Alfa Romeo Stelvio 2.2 Turbo Diesel Q4 – Ensaio Teste
Alfa Romeo Stelvio 2.2 Turbo Diesel Super AT8 AWD Q4
Texto: Francisco Cruz
Tão Romeo quanto Alfa
Modelo que representa também a estreia do construtor de Arese no “segmento do momento”, o Alfa Romeo Stelvio é um SUV de linhas genuinamente italianas, sex-appeal latino e personalidade mediterrânica. No caso desta motorização 2.2 Turbo Diesel com tracção integral Q4, tão Romeo, quanto Alfa…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Comportamento / Direcção / Posição de condução
Patilhas da caixa de velocidades / Conforto em mau piso / Insonorização
Exterior
Generoso nas dimensões exteriores, o Alfa Romeo Stelvio destaca-se, igualmente e em termos estéticos, pela assunção de todos os predicados que, hoje em dia, fazem parte da atual linguagem de design da marca de Arese. A começar na grelha frontal tipo escudo triangular, numa frente esculpida de ópticas esguias, numa cintura elevada e cavas das rodas generosas, mas também numa traseira alta e arredondada, além de com farolins felinos e duas generosas ponteiras de escape posicionadas nos extremos da carroçaria.
Fortemente inspirado na berlina Giulia, com a qual partilha, de resto, desde a plataforma (Giorgio) à arquitectura suspensão – ainda que com novos amortecedores e molas a garantirem uma maior distância ao solo -, não faltam, por isso, predicados àquele que é o primeiro SUV da Alfa Romeo.
Uma marca que, recorde-se, escreveu muito do seu passado através nos desportivos, ainda enquanto Anonima Lombarda Fabbrica Automobili, ou ALFA. E que o Stelvio se esforça agora por reinterpretar, num corpo diferente, também com muito de Romeo – neste caso, o protagonista do eterno romance de William Shakespeare, “Romeo e Giulietta”, que, com o seu encanto, conquistou o coração da bela Julieta…
Pontuação – 9/10
Interior
Mas se, por fora, o Alfa Romeo Stelvio recupera, embora num corpo de dimensões dstintas, muito design e sex-appeal do Giulia – uma berlina que é, por sua vez, herdeira de muitos e bons produtos do construtor de Arese… -, no interior do habitáculo, o SUV italiano faz ainda mais. Replicando, entre outros elementos e aqui ipsis verbis, o tablier do sedan!
No entanto, não se entenda desta afirmação que a opção é má. Pois, a verdade é que a solução encontrada inicialmente para o Giulia, tem vários pontos positivos: a qualidade de construção e de materiais é elevada (embora continuando a manter alguns plásticos menos convincentes…), a imagem desportiva é convincente, e a ergonomia e funcionalidade da generalidade dos comandos (botão start no volante, inclusive…) também não deixa ninguém desiludido. Quanto muito, só mesmo o ecrã a cores do sistema de informação e entretenimento, já que, não só é exageradamente pequeno para a área que ocupa, como nem sequer é táctil.
Para operar este sistema, restam assim apenas os dois comandos rotativos colocados sobre o generoso túnel de transmissão, junto à manche da caixa e ao botão (rotativo) do sistema de modos de condução DNA – Dynamic, Neutral e Advanced Efficiency. Mas que, apesar das semelhanças com a solução, por exemplo, da BMW, não consegue transmitir a mesma qualidade nas sensações, dos produtos alemães.
Sem qualquer espaço aberto ou prateleira no decurso da consola central, o Stelvio conta, no entanto, com óptima habitabilidade, mesmo para cinco ocupantes. Ainda que com o passageiro do lugar do meio obrigado a lidar com um túnel de transmissão largo, mas não muito alto. Notando-se igualmente algumas limitações em termos de distância para o tejadilho.
