ENSAIO: Skoda Octavia 1.0 TSI 115 cv

By on 2 Fevereiro, 2017

Os motores estão cada vez mais eficientes e este pequeno três cilindros montado nesta Skoda Octavia Break é um perfeito exemplo. Anda, e não gasta por aí além…

Não é preciso recuar muito no tempo para nos recordarmos das primeiras tentativas de colocar motores ‘pequenos’ em carros ‘acima’ dos utilitários, mas nunca como hoje foi possível para uma marca ser totalmente bem sucedida, pois só agora começam a surgir motorizações muito mais eficientes, e este este motor 1.0 TSI de três cilindros e 115 cv é uma grande pedrada no charco. Confesso que fiquei desconfiado ao olhar para a grande Octavia Break, mas não foram precisos muitos minutos a guiar o carro com este novo motor 1.0 TSI para perceber que vai ter sucesso. Surpreendeu-me bastante, não só pelo que o carro anda, mas também pelo que consome, e considero isto uma espécie de melhor de dois mundos, já que é uma carrinha com muito espaço, conforto, uma Skoda Octavia Break, e em 90 por cento das vezes temos o que precisamos para andar bem e não gastar muito. Confesso que não andei com o carro cheio e com muita carga, pois aí acredito que as coisas iriam ‘piar mais fino’, mas pela desenvoltura do motor com duas pessoas e alguma carga a bordo, não houve o mais pequeno sinal de dificuldades. Aliás, fiquei mesmo surpreendido pelo consumo, que não excedeu, numa média ponderada, os 5,6 litros/100 Km, e isto sem um andamento à ‘procura’ do baixo consumo. Segundo a marca, este é oito por cento menor que o do motor anterior.

Aliás, o que o Grupo VW fez com este motor 1.0 TSI foi uma pequeno milagre (o motor é todo em alumínio, por isso muito leve e compacto), já que é absolutamente impressionante a disponibilidade da motorização (sempre no contexto em que estamos) quer nas prestações – com a caixa de seis velocidades manual, podemos chegar dos zero aos 100 km/h em apenas 9.9s e isto para uma velocidade máxima de 202 km/h – recuperações, e até num pormenor como na sonoridade, pois chegou a acontecer-me ligar o carro e não ouvir o motor. A boa insonorização aqui também contou…

Pequeno e eficiente

É também verdade que este motor, quando o explorámos com maior ‘afinco’, os consumos subiram verticalmente, para a casa dos oito/nove litros, mas também o prazer de condução foi diretamente proporcional e isto num automóvel como a Skoda Break que não é um portento de dinâmica. Este motor turbo de três cilindros substitui a versão 1.2 litros de quatro-cilindros sendo o primeiro três cilindros da história do modelo com performances que ultrapassam o antecessor.

Mas este automóvel não é só o motor, pois em termos estéticos está mais refinado, a bagageira tem capacidade de 610 litros o que é perfeitamente suficiente para a maioria das tarefas do dia a dia, e ainda tem um pequeno compartimento por baixo, que permite mais arrumação.

Com um motor de três cilindros, esta Skoda Octavia Break custa bem menos que, por exemplo, a 1.6 TDI, o que a torna numa opção a ter em muita conta, ainda que neste caso é conveniente, como sempre fazer as contas com a ‘sua’ quilometragem e o tipo de percursos que faz, comparando as médias de consumos. Para além disso, sendo eu um adepto dos motores a gasolina, fico contente com o que estes novos motores 1.0 são capazes de fazer e quando a isso se juntam consumos muito aceitáveis, então, grandes para quê?

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Ficha técnica

Motor 3 cil. linha, gasolina 999 c.c.Injeção direta, turbo; Potência 115 cv/5500 rpm; Binário 200 Nm/2000-3500 rpm; Transmissão Dianteira, caixa manual 6 vel; Suspensão Frente McPherson/Traseira Eixo de torção Travagem DV/D; Peso 1247 kgs Mala 610-1740 lts; Depósito 50 litros; Vel.máx 200 km/h; Acel.0-100 km/h 10,1s Consumo médio 4,5 l/100 km; Consumo Autosport 5,6l/100 Km; Emissões CO2 104 gr/km