Renault Eco Plan: iniciativa para promover mobilidade mais sustentada em Portugal
A Renault decidiu assumir as rédeas de um assunto que continua na ordem do dia: o envelhecimento do parque automóvel nacional. Para isso criou o programa Renault Eco-Plan.
Composto por cinco planos diferentes, o Renault Eco-Plan é inédito no nosso país e apesar da marca francesa o considerar ambicioso, acreditamos que poderia ir um pouco mais longe. Dito isto, há que elogiar a Renault por assumir as rédeas de um problema que continua descontrolado e que continua a merecer a perfeita indiferença dos governantes. O que é incompreensível quando o Governo quer neutralidade carbónica em 2050, o Ministro do Ambiente diaboliza os diesel e a “estragar” o negócio a quase todas as áreas do automóvel e as associações ambientais esgrimem estudos enviesados e cheios de imprecisões para esmagar ainda mais os diesel com frases feitas verdadeiramente assassinas.
Pensemos apenas nisto: se o parque automóvel nacional tem, mais ou menos, 2,5 milhões de veículos com mais de 12 anos, não seria mais lógico e avisado, acabar com esses carros e trocá-los por modelos novos? Expliquemos: numa estatística feita por estimativa pela Renault, existem 850 mil carros Euro I e Euro II, 1,150 milhões de unidades Euro III e 550 mil Euro IV. Ou seja, temos 894.497 carros com mais de 20 anos, 1.109.380 unidades com 15 a 20 anos e 1.092.752 carros entre 10 a 15 anos.
A diferença de emissões é absurda e se fossem retirados estes 2,5 milhões de veículos, as emissões de CO2 seriam reduzidas de forma espantosa.
A Renault pensou o mesmo e não havendo o tal interesse do Estado em fazer esse trabalho, no ano em que comemora o 40º aniversário da formação da filial portuguesa e depois de mais de 1,5 milhões de carros vendidos, decidiu criar este plano Renault Eco-Plan.
Renault Eco Abate
Com base em estatísticas oficiais, estima-se que cerca de 2,5 milhões de automóveis, com mais de 12 anos, circulem no país. Automóveis que, objetivamente, já estão ultrapassados em matérias tão sensíveis como ambiente, segurança e economia.
Por exemplo, um automóvel a gasóleo, com matrícula entre 1996 e 1999 (homologado segundo a norma Euro 2), emite, hoje, em circulação, pelo menos 16 vezes mais partículas do que um modelo equivalente atual. Mais um exemplo: um modelo a diesel de 2000 (homologado de acordo com a norma Euro 3) emite 6,25 vezes mais NOx do que um automóvel atual do mesmo segmento. Com base em valores estimativos, a média de emissões será pelo menos de 180 g/km, contra os 130 g/km de um automóvel equivalente atual, também equipado com motor a gasóleo. Ou seja, ao fim de 10 mil quilómetros, um automóvel recente emite, pelo menos, meia tonelada de CO2!
Face às imposições atuais, a esmagadora maioria dos automóveis com mais de 12 anos não poderia hoje sequer ser comercializado. Dessas unidades, só muito poucas serão equipadas com ABS. E se falarmos do EBA (sistema de travagem de emergência) e do ESP, então o número de unidades será mesmo residual. Contas feitas, dos mais de 2,5 milhões de automóveis, com mais de 12 anos, que circulam no país, a grande maioria não tem sequer aqueles que são, hoje, os sistemas mais básicos em termos de segurança.
Um carro novo desvaloriza menos e em termos de consumos, um modelo com mais de uma dúzia de anos, é capaz de reivindicar consumos superiores a 1,5l/100 km. Ou seja, ao fim de 10.000 km, uma poupança de 225€.
Enfim, a Renault entende que perante tudo isto – tornar o ambiente mais sustentável e as estradas mais seguras – é necessário um plano como o ECO Abate, destinado exclusivamente a clientes particulares. Plano que tem um programa de incentivosfinanceiros à aquisição de automóveis novos, independentemente do modelo ou da motorização. Ou seja, a Rebnault oferece dinheiro a quem trocar o seu carro velho por uma novo Renault ligeiro de passageiros com motores a gasolina, a gasóleo, GPL, híbridos ou elétricos. Os valores são de 3.000€ na aquisição de um Renault 100% elétrico, 2.000€ na aquisição de um Renault híbrido; 1.750€ na aquisição de um Renault a diesel; 1.250€ na aquisição de um Renault a GPL e 1.000€ na aquisição de um Renault a gasolina (exceto Twingo cujo valor é de 500€).
Estes valores, no caso dos elétricos e dos híbridos, este apoio é acumulável com os incentivos do Estado ou campanhas da Renault. Não há limite ao número de veículos retomados, comprometendo-se a Renault retirar todos esses veículos do parque circulante.Com base nos mesmos pressupostos, o plano ECO Abate também é válido para a Dacia, variam os valores oferecidos: 800€ para um Dacia a gasolina; 600€ para um Dacia GPL; 450€ para um Dacia a gasóleo.
Renault ClasseZero
Diz a Renault, baseada em estudos, que um automobilista gasta, pelo menos, 20€ mensais em portagens. Ora, a Renault entende que um carro de emissões zero deve pagar zero euros de portagem e, por isso, vai oferecer a todos os clientes privados que já compraram o Zoe e a todos os que comprarem um Zoe, uma Via Verde carregada com 200 euros. Diz a Renault que os 200€ de saldo de carregamento da Via Verde permitem fazer 285 percursos Lisboa-Oeiras/Oeiras-Lisboa, 222 percursos Lisboa-Vila Franca de Xira/Vila Franca de Xira-Lisboa e 74 percursos Cascais-Lisboa/Lisboa-Cascais.
Renault EcoCharge
Se o argumento da autonomia está a deixar de fazer sentido, levanta-se a questão do carregamento e a facilidade de acesso aos pontos de carregamento. Em Portugal, o número de pontos de carregamento, para automóveis elétricos, ronda as 2.700 posições. Ora, a Renault vai ajudar a reforçar esse número, com a montagem de 60 postos de carregamento, todos na sua rede de concessionários, em Portugal Continental e nas ilhas. Serão postos de acesso público, todos de carga acelerada (22 kW) ou carga rápida (43 kW). Durante o ano de 2020, a Renault também vai alargar para 42 o número de Centros Expert Z.E., especializados em venda e assistência de automóveis 100% elétricos. Igualmente no início do ano está prevista a abertura de um centro de reparação de baterias, localizado em Loures, onde está a crescer um mega espaço de reparação para a gama completa da Renault.
Renault EcoTour
Porque ainda há muitas dúvidas sobre a mobilidade elétrica, a Renault decidiu criar um ECO Tour que assenta em duas iniciativas: indo ao encontro aos portugueses, a organização de exposições em centros comerciais de 13 cidades do país, com início já em fevereiro deste ano; bem como a promoção de seminários para empresas, com as mais variadas entidades ligadas à mobilidade elétrica, parceiros da Renault e proprietários de automóveis elétricos. Seminários que vão procurar debater e esclarecer tudo o que é relacionado com a mobilidade inteligente.
Renault EcoMobility
Ainda não é uma forma de estar disseminada pelo mercado, mas com as novas gerações isso está a mudar e por isso a Renault vai democratizar o acesso aos produtos de aluguer operacional para todos os modelos Renault e Dacia, dando assim possibilidades dos clientes particulares de escolher uma solução de mobilidade, independentemente do segmento ou do tipo de motorização e sem a obrigatoriedade da posse.
Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)
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