ENSAIO: Smart ForFour 90 CV Twinamic Prime
A caixa automática Twinamic veio conferir uma nova versatilidade ao citadino de quatro portas da Smart. O nível de equipamento ‘Prime’ faz com que se distinga na cidade
Partilha a plataforma com o Renault Twingo, mas é mais arrojado do que o parceiro francês na forma como se apresenta. Entre o futurista e o moderno, o Smart Forfour deixa-se ver com uma imagem atual e à luz do que se espera de um citadino ‘chique’ – uma designação cada vez mais em voga e que se ajusta perfeitamente a esta segunda geração do modelo. Para este ensaio optámos pela versão mais potente de 90 cv, associada ao nível de equipamento intermédio ‘Prime’ e à caixa de dupla embraiagem Twinamic de seis velocidades – o melhor compromisso entre cidade e auto-estrada. Mesmo na sua versão de quatro portas, qualquer Smart é obstinadamente urbano.
Com um raio de viragem maravilhoso de apenas 8,65m (contra os 9,8m do VW up!) e a vantagem de trocar de marcha automaticamente, este Forfour acaba por ser ‘the whole package’, como dizem os ingleses: não é tão pequeno como o Fortwo, que terá sempre a vantagem de caber em qualquer ‘buraco’, mas leva mais duas pessoas sem perder essa versatilidade de quem necessita simultaneamente de um automóvel capaz de se desenvencilhar ‘sozinho’ do trânsito (que é como quem diz “sem estar sempre a recorrer ao punho da caixa”) e, ao mesmo tempo, que seja capaz de transportar os miúdos à escola e levar mais umas comprinhas para casa após a ida obrigatória ao supermercado. A questão que se impõe é apenas uma: soluça? Felizmente, não! Ao contrário da caixa anterior, a Twinamic funciona praticamente sem sobressaltos. Deixa-se sentir sem ‘asperezas’, eliminando por completo a sensação de estarmos a bordo de um trator ou de a qualquer momento ‘enfiarmos’ a cabeça no volante, tal a forma repentina como a antiga, de cinco velocidades, trocava de relações, e as patilhas no volante permitem-nos meter ‘duas abaixo’ rapidamente se acharmos necessário.
É apenas quando colocamos o pé a fundo que o sistema se confunde um pouco, hesitando entre ‘baixar’ de relação na busca do melhor regime para o motor turbo de 0.9 litros. Este demora um bocadinho a arrancar (os 11,9s que demora a atingir os 100 km/h comprovam-no), mas progride agradavelmente até às 6000 rpm assim que ‘embalado’. O ideal é mantê-lo entre as 2500 e as 5500 rpm, o período em que o binário máximo se exprime.
A direção é leve, e o comportamento ágil. Mas os materiais podiam ser melhores, em particular na consola central, apesar do desenho agradável. Já o espaço para as pernas e para a cabeça é mais do que positivo. Além do nível de equipamento ‘Prime’ (528,46€), que inclui, entre outros, cruise control, comandos no volante e revestimento em pele, start&stop, luzes diurnas LED e ar condicionado, o modelo ensaiado trazia o pacote ‘Cool and Media’, com navegação (504,07€), o revestimento da célula de segurança em grafite (211,38€) e o pacote desportivo (483,74€) que inclui jantes em liga leve de 16 polegadas, chassis desportivo rebaixado em 10 mm, uma saída de escape cromada e pedais em aço inoxidável.
Preço (base) ‘Prime’ 14 900 €
Motor: 3 cil, gasolina turbo, 898 cm3
Potência: 0.9/90 cv
Binário: 135 nm / 2500 rpm
Aceleração 0 aos 100 km: 11,9s
Consumo médio: 4,2/100 km (6,1 l/100 km AutoSport)
Emissões CO2: 98 g/km
Transmissão: Traseira, Automática de seis velocidades
Suspensão: independente McPherson, Fr. / Eixo Rígido Atr.
Travões: DV/Tambor
Peso: 1025 kg
Depósito: 28 l
Mala: 185 – 985 litros
Velocidade Máxima: 165 km/h
Dimensões: 3,5m/1,6m/1,5m
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