BMW 420d Coupé – Ensaio Teste

By on 22 Janeiro, 2021

BMW 420d Coupé – Ensaio Teste

Texto: Guilherme André

Opção Diesel continua a ser importante

O BMW Série 4 tem dado que falar pelo design da grelha desde o lançamento das primeiras fotos. Este novo estilo adotado pela marca alemã tem gerado as mais diversas opiniões, contudo, há muito mais para falar nesta nova geração do coupé alemão. Em ensaio, testámos o Série 4 com a motorização 420d, a mais procurada em Portugal na anterior geração. Vai manter o legado?


Mais:

Dinâmica de condução; conforto de rolamento; argumentos tecnológicos; consumos

Menos:

Acesso aos bancos traseiros; preço de alguns opcionais

Exterior

8/10

Exterior (8/10) Assente na nova plataforma CLAR, a mesma utilizada no Série 3, apresenta uma imagem bastante dinâmica com inspiração no Série 8 Coupé, principalmente na secção traseira. Neste ensaio, testámos o BMW 420d na carroçaria Coupé que se destaca pela linha de tejadilho baixa que flui até à traseira, mas também pela ausência de molduras nas portas. Apesar de utilizar a mesma base do “irmão” Série 3, tem argumentos bastante diferentes. De facto, está mais perto do chão e é mais largo na via traseira. De um modo geral, a BMW conseguiu atualizar o visual do Série 4 com linhas desportivas, numa clara separação de estilo face ao Série 3, e pretende “seduzir” os clientes que procuram um carro mais emotivo e, claro, com um novo formato de grelha. Para além disso, é a aposta da BMW para combater com os eternos rivais alemães Audi A5 Coupé ou o Mercedes-Benz Classe C Coupé. 

Interior

8/10

Interior (8/10) Se por fora é bastante diferente do Série 3, no interior nem por isso. Mantém a qualidade dos materiais e da montagem quase irrepreensível, com algumas exceções em detalhes na consola central. Tanto o condutor como o passageiro são brindados com bancos de desenho desportivo e uma grande amplitude de movimentos, inclusive o ajuste em largura dos apoios laterais, detalhes que contribuem para uma muito boa experiência ao volante. Se na dianteira o espaço é abundante, nos bancos de trás não se pode dizer o mesmo. Sendo um coupé, é natural que o espaço em altura na segunda fila de bancos não seja o melhor e, para além disso, o acesso aos mesmos é algo complexo e apertado.

No capítulo da tecnologia, temos sensivelmente os mesmos argumentos do Série 3. Ou seja, está equipado com um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e, ao centro do tablier, surge um ecrã central de 10,25 polegadas que suporta o sistema de infotainment iDrive. Este é um sistema muito completo, de rápida resposta, funcionamento bastante intuitivo e com uma qualidade de grafismo que merece elogios.

Equipamento

7/10

Equipamento (7/10) Relativamente a equipamento, o BMW Série 4 tem uma vasta lista de opcionais para que cada condutor possa personalizar o veículo a gosto. Contudo, é preciso ter atenção ao preço de alguns opcionais. O 420d em teste conta com alguns extras como é o caso do Pack desportivo M Pro (2602€), frisos interiores em alumínio (130€), assistente de estacionamento Plus (422€), versão desportiva M (2927€), vidros com proteção solar (337€), apoio lombater para bancos dianteiros (212€), assistente de luzes de máximos (134€), pack connectivity (1626€) e assistente de condução (756€). Como se pode ver, é relativamente fácil aumentar o valor total do veículo. Ainda assim, destacamos a suspensão adaptativa (504€), um dos opcionais que achamos bastante importante para o melhor aproveitamento do veículo. 

