Audi A3 Sportback 35 TFSI MHEV – Ensaio Teste

By on 18 Agosto, 2022

Alternativa premium

O segmento dos pequenos familiares, ou dos compactos, ainda continua ao rubro, mesmo depois do ataque poderoso dos SUV. Mas o Audi A3 ainda continua a ser uma das opções a manter uma imagem mais premium, mesmo com as conceções necessárias para manter o preço num patamar mais apelativo. A grande novidade da gama, no entanto, passa pela inclusão de um novo sistema mild-hybrid de 48 volts, que lhe permite obter os benefícios de um híbrido, mas sem que isso transforme muito a sua utilização.

Texto: André Mendes


Mais:

– Robustez do conjunto;
– Médias de consumo;
– Condução;

Menos:

– Pouco equipamento de série;

Exterior

7/10

Mesmo bastante longe da versão original do A3, uma vez que estamos já na sua quarta geração, este é um daqueles modelos que manteve o seu formato mais ou menos intacto, sendo a maior alteração a inclusão da versão de cinco portas e a chegada do nome Sportback já há uns anos. No entanto, com esta geração, contamos com um visual mais tecnológico e uma imagem de família aproximada dos restantes modelos da marca.

Uma das maiores diferenças da unidade ensaiada face às “normais” é a presença do pacote estético S line, com para-choques mais desportivos e outros detalhes que também contribuem para este visual. As jantes têm “apenas” 17 polegadas de diâmetro, que não é pouco, mas neste conjunto parecem ser bem mais pequenas do que são na realidade. E com um olhar mais clínico descobrimos que a versão S Line também retira uns milímetros na altura do conjunto, deixando a carroçaria mais próxima do piso, graças à presença de uma suspensão ligeiramente mais desportiva.

Interior

7/10

Há duas impressões imediatas que temos assim que nos sentamos a bordo do Audi A3. A primeira é a de que todo o habitáculo é demasiado cinzento, uma vez que neste patamar da gama, os elementos mais elegantes e com uma estética melhorada ainda não são muito numerosos, estando muito afastados de um RS3, por exemplo, por motivos óbvios. A segunda impressão é que, apesar do visual cinzento, todo o conjunto é bastante sólido e tipicamente alemão. De uma maneira geral, a qualidade dos materiais é elevada e a posição de condução é excelente, com regulações bastante amplas e simples de adaptar ao nosso gosto. Lá atrás, o espaço disponível não é dos mais abundantes, mas com um pouco de jeito, tudo se consegue. E ainda mais atrás, os 380 litros de capacidade da bagageira chegam perfeitamente.

Equipamento

5/10

Aqui fica um dos calcanhares de Aquiles em marcas como a Audi. O equipamento base, ainda que inclua diversos elementos, nem sempre são dos mais desejados e apelativos. Na maioria dos casos, são apenas os necessários, deixando todos os outros na lista de opcionais, o que acaba por influenciar (bastante) o preço final de cada modelo. Com a presença de um sistema de navegação, o painel de instrumentos digital e de mais meia-dúzia de coisas, a unidade ensaiada supera facilmente os 45 mil euros, sendo que nem sequer inclui alguns dos elementos desejados por muitos como o sistema de som melhorado da Bang & Olufsen, os assentos desportivos em pele ou umas jantes que fizessem uma melhor parceria com o resto do conjunto. E porque não, uma cor de carroçaria mais original.

Consumos

7/10

A adição de um sistema Mild-Hybrid é um toque mais ecológico e eletrificado, sem se tratar de uma versão híbrida totalmente assumida. É mais uma espécie de apoio ao motor térmico, mas que se revelou de uma excelente utilidade. E a maior diferença vai-se vendo nos consumos que vão surgindo no computador de bordo, com valores bastante comedidos, mesmo quando a condução nem é das mais ecológicas. Nos valores declarados pela marca, encontramos os 5,7 litros de média, ainda medidos com a norma NEDC em vez da mais aproximada da realidade, a WLTP. A verdade é que no final do nosso ensaio, a média registada pelo computador de bordo era de 6,4 litros, ainda que em alguns trajetos chegámos a registar 5,8 litros com quase 100 quilómetros percorridos no parcial. E sempre com o sistema de ar condicionado ligado, o que nos deixa a pensar que este sistema mild-hybrid pode mesmo ser uma mais-valia no apoio energético a todo o conjunto.

Ao Volante

8/10

A robustez que conhecemos no habitáculo é também sentida quando andamos em estrada, mais ainda quando temos presente o pacote de equipamento S-line, com uma suspensão um pouco mais firme, além dos elementos estéticos que já referimos. Os movimentos da carroçaria são muito bem controlados e a eficácia da suspensão lida bem com atrocidades como lombas e estradas de piso mais irregular. Em traçados mais sinuosos, percebemos que esta motorização não foi pensada para medir distâncias em segundos, mas que o chassis do Audi A3 está preparado para soluções muito mais potentes do que esta.

