BMW 225e xDrive Active Tourer – Ensaio Teste
Refúgio tecnológico
Ainda que não seja uma das gamas de topo da BMW, o novo Active Tourer é um dos mais avançados em termos de tecnologia e software, especialmente na sua versão híbrida plug-in mais acessível, que conta agora com uma autonomia ainda mais extensa. Com um habitáculo mais moderno e uma boa dose de espaço, o pequeno monovolume da marca bávara desperta assim a curiosidade das famílias que passam a semana na cidade, mas que precisam de sair da mesma nos dois dias de descanso possíveis.
Texto: André Mendes
- Comportamento;
- Conforto;
- Sistema híbrido;
- Muito equipamento opcional;
- Bagageira reduzida na versão híbrida;
Exterior
Linhas modernas e de acordo com as criações mais recentes da marca, mas num formato de casulo que parece ser a bolha perfeita para o transporte da família. Por algumas opiniões que ouvimos, a grelha dianteira continua a ser o centro da discórdia, mas na verdade, neste conjunto e com a presença do Pack M, como na unidade ensaiada, até já não nos parece ser um tema assim tão “complicado” quanto isso.
As jantes de liga leve com 18 polegadas de diâmetro já começam a parecer pequenas, quando olhamos para o Active Tourer, mas os benefícios que traz em conforto acabam por compensar. E depois, há pequenos detalhes como os puxadores das portas que já estão embutidos no conjunto, o desenho do interior das óticas dianteiras, a tampa da tomada de carregamento do sistema elétrico mesmo ao lado da porta do condutor e os pequenos detalhes em azul junto dos símbolos da marca, anunciando que se trata de uma opção eletrificada, ou melhor, “electrified by i”.
Interior
Também devido à presença do Pack M, os acabamentos que descobrimos no habitáculo são bastante cuidados e de qualidade elevada, não faltando sequer uns assentos desportivos com um bom apoio e um volante de visual também mais desportivo que, em conjunto, contribuem para uma excelente posição de condução. O maior destaque, no entanto, está no novo painel horizontal que combina a instrumentação totalmente digital e o monitor central de comando tátil e com uma resolução muito elevada.
Entre os assentos dianteiros, a consola central que parece flutuar, integra os comandos da caixa de velocidades automática, o botão que inicia ou desliga o sistema e também o acesso aos modos de condução disponíveis, cada um deles com um ambiente específico a bordo. Com as rodas “empurradas” o máximo possível para as extremidades da carroçaria, o valor da distância entre eixos ficou nos 2,67 metros, suficiente para que haja espaço suficiente nos assentos traseiros para uma viagem mais tranquila. Lá atrás, no entanto, as presenças das baterias, do motor elétrico no eixo posterior e de uma reorganização de alguns componentes, fizeram com que a capacidade da bagageira tivesse ficado pelos 406 litros.
Equipamento
A presença do Pack M é claramente o equipamento de maior destaque neste Série 2 Active Tourer, uma vez que, por cerca de 4.500 euros, é adicionada uma enorme lista de elementos que transformam bastante este modelo, tanto no visual interior e exterior como no comportamento dinâmico. Entre eles, por exemplo, está a suspensão adaptativa, o volante e os assentos desportivos de que já lhe falámos, as jantes de 18 polegadas, os forros do interior e os frisos do exterior num tom mais escuro e também os pára-choques mais desportivos, que deixam este modelo bem mais apelativo. Porém, e tal como costuma ser a politica da BMW, a grande maioria dos equipamentos estão disponíveis apenas como opção, deixando a versão de série apenas com o que a marca considera ser essencial. Deixa alguma liberdade de escolha para o cliente, mas também faz com que a unidade ensaiada, por exemplo, tenha mais de onze mil euros em extras.