Consumos

/10

Consumos (9/10) No capítulo dos consumos, o 420d é bastante moderado. Durante o nosso ensaio conseguimos realizar uma média de 5.2 l/100km, valor esse que facilmente desce para números inferiores aos 5 l/100 km numa condução relaxada. De referir ainda que o motor quatro cilindros Diesel da BMW conta com o apoio de um sistema mild hybrid de 48V que ajuda ligeiramente nos consumos de combustível. Ou seja, temos um coupé com linhas dinâmicas capaz de garantir não só consumos “amigos da carteira”, mas uma condução divertida quando os 190 cv e 400 Nm de binário são solicitados.

Ao Volante

8/10

Ao Volante (8/10) Tal como o design desportivo indica, o BMW 420d tem argumentos para uma condução divertida sem que isso comprometa o conforto. Em estradas sinuosas percebemos o trabalho feito pela BMW em diferenciá-lo do Série 3, principalmente na vertente dinâmica. Com uma direção precisa, suspensão firme e chassis muito bem construído, conseguimos alguma diversão ao volante numa condução mais empenhada.

Por outro lado, este 420d é também uma boa opção para viagens longas com um motor Diesel relativamente silencioso, um rolar confortável e habitáculo bem insonorizado. Basta colocar o modo de condução mais focado no conforto e nem vai dar pelo passar dos quilómetros. Por outro lado, um dos detalhes em que é necessária alguma habituação é o pedal de travão. Ao pisar suavemente, não é uma travagem mecânica que se encarrega de diminuir a velocidade do veículo, mas sim um sistema elétrico da travagem regenerativa do sistema híbrido de 48V. Nos primeiros milímetros de pressão o pedal não tem um tato consistente e dificulta a precisão das travagens mais suaves.

Motor

8/10

Motor (8/10) Equipado com o motor quatro cilindros de 2.0 litros, debita 190 cavalos e 400 Nm de binário entregue entre as 1750 e 2500 rpm. Assim, o 420d mostra desde baixa rotação uma resposta pronta ao acelerador e, por isso, não é de estranhar que a aceleração dos 0 aos 100 km/h se faça em 7,1 segundos. Esta solução está associada à já conhecida caixa automática de 8 velocidades rápida e suave. Ao selecionar o modo Sport na consola central, o amortecimento fica mais firme, a direação mais precisa e a entrega de potência brusca.

Balanço Final

8/10

Balanço Final (8/10) Na anterior geração, a motorização 420d foi a mais procurada em solo nacional. Agora, a marca alemã evoluiu nos pontos certos ao reforçar argumentos dinâmicos, atualizar de imagem e tecnologia. Talvez um dos detalhes menos positivos passe pelo recheio de equipamento de série que podia ser melhor, ou o preço algo elevado de alguns opcionais que fazem parte da longa lista de sugestões apresentadas aos clientes que querem personalizar o seu Série 4. Com um preço base de 53 200€, a nova geração do 420d deve manter o sucesso do anterior, mas desta vez conta com a forte ameaça de uma versão PHEV que, se for como no Série 3, vai ter uma elevada procura.  

Concorrentes

Audi A5 Coupé S Line 35 TDI S Tronic – Motor: quatro cilindros de 2.0 litros; potência: 163 cavalos; 0 aos 100 km/h: 8,2 segundos; preço base: 54 903€

Mercedes-Benz C220 d Coupé – Motor: quatro cilindros de 2.0 litros; potência: 194 cavalos; 0 aos 100 km/h: 7 segundos; preço base: 52 600€ 

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injeção direta, Diesel, Turbo

Cilindrada (cm3): 1995

Diâmetro x curso (mm): 84 x 90

Taxa compressão: 16,5

Potência máxima (cv/rpm): 190/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 400/entre 1750 e 2500