Finalmente, quanto à bagageira, são 525 litros de capacidade de carga, num espaço a que se acede através de uma entrada ampla, com portão de accionamento elétrico (de série), e que dispõe ainda de pequenos alçapões nas laterais, a par de uma fraca iluminação…
Ou seja, desenrrasca!…
Pontuação – 8/10
Equipamento
Versão de entrada no SUV italiano, o Alfa Romeo Stelvio Super apresenta um equipamento de série razoável, do qual fazem parte argumentos como os faróis de nevoeiro dianteiros e traseiros, portão da bagageira elétrico, sensores de chuva e luz, sistema de modos de condução Alfa DNA, sistema multimédia Connect Nav 6,5″ com mapa da Europa Ocidental, TFT a cores de 3,5″, volante desportivo em pele com comandos multifunções e botão Start, travão de mão elétrico, ar condicionado automático bi-zona, cruise control, limitador de velocidade, espelho retrovisor eletrocromático, Start&Stop, sistema Hi-Fi com 8 altifalantes e estofos em misto de tecido e pele.
Ainda assim, opcionais, na unidade por nós testada, muitos. A começar pela pintura metalizada Cinzento Vesúvio (1.000€), as jantes em liga leve de 19″ (1.100€) com pinças dos travões em alumínio Brembo na cor vermelha (350€), o teto de abrir panorâmico (1.700€) e o comando sequencial da caixa de velocidades automática.
A juntar a estes equipamentos, vários packs, também opcionais, entre os quais, o Pack Lighting (Lava-faróis + faróis Bi-Xenon 35W + Adaptive Frontlight System + Faróis de nevoeiro específicos), por 1.500€; o Pack Power Seats (banco do condutor com regulação elétrica e memória + banco do passageiro com regulação elétrica), por 950€; o Pack Driver Assistance Plus (câmara de estacionamento traseira + sensores de estacionamento dianteiros e traseiros + retrovisor interior eletrocromático + retrovisores exteriores eletrocromáticos + regulação automática dos máximos + assistente de ângulo morto), por 800€; e o Pack Convenience (Entrada sem chave + puxadores exteriores das portas iluminados + sistema de qualidade do ar + faixa anti-reflexo + pára-brisas com aquecimento infravermelho), por 650€.
No total, 8.400 euros de opcionais, a fazerem disparar o preço para perto dos 65 mil euros… Aprendeu com os alemães, sem dúvida!
Pontuação – 7/10
Consumos
Disponível e madrugador, o 2.2 Turbo Diesel de 210 cv que equipava o “nosso” Alfa Romeo Stelvio, mostrou-se também um propulsor de apetite modesto, principalmente, quando levada em linha de conta não só a cilindrada, mas também a potência deste bloco.
Embora bastante acima dos 4,8 l/100 km de média em trajecto combinado anunciados pelo construtor, a verdade é que os 7,4 l/100 km com que terminámos o nosso ensaio, acabam sendo um óptimo valor, face à forma nem sempre descontraída, e até muitas vezes abnegada, como partimos para a condução deste Stelvio. O qual, acrescente-se, se mostrou invariavelmente disponível, sem carregar na “gulodice”…
Pontuação – 8/10
Ao Volante
Sport Utility Vehicle de posicionamento promissoramente desportivo, o Alfa Romeo Stelvio 2.2 Turbo Diesel é uma estreia claramente positiva, para a marca de Arese, em segmento da moda. Desde logo, por beneficiar de uma plataforma indubitavelmente bem conseguida, que, tal como já acontecia no sedan Giulia, volta a demonstrar aqui toda a sua enorme qualidade.
Destacando-se por uma óptima eficácia em curva, acentuada através da presença de um sistema de tracção integral Q4 que privilegia o eixo traseiro na forma como direciona a potêncua, o Stelvio beneficia ainda de uma direcção excelente, nos esforços (meritórios) de garantir um maior envolvimento na condução. E particularmente presente a partir do momento em que seleccionamos o modo Dynamic no DNA, altura a partir da qual também não só o turbodiesel mostra uma vivacidade acrescida, como a própria caixa automática de oito velocidades e com patilhas fixas na coluna de direção (não é uma solução que nos agrade, mas…), se mostra ainda mais reativa.