Consumos
Com a versão híbrida plug-in, o objetivo é mesmo o de circular o máximo de tempo possível sem sequer usar o motor de combustão. E isso é algo que o 225e xDrive Active Tourer faz sem grandes dificuldades, seja em cidade, estrada, autoestrada ou parado numa fila de trânsito durante mais de duas horas, que foi a forma como iniciámos o seu ensaio. Não conseguimos percorrer os 74 quilómetros de autonomia indicados pela instrumentação no início da viagem, mas passámos bastante tempo parados a ouvir música e com a ventilação (sem ar condicionado) a ir ajustando a temperatura no habitáculo. E ainda assim, percorremos mais de 50 quilómetros no meio do trânsito e chegámos ao destino ainda com alguma autonomia elétrica (pouca), e com uma média de consumo que não chegava sequer a um litro. No final do ensaio e já com alguns quilómetros percorridos sem carga na bateria, acabámos por deixar a média nos 5,9 litros, sendo que conseguimos superar os 65 quilómetros de distância em modo puramente elétrico, mesmo com a quantidade de trânsito já referida.
Ao Volante
Um pisar firme no asfalto que nos deixa perceber quase todas as irregularidades do piso, mas sem ser desconfortável, é um dos trunfos da suspensão com a afinação mais desportiva, aliada ao chassis deste modelo, que oferece uma dinâmica bastante apurada e transmite uma enorme sensação de segurança ao volante, com um bom controlo em curva quando provocado, mesmo sem ser essa a sua missão. O formato de monovolume oferece uma boa visibilidade e a instrumentação uma boa leitura, além de ter um visual personalizável e alguns modos diferentes de visualização, que se podem alternar consoante o modo de condução escolhido entre seis disponíveis: Personal, Sport, Efficient, Expressive, Relax e Digital Art. O primeiro é que nos deixa mais hipóteses de personalização e o último uma espécie de galeria de arte, neste caso, com a obra digital de Cao Fei “Quantum Garden”, produzida em 2022 e visível no monitor central e na instrumentação.
Motor
Ao volante não parece, mas lá na frente está um pequeno motor de combustão a gasolina com apenas três cilindros, 1,5 litros de capacidade e 136 cavalos de potência, responsável pela tração dianteira deste modelo. No entanto, este é ajudado por uma segunda motorização, elétrica, com 109 cavalos de potência e que está instalada no eixo posterior, ficando responsável pela tração traseira. Se usados em conjunto, são 245 cavalos de potência que acabamos por ter disponíveis debaixo do pé direito e que é um valor mais parecido com as sensações que este modelo nos transmite quando o conduzimos. O facto de ter tração nos dois eixos, também dá origem à presença do logo xDrive na tampa da bagageira, uma vez que se trata de uma versão com quatro rodas motrizes, ainda que não exista qualquer ligação mecânica entre os dois eixos.
Balanço Final
O BMW Série 2 Active Tourer é uma espécie de ferramenta perfeita para a rotina de uma pequena família, principalmente nesta versão híbrida plug-in de 245 cavalos (há ainda uma outra opção, a 230e xDrive, com um sistema de 326 cavalos). Faz tudo o que lhe é exigido, tem um bom espaço disponível a bordo e ainda oferece uma dinâmica muito cativante. Se tiver acesso a pontos de carga com alguma facilidade, é uma solução que lhe permite circular apenas em modo elétrico durante a maior parte do tempo, uma vez que poderá percorrer até um máximo de 90 quilómetros com uma carga (em condições ideais e de preferência em cidade, de forma que haja mais regeneração de energia) e depois carregar a bateria na totalidade (de 0 a 100%) em menos de duas horas e meia.
Concorrentes
Mercedes-Benz B 250 e
Motor: Híbrido (Gasolina e elétrico); 163+109 cavalos; Autonomia em modo elétrico: 77 km; Aceleração dos 0 aos 100 km/h: 7,6 seg.; Consumo combinado: 0,9 l/100 km; Preço 47.750 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.499
Potência máxima (CV/rpm): 136/4.000-6.500
Potência máxima combinada (CV): 245
Binário máximo (Nm/rpm): 230/1.500-4.000
Tração: Tração integral
Transmissão: Automática de sete relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 6,7
Velocidade máxima (km/h): 195
Consumo misto (l/100 km): 0,8-0,6
Consumo misto (kWh/100 km): 15,8-14,2
Emissões CO2 (gr/km): 18-14
Autonomia máxima em modo elétrico (km): 92-83
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.386/1.824/1.576
Distância entre eixos (mm): 2.670
Largura de vias (fr/tr mm): 1.586/1.587
Peso (kg): 1.900
Capacidade da bagageira (l): 406
Capacidade do depósito (l): 47
Pneus (fr/tr): 225/50 R18
Preço da unidade ensaiada (Euros): 56.562 €
Preço da versão base (Euros): 45.500 €
Mais/Menos
Mais
- Comportamento;
- Conforto;
- Sistema híbrido;
Menos
- Muito equipamento opcional;
- Bagageira reduzida na versão híbrida;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 56562€
Preço da versão base (Euros): 45500€
Exterior
Linhas modernas e de acordo com as criações mais recentes da marca, mas num formato de casulo que parece ser a bolha perfeita para o transporte da família. Por algumas opiniões que ouvimos, a grelha dianteira continua a ser o centro da discórdia, mas na verdade, neste conjunto e com a presença do Pack M, como na unidade ensaiada, até já não nos parece ser um tema assim tão “complicado” quanto isso.