Transmissão: Caixa automática de oito velocidades

Direção: direção de pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

Suspensão (fr/tr): Independente tipo McPherson; paralelogramo deformável

Travões (fr/tr): Discos ventilados/ Discos ventilados

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 7,1 

Velocidade máxima (km/h): 240

Consumo médio (L/100km): 4,5 a 5,2

Emissões de CO2 WLTP (g/km): 118 a 137

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4768/1852/1383

Distância entre eixos (mm): 2851

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1575/1611

Peso (kg): 1680

Capacidade da bagageira (l): 440

Depósito de combustível (l): 59

Pneus (fr/tr): 225/45 R18 / 255/40 R18

Mais/Menos


Mais

Dinâmica de condução; conforto de rolamento; argumentos tecnológicos; consumos

Menos

Acesso aos bancos traseiros; preço de alguns opcionais

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 64827€

Preço da versão base (Euros): 53200€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (8/10) Assente na nova plataforma CLAR, a mesma utilizada no Série 3, apresenta uma imagem bastante dinâmica com inspiração no Série 8 Coupé, principalmente na secção traseira. Neste ensaio, testámos o BMW 420d na carroçaria Coupé que se destaca pela linha de tejadilho baixa que flui até à traseira, mas também pela ausência de molduras nas portas. Apesar de utilizar a mesma base do “irmão” Série 3, tem argumentos bastante diferentes. De facto, está mais perto do chão e é mais largo na via traseira. De um modo geral, a BMW conseguiu atualizar o visual do Série 4 com linhas desportivas, numa clara separação de estilo face ao Série 3, e pretende “seduzir” os clientes que procuram um carro mais emotivo e, claro, com um novo formato de grelha. Para além disso, é a aposta da BMW para combater com os eternos rivais alemães Audi A5 Coupé ou o Mercedes-Benz Classe C Coupé. 

Interior

Interior (8/10) Se por fora é bastante diferente do Série 3, no interior nem por isso. Mantém a qualidade dos materiais e da montagem quase irrepreensível, com algumas exceções em detalhes na consola central. Tanto o condutor como o passageiro são brindados com bancos de desenho desportivo e uma grande amplitude de movimentos, inclusive o ajuste em largura dos apoios laterais, detalhes que contribuem para uma muito boa experiência ao volante. Se na dianteira o espaço é abundante, nos bancos de trás não se pode dizer o mesmo. Sendo um coupé, é natural que o espaço em altura na segunda fila de bancos não seja o melhor e, para além disso, o acesso aos mesmos é algo complexo e apertado.

No capítulo da tecnologia, temos sensivelmente os mesmos argumentos do Série 3. Ou seja, está equipado com um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e, ao centro do tablier, surge um ecrã central de 10,25 polegadas que suporta o sistema de infotainment iDrive. Este é um sistema muito completo, de rápida resposta, funcionamento bastante intuitivo e com uma qualidade de grafismo que merece elogios.

Equipamento

Equipamento (7/10) Relativamente a equipamento, o BMW Série 4 tem uma vasta lista de opcionais para que cada condutor possa personalizar o veículo a gosto. Contudo, é preciso ter atenção ao preço de alguns opcionais. O 420d em teste conta com alguns extras como é o caso do Pack desportivo M Pro (2602€), frisos interiores em alumínio (130€), assistente de estacionamento Plus (422€), versão desportiva M (2927€), vidros com proteção solar (337€), apoio lombater para bancos dianteiros (212€), assistente de luzes de máximos (134€), pack connectivity (1626€) e assistente de condução (756€). Como se pode ver, é relativamente fácil aumentar o valor total do veículo. Ainda assim, destacamos a suspensão adaptativa (504€), um dos opcionais que achamos bastante importante para o melhor aproveitamento do veículo. 

Consumos

Consumos (9/10) No capítulo dos consumos, o 420d é bastante moderado. Durante o nosso ensaio conseguimos realizar uma média de 5.2 l/100km, valor esse que facilmente desce para números inferiores aos 5 l/100 km numa condução relaxada. De referir ainda que o motor quatro cilindros Diesel da BMW conta com o apoio de um sistema mild hybrid de 48V que ajuda ligeiramente nos consumos de combustível. Ou seja, temos um coupé com linhas dinâmicas capaz de garantir não só consumos “amigos da carteira”, mas uma condução divertida quando os 190 cv e 400 Nm de binário são solicitados.

