BMW X4 M – Ensaio Teste

By on 29 Abril, 2020

BMW X4 M

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Réplica do X3M tem menos espaço mas igual dureza

O X4 M é um daqueles que carros que intrigam, pois, sendo igualzinho ao X3M… é diferente. Pela carroçaria, claro, mas também por alguns detalhes. Se o que a BMW diz é verdade, estamos perante o novo M4, mas de calças arregaçadas para abrir caminho. Não me parece nada, mas tudo bem. Seja como for, este X4 M perde para o X3M em termos de versatilidade. Será só isso? Comprove neste ensaio ao X4M.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Performances, Tecnologia, Travagem      

Menos:

Preço, Conforto

Exterior

7/10

Pontuação 7/10 Pode parecer estranho, mas o X3 continua a ser um dos melhores exercícios de estilo da BMW que nesta versão desportiva, muito musculada, acaba por não ficar estragado. Este discurso do X3 não pode ser aplicado no X4 que, decididamente, não é mais feliz que o X3. É verdade que na versçao M, o X4 é como o X3, não há cá “nem funfuns nem gaitinhas”, este é um SUV desportivo e pronto! Gosto! Só um detalhe: acho muita piada aos espelhos exterior típicos M e do M3, mas no X4 como no X3 acabam por não fazer muito sentido, pois provocam imensa turbulência e, naturalmente, ruído indesejável. Contas feitas, continuo a preferir o X3, desculpem.

Interior

8/10

Pontuação 8/10 Graças a Deus que o X4 tem um interior que faz parte do passado da BMW no que toca aos habitáculos e não desta nova geração que, na minha opinião, enfraqueceu uma das melhores coisas que a casa bávara tinha: a familiaridade com todos os BMW. Os instrumentos são digitais, mas são redondos e alinhados como sempre a BMW fez desde há muitas décadas. Quem diz que estão fora de moda não sabe o que está a dizer. A posição de condução é excelente, pois o banco é envolvente com amplo suporte para pernas e costas, muitas regulações e nas mãos temos um volante “à BMW”. A consola central não é das mais belas, e face ao X3, o X4 tem menor visibilidade devido á forma da traseira. A qualidade está acima daquilo que ultimamente a casa bávara andava a fazer. Tudo é decalcado do X3 e, sim, é verdade, a BMW está cada vez mais perto da Audi a fazer interiores. A bagageira tem 525 litros (menos 25 litros que o X3) até um máximo de 1430 litros (menos 170 litros).

Equipamento

5/10

Pontuação 5/10   As versões M da BMW são bem equipadas, mas como também é hábito na BMW, a lista de opcionais é, igualmente, excelente e, sobretudo, longa. De série é oferecido o sistema de navegação, leitor de CD, tele serviços, serviços Connected Drive, conectividade com aparelhos móveis, USB, Bluetooth e carregamento wireless, ar condicionado automático, vidros elétricos sensores de chuva e luz, fecho central com alarme e acesso e arranque mãos livres e mais algumas coisas que fazem parte do equipamento de série. A partir daqui e para ter um X4M Competition, terá de alargar os cordões à bolsa.  Face ao modelo ensaiado, a pintura metalizada custa 813 euros, o sistema de acesso Comfort fica por 512 euros, chave BMW com ecrã custa 300 euros. As barras no tejadilho custam 293 euros, os vidros com proteção solar ficam por 382 euros e o ajuste elétrico dos bancos custa 138 euros. Seguem-se os frisos em fibra de carbono (715 euros), luzes adaptativas LED (422 euros), assistente de condução Plus (1.967 euros), assistente de estacionamento Plus (902 euros), Head Up Display (934 euros), sistema de som Surround Harmann Kardon (594 euros), informação de trânsito em tempo real (135 euros), Pacote M Driver’s (2.065 euros) e pacote M Competition que custa 7.037 euros e inclui sistema de esvape M, jantes de liga leve de 21 polegadas, apoio lombar nos bancos dianteiros, cintos de segurança M, proteção ativa, bancos desportivos BMW M e pacote Competition.