Motor

6/10

Na Audi as siglas já não são o que eram e com estas novas designações ainda há quem fique curioso e ganhe coragem para nos perguntar que motor é que esta versão tem, esperando algo com uma cilindrada de 3,5 litros e mais do que quatro cilindros. Mas não, neste caso, o ’35 TFSI’ indica mesmo a presença de um bloco de apenas 1,5 litros e 150 cavalos de potência, com quatro cilindros em linha e o tal sistema mild-hybrid de 48 volts. Não sendo um motor incrível em termos de prestações, este TFSI entende-se bastante bem com a caixa S tronic e não desilude em nada, seja na cidade, em estrada ou mesmo em autoestrada, demonstrando um “fôlego” semelhante a motorizações de maior cilindrada.

Balanço Final

7/10

O Audi A3 Sportback é assim a alternativa premium aos modelos que se encontram a conquistar a preferência dos consumidores neste segmento, havendo ainda a necessidade de referir que isto apenas se faz à custa de algum equipamento de série, de forma a conseguir manter o preço final num valor mais apelativo. Mas depois, a solidez do conjunto que sentimos desde o momento em que nos sentamos, fechados a porta e começamos a usar alguns comandos, além da eficácia da suspensão, deixam-nos a pensar se, a médio prazo, isso não acaba mesmo por compensar o investimento.

Concorrentes

BMW 118i Steptronic Line Sport
Motor: três cilindros, 1,5 litros; potência: 136 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 37.024 €

Cupra Formentor 1.5 TSI DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,7 l/100km; preço base: 37.537 €

Mazda 3 Homura 2.0 E-Skyactiv G M-Hybrid Automático
Motor: quatro cilindros, 2,0 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 35.685 €

Opel Astra 1.2 Turbo GS Line AT8
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 33.050 €

Peugeot 308 GT 1.2 Puretech 130
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 32.020 €

Volkswagen Golf 1.5 eTSI Style DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 38.169 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática S tronic de sete relações
Direção: Eletromecânica, assistida
Suspensão (ft/tr): McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,4
Velocidade máxima (km/h): 224
Consumos misto (l/100 km): 5,7
Emissões CO2 (gr/km): 129

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.347/1.816/1.440
Distância entre eixos (mm): 2.624
Largura de vias (fr/tr mm): 1.554/1.525
Peso (kg): 1.417
Capacidade da bagageira (l): 380
Deposito de combustível (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 45.410 €
Preço da versão base (Euros): 39.834 €

Mais/Menos


Mais

– Robustez do conjunto;
– Médias de consumo;
– Condução;

Menos

– Pouco equipamento de série;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 45410€

Preço da versão base (Euros): 39834€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Mesmo bastante longe da versão original do A3, uma vez que estamos já na sua quarta geração, este é um daqueles modelos que manteve o seu formato mais ou menos intacto, sendo a maior alteração a inclusão da versão de cinco portas e a chegada do nome Sportback já há uns anos. No entanto, com esta geração, contamos com um visual mais tecnológico e uma imagem de família aproximada dos restantes modelos da marca.

Uma das maiores diferenças da unidade ensaiada face às “normais” é a presença do pacote estético S line, com para-choques mais desportivos e outros detalhes que também contribuem para este visual. As jantes têm “apenas” 17 polegadas de diâmetro, que não é pouco, mas neste conjunto parecem ser bem mais pequenas do que são na realidade. E com um olhar mais clínico descobrimos que a versão S Line também retira uns milímetros na altura do conjunto, deixando a carroçaria mais próxima do piso, graças à presença de uma suspensão ligeiramente mais desportiva.

Interior

Há duas impressões imediatas que temos assim que nos sentamos a bordo do Audi A3. A primeira é a de que todo o habitáculo é demasiado cinzento, uma vez que neste patamar da gama, os elementos mais elegantes e com uma estética melhorada ainda não são muito numerosos, estando muito afastados de um RS3, por exemplo, por motivos óbvios. A segunda impressão é que, apesar do visual cinzento, todo o conjunto é bastante sólido e tipicamente alemão. De uma maneira geral, a qualidade dos materiais é elevada e a posição de condução é excelente, com regulações bastante amplas e simples de adaptar ao nosso gosto. Lá atrás, o espaço disponível não é dos mais abundantes, mas com um pouco de jeito, tudo se consegue. E ainda mais atrás, os 380 litros de capacidade da bagageira chegam perfeitamente.