E se em cidade o desempenho continua alto, é com o degradar do piso que a faceta mais “contraditória” do Stelvio vem ao de cima, já que, nem mesmo o facto de tratar-se de um SUV, impede o modelo italiano de revelar pouca capacidade para lidar com mais pisos, chegando mesmo a tornar-se algo instável, além de pouco confortável.
Ultrapassar tal situação, só, talvez, mesmo, com a adoção de uma opcional suspensão adaptativa. Mas isso já depende exclusivamente do leitor… e a disponibilização por parte da marca italiana.
Pontuação – 9/10
Motor
Variante mais potente do único turbodiesel disponível no Alfa Romeo Stelvio, trata-se de um quatro cilindros em linha de 2.143 cc, equipado com injeção directa, turbocompressor de geometria variável e intercooler, a disponibilizar uma potência máxima de 210 cv às 3750 rpm e 400 Nm de binário, logo a partir das 1750 rpm.
Conjugado com uma caixa automática de 8 velocidades a que não falta sequer patilhas – enormes! – na coluna de direcção, mas também uma correcta gestão das capacidades do bloco e rapidez suficiente nas passagens, garantidas ficam assim a pujança e capacidade aceleração, neste quatro cilindros comercialmente designado de 2.2 Turbo Diesel. E cuja disponibilidade começa bem abaixo das 2.000 rpm, só perdendo eficácia já bem perto do red-line, o qual se inicia nas 4500 rpm.
Menos positivo, só mesmo a sonoridade demasiado… diesel, e que se faz ouvir no habitáculo. Causando, é certo, algum torcer de nariz, mas não o suficiente para impedir que este 2,2 litros se assuma como uma óptima escolha para aquele que é o primeiro SUV na história da Alfa Romeo…
Pontuação – 9/10
Balanço Final
Dono de um visual exterior atraente, um ambiente interior desportivo e uma óptima habitabilidade, o modelo de estreia da Alfa Romeo no segmento dos SUV médios destaca-se ainda por um conjunto motor/caixa com muito para agradar, nomeadamente, fruto da disponibilidade e forma célere como se afirma. Garantindo ao Stelvio prestações e um desempenho que, principalmente em bom piso, conjugam em óptimo plano a faceta desportiva Alfa, com a personalidade charmosa de um verdadeiro Romeo.
Concorrentes
Audi Q5 40 TDI quattro S tronic, 1968 cc., 190 cv, 8,1s 0-100 km/h, 218 km/h, 5,6 l/100 km, 149 g/km, 68.424,00 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW X3 xDrive25d, 1995 cc., 231 cv, 6,8s 0-100 km/h, 240 km/h, 5,7 l/100 km, 150 g/km, 67.552,00 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mercedes-Benz GLC 250d 4MATIC 9G-TRONIC, 2143 cc., 204 cv, 7,6s 0-100 km/h, 222 km/h, 5,6 l/100 km, 163 g/km, 69.446,92 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Jaguar F-Pace 25d AWD Auto., 1999 cc., 240 cv, 7,2s 0-100 km/h, 217 km/h, 6,6 l/100 km, 153 g/km, 72.684,64 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 2.143
Diâmetro x curso (mm): 83×99
Taxa compressão: 15,5:1
Potência máxima (cv/rpm): 210/3.750
Binário máximo (Nm/rpm): 470/1.750
Transmissão e direcção: Integral, com caixa automática de oito velocidades; direção de pinhão e cremalheira, electro-hidráulica
Suspensão (fr/tr): Alfa Link – Suspensão de duplo braço oscilante; Multilink de quatro braços e meio
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,6
Velocidade máxima (km/h): 215
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 6,5/5,2/4,8
Emissões de CO2 (g/km): 149
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,687/1,903/1,671
Distância entre eixos (mm): 2,818
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.613/1.653
Peso (kg): 1.820
Capacidade da bagageira (l): 525
Depósito de combustível (l): 58
Pneus (fr/tr): 235/55 R19 / 235/55 R19
Mais/Menos
Mais
Comportamento / Direcção / Posição de condução
Menos
Patilhas da caixa de velocidades / Conforto em mau piso / Insonorização
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 64500€
Preço da versão base (Euros): 58800€
Exterior
Generoso nas dimensões exteriores, o Alfa Romeo Stelvio destaca-se, igualmente e em termos estéticos, pela assunção de todos os predicados que, hoje em dia, fazem parte da atual linguagem de design da marca de Arese. A começar na grelha frontal tipo escudo triangular, numa frente esculpida de ópticas esguias, numa cintura elevada e cavas das rodas generosas, mas também numa traseira alta e arredondada, além de com farolins felinos e duas generosas ponteiras de escape posicionadas nos extremos da carroçaria.