Consumos

/10

Pontuação 4/10 O seis cilindros com 510 CV não é, propriamente, um pisco no que toca a sorver gasolina de 98 octanas. A BMW anuncia um valor de 10.5 l/100 km, mas se conseguir baixar dos 14 litros, diga-me alguma coisa que lhe dou um abraço. A mediado ensaio ficou nos 15,2 l/100 km, nada de preocupante quando temos debaixo do pé direito mais de 500 CV, ainda por cima num SUV nada leve. E quando decidi tentar explorar tudo o que há no X4 M Competition, os valores subiram assustadoramente para perto dos 20 litros, com picos bem acima. Mas, criticar isso num carro desses? Por amor de Deus!

Ao Volante

9/10

Pontuação 9/10 A BMW voltou aos velhos tempos da divisão M com forte endurecimento da suspensão. O X4 M Competition, mesmo no modo de condução normal ou Comfort, é duríssimo e roça, neste modo, o desconfortável para quem segue no banco da frente, pois atrás é mesmo muito desconfortável. A BMW justifica esta insana dureza das suspensões, porque o carro é, lá está, o M4 X, ou seja, a casa bávara quis satisfazer os clientes SUV-dependentes com um M4 SUV. Mas a ideia de dar ao X4M um comportamento á altura do M4, optando por um carro duro como pedra, à imagem do carro dos Flinstones, não é lá grande coisa. Juntam-se a isso as jantes de 21 polegadas e o recrudescimento da dureza nos modos Sport e Sport Plus, tornando tudo ainda mais complicado no que toca ao conforto. E tanta dureza para quê? A X4 M Competition não é um M4, ponto. Continua a ser um carro pesado e alto (apesar da forma coupé ajudar a ser bem mais baixo que o X3M Competition). Controla bem os movimentos da carroçaria, tem uma direção rápida, precisa, mas muito assistida e sem sensibilidade e de nada vale deitar mão aos modos de condução, pois fica tudo quase na mesma.

Motor

8/10

Pontuação 8/10 Sabia que a BMW esteve a trabalhar cinco anos neste motor para ser colocado nas versões M da BMW? Sendo um bloco de seis cilindros com 3.0 litros, curiosamente, pouco ou nada tem a ver com o seis cilindros de 3.0 litros do Z4, do Supra, enfim, de outros BMW. É um bloco mais leve, com melhor resposta, medidas para reduzir o tempo de resposta do turbo e detalhes deliciosos: cabeça do motor é impressa em 3D, alguns dos acessórios também e a eficiência térmica é muito maior e por isso é capaz, de chegar aos 510 CV. O encaixe de potência e binário é semelhante ao do M5 e por isso mesmo a M decidiu trazer daquele modelo a caixa de oito velocidades automática, uma unidade excelente no funcionamento… manual. Ou seja, quando optamos pelo comando manual, a caixa é fantástica, quando seguimos em modo automático, tem vida própria pouco esclarecida com passagens de caixa aleatórias e com situações desconfortáveis.

Balanço Final

7/10

Pontuação 7/10 O veredicto terá de ser semelhante ao do X3 M Competition, por que o carro é, essencialmente, o mesmo e goza das mesmas virtudes e sofre dos mesmos defeitos, nomeadamente, a dureza das suspensões. O panorama fica mais nublado porque a habitabilidade é mais acanhada no X4M, a visibilidade traseira também e pior e a versatilidade menor. E, além disso, tem dentro da gama o X4 M40i que é quase, repito, quase tão bom e muito mais barato e confortável. Não se vende em Portugal, mas pode encomendá-lo à BMW.  

Concorrentes

Mercedes GLC 63S AMG Coupé 3984 c.c. biturbo a gasolina; 510 CV; 700 Nm; 0-100 km/h em 3,8 seg,; 280 km/h; 12,4 l/100 km, 283 gr/km de CO2; 136.250 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)  

Ficha Técnica

Motor Tipo: 6 cilindros em linha com injeção direta e duplo turbo de geometria variável com intercooler Cilindrada (cm3): 2993 Diâmetro x Curso (mm): 84 x 90 Taxa de Compressão: 9,3 Potência máxima (CV/rpm): 510/6250 Binário máximo (Nm/rpm): 600/2600 – 5950 Transmissão: Integral permanente com caixa automática Steptronic de 8 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços Travões (fr/tr): Discos ventilados Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 4,1 Velocidade máxima (km/h): 250 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 8,7/12,8/10,5 Emissões CO2 (gr/km): 239 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4758/1927/1620 Distância entre eixos (mm): 2864 Largura de vias (fr/tr mm): 1617/1632 Peso (kg): 1970 Capacidade da bagageira (l): 525/1430 Deposito de combustível (l): 65 Pneus (fr/tr): 255/40 ZR21 fr./265/40 ZR21 tr.

