Conduzimos o mais potente dos Porsche Taycan
Conduzir qualquer uma das versões do Porsche Taycan, o
primeiro modelo 100% elétrico da marca de Estugarda, tem tudo para ser uma
experiência memorável. A convite da marca, fomos até às instalações do Centro Porsche
Porto tomar contacto com a sua berlina desportiva e conduzimo-la na versão
Turbo S, aquela que melhor eleva as sensações e emoções sentidas ao volante a
um patamar por poucos veículos alcançado.
É também naquele espaço da cidade do Porto que a Porsche
vende mais veículos eletrificados em toda a Península Ibérica, uma estrutura
que, a par do Centro Porsche Braga, se tem revelado essencial para os bons
números que a marca registou no presente ano. No que diz respeito ao desempenho
comercial do Taycan, foram já entregues 63 unidades, estando igualmente vendidas
outras 30 que serão entregues até final do ano.
Por este motivo, não são de estranhar as projeções da
Porsche Ibérica que colocam as motorizações eletrificadas a representar 63% dos
veículos vendidos já em 2023 e uns impressionantes 89% em 2028. A gama Taycan é
essencial para esses números e será reforçada em breve por uma versão de acesso
que se colocará assim abaixo do atual 4S, esta última, uma versão que pode ser
encomendada com pack de bateria de maior capacidade.
Ao volante do Taycan Turbo S, mesmo sendo a impressionante
versão mais potente da gama, apreciámos a facilidade de condução com que se deixa
conduzir em ambiente urbano e pelo bom conforto proporcionado pela suspensão
quando selecionado o modo de condução Normal. Nem as estradas em calçada e as
muitas lombas e obras que encontrámos no caminho foram suficientes para,
através das lindíssimas jantes de 21 polegadas, mancharem o conforto a bordo, ambiente
onde a digitalização é destaque absoluto graças aos vários e extensos ecrãs no
tablier e consola.
Mas é no volante que está um outro, bem mais pequeno, destaque: o botão rotativo para seleção do modo de condução e que transforma por completo este silencioso e supersónico Porsche. E ainda bem que existe um modo Sport antes do Sport Plus. Porque nada nos prepara para a capacidade de aceleração simplesmente avassaladora do Taycan Turbo S. São 761 cavalos de potência em overboost e quando ativado o Launch Control, o arranque de 0 a 100 km/h demora apenas 2,8 segundos. A tração integral é igualmente essencial para este registo, bem como a muita borracha que coloca os 1050 Nm no asfalto. A sua velocidade máxima é de 260 km/h.
Neste modo plenamente focado na máxima performance, a
rigidez da suspensão é muito superior e o Taycan muda completamente de
personalidade, transformando-se num caso muito sério de eficácia dinâmica, ainda
que não tenha sido possível explorar essa vertente mais emocional, mais
Porsche, na periferia da cidade do Porto, obviamente. Nesta versão de topo, a
bateria de 93,4 kWh é suficiente para percorrer até 412 quilómetros em ciclo
combinado WLTP, um valor que se estende até aos mais de 470 em ambiente
puramente citadino.
Relativamente a tempos de carregamento, e graças à rede elétrica interna de 800 V, o Taycan pode ser carregado através de corrente direta num posto de alta potência acumulando cerca de 100 quilómetros de autonomia em apenas 5 minutos. Em condições ideais, o tempo de carregamento é de apenas 22,5 minutos para elevar o nível da bateria de 5 para 80%. A potência máxima de pico suportada é de 270 kW. Já em corrente alternada, os carregamentos podem ser feitos até uma potência de 11 kW ou, em opção, 22 kW equipando o Taycan com outro carregador de bordo.
Como referido acima, a gama será reforçada por uma versão de
acesso que se mostrará muito apelativa para o mercado das frotas. Até lá, o
Porsche Taycan está disponível nas seguintes versões: 4S desde 110 866 euros
(mais 5500 euros se optar pela bateria Performance Plus); Turbo desde 158 959
euros; Turbo S a partir de 193 399 euros.
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