Ao volante

Ao Volante (8/10) Tal como o design desportivo indica, o BMW 420d tem argumentos para uma condução divertida sem que isso comprometa o conforto. Em estradas sinuosas percebemos o trabalho feito pela BMW em diferenciá-lo do Série 3, principalmente na vertente dinâmica. Com uma direção precisa, suspensão firme e chassis muito bem construído, conseguimos alguma diversão ao volante numa condução mais empenhada.

Por outro lado, este 420d é também uma boa opção para viagens longas com um motor Diesel relativamente silencioso, um rolar confortável e habitáculo bem insonorizado. Basta colocar o modo de condução mais focado no conforto e nem vai dar pelo passar dos quilómetros. Por outro lado, um dos detalhes em que é necessária alguma habituação é o pedal de travão. Ao pisar suavemente, não é uma travagem mecânica que se encarrega de diminuir a velocidade do veículo, mas sim um sistema elétrico da travagem regenerativa do sistema híbrido de 48V. Nos primeiros milímetros de pressão o pedal não tem um tato consistente e dificulta a precisão das travagens mais suaves.

Concorrentes

Audi A5 Coupé S Line 35 TDI S Tronic – Motor: quatro cilindros de 2.0 litros; potência: 163 cavalos; 0 aos 100 km/h: 8,2 segundos; preço base: 54 903€

Mercedes-Benz C220 d Coupé – Motor: quatro cilindros de 2.0 litros; potência: 194 cavalos; 0 aos 100 km/h: 7 segundos; preço base: 52 600€ 

Motor

Motor (8/10) Equipado com o motor quatro cilindros de 2.0 litros, debita 190 cavalos e 400 Nm de binário entregue entre as 1750 e 2500 rpm. Assim, o 420d mostra desde baixa rotação uma resposta pronta ao acelerador e, por isso, não é de estranhar que a aceleração dos 0 aos 100 km/h se faça em 7,1 segundos. Esta solução está associada à já conhecida caixa automática de 8 velocidades rápida e suave. Ao selecionar o modo Sport na consola central, o amortecimento fica mais firme, a direação mais precisa e a entrega de potência brusca.

Balanço final

Balanço Final (8/10) Na anterior geração, a motorização 420d foi a mais procurada em solo nacional. Agora, a marca alemã evoluiu nos pontos certos ao reforçar argumentos dinâmicos, atualizar de imagem e tecnologia. Talvez um dos detalhes menos positivos passe pelo recheio de equipamento de série que podia ser melhor, ou o preço algo elevado de alguns opcionais que fazem parte da longa lista de sugestões apresentadas aos clientes que querem personalizar o seu Série 4. Com um preço base de 53 200€, a nova geração do 420d deve manter o sucesso do anterior, mas desta vez conta com a forte ameaça de uma versão PHEV que, se for como no Série 3, vai ter uma elevada procura.  

Mais

Dinâmica de condução; conforto de rolamento; argumentos tecnológicos; consumos

Menos

Acesso aos bancos traseiros; preço de alguns opcionais

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injeção direta, Diesel, Turbo

Cilindrada (cm3): 1995

Diâmetro x curso (mm): 84 x 90

Taxa compressão: 16,5

Potência máxima (cv/rpm): 190/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 400/entre 1750 e 2500

Transmissão: Caixa automática de oito velocidades

Direção: direção de pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

Suspensão (fr/tr): Independente tipo McPherson; paralelogramo deformável

Travões (fr/tr): Discos ventilados/ Discos ventilados

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 7,1 

Velocidade máxima (km/h): 240

Consumo médio (L/100km): 4,5 a 5,2

Emissões de CO2 WLTP (g/km): 118 a 137

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4768/1852/1383

Distância entre eixos (mm): 2851

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1575/1611

Peso (kg): 1680

Capacidade da bagageira (l): 440

Depósito de combustível (l): 59

Pneus (fr/tr): 225/45 R18 / 255/40 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 64827€
Preço da versão base (Euros): 53200€