Mais/Menos


Mais

Performances, Tecnologia, Travagem      

Menos

Preço, Conforto

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 156340€

Preço da versão base (Euros): 134612€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 7/10 Pode parecer estranho, mas o X3 continua a ser um dos melhores exercícios de estilo da BMW que nesta versão desportiva, muito musculada, acaba por não ficar estragado. Este discurso do X3 não pode ser aplicado no X4 que, decididamente, não é mais feliz que o X3. É verdade que na versçao M, o X4 é como o X3, não há cá “nem funfuns nem gaitinhas”, este é um SUV desportivo e pronto! Gosto! Só um detalhe: acho muita piada aos espelhos exterior típicos M e do M3, mas no X4 como no X3 acabam por não fazer muito sentido, pois provocam imensa turbulência e, naturalmente, ruído indesejável. Contas feitas, continuo a preferir o X3, desculpem.

Interior

Pontuação 8/10 Graças a Deus que o X4 tem um interior que faz parte do passado da BMW no que toca aos habitáculos e não desta nova geração que, na minha opinião, enfraqueceu uma das melhores coisas que a casa bávara tinha: a familiaridade com todos os BMW. Os instrumentos são digitais, mas são redondos e alinhados como sempre a BMW fez desde há muitas décadas. Quem diz que estão fora de moda não sabe o que está a dizer. A posição de condução é excelente, pois o banco é envolvente com amplo suporte para pernas e costas, muitas regulações e nas mãos temos um volante “à BMW”. A consola central não é das mais belas, e face ao X3, o X4 tem menor visibilidade devido á forma da traseira. A qualidade está acima daquilo que ultimamente a casa bávara andava a fazer. Tudo é decalcado do X3 e, sim, é verdade, a BMW está cada vez mais perto da Audi a fazer interiores. A bagageira tem 525 litros (menos 25 litros que o X3) até um máximo de 1430 litros (menos 170 litros).

Equipamento

Pontuação 5/10   As versões M da BMW são bem equipadas, mas como também é hábito na BMW, a lista de opcionais é, igualmente, excelente e, sobretudo, longa. De série é oferecido o sistema de navegação, leitor de CD, tele serviços, serviços Connected Drive, conectividade com aparelhos móveis, USB, Bluetooth e carregamento wireless, ar condicionado automático, vidros elétricos sensores de chuva e luz, fecho central com alarme e acesso e arranque mãos livres e mais algumas coisas que fazem parte do equipamento de série. A partir daqui e para ter um X4M Competition, terá de alargar os cordões à bolsa.  Face ao modelo ensaiado, a pintura metalizada custa 813 euros, o sistema de acesso Comfort fica por 512 euros, chave BMW com ecrã custa 300 euros. As barras no tejadilho custam 293 euros, os vidros com proteção solar ficam por 382 euros e o ajuste elétrico dos bancos custa 138 euros. Seguem-se os frisos em fibra de carbono (715 euros), luzes adaptativas LED (422 euros), assistente de condução Plus (1.967 euros), assistente de estacionamento Plus (902 euros), Head Up Display (934 euros), sistema de som Surround Harmann Kardon (594 euros), informação de trânsito em tempo real (135 euros), Pacote M Driver’s (2.065 euros) e pacote M Competition que custa 7.037 euros e inclui sistema de esvape M, jantes de liga leve de 21 polegadas, apoio lombar nos bancos dianteiros, cintos de segurança M, proteção ativa, bancos desportivos BMW M e pacote Competition.

Consumos

Pontuação 4/10 O seis cilindros com 510 CV não é, propriamente, um pisco no que toca a sorver gasolina de 98 octanas. A BMW anuncia um valor de 10.5 l/100 km, mas se conseguir baixar dos 14 litros, diga-me alguma coisa que lhe dou um abraço. A mediado ensaio ficou nos 15,2 l/100 km, nada de preocupante quando temos debaixo do pé direito mais de 500 CV, ainda por cima num SUV nada leve. E quando decidi tentar explorar tudo o que há no X4 M Competition, os valores subiram assustadoramente para perto dos 20 litros, com picos bem acima. Mas, criticar isso num carro desses? Por amor de Deus!