Equipamento

Aqui fica um dos calcanhares de Aquiles em marcas como a Audi. O equipamento base, ainda que inclua diversos elementos, nem sempre são dos mais desejados e apelativos. Na maioria dos casos, são apenas os necessários, deixando todos os outros na lista de opcionais, o que acaba por influenciar (bastante) o preço final de cada modelo. Com a presença de um sistema de navegação, o painel de instrumentos digital e de mais meia-dúzia de coisas, a unidade ensaiada supera facilmente os 45 mil euros, sendo que nem sequer inclui alguns dos elementos desejados por muitos como o sistema de som melhorado da Bang & Olufsen, os assentos desportivos em pele ou umas jantes que fizessem uma melhor parceria com o resto do conjunto. E porque não, uma cor de carroçaria mais original.

Consumos

A adição de um sistema Mild-Hybrid é um toque mais ecológico e eletrificado, sem se tratar de uma versão híbrida totalmente assumida. É mais uma espécie de apoio ao motor térmico, mas que se revelou de uma excelente utilidade. E a maior diferença vai-se vendo nos consumos que vão surgindo no computador de bordo, com valores bastante comedidos, mesmo quando a condução nem é das mais ecológicas. Nos valores declarados pela marca, encontramos os 5,7 litros de média, ainda medidos com a norma NEDC em vez da mais aproximada da realidade, a WLTP. A verdade é que no final do nosso ensaio, a média registada pelo computador de bordo era de 6,4 litros, ainda que em alguns trajetos chegámos a registar 5,8 litros com quase 100 quilómetros percorridos no parcial. E sempre com o sistema de ar condicionado ligado, o que nos deixa a pensar que este sistema mild-hybrid pode mesmo ser uma mais-valia no apoio energético a todo o conjunto.

Ao volante

A robustez que conhecemos no habitáculo é também sentida quando andamos em estrada, mais ainda quando temos presente o pacote de equipamento S-line, com uma suspensão um pouco mais firme, além dos elementos estéticos que já referimos. Os movimentos da carroçaria são muito bem controlados e a eficácia da suspensão lida bem com atrocidades como lombas e estradas de piso mais irregular. Em traçados mais sinuosos, percebemos que esta motorização não foi pensada para medir distâncias em segundos, mas que o chassis do Audi A3 está preparado para soluções muito mais potentes do que esta.

Concorrentes

BMW 118i Steptronic Line Sport
Motor: três cilindros, 1,5 litros; potência: 136 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 37.024 €

Cupra Formentor 1.5 TSI DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,7 l/100km; preço base: 37.537 €

Mazda 3 Homura 2.0 E-Skyactiv G M-Hybrid Automático
Motor: quatro cilindros, 2,0 litros; potência: 150 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 35.685 €

Opel Astra 1.2 Turbo GS Line AT8
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 33.050 €

Peugeot 308 GT 1.2 Puretech 130
Motor: três cilindros, 1,2 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 32.020 €

Volkswagen Golf 1.5 eTSI Style DSG
Motor: quatro cilindros, 1,5 litros; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 38.169 €

Motor

Na Audi as siglas já não são o que eram e com estas novas designações ainda há quem fique curioso e ganhe coragem para nos perguntar que motor é que esta versão tem, esperando algo com uma cilindrada de 3,5 litros e mais do que quatro cilindros. Mas não, neste caso, o ’35 TFSI’ indica mesmo a presença de um bloco de apenas 1,5 litros e 150 cavalos de potência, com quatro cilindros em linha e o tal sistema mild-hybrid de 48 volts. Não sendo um motor incrível em termos de prestações, este TFSI entende-se bastante bem com a caixa S tronic e não desilude em nada, seja na cidade, em estrada ou mesmo em autoestrada, demonstrando um “fôlego” semelhante a motorizações de maior cilindrada.

Balanço final

O Audi A3 Sportback é assim a alternativa premium aos modelos que se encontram a conquistar a preferência dos consumidores neste segmento, havendo ainda a necessidade de referir que isto apenas se faz à custa de algum equipamento de série, de forma a conseguir manter o preço final num valor mais apelativo. Mas depois, a solidez do conjunto que sentimos desde o momento em que nos sentamos, fechados a porta e começamos a usar alguns comandos, além da eficácia da suspensão, deixam-nos a pensar se, a médio prazo, isso não acaba mesmo por compensar o investimento.

Mais

– Robustez do conjunto;
– Médias de consumo;
– Condução;

Menos

– Pouco equipamento de série;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática S tronic de sete relações
Direção: Eletromecânica, assistida
Suspensão (ft/tr): McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,4
Velocidade máxima (km/h): 224
Consumos misto (l/100 km): 5,7
Emissões CO2 (gr/km): 129

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.347/1.816/1.440
Distância entre eixos (mm): 2.624
Largura de vias (fr/tr mm): 1.554/1.525
Peso (kg): 1.417
Capacidade da bagageira (l): 380
Deposito de combustível (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 45.410 €
Preço da versão base (Euros): 39.834 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 45410€
Preço da versão base (Euros): 39834€