Fortemente inspirado na berlina Giulia, com a qual partilha, de resto, desde a plataforma (Giorgio) à arquitectura suspensão – ainda que com novos amortecedores e molas a garantirem uma maior distância ao solo -, não faltam, por isso, predicados àquele que é o primeiro SUV da Alfa Romeo.
Uma marca que, recorde-se, escreveu muito do seu passado através nos desportivos, ainda enquanto Anonima Lombarda Fabbrica Automobili, ou ALFA. E que o Stelvio se esforça agora por reinterpretar, num corpo diferente, também com muito de Romeo – neste caso, o protagonista do eterno romance de William Shakespeare, “Romeo e Giulietta”, que, com o seu encanto, conquistou o coração da bela Julieta…
Pontuação – 9/10
Interior
Mas se, por fora, o Alfa Romeo Stelvio recupera, embora num corpo de dimensões dstintas, muito design e sex-appeal do Giulia – uma berlina que é, por sua vez, herdeira de muitos e bons produtos do construtor de Arese… -, no interior do habitáculo, o SUV italiano faz ainda mais. Replicando, entre outros elementos e aqui ipsis verbis, o tablier do sedan!
No entanto, não se entenda desta afirmação que a opção é má. Pois, a verdade é que a solução encontrada inicialmente para o Giulia, tem vários pontos positivos: a qualidade de construção e de materiais é elevada (embora continuando a manter alguns plásticos menos convincentes…), a imagem desportiva é convincente, e a ergonomia e funcionalidade da generalidade dos comandos (botão start no volante, inclusive…) também não deixa ninguém desiludido. Quanto muito, só mesmo o ecrã a cores do sistema de informação e entretenimento, já que, não só é exageradamente pequeno para a área que ocupa, como nem sequer é táctil.
Para operar este sistema, restam assim apenas os dois comandos rotativos colocados sobre o generoso túnel de transmissão, junto à manche da caixa e ao botão (rotativo) do sistema de modos de condução DNA – Dynamic, Neutral e Advanced Efficiency. Mas que, apesar das semelhanças com a solução, por exemplo, da BMW, não consegue transmitir a mesma qualidade nas sensações, dos produtos alemães.
Sem qualquer espaço aberto ou prateleira no decurso da consola central, o Stelvio conta, no entanto, com óptima habitabilidade, mesmo para cinco ocupantes. Ainda que com o passageiro do lugar do meio obrigado a lidar com um túnel de transmissão largo, mas não muito alto. Notando-se igualmente algumas limitações em termos de distância para o tejadilho.
