Honda e Advance – Ensaio Teste

By on 17 Agosto, 2020

Honda e Advance

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Irresistível!

É caso para dizer “quanto mais te vejo, mais gosto de ti!” O Honda e – raios partam o nome! – nasceu como uma ideia de modelo elétrico para cidade pegando no passado e unindo-o ao futuro, tornou-se num protótipo absolutamente delicioso que deu origem a um dos carros mais esperados e mais divertidos dos últimos tempos, assim a par com o fabuloso Suzuki Jimny. Descontando o EV Plus do qual a Honda fabricou 350 unidades, este é o primeiro veículo 100% elétrico de produção em série da casa japonesa.

A Honda preferiu fazer um citadino porque acredita que será nesse ambiente que o veículo 100% elétrico faz mais sentido. Pouco maior que um Fiat 500, mais largo que um Honda Jazz e com tecnologia a rodos, o Honda e é um regalo! Delicioso! Fantástico e divertido! Mas tem os seus problemas como a curta autonomia, a curta habitabilidade e o preço. Pois é… a diversão e a tecnologia têm um preço e como um iPhone 11 Pro custa um balúrdio por ser “fashion” e até fazer chamadas, o Hinda e custa outro balúrdio, mas tem tudo o que é de topo em termos de eletrónica e “gadgets”.


Mais:

Painel de instrumentos, estilo, comportamento      

Menos:

Preço, autonomia, habitabilidade e bagageira

Exterior

8/10

Pontuação 8/10

O carro é giro! Não há volta a dar! O estilo minimalista onde a frente é igual á dianteira – a diferença são as câmaras e as luzes de marcha atrás – com a mesma barra preta e os faróis e farolins redondos com a mesma dimensão. A inclinação do óculo traseiro é igual ao do para brisas e não fosse o capô onde se escondem os controladores do sistema elétrico e a enorme porta de acesso às fichas de carregamento, ninguém sabia se o Honda e estava a andar para diante ou em marcha atrás… A lateral é simples, como dizia o meu querido pai, “sem funfuns nem gaitinhas”! Com jantes pensadas para ajudar a aerodinâmica e alargar a autonomia, a Honda colocou, besta versão Advance pneus 205/45 17 à frente e 225/45 17 no eixo traseiro. Sem espelhos, apenas pequenos “pod” com câmaras, o pequeno Honda recebeu mais piropos que esgares de reprovação e no meu caso… adorei!

Interior

9/10

Pontuação 9/10

É aqui que os quase 39 mil euros começam a fazer algum sentido. Voltamos aos telemóveis – até porque a Honda gosta muito de comparar o e aos smatphones – para lhe dizer que de um lado ao outro do tabliê só há… ecrãs! Ah! pois é! Primeiro, com a pequena chave no bolso, aproximamo-nos do carro e ele faz sair os puxadores escondidos dentro da porta (as portas traseiras têm-nos dissimulados nos pilares) e desbloqueia o carro. Sentamo-nos e… wow! parece que chegamos ao centro de controlo de uma qualquer central de segurança! Alés dos ecrãs que estão nos dois extremos do tabliê. Temos o painel de instrumentos e mais dois ecrãs até ao outro lado! E o carro liga-se sozinho, sem que tenhamos de mexer no botão. A Honda chama a este interior um “lounge” e a verdade é que com os bancos confortáveis, só senti a falta dos aperitivos e do sumo de tomate… temperado, claro! Contas feitas, são dois ecrãs de 6 polegadas que servem as câmaras que tomam o lugar dos espelhos, um ecrã de 8,8 polegadas que serve de painel de instrumentos e dois ecrãs de 12,3 polegadas, um para o condutor e outro para o passageiro. Brutal! Os dois ecrãs maiores têm seis atalhos digitais, podem usar aplicações diferentes, pode escolher qual a janela que quer ver e pode trocar os ecrãs, ou seja, enviar o som para o ecrã da direita e trazer a navegação para a esquerda e vice-versa. Tem disponível o Appl CarPlay e o Android Auto e pode ter o seu telefone plamado num ecrã e no outro ter o sistema de navegação do carro (feito em parceria com a Garmin). Se disser “OK Honda” vai aparecer-lhe uma cara (que está um nadinha mal desenhada) que vai executar os seus comandos.

