito mais confortável que a manual. Nesta variante, é possível fazer consumos médios abaixo dos sete litros por cada 100 km, mas é preciso ter algum cuidado com a pressão no acelerador.

Apesar das suas dimensões, o novo Sharan consegue manter um bom nível de estabilidade em curva, a velocidades mais elevadas, impedindo um adornar muito pronunciado, mesmo com uma suspensão traseira de desenho mais tradicional. Mesmo com os sete lugares ocupados, o monovolume alemão permanece confortável para todos os ocupantes, mas é preferível não ter mais de cinco pessoas para se dispor de algum espaço na bagageira.

FICHA TÉCNICA

Motor 4 cil., 16 v., common-rail e turbo, 1968 cm3 Potência 184 cv/3500-4000 rpm Binário 380 Nm/1750-3250 rpm Transmissão Dianteira, cx. auto. 6 vel. Suspensão McPherson à frente e eixo de torção atrás Travagem DV/D Peso 1804 kg Mala 300-2297 litros Depósito 70 litros Velocidade máxima 213 km/h Aceleração 0 a 100 km/h 8,9 segundos Consumo médio 5,3 l/100 km Consumo médio AutoSport 6,6 l/100 km Emissões CO2 138 g/km

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