BYD ATTO 3 Design – Ensaio Teste
Se quisermos falar de veículos elétricos, é inevitável falar da BYD. A marca chinesa tem-se destacado no mercado global e a sua entrada no mercado europeu foi feita com uma gama pronta para os exigentes clientes do velho continente.
Desde 2019 que a BYD apostou em força numa nova filosofia de design e desde então tem crescido a um ritmo fulgurante. O Atto 3 é uma das propostas com que tenta convencer os condutores europeus. Compete com modelos como Renault Mégane E-Tech, Cupra Born, Hyundai Kauai Electric, Kia e-Niro, e VW ID.3.
Já chegamos ao ponto que o nome BYD não provoca desconfiança, mas sim curiosidade e um dos que mais curiosidade desperta é este Atto 3, uma proposta num mercado ultracompetitivo dos SUV do Segmento C. Será capaz de fazer frente às propostas europeias?
Originalidade de alguns elementos
Conforto
Espaço
Infotainment pouco intuitivo
Mala algo limitada
Exterior
No exterior temos um carro com linhas limpas, fluídas, simples e modernas. À primeira vista torna-se algo difícil dizer se este Atto 3 é europeu ou asiático. Há alguns pormenores e linhas que nos podem dar dicas sobre a sua proveniência, mas no geral é um carro que não vai chocar nas estradas europeias. Um estilo algo minimalista que, na cor certa, funciona muito bem. Com 4,45m, este é um C-SUV compacto. O primeiro impacto é, portanto, positivo, no que diz respeito ao aspeto exterior.
Interior
No interior já temos mais a sensação que estamos perante um carro chinês. Algumas abordagens originais levam-no já para fora do espectro do que é feito na Europa. Mas não falamos aqui de qualidade, ou falta dela. O interior do Atto 3 é apenas ligeiramente diferente do que estamos habituados Um interior com muitas linhas curvas onde se destacam as saídas de ar e os manípulos das portas que podem pregar partidas aos mais distraídos, por serem tão diferentes do habitual. Saúda-se também a inclusão do teto panorâmico que dá ainda mais luz e espaço ao habitáculo. No centro desta mistura original temos um enorme ecrã rotativo de 15,6 polegadas. Perto do seletor de caixa temos alguns botões físicos para controlar algumas funcionalidades de forma mais simples e imediata. O volante multifunções também está equipado com botões físicos, de uso fácil e agradável, tal como o painel de instrumentos que apresenta toda a informação necessária de forma competente. Há mais alguns pormenores interessantes, como as cordas nas bolsas de arrumação das portas, cada uma afinada de forma específica para dar uma nota. Um tipo de música a que não estávamos habituados. Temos conforto e temos espaço, o que é o aspeto importante a focar. Mesmo nos bancos traseiros, o espaço não desilude, o que nem sempre acontece em modelos SUV Compactos. A bagageira conta com 440 l de capacidade. No geral, temos um interior que pode não agradar aos mais conservadores, mas que mistura pormenores interessantes, com materiais de qualidade.
Equipamento
A lista de equipamentos deste Atto 3 é generosa, contando de série com Teto panorâmico com abertura elétrica, abertura da bagageira elétrica, jante de liga leve 18”, bancos em pele vegan. Conta também com Carregador wireless smartphone e o já famoso ecrã tátil rotativo de 15,6“ Temos também Smart key (entrada e ignição sem chave), Chave NFC, Bomba de calor e Carregador de bordo de 11kW. Os sistemas de ajuda à condução são os já habituais,como o travão de estacionamento elétrico, sistema de deteção de ângulo morto, alerta de colisão dianteiro e traseiro, sistema de travagem automático, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. Nesta unidade ensaiada, apenas a pintura não era de série, o que mostra a aposta forte da BYD em apetrechar os seus veículos com uma boa lista de equipamentos.
Consumos
No arranque do teste, o carro apresentava uma autonomia de 400km. Neste teste, que acabou por não ser representativo de todas as condições que o Atto 3 pode e deve enfrentar, obtivemos uma média de 18kWh/100km. A marca anuncia valores pouco acima de 15 kWh/100 km, o que não nos pareceu inatingível, com uma condução mais cuidada. No entanto, o valor obtido acabou por desiludir um pouco.
Ao Volante
A posição de condução é boa, ligeiramente alta, com bancos confortáveis. Há espaço à frente e atrás e quatro adultos viajam de forma agradável. O volante é confortável também com todos os comandos fáceis de usar. Lamenta-se que o sistema de infotainment, apesar de interessante, visualmente não é o mais apelativo e é pouco intuitivo, o que complica a sua utilização. O Atto 3 foi pensado para o conforto e a sua suspensão mostra isso de forma evidente nos primeiros quilómetros. Por conseguinte, a dinâmica de condução fica presa a esse “pormenor”. Este está longe de ser um carro desportivo, nem sequer apresenta argumentos ou pretensão a tal. Como tal cumpre a sua função de forma muito competente. A sua agilidade louva-se facilitando manobras em locais mais apertados. Para SUV do segmento C tem trunfos que o tornam numa boa opção.