Infelizmente, terá de os dizer de forma muito especifica pelo que é melhor esquecer. Quando estacionar, pode transformar os dois ecrãs num aquário, com comida e tudo! Tem disponíveis fichas USB e duas entradas 12 volts, além de uma tomada de 230 volts e uma ficha HDMI, ou seja, pode ver filmes e até jogar PlayStation ou Xbox nos ecrã do carro. A conectividade é total e o carro funciona como “wifi hotspot” e se quiser, com um gesto, o espelho interior passa a ter a imagem da câmara traseira. O espaço não é muito no banco traseiro e mais de 1m80 de altura é quase impossível de arrumar, especialmente se quem conduzir for do mesmo gabarito. A bagageira é curta, tem apenas 171 litros que podem chegar a 861 litros com o banco traseiro rebatido, valores semelhantes ao Fiat 500, por exemplo. Finalmente, dizer que os detalhes deliciosos são mais que muitos, mas fica a desilusão de não haver carregamento sem fios para o telemóvel! E, já agora, que a qualidade é muito boa e os revestimentos rimam de forma perfeita com o carro.

Equipamento

7/10

Pontuação 7/10  

A Honda oferece o e em dois sabores: Base e Advance. O modelo de ensaio era um Advance que oferece… tudo! Ou seja, o equipamento é verdadeiramente completo, mas a melhor forma de equipar o seu Honda e é clicar em www.honda.pt, e perguntar diretamente á Honda Portugal.

Consumos

/10

Pontuação 7/10

Se lhe disser que o carro tem homologado um consumo de entre 18 e 20 kWh/100 km dira “pfff” encolhendo os ombros. Bom, isto quer dizer que o Honda e gosta de consumir energia, tem uma autonomia homologada de 219 km que, na realidade não chega às duas centenas de quilómetros. Na minha mão e usando muitas vezes o sistema de pedal único (sim igual ao e-pedal da Nissan) que tem uma regeneração mais agressiva que pode ser controlada pelas patilhas localizadas atrás do volante, cheguei aos 160 km e devolvi o Honda, sem o carregar, com 25 km de autonomia. Isto em três dias. Portanto, se a sua vida é na cidade, o Honda e será capaz de andar meia semana sem carregamento. Dizer-lhe que num carregador rápido de 100 kW a bateria – com apenas 35,5 kWh – carrega em 30 minutos.

Ao Volante

8/10

Pontuação 8/10

Por mais 2.500 euros pode ter o motor com 154 CV e um binário de 315 Nm, um valor espetacular. Por isso, acho que não vale a pena num carro de quase 40 mil euros poupar 2.500 euros e ter um carro com menos potência, menos binário e menos equipamento. As performances não são de estalo: chega dos 0-100 km/h em 8,3 segundos (9,0 para o Base com 136 CV). Curiosamente, para um citadino, a Honda não divulga a aceleração 0-50 km/h, algo muito mais interessante para quem vai usar o carro nas metrópoles e grandes urbes. Coisas… Uma coisa diferente é o arranque: num Honda há sempre frémito e músculo. No Honda e tudo é suave e apesar de ter a tração no eixo traseiro, não há aquela sensação de empurrar por parte do motor e contando com uma repartição de peso 50/50, os primeiros metros são divertidos. Porque apesar de ter o controlo de estabilidade e tração ligados, em piso molhado ou com algum empenho, é possível um pequenino “power slide”. Mas não é isso que interessa para o Honda e: andar a esgueirar-se pelo trânsito citadino e conseguir entrar nos locais mais complicados, aproveitando o truque que a Renault utiliza no Twingo; uma direção que quase permite virar sobre o eixo! O Honda e tem um diâmetro de viragem de 8,6 metros com a desmultiplicação certa (3,1 voltas de topo a topo) que é bem mais simpática que a do seu maior rival, o Renault Zoe e deixa a milhas o Renault Zoe. Este diâmetro de viragem é excelente e apropriado para quando os sistemas de navegação se baralham e nos levam para verdadeiros becos sem saída.

O Honda e é um carro confortável, ágil e suficientemente divertido, com qualidade e refinamento absolutamente inesperados. Como tem suspensão independente nos dois eixos, não há ruídos parasitas e o interior é verdadeiramente silencioso. Parabéns Honda!

