FreeNow, plataforma de mobilidade da BMW e da Daimler, quer concorrer com a Uber
A empresa de transporte individual de pessoas propriedade da BMW e da Daimler, tem como objetivo duplicar os lucros este ano e no próximo, graças ao desafio de concorrer com a Uber na Europa e na América Latina.
O volume de negócio da FreeNow será de 2,4 mil milhões de euros este ano, afirmou o CEO da empresa, Marc Berg. “Sabemos que é uma previsão agressiva e realmente ambiciosa, mas queremos, mesmo, duplicar a nossa receita em 2020, melhorando a nossa rentabilidade” destacou o CEO da FreeNow.
Segundo o mesmo responsável, metade das 130 cidades europeias e da América Latina onde uma empresa anteriormente chamada MyTaxi opera, já são lucrativas. Os fornecedores de mobilidade enfrentam uma cada vez maior pressão para demonstrar que são empresas rentáveis, depois da Uber e da Lyft, nos Estados Unidos, terem tido desempenhos medíocres desde que entraram na bolsa.
Muitos obstáculos, porém, são colocados a empresas como a FreeNow, nomeadamente, inúmeros regulamentos diferentes em diferentes regiões, complicam muito o esforço de ganhar escala. E é verdade que as autoridades de cada país continuam a examinar, minuciosamente, as empresas e a exigirem cada vez maior rigor na avaliação dos condutores para evitar problemas de segurança.
Mesmo assim, o negócio dos TVDE continua a ser rentável, pois a Uber tem, neste momento, um valor de mercado superior a 50 mil milhões de euros. E a receita ajustada será superior a 13 mil milhões de euros em 2019. Ora, é isto que o responsável da FreeNow espera conseguir com esta previsão agressiva, tendo desde já encetado uma abordagem diferente, mais cooperativa com os reguladores para eviyar batalhas legais como a Uber enfrentou em Londres, o maior mercado europeu da Uber. A FreeNow exibe a presença dos condutores para serem avaliados em todas as áreas, antes de terem uma licença.
Segundo Marc Berg, “é um negócio muito regional, já que a regulamentação varia muito de cidade para cidade e o nosso foco é trabalhar constantemente com as autoridades locais para criar uma confiança mutua. Estamos a falar de um crescimento sustentado e não de um crescimento a todo o custo!”
A atividade de transporte de pessoas através de plataforma digital (TVDE) é o principal fator de crescimento da FreeNow, pois sendo cumpridos os regulamentos, rapidamente a clientela aumenta. Mas a empresa está em busca de negócios alternativos como aluguer privado, aluguer de curto prazo e opções de micro mobilidade como as e-scooters e a adição de serviços de transporte público em algumas cidades.
A FreeNow tem outras marcas em funcionamento em 130 cidades de 18 países da Europa e da América Latina, Falamos da Beat e da Kapten e das bicicletas elétricas Hive. E em 2014, a Daimler comprou a MyTaxi, tendo depois fundido essa atividade com as empresas de mobilidade da BMW, na FreeNow no início de 2019, aumentando escala e partilhando custos. O negócio começa a ganhar ímpeto e tanto a Daimler como a BMW já afirmaram que vão investir mais de mil milhões de euros na empresa que também passa a contar com serviços de car sharing, carregamento de modelos elétricos e estacionamentos. Uma ofensiva de negócio que vai espalhar a FreeNow para todas as áreas de mobilidade. “Temos todo o apoio dos nossos acionistas que acabam de aprovar o nosso plano de crescimento para 2020” referiu Marc Berg, recusando-se a comentar uma possível abertura do capital a outras empresas, mas deixou claro que há uma abertura para discutir opções de medio prazo com outros parceiros que possam agregar valor estratégico de longo prazo.
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