Motor
O BYD Atto 3 tem 204 cv de potência e 310 Nm de binário, acelerando de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e com uma velocidade máxima de 160 km/h. Equipado com uma bateria LFP de 60,5 kWh. O sistema de travagem é eficiente. A recarga rápida é limitada a 88 kW, carregando de 0 a 80% em 44 minutos, enquanto a recarga em corrente alternada (11 kW) leva 6h30m para uma carga completa.
Balanço Final
O Atto 3 foi, e continua a ser, uma das primeiras provas de que a BYD está pronta para o desafio europeu. A originalidade das linhas, especialmente no interior, mostram coragem por parte da marca em mostrar algo diferente, sem exagerar na influência europeia. Mas a originalidade não fez esquecer a qualidade da construção e dos materiais. O espaço interior é bom e as sensações de condução também são boas o suficiente para a missão do Atto 3: transportar de forma confortável uma pequena família. Os pormenores originais dão um toque de irreverência bem-vindo. Com uma autonomia de 400km (sem cuidados exagerados na condução), conseguirá resolver a grande maioria dos desafios do quotidiano. Para quem procura uma solução 100% elétrica e quer um carro com um toque de originalidade, o Atto 3 tem de estar no topo das preferências.
Concorrentes
Renault Mégane E-Tech
Cupra Born
Hyundai Kauai Electric
Kia e-Niro, VW ID.3
Ficha Técnica
Velocidade máxima 160 km/h
Aceleração 0-100 km/h 7,3 s
Consumo de combustível WLTP – Bateria carregada combinada 15,6 kWh/100 km (obtido – 20kWh)
Autonomia eléctrica WLTP 420 km
Número de portas 5
Comprimento 4.455 mm
Largura 1.875 mm
Altura 1.615 mm
Distância entre eixos 2.720 mm
Peso 1.750 kg
Volume da bagageira – de 440 a 1.338 litros
Potência máxima 204 cv / 150 kW
Binário máximo 310 Nm
Motor elétrico 1
Objetivo Acionar o veículo / gerar corrente eléctrica
Bateria
Tipo Depósito de armazenamento de fosfato de ferro e lítio (LFP)
Capacidade 60,48 kWh
Potência máxima de recarga em CC 88 kW
Potência máxima de recarga em CA 11 kW
Tempo total de recarga a 7,4 kW 9,7 h
Tempo total de recarga a 11 kW 6,5 horas
Tempo de recarga de 0 a 80 % DC 44 min (88 kW)
Transmissão
Tração dianteira
Pneus dianteiros 235/50 R18
Pneus traseiros 235/50 R18
Jantes dianteiras x 18
Jantes traseiras x 18
Mais/Menos
Mais
Originalidade de alguns elementos
Conforto
Espaço
Menos
Infotainment pouco intuitivo
Mala algo limitada
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 43.490€
Preço da versão base (Euros): €
Exterior
No exterior temos um carro com linhas limpas, fluídas, simples e modernas. À primeira vista torna-se algo difícil dizer se este Atto 3 é europeu ou asiático. Há alguns pormenores e linhas que nos podem dar dicas sobre a sua proveniência, mas no geral é um carro que não vai chocar nas estradas europeias. Um estilo algo minimalista que, na cor certa, funciona muito bem. Com 4,45m, este é um C-SUV compacto. O primeiro impacto é, portanto, positivo, no que diz respeito ao aspeto exterior.
Interior
No interior já temos mais a sensação que estamos perante um carro chinês. Algumas abordagens originais levam-no já para fora do espectro do que é feito na Europa. Mas não falamos aqui de qualidade, ou falta dela. O interior do Atto 3 é apenas ligeiramente diferente do que estamos habituados Um interior com muitas linhas curvas onde se destacam as saídas de ar e os manípulos das portas que podem pregar partidas aos mais distraídos, por serem tão diferentes do habitual. Saúda-se também a inclusão do teto panorâmico que dá ainda mais luz e espaço ao habitáculo. No centro desta mistura original temos um enorme ecrã rotativo de 15,6 polegadas. Perto do seletor de caixa temos alguns botões físicos para controlar algumas funcionalidades de forma mais simples e imediata. O volante multifunções também está equipado com botões físicos, de uso fácil e agradável, tal como o painel de instrumentos que apresenta toda a informação necessária de forma competente. Há mais alguns pormenores interessantes, como as cordas nas bolsas de arrumação das portas, cada uma afinada de forma específica para dar uma nota. Um tipo de música a que não estávamos habituados. Temos conforto e temos espaço, o que é o aspeto importante a focar. Mesmo nos bancos traseiros, o espaço não desilude, o que nem sempre acontece em modelos SUV Compactos. A bagageira conta com 440 l de capacidade. No geral, temos um interior que pode não agradar aos mais conservadores, mas que mistura pormenores interessantes, com materiais de qualidade.