Motor

8/10

Pontuação 8/10

O motor elétrico do Honda e não é absolutamente poderoso, apenas o suficiente para uma utilização citadina e uma ou outra curta excursão fora do casco urbano. Lidar com pouco peso (exatamente 1543 quilos) e ter uma bateria pequena de 35,5 kWh, não permite grandes veleidades. Mas para aquilo que o Honda e… é, é mais que suficiente.  

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10

Sinceramente, não sei que lhe dizer: adorei o Honda e e nem quero saber da curta autonomia, é o que é. Mas tudo o resto é excelente: é um carro bonito, sensual, fabulosamente desenhado em termos de tecnologia e conectividade, muita tecnologia até nas ajudas á condução e reforço da segurança (tem tudo o que possa imaginar). Mas… custa 38.500 euros e não vai além dos 160/180 km de autonomia. Por um lado isto faz pouco sentido e o Honda e não merece ser recomendado. Porém… precisamos, mesmo, de mais autonomia? Será que para ter mais uma centena de quilómetros de autonomia queremos pagar quase o mesmo e ter um carro aborrecido? Por isso recomendo, vivamente, o Honda e, o elétrico mais divertido que conheço e se precisar de fazer 500 km de enfiada, alugue um carro ou arrisque a fazer a viagem em duas etapas com paragens de meia hora para recuperar autonomia. Se quiser gastar menos 2.500 euros, escolha o Base e deixa de ter o espelho interior com câmara, o sistema de som passa a ser básico e não tem o “park assist”. Mas, vá por mim, compre o Advance que fica bem servido. Enfim, compre o Honda e porque verá que daqui a algum tempo vai dizer “que bela escolha fiz!”.

Concorrentes

Renault Zoe Motor elétrico; 135 CV; 245 Nm; 0-100 km/h, 9,5 seg; Vel. Máxima, 140 km/h; consumos 17,7 kWh/100 km; 36.190€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

   

Ficha Técnica

Motor

Tipo: assíncrono, elétrico

Potência máxima (CV): 154

Binário máximo (Nm): 315

Transmissão: traseira, com caixa dupla de relação única

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente multibraços

Travões (fr/tr): discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 8,3

Velocidade máxima (km/h): 145

Consumos misto (kWh/100 km): 18 – 20

Autonomia (km): 215

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 3894/1752/1512

Distância entre eixos (mm): 2530

Largura de vias (fr/tr mm): 1520/1515

Peso (kg): 1537

Capacidade da bagageira (l): 171/857

Bateria (kWh): 35,5

Pneus (fr/tr): 205/55 R17/225/45 R17

Mais/Menos


Mais

Painel de instrumentos, estilo, comportamento      

Menos

Preço, autonomia, habitabilidade e bagageira

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 38500€

Preço da versão base (Euros): 38500€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 8/10

O carro é giro! Não há volta a dar! O estilo minimalista onde a frente é igual á dianteira – a diferença são as câmaras e as luzes de marcha atrás – com a mesma barra preta e os faróis e farolins redondos com a mesma dimensão. A inclinação do óculo traseiro é igual ao do para brisas e não fosse o capô onde se escondem os controladores do sistema elétrico e a enorme porta de acesso às fichas de carregamento, ninguém sabia se o Honda e estava a andar para diante ou em marcha atrás… A lateral é simples, como dizia o meu querido pai, “sem funfuns nem gaitinhas”! Com jantes pensadas para ajudar a aerodinâmica e alargar a autonomia, a Honda colocou, besta versão Advance pneus 205/45 17 à frente e 225/45 17 no eixo traseiro. Sem espelhos, apenas pequenos “pod” com câmaras, o pequeno Honda recebeu mais piropos que esgares de reprovação e no meu caso… adorei!

