Polestar reduziu as suas emissões em 9% em 2023
Polestar: Redução nas emissões em 2023

Polestar desafia outros construtores dizendo que “ainda há muito por fazer”

By on 20 Setembro, 2022

A nova marca nórdica de automóveis continua determinada em fazer o melhor que conseguir pelo planeta, mas é algo que não consegue fazer sozinha. E por isso desafia outros a seguirem-na.

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas decorreu em novembro de 2021 e a Polestar foi uma das marcas que esteve presente. Tal como a marca refere, todos os objetivos climáticos anunciados por uma marca de automóveis deveriam ser gravados num bloco de granito, mas das centenas de marcas que existem no mundo, poucas foram as que estavam prontas para se comprometer com algo que ficasse sequer próximo do que é suficiente. E desta forma, em vez de algo histórico, houve apenas silêncio.

A próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas será em Sharm-El-Sheikh, no próximo mês de novembro, e a Polestar desafia todas as marcas de automóveis, construindo um cubo de granito com as suas metas e referindo que esta será uma nova oportunidade para que outros se comprometam com metas mais sérias.

A marca nórdica afirma mesmo que cerca de 34% dos consumidores são a favor de uma proibição dos automóveis com motor de combustão interna (ICE) até 2030, um número que sobe para 47% num cenário de 2035. Isto, segundo um estudo realizado pela própria a cerca de 18 mil participantes, de 19 mercados da América do Norte, Ásia Pacífico e Europa.

Este vídeo, “Set in Stone”, foi criado pela Polestar e lançado durante a COP26, numa campanha que mostra como a falta de ação climática por parte da indústria automóvel transformou o que era suposto ser um documento histórico de promessas num documento histórico de silêncio.

Tal como referido por Thomas Ingenlath, o CEO da Polestar, “à medida que os líderes climáticos se reúnem esta semana em Nova Iorque, e com a COP27 ao virar da esquina, é evidente que há um certo cansaço de reuniões climáticas. Mas as empresas e os consumidores podem tornar-se o antídoto para isso. Embora não escrevamos as políticas, temos o poder de agir agora e impulsionar uma verdadeira mudança. Temos uma responsabilidade, e cabe-nos a nós enviar um sinal e mostrar que estamos prontos“.

Em Junho de 2022, o Conselho Europeu de Ministros do Ambiente concordou que, até 2035, os novos automóveis colocados no mercado da UE devem ser veículos com emissões zero. Do mesmo modo, na COP26 em 2021, um pequeno número de fabricantes de automóveis aderiu à “Declaração de Glasgow sobre Veículos e Carrinhas com Emissões Zero” – um compromisso de eliminação gradual dos veículos movidos a combustíveis fósseis entre 2035 e 2040.

Thomas Ingenlath argumenta que uma proibição global dos veículos ICE deve chegar mais cedo: “Com apenas 1,5% dos veículos na estrada a serem elétricos hoje em dia, é evidente que estamos a viver numa bolha EV, não num boom EV. Esta década é a mais crítica que alguma vez enfrentámos quando se trata de não ultrapassar o acordo de Paris. Precisamos que os governos liderem a carga com políticas robustas, tanto sobre as infraestruturas como sobre os preços da eletricidade, para que os condutores possam passar à eletricidade com confiança, mas mais importante ainda, os fabricantes de automóveis devem agir agora e não esperar por mudanças políticas“.

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