Equipamento
A lista de equipamentos deste Atto 3 é generosa, contando de série com Teto panorâmico com abertura elétrica, abertura da bagageira elétrica, jante de liga leve 18”, bancos em pele vegan. Conta também com Carregador wireless smartphone e o já famoso ecrã tátil rotativo de 15,6“ Temos também Smart key (entrada e ignição sem chave), Chave NFC, Bomba de calor e Carregador de bordo de 11kW. Os sistemas de ajuda à condução são os já habituais,como o travão de estacionamento elétrico, sistema de deteção de ângulo morto, alerta de colisão dianteiro e traseiro, sistema de travagem automático, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. Nesta unidade ensaiada, apenas a pintura não era de série, o que mostra a aposta forte da BYD em apetrechar os seus veículos com uma boa lista de equipamentos.
Consumos
No arranque do teste, o carro apresentava uma autonomia de 400km. Neste teste, que acabou por não ser representativo de todas as condições que o Atto 3 pode e deve enfrentar, obtivemos uma média de 18kWh/100km. A marca anuncia valores pouco acima de 15 kWh/100 km, o que não nos pareceu inatingível, com uma condução mais cuidada. No entanto, o valor obtido acabou por desiludir um pouco.
Ao volante
A posição de condução é boa, ligeiramente alta, com bancos confortáveis. Há espaço à frente e atrás e quatro adultos viajam de forma agradável. O volante é confortável também com todos os comandos fáceis de usar. Lamenta-se que o sistema de infotainment, apesar de interessante, visualmente não é o mais apelativo e é pouco intuitivo, o que complica a sua utilização. O Atto 3 foi pensado para o conforto e a sua suspensão mostra isso de forma evidente nos primeiros quilómetros. Por conseguinte, a dinâmica de condução fica presa a esse “pormenor”. Este está longe de ser um carro desportivo, nem sequer apresenta argumentos ou pretensão a tal. Como tal cumpre a sua função de forma muito competente. A sua agilidade louva-se facilitando manobras em locais mais apertados. Para SUV do segmento C tem trunfos que o tornam numa boa opção.
Concorrentes
Renault Mégane E-Tech
Cupra Born
Hyundai Kauai Electric
Kia e-Niro, VW ID.3
Motor
O BYD Atto 3 tem 204 cv de potência e 310 Nm de binário, acelerando de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e com uma velocidade máxima de 160 km/h. Equipado com uma bateria LFP de 60,5 kWh. O sistema de travagem é eficiente. A recarga rápida é limitada a 88 kW, carregando de 0 a 80% em 44 minutos, enquanto a recarga em corrente alternada (11 kW) leva 6h30m para uma carga completa.
Balanço final
O Atto 3 foi, e continua a ser, uma das primeiras provas de que a BYD está pronta para o desafio europeu. A originalidade das linhas, especialmente no interior, mostram coragem por parte da marca em mostrar algo diferente, sem exagerar na influência europeia. Mas a originalidade não fez esquecer a qualidade da construção e dos materiais. O espaço interior é bom e as sensações de condução também são boas o suficiente para a missão do Atto 3: transportar de forma confortável uma pequena família. Os pormenores originais dão um toque de irreverência bem-vindo. Com uma autonomia de 400km (sem cuidados exagerados na condução), conseguirá resolver a grande maioria dos desafios do quotidiano. Para quem procura uma solução 100% elétrica e quer um carro com um toque de originalidade, o Atto 3 tem de estar no topo das preferências.
Originalidade de alguns elementos
Conforto
Espaço
MenosInfotainment pouco intuitivo
Mala algo limitada
Ficha técnica
Velocidade máxima 160 km/h
Aceleração 0-100 km/h 7,3 s
Consumo de combustível WLTP – Bateria carregada combinada 15,6 kWh/100 km (obtido – 20kWh)
Autonomia eléctrica WLTP 420 km
Número de portas 5
Comprimento 4.455 mm
Largura 1.875 mm
Altura 1.615 mm
Distância entre eixos 2.720 mm
Peso 1.750 kg
Volume da bagageira – de 440 a 1.338 litros
Potência máxima 204 cv / 150 kW
Binário máximo 310 Nm
Motor elétrico 1
Objetivo Acionar o veículo / gerar corrente eléctrica
Bateria
Tipo Depósito de armazenamento de fosfato de ferro e lítio (LFP)
Capacidade 60,48 kWh
Potência máxima de recarga em CC 88 kW
Potência máxima de recarga em CA 11 kW
Tempo total de recarga a 7,4 kW 9,7 h
Tempo total de recarga a 11 kW 6,5 horas
Tempo de recarga de 0 a 80 % DC 44 min (88 kW)
Transmissão
Tração dianteira
Pneus dianteiros 235/50 R18
Pneus traseiros 235/50 R18
Jantes dianteiras x 18
Jantes traseiras x 18
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