Interior

Pontuação 9/10

É aqui que os quase 39 mil euros começam a fazer algum sentido. Voltamos aos telemóveis – até porque a Honda gosta muito de comparar o e aos smatphones – para lhe dizer que de um lado ao outro do tabliê só há… ecrãs! Ah! pois é! Primeiro, com a pequena chave no bolso, aproximamo-nos do carro e ele faz sair os puxadores escondidos dentro da porta (as portas traseiras têm-nos dissimulados nos pilares) e desbloqueia o carro. Sentamo-nos e… wow! parece que chegamos ao centro de controlo de uma qualquer central de segurança! Alés dos ecrãs que estão nos dois extremos do tabliê. Temos o painel de instrumentos e mais dois ecrãs até ao outro lado! E o carro liga-se sozinho, sem que tenhamos de mexer no botão. A Honda chama a este interior um “lounge” e a verdade é que com os bancos confortáveis, só senti a falta dos aperitivos e do sumo de tomate… temperado, claro! Contas feitas, são dois ecrãs de 6 polegadas que servem as câmaras que tomam o lugar dos espelhos, um ecrã de 8,8 polegadas que serve de painel de instrumentos e dois ecrãs de 12,3 polegadas, um para o condutor e outro para o passageiro. Brutal! Os dois ecrãs maiores têm seis atalhos digitais, podem usar aplicações diferentes, pode escolher qual a janela que quer ver e pode trocar os ecrãs, ou seja, enviar o som para o ecrã da direita e trazer a navegação para a esquerda e vice-versa. Tem disponível o Appl CarPlay e o Android Auto e pode ter o seu telefone plamado num ecrã e no outro ter o sistema de navegação do carro (feito em parceria com a Garmin). Se disser “OK Honda” vai aparecer-lhe uma cara (que está um nadinha mal desenhada) que vai executar os seus comandos.

Infelizmente, terá de os dizer de forma muito especifica pelo que é melhor esquecer. Quando estacionar, pode transformar os dois ecrãs num aquário, com comida e tudo! Tem disponíveis fichas USB e duas entradas 12 volts, além de uma tomada de 230 volts e uma ficha HDMI, ou seja, pode ver filmes e até jogar PlayStation ou Xbox nos ecrã do carro. A conectividade é total e o carro funciona como “wifi hotspot” e se quiser, com um gesto, o espelho interior passa a ter a imagem da câmara traseira. O espaço não é muito no banco traseiro e mais de 1m80 de altura é quase impossível de arrumar, especialmente se quem conduzir for do mesmo gabarito. A bagageira é curta, tem apenas 171 litros que podem chegar a 861 litros com o banco traseiro rebatido, valores semelhantes ao Fiat 500, por exemplo. Finalmente, dizer que os detalhes deliciosos são mais que muitos, mas fica a desilusão de não haver carregamento sem fios para o telemóvel! E, já agora, que a qualidade é muito boa e os revestimentos rimam de forma perfeita com o carro.

Equipamento

Pontuação 7/10  

A Honda oferece o e em dois sabores: Base e Advance. O modelo de ensaio era um Advance que oferece… tudo! Ou seja, o equipamento é verdadeiramente completo, mas a melhor forma de equipar o seu Honda e é clicar em www.honda.pt, e perguntar diretamente á Honda Portugal.

Consumos

Pontuação 7/10

Se lhe disser que o carro tem homologado um consumo de entre 18 e 20 kWh/100 km dira “pfff” encolhendo os ombros. Bom, isto quer dizer que o Honda e gosta de consumir energia, tem uma autonomia homologada de 219 km que, na realidade não chega às duas centenas de quilómetros. Na minha mão e usando muitas vezes o sistema de pedal único (sim igual ao e-pedal da Nissan) que tem uma regeneração mais agressiva que pode ser controlada pelas patilhas localizadas atrás do volante, cheguei aos 160 km e devolvi o Honda, sem o carregar, com 25 km de autonomia. Isto em três dias. Portanto, se a sua vida é na cidade, o Honda e será capaz de andar meia semana sem carregamento. Dizer-lhe que num carregador rápido de 100 kW a bateria – com apenas 35,5 kWh – carrega em 30 minutos.