Finalmente, quanto à bagageira, são 525 litros de capacidade de carga, num espaço a que se acede através de uma entrada ampla, com portão de accionamento elétrico (de série), e que dispõe ainda de pequenos alçapões nas laterais, a par de uma fraca iluminação…
Ou seja, desenrrasca!…
Pontuação – 8/10
Equipamento
Versão de entrada no SUV italiano, o Alfa Romeo Stelvio Super apresenta um equipamento de série razoável, do qual fazem parte argumentos como os faróis de nevoeiro dianteiros e traseiros, portão da bagageira elétrico, sensores de chuva e luz, sistema de modos de condução Alfa DNA, sistema multimédia Connect Nav 6,5″ com mapa da Europa Ocidental, TFT a cores de 3,5″, volante desportivo em pele com comandos multifunções e botão Start, travão de mão elétrico, ar condicionado automático bi-zona, cruise control, limitador de velocidade, espelho retrovisor eletrocromático, Start&Stop, sistema Hi-Fi com 8 altifalantes e estofos em misto de tecido e pele.
Ainda assim, opcionais, na unidade por nós testada, muitos. A começar pela pintura metalizada Cinzento Vesúvio (1.000€), as jantes em liga leve de 19″ (1.100€) com pinças dos travões em alumínio Brembo na cor vermelha (350€), o teto de abrir panorâmico (1.700€) e o comando sequencial da caixa de velocidades automática.
A juntar a estes equipamentos, vários packs, também opcionais, entre os quais, o Pack Lighting (Lava-faróis + faróis Bi-Xenon 35W + Adaptive Frontlight System + Faróis de nevoeiro específicos), por 1.500€; o Pack Power Seats (banco do condutor com regulação elétrica e memória + banco do passageiro com regulação elétrica), por 950€; o Pack Driver Assistance Plus (câmara de estacionamento traseira + sensores de estacionamento dianteiros e traseiros + retrovisor interior eletrocromático + retrovisores exteriores eletrocromáticos + regulação automática dos máximos + assistente de ângulo morto), por 800€; e o Pack Convenience (Entrada sem chave + puxadores exteriores das portas iluminados + sistema de qualidade do ar + faixa anti-reflexo + pára-brisas com aquecimento infravermelho), por 650€.
No total, 8.400 euros de opcionais, a fazerem disparar o preço para perto dos 65 mil euros… Aprendeu com os alemães, sem dúvida!
Pontuação – 7/10
Consumos
Disponível e madrugador, o 2.2 Turbo Diesel de 210 cv que equipava o “nosso” Alfa Romeo Stelvio, mostrou-se também um propulsor de apetite modesto, principalmente, quando levada em linha de conta não só a cilindrada, mas também a potência deste bloco.
Embora bastante acima dos 4,8 l/100 km de média em trajecto combinado anunciados pelo construtor, a verdade é que os 7,4 l/100 km com que terminámos o nosso ensaio, acabam sendo um óptimo valor, face à forma nem sempre descontraída, e até muitas vezes abnegada, como partimos para a condução deste Stelvio. O qual, acrescente-se, se mostrou invariavelmente disponível, sem carregar na “gulodice”…
Pontuação – 8/10
Ao volante
Sport Utility Vehicle de posicionamento promissoramente desportivo, o Alfa Romeo Stelvio 2.2 Turbo Diesel é uma estreia claramente positiva, para a marca de Arese, em segmento da moda. Desde logo, por beneficiar de uma plataforma indubitavelmente bem conseguida, que, tal como já acontecia no sedan Giulia, volta a demonstrar aqui toda a sua enorme qualidade.
Destacando-se por uma óptima eficácia em curva, acentuada através da presença de um sistema de tracção integral Q4 que privilegia o eixo traseiro na forma como direciona a potêncua, o Stelvio beneficia ainda de uma direcção excelente, nos esforços (meritórios) de garantir um maior envolvimento na condução. E particularmente presente a partir do momento em que seleccionamos o modo Dynamic no DNA, altura a partir da qual também não só o turbodiesel mostra uma vivacidade acrescida, como a própria caixa automática de oito velocidades e com patilhas fixas na coluna de direção (não é uma solução que nos agrade, mas…), se mostra ainda mais reativa.
E se em cidade o desempenho continua alto, é com o degradar do piso que a faceta mais “contraditória” do Stelvio vem ao de cima, já que, nem mesmo o facto de tratar-se de um SUV, impede o modelo italiano de revelar pouca capacidade para lidar com mais pisos, chegando mesmo a tornar-se algo instável, além de pouco confortável.
