Tesla processada por cumplicidade na utilização de trabalho infantil no Congo
Cinco das maiores empresas tecnológicas do mundo, incluindo a Tesla, foram acusadas de serem cúmplices na utilização de trabalho infantil na República Democrática do Congo.
Segundo a acusação, essas cinco empresas, entre elas a Tesla, foram cúmplices na utilização de trabalho infantil nas minas de cobalto da República Democrática do Congo. Este material é utilizado na construção de telefones e computadores e, também, motores elétricos e baterias.
A acusação é feita por 14 famílias congolesas, que são a base de um processo entregue por uma ONG norte americana chamada “International Rights Advocates”, contra a Tesla, Apple, Alphabet (a dona da Google), Microsoft e Dell Technologies. Estas empresas faziam parte de um sistema que forçava a utilização de trabalho infantil que levou à morte e a ferimentos graves em várias crianças.
É a primeira vez que que a industria tecnológica enfrenta uma acusação legal, séria, sobre a mineração de cobalto, algo que tem estado envolto em muita polémica. No processo entregue no tribunal de Washington, foram apensas fotos de crianças desfiguradas ou com amputações e seis das 14 crianças neste caso, acabaram mortas quando um túnel colapsou, enquanto ouras ficaram com marcas permanentes para a vida, incluindo paralesias.
Segundo Terrence Collingsworth, advogado que representa as famílias, referiu que “estas empresas, das mais ricas do mundo que produzem produtos de moda, permitiram que crianças fossem maltratadas e mortas para lhes oferecerem cobalto a preços baratos.”
O cobalto é utilizado na construção de baterias de iões de lítio usada em milhões de produtos vendidos pela industria tecnológica. Metade do cobalto do mundo é produzido no Congo. A procura deste metal irá crescer entre 7 a 13 por cento ao ano na próxima década.
Segundo o processo entregue, diz que crianças, algumas com apenas 6 anos de idade, são forçadas pelas famílias, a viver em extrema pobreza, a sair das escolhas para trabalhar nas minas de cobalto propriedade da empresa inglesa Glencore, que já foi acusada mais de uma vez de utilizar trabalho infantil. Trabalho esse que é pago a 1,5 dólares por dia, trabalhando 6 dias por semana, recebendo, assim, 9 dólares por semana.
A Glencore já reagiu dizendo, apenas que tomou nota das alegações contidas no processo, mas “reafirma que não tolera qualquer forma de trabalho infantil, escravo ou compulsivo.” A Dell já reagiu, dizendo que não sabia da utilização de trabalho infantil na mineração de cobalto e que lançou uma investigação a estas alegações. As restantes empresas não comentaram o processo.
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