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VW diz que problemas com o software do ID3 não vão atrasar o lançamento

By on 14 Janeiro, 2020

A casa alemã começou a produção do ID3 em novembro, mas continua a testar o carro devido a problemas eletrónicos que, diz a VW, não irá atrasar o lançamento do modelo.

Curiosamente, a Volkswagen já tinha conhecido problemas eletrónicos com o novo Golf que levou, mesmo, ao adiar o lançamento do carro. Pelo visto, os problemas serão semelhantes no ID.3 e, segundo uma revista mensal de economia alemã “Manager Magazin”, 20 mil unidades do iD.3 foram produzidos sem estarem equipados com todo o software previsto, obrigando a equipa técnica da fábrica a instalar o resto do software à mão, na zona de pós-produção.

A VW já veio dizer, através de um porta voz que “escolhendo para o iD.3 uma nova eletrónica poderosa e uma arquitetura de software desafiadora que pode levar a problemas e atrasos que estamos, neste momento a resolver. Porém, o plano continua sem alterações: o lançamento para o mercado será no verão de 2020.”

O problema reside no sistema digital do carro que tem 100 milhões de linhas de código, sendo um terço delas dedicadas ao sistema de info entretenimento, sendo que em 2010, um carro tinha qualquer coisa como um décimo da complexidade do Golf e do ID.3.

A diferença do ID.3 face ao Golf reside na arquitetura: CAN FD para o Golf, a nova plataforma E3 para o ID.3, o primeiro a receber a base mais veloz para a transferência de dados. Foi por isso que houve atrasos no Golf e agora no ID.3, levando a VW a gastar muito dinheiro a alugar armazéns para guardar os modelos que vão sendo produzidos na fabrica de Zwickau e que ficam à espera de receberem todo o software que não pode ser montado na fase de produção.

Recordamos que depois dos problemas experimentados com o Golf, Herbert Diess, CEO da Volkswagen, a aumentar a pressão sobre os engenheiros eletrónicos e a criar a Car.Software, subsidiária da VW fundada no início de 2019. E que até 2025 terá mais de 10 mil engenheiros a desenvolver o software dos veículos elétricos e não só, além de ecossistemas digitais.

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