Ao volante

Pontuação 8/10

Por mais 2.500 euros pode ter o motor com 154 CV e um binário de 315 Nm, um valor espetacular. Por isso, acho que não vale a pena num carro de quase 40 mil euros poupar 2.500 euros e ter um carro com menos potência, menos binário e menos equipamento. As performances não são de estalo: chega dos 0-100 km/h em 8,3 segundos (9,0 para o Base com 136 CV). Curiosamente, para um citadino, a Honda não divulga a aceleração 0-50 km/h, algo muito mais interessante para quem vai usar o carro nas metrópoles e grandes urbes. Coisas… Uma coisa diferente é o arranque: num Honda há sempre frémito e músculo. No Honda e tudo é suave e apesar de ter a tração no eixo traseiro, não há aquela sensação de empurrar por parte do motor e contando com uma repartição de peso 50/50, os primeiros metros são divertidos. Porque apesar de ter o controlo de estabilidade e tração ligados, em piso molhado ou com algum empenho, é possível um pequenino “power slide”. Mas não é isso que interessa para o Honda e: andar a esgueirar-se pelo trânsito citadino e conseguir entrar nos locais mais complicados, aproveitando o truque que a Renault utiliza no Twingo; uma direção que quase permite virar sobre o eixo! O Honda e tem um diâmetro de viragem de 8,6 metros com a desmultiplicação certa (3,1 voltas de topo a topo) que é bem mais simpática que a do seu maior rival, o Renault Zoe e deixa a milhas o Renault Zoe. Este diâmetro de viragem é excelente e apropriado para quando os sistemas de navegação se baralham e nos levam para verdadeiros becos sem saída.

O Honda e é um carro confortável, ágil e suficientemente divertido, com qualidade e refinamento absolutamente inesperados. Como tem suspensão independente nos dois eixos, não há ruídos parasitas e o interior é verdadeiramente silencioso. Parabéns Honda!

Concorrentes

Renault Zoe Motor elétrico; 135 CV; 245 Nm; 0-100 km/h, 9,5 seg; Vel. Máxima, 140 km/h; consumos 17,7 kWh/100 km; 36.190€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

   

Motor

Pontuação 8/10

O motor elétrico do Honda e não é absolutamente poderoso, apenas o suficiente para uma utilização citadina e uma ou outra curta excursão fora do casco urbano. Lidar com pouco peso (exatamente 1543 quilos) e ter uma bateria pequena de 35,5 kWh, não permite grandes veleidades. Mas para aquilo que o Honda e… é, é mais que suficiente.  

Balanço final

Pontuação 8/10

Sinceramente, não sei que lhe dizer: adorei o Honda e e nem quero saber da curta autonomia, é o que é. Mas tudo o resto é excelente: é um carro bonito, sensual, fabulosamente desenhado em termos de tecnologia e conectividade, muita tecnologia até nas ajudas á condução e reforço da segurança (tem tudo o que possa imaginar). Mas… custa 38.500 euros e não vai além dos 160/180 km de autonomia. Por um lado isto faz pouco sentido e o Honda e não merece ser recomendado. Porém… precisamos, mesmo, de mais autonomia? Será que para ter mais uma centena de quilómetros de autonomia queremos pagar quase o mesmo e ter um carro aborrecido? Por isso recomendo, vivamente, o Honda e, o elétrico mais divertido que conheço e se precisar de fazer 500 km de enfiada, alugue um carro ou arrisque a fazer a viagem em duas etapas com paragens de meia hora para recuperar autonomia. Se quiser gastar menos 2.500 euros, escolha o Base e deixa de ter o espelho interior com câmara, o sistema de som passa a ser básico e não tem o “park assist”. Mas, vá por mim, compre o Advance que fica bem servido. Enfim, compre o Honda e porque verá que daqui a algum tempo vai dizer “que bela escolha fiz!”.

Mais

Painel de instrumentos, estilo, comportamento      

Menos

Preço, autonomia, habitabilidade e bagageira

Ficha técnica

Motor

Tipo: assíncrono, elétrico

Potência máxima (CV): 154

Binário máximo (Nm): 315

Transmissão: traseira, com caixa dupla de relação única

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente multibraços

Travões (fr/tr): discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 8,3

Velocidade máxima (km/h): 145

Consumos misto (kWh/100 km): 18 – 20

Autonomia (km): 215

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 3894/1752/1512

Distância entre eixos (mm): 2530

Largura de vias (fr/tr mm): 1520/1515

Peso (kg): 1537

Capacidade da bagageira (l): 171/857

Bateria (kWh): 35,5

Pneus (fr/tr): 205/55 R17/225/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 38500€
Preço da versão base (Euros): 38500€