As jantes de liga leve com 18 polegadas de diâmetro já começam a parecer pequenas, quando olhamos para o Active Tourer, mas os benefícios que traz em conforto acabam por compensar. E depois, há pequenos detalhes como os puxadores das portas que já estão embutidos no conjunto, o desenho do interior das óticas dianteiras, a tampa da tomada de carregamento do sistema elétrico mesmo ao lado da porta do condutor e os pequenos detalhes em azul junto dos símbolos da marca, anunciando que se trata de uma opção eletrificada, ou melhor, “electrified by i”.
Interior
Também devido à presença do Pack M, os acabamentos que descobrimos no habitáculo são bastante cuidados e de qualidade elevada, não faltando sequer uns assentos desportivos com um bom apoio e um volante de visual também mais desportivo que, em conjunto, contribuem para uma excelente posição de condução. O maior destaque, no entanto, está no novo painel horizontal que combina a instrumentação totalmente digital e o monitor central de comando tátil e com uma resolução muito elevada.
Entre os assentos dianteiros, a consola central que parece flutuar, integra os comandos da caixa de velocidades automática, o botão que inicia ou desliga o sistema e também o acesso aos modos de condução disponíveis, cada um deles com um ambiente específico a bordo. Com as rodas “empurradas” o máximo possível para as extremidades da carroçaria, o valor da distância entre eixos ficou nos 2,67 metros, suficiente para que haja espaço suficiente nos assentos traseiros para uma viagem mais tranquila. Lá atrás, no entanto, as presenças das baterias, do motor elétrico no eixo posterior e de uma reorganização de alguns componentes, fizeram com que a capacidade da bagageira tivesse ficado pelos 406 litros.
Equipamento
A presença do Pack M é claramente o equipamento de maior destaque neste Série 2 Active Tourer, uma vez que, por cerca de 4.500 euros, é adicionada uma enorme lista de elementos que transformam bastante este modelo, tanto no visual interior e exterior como no comportamento dinâmico. Entre eles, por exemplo, está a suspensão adaptativa, o volante e os assentos desportivos de que já lhe falámos, as jantes de 18 polegadas, os forros do interior e os frisos do exterior num tom mais escuro e também os pára-choques mais desportivos, que deixam este modelo bem mais apelativo. Porém, e tal como costuma ser a politica da BMW, a grande maioria dos equipamentos estão disponíveis apenas como opção, deixando a versão de série apenas com o que a marca considera ser essencial. Deixa alguma liberdade de escolha para o cliente, mas também faz com que a unidade ensaiada, por exemplo, tenha mais de onze mil euros em extras.
Consumos
Com a versão híbrida plug-in, o objetivo é mesmo o de circular o máximo de tempo possível sem sequer usar o motor de combustão. E isso é algo que o 225e xDrive Active Tourer faz sem grandes dificuldades, seja em cidade, estrada, autoestrada ou parado numa fila de trânsito durante mais de duas horas, que foi a forma como iniciámos o seu ensaio. Não conseguimos percorrer os 74 quilómetros de autonomia indicados pela instrumentação no início da viagem, mas passámos bastante tempo parados a ouvir música e com a ventilação (sem ar condicionado) a ir ajustando a temperatura no habitáculo. E ainda assim, percorremos mais de 50 quilómetros no meio do trânsito e chegámos ao destino ainda com alguma autonomia elétrica (pouca), e com uma média de consumo que não chegava sequer a um litro. No final do ensaio e já com alguns quilómetros percorridos sem carga na bateria, acabámos por deixar a média nos 5,9 litros, sendo que conseguimos superar os 65 quilómetros de distância em modo puramente elétrico, mesmo com a quantidade de trânsito já referida.
