Sinistralidade nas estradas: Primeiro trimestre com indicadores positivos
Os números da sinistralidade no primeiro trimestre do ano apresentaram uma tendência positiva. De janeiro a março de 2024, ocorreram 8.268 acidentes com vítimas em Portugal, resultando em 105 mortes, 552 feridos graves e 9.642 feridos leves. Comparado a 2019, houve uma redução de 153 acidentes (-1,8%), 15 mortes (-12,5%) e 419 feridos leves (-4,2%), mas um aumento de 19 feridos graves (+3,6%).
No continente, foram registados 7.918 acidentes, com 103 mortes, 513 feridos graves e 9.254 feridos leves no mesmo período.
Comparado ao mesmo período de 2014, houve uma redução de 1,9% nas vítimas mortais e de 15,5% no índice de gravidade, mas um aumento de 17,1% nos feridos graves, 14,4% nos feridos leves e 16,0% nos acidentes. Em comparação com 2019, houve uma diminuição de 1,6% nos acidentes, 12,0% nas vítimas mortais e 4,1% nos feridos leves, mas um aumento de 4,9% nos feridos graves. Comparado ao primeiro trimestre de 2023, houve aumentos em todos os indicadores, exceto no índice de gravidade, com mais 3,3% de acidentes, 2,0% de vítimas mortais, 3,4% de feridos graves e 3,8% de feridos leves, apesar da diminuição de 4,1% no consumo de combustível rodoviário.
Colisões foram os acidentes mais frequentes
Colisões foram a natureza de acidente mais frequente, representando 51,4% dos acidentes, 43,7% das vítimas mortais e 44,6% dos feridos graves. Despistes representaram 32,8% dos acidentes, responsáveis por 42,7% das vítimas mortais. As vítimas mortais fora das localidades foram ligeiramente superiores às dentro das localidades. Dentro das localidades, houve um aumento de 8,9% nas vítimas mortais em comparação a 2023, mas uma diminuição de 9,3% em relação a 2019. Fora das localidades, houve diminuições em relação a 2019 e 2023.
Apenas 17% de acidentes em autoestrada
Quanto ao tipo de via, 62,9% dos acidentes ocorreram em arruamentos, 20,0% em estradas nacionais e 17,1% em autoestradas. Em arruamentos, houve diminuições nas vítimas mortais em relação a 2019 e 2023. Nas estradas nacionais, houve aumentos de vítimas mortais comparado a ambos os anos. Nas autoestradas, houve uma redução de vítimas mortais e feridos graves em comparação a 2019, mas um aumento de vítimas mortais em comparação a 2023.
Velocípedes e motociclos tiveram aumentos significativos
Condutores representaram 71,8% das vítimas mortais, passageiros 14,6% e peões 13,6%. Houve diminuições nas vítimas mortais de condutores, passageiros e peões em relação a 2019, mas um aumento de 15,6% em condutores comparado a 2023, enquanto o número de passageiros manteve-se igual e peões diminuíram 36,4%. Automóveis ligeiros estiveram envolvidos em 74,3% dos acidentes, com uma diminuição em relação a 2019, mas um aumento em relação a 2023. Velocípedes e motociclos tiveram aumentos significativos em acidentes comparados a ambos os anos. Ciclomotores e veículos agrícolas tiveram reduções em ambos os anos.
A maioria das vítimas (56,4%) deslocava-se em veículos ligeiros, 18,5% em motociclos e 6,3% em velocípedes. Houve uma descida de 10,6% nas vítimas peões em relação a 2019, mas uma subida de 5,0% em comparação a 2023. Por fim, 50,5% das vítimas mortais ocorreram em vias geridas por Infraestruturas de Portugal, Brisa e Ascendi. A rede rodoviária nacional foi responsável por 55,3% das vítimas mortais, enquanto vias municipais foram responsáveis por 42,7%.
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