Ultrapassar tal situação, só, talvez, mesmo, com a adoção de uma opcional suspensão adaptativa. Mas isso já depende exclusivamente do leitor… e a disponibilização por parte da marca italiana.
Pontuação – 9/10
Concorrentes
Audi Q5 40 TDI quattro S tronic, 1968 cc., 190 cv, 8,1s 0-100 km/h, 218 km/h, 5,6 l/100 km, 149 g/km, 68.424,00 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW X3 xDrive25d, 1995 cc., 231 cv, 6,8s 0-100 km/h, 240 km/h, 5,7 l/100 km, 150 g/km, 67.552,00 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Mercedes-Benz GLC 250d 4MATIC 9G-TRONIC, 2143 cc., 204 cv, 7,6s 0-100 km/h, 222 km/h, 5,6 l/100 km, 163 g/km, 69.446,92 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Jaguar F-Pace 25d AWD Auto., 1999 cc., 240 cv, 7,2s 0-100 km/h, 217 km/h, 6,6 l/100 km, 153 g/km, 72.684,64 Euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Variante mais potente do único turbodiesel disponível no Alfa Romeo Stelvio, trata-se de um quatro cilindros em linha de 2.143 cc, equipado com injeção directa, turbocompressor de geometria variável e intercooler, a disponibilizar uma potência máxima de 210 cv às 3750 rpm e 400 Nm de binário, logo a partir das 1750 rpm.
Conjugado com uma caixa automática de 8 velocidades a que não falta sequer patilhas – enormes! – na coluna de direcção, mas também uma correcta gestão das capacidades do bloco e rapidez suficiente nas passagens, garantidas ficam assim a pujança e capacidade aceleração, neste quatro cilindros comercialmente designado de 2.2 Turbo Diesel. E cuja disponibilidade começa bem abaixo das 2.000 rpm, só perdendo eficácia já bem perto do red-line, o qual se inicia nas 4500 rpm.
Menos positivo, só mesmo a sonoridade demasiado… diesel, e que se faz ouvir no habitáculo. Causando, é certo, algum torcer de nariz, mas não o suficiente para impedir que este 2,2 litros se assuma como uma óptima escolha para aquele que é o primeiro SUV na história da Alfa Romeo…
Pontuação – 9/10
Balanço final
Dono de um visual exterior atraente, um ambiente interior desportivo e uma óptima habitabilidade, o modelo de estreia da Alfa Romeo no segmento dos SUV médios destaca-se ainda por um conjunto motor/caixa com muito para agradar, nomeadamente, fruto da disponibilidade e forma célere como se afirma. Garantindo ao Stelvio prestações e um desempenho que, principalmente em bom piso, conjugam em óptimo plano a faceta desportiva Alfa, com a personalidade charmosa de um verdadeiro Romeo.
Comportamento / Direcção / Posição de condução
Menos
Patilhas da caixa de velocidades / Conforto em mau piso / Insonorização
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 2.143
Diâmetro x curso (mm): 83×99
Taxa compressão: 15,5:1
Potência máxima (cv/rpm): 210/3.750
Binário máximo (Nm/rpm): 470/1.750
Transmissão e direcção: Integral, com caixa automática de oito velocidades; direção de pinhão e cremalheira, electro-hidráulica
Suspensão (fr/tr): Alfa Link – Suspensão de duplo braço oscilante; Multilink de quatro braços e meio
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,6
Velocidade máxima (km/h): 215
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 6,5/5,2/4,8
Emissões de CO2 (g/km): 149
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,687/1,903/1,671
Distância entre eixos (mm): 2,818
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.613/1.653
Peso (kg): 1.820
Capacidade da bagageira (l): 525
Depósito de combustível (l): 58
Pneus (fr/tr): 235/55 R19 / 235/55 R19
Preço da versão base (Euros): 58800€
0 comentários