Ao volante
Um pisar firme no asfalto que nos deixa perceber quase todas as irregularidades do piso, mas sem ser desconfortável, é um dos trunfos da suspensão com a afinação mais desportiva, aliada ao chassis deste modelo, que oferece uma dinâmica bastante apurada e transmite uma enorme sensação de segurança ao volante, com um bom controlo em curva quando provocado, mesmo sem ser essa a sua missão. O formato de monovolume oferece uma boa visibilidade e a instrumentação uma boa leitura, além de ter um visual personalizável e alguns modos diferentes de visualização, que se podem alternar consoante o modo de condução escolhido entre seis disponíveis: Personal, Sport, Efficient, Expressive, Relax e Digital Art. O primeiro é que nos deixa mais hipóteses de personalização e o último uma espécie de galeria de arte, neste caso, com a obra digital de Cao Fei “Quantum Garden”, produzida em 2022 e visível no monitor central e na instrumentação.
Concorrentes
Mercedes-Benz B 250 e
Motor: Híbrido (Gasolina e elétrico); 163+109 cavalos; Autonomia em modo elétrico: 77 km; Aceleração dos 0 aos 100 km/h: 7,6 seg.; Consumo combinado: 0,9 l/100 km; Preço 47.750 €
Motor
Ao volante não parece, mas lá na frente está um pequeno motor de combustão a gasolina com apenas três cilindros, 1,5 litros de capacidade e 136 cavalos de potência, responsável pela tração dianteira deste modelo. No entanto, este é ajudado por uma segunda motorização, elétrica, com 109 cavalos de potência e que está instalada no eixo posterior, ficando responsável pela tração traseira. Se usados em conjunto, são 245 cavalos de potência que acabamos por ter disponíveis debaixo do pé direito e que é um valor mais parecido com as sensações que este modelo nos transmite quando o conduzimos. O facto de ter tração nos dois eixos, também dá origem à presença do logo xDrive na tampa da bagageira, uma vez que se trata de uma versão com quatro rodas motrizes, ainda que não exista qualquer ligação mecânica entre os dois eixos.
Balanço final
O BMW Série 2 Active Tourer é uma espécie de ferramenta perfeita para a rotina de uma pequena família, principalmente nesta versão híbrida plug-in de 245 cavalos (há ainda uma outra opção, a 230e xDrive, com um sistema de 326 cavalos). Faz tudo o que lhe é exigido, tem um bom espaço disponível a bordo e ainda oferece uma dinâmica muito cativante. Se tiver acesso a pontos de carga com alguma facilidade, é uma solução que lhe permite circular apenas em modo elétrico durante a maior parte do tempo, uma vez que poderá percorrer até um máximo de 90 quilómetros com uma carga (em condições ideais e de preferência em cidade, de forma que haja mais regeneração de energia) e depois carregar a bateria na totalidade (de 0 a 100%) em menos de duas horas e meia.
- Comportamento;
- Conforto;
- Sistema híbrido;
- Muito equipamento opcional;
- Bagageira reduzida na versão híbrida;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.499
Potência máxima (CV/rpm): 136/4.000-6.500
Potência máxima combinada (CV): 245
Binário máximo (Nm/rpm): 230/1.500-4.000
Tração: Tração integral
Transmissão: Automática de sete relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 6,7
Velocidade máxima (km/h): 195
Consumo misto (l/100 km): 0,8-0,6
Consumo misto (kWh/100 km): 15,8-14,2
Emissões CO2 (gr/km): 18-14
Autonomia máxima em modo elétrico (km): 92-83
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.386/1.824/1.576
Distância entre eixos (mm): 2.670
Largura de vias (fr/tr mm): 1.586/1.587
Peso (kg): 1.900
Capacidade da bagageira (l): 406
Capacidade do depósito (l): 47
Pneus (fr/tr): 225/50 R18
Preço da unidade ensaiada (Euros): 56.562 €
Preço da versão base (Euros): 45.500 €
Preço da versão base (Euros): 45500€
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