Hyundai Portugal contra limitação de incentivos à compra de automóveis híbridos
A Hyundai Portugal divulgou através de comunicado oficial a
sua posição referente às recentes notícias sobre a limitação dos incentivos
fiscais para os portugueses que pretendam comprar viaturas ecologicamente mais
responsáveis como híbridos e híbridos plug-in.
No comunicado da Hyundai pode ler-se: “Foi com enorme estupefação que a Hyundai teve conhecimento, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado 2021, da aprovação da limitação aos incentivos fiscais para viaturas híbridas e plug-in híbridas. No contexto económico e social atual, em que o setor automóvel assiste a uma quebra na venda de veículos novos superior a 35%, é difícil compreender como uma medida com um impacto tão significativo tenha sido tomada de modo unilateral, sem que o setor tenha sido previamente consultado, sem se fazerem contas, sem medir possíveis impactos e consequências. Se, por um lado, esta falta de diálogo numa questão tão estrutural e crítica é, já por si, perturbadora, acresce o facto de não se perceber o alcance desta medida para com um setor que tem estado – ao contrário do que esta decisão quer fazer crer – na vanguarda tecnológica com vista à procura de soluções sustentáveis”, refere Sérgio Ribeiro, CEO da Hyundai Portugal.
São várias as razões pelas quais a Hyundai Portugal manifestou o seu desacordo para com esta decisão. Desde logo porque as emissões dos híbridos são mais baixas, mas também porque Portugal é um dos países com maior carga fiscal sobre o automóvel, algo que virá aumentar, a confirmar-se o cenário “em cima da mesa”.
Por outro lado, é uma medida que contraria o esforço que tem vindo a ser feito de forma a reduzir a idade média do parque automóvel, 13 anos em Portugal, acima da média europeia. Também a redução da pegada ambiental se vê comprometida, algo em que o setor automóvel se tem destacado como um dos mais ativos.
Por fim, os responsáveis da marca coreana em Portugal referem, e muito bem, que os portugueses serão obrigados a pagar mais por viaturas mais amigas do ambiente, verificando-se uma reversão da estratégia de consciencialização que tem vindo a ser implementada com ótimos resultados e que já tinha colocado Portugal numa posição de referência na adesão à tecnologia limpa.
Também a questão do emprego, sempre delicada, e que mais uma vez sofrerá com as más e mal sustentadas decisões, ainda para mais amplificadas pela atual situação, colocando em causa toda a estratégia definida para os próximos anos. A Hyundai Portugal termina, demarcando-se desta posição e, obviamente, questionando sobre quem assumirá a responsabilidade das consequências de tão inesperada reviravolta.
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