Ao volante

Pontuação 9/10 A BMW voltou aos velhos tempos da divisão M com forte endurecimento da suspensão. O X4 M Competition, mesmo no modo de condução normal ou Comfort, é duríssimo e roça, neste modo, o desconfortável para quem segue no banco da frente, pois atrás é mesmo muito desconfortável. A BMW justifica esta insana dureza das suspensões, porque o carro é, lá está, o M4 X, ou seja, a casa bávara quis satisfazer os clientes SUV-dependentes com um M4 SUV. Mas a ideia de dar ao X4M um comportamento á altura do M4, optando por um carro duro como pedra, à imagem do carro dos Flinstones, não é lá grande coisa. Juntam-se a isso as jantes de 21 polegadas e o recrudescimento da dureza nos modos Sport e Sport Plus, tornando tudo ainda mais complicado no que toca ao conforto. E tanta dureza para quê? A X4 M Competition não é um M4, ponto. Continua a ser um carro pesado e alto (apesar da forma coupé ajudar a ser bem mais baixo que o X3M Competition). Controla bem os movimentos da carroçaria, tem uma direção rápida, precisa, mas muito assistida e sem sensibilidade e de nada vale deitar mão aos modos de condução, pois fica tudo quase na mesma.

Concorrentes

Mercedes GLC 63S AMG Coupé 3984 c.c. biturbo a gasolina; 510 CV; 700 Nm; 0-100 km/h em 3,8 seg,; 280 km/h; 12,4 l/100 km, 283 gr/km de CO2; 136.250 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)  

Motor

Pontuação 8/10 Sabia que a BMW esteve a trabalhar cinco anos neste motor para ser colocado nas versões M da BMW? Sendo um bloco de seis cilindros com 3.0 litros, curiosamente, pouco ou nada tem a ver com o seis cilindros de 3.0 litros do Z4, do Supra, enfim, de outros BMW. É um bloco mais leve, com melhor resposta, medidas para reduzir o tempo de resposta do turbo e detalhes deliciosos: cabeça do motor é impressa em 3D, alguns dos acessórios também e a eficiência térmica é muito maior e por isso é capaz, de chegar aos 510 CV. O encaixe de potência e binário é semelhante ao do M5 e por isso mesmo a M decidiu trazer daquele modelo a caixa de oito velocidades automática, uma unidade excelente no funcionamento… manual. Ou seja, quando optamos pelo comando manual, a caixa é fantástica, quando seguimos em modo automático, tem vida própria pouco esclarecida com passagens de caixa aleatórias e com situações desconfortáveis.

Balanço final

Pontuação 7/10 O veredicto terá de ser semelhante ao do X3 M Competition, por que o carro é, essencialmente, o mesmo e goza das mesmas virtudes e sofre dos mesmos defeitos, nomeadamente, a dureza das suspensões. O panorama fica mais nublado porque a habitabilidade é mais acanhada no X4M, a visibilidade traseira também e pior e a versatilidade menor. E, além disso, tem dentro da gama o X4 M40i que é quase, repito, quase tão bom e muito mais barato e confortável. Não se vende em Portugal, mas pode encomendá-lo à BMW.  

Mais

Performances, Tecnologia, Travagem      

Menos

Preço, Conforto

Ficha técnica

Motor Tipo: 6 cilindros em linha com injeção direta e duplo turbo de geometria variável com intercooler Cilindrada (cm3): 2993 Diâmetro x Curso (mm): 84 x 90 Taxa de Compressão: 9,3 Potência máxima (CV/rpm): 510/6250 Binário máximo (Nm/rpm): 600/2600 – 5950 Transmissão: Integral permanente com caixa automática Steptronic de 8 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços Travões (fr/tr): Discos ventilados Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 4,1 Velocidade máxima (km/h): 250 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 8,7/12,8/10,5 Emissões CO2 (gr/km): 239 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4758/1927/1620 Distância entre eixos (mm): 2864 Largura de vias (fr/tr mm): 1617/1632 Peso (kg): 1970 Capacidade da bagageira (l): 525/1430 Deposito de combustível (l): 65 Pneus (fr/tr): 255/40 ZR21 fr./265/40 ZR21 tr.

Preço da versão ensaiada (Euros): 156340€
Preço da versão base (Euros): 134612€