Decisão sobre as taxas a aplicar a veículos chineses adiada
A Comissão Europeia, que deveria apresentar a sua decisão relativa à aplicação de taxas aduaneiras para veículos elétricos chineses, decidiu adiar a apresentação até depois das eleições para o Parlamento Europeu, a 9 de junho.
O adiamento, alegadamente para evitar influenciar a campanha eleitoral. A nova data ainda não é conhecida, mas poderá ser o 10 de junho. Segundo a Automotive News Europe, a alteração poderá dever-se a um problema técnico de última hora com o documento. As taxas poderão ser aplicadas desde a partir do início de julho, mas poderão ser aplicados retroativamente aos três meses anteriores.
Investigação a subsídios indevidos
As taxas provisórias, previstas para 5 de junho, aumentariam significativamente os custos para os fabricantes de automóveis chineses. Na base desta medida, está uma investigação da Comissão Europeia, lançada em outubro do an passado. O objetivo da investigação era apurar se os automóveis elétricos fabricados na China receberam subsídios que distorciam a concorrência e se justificavam a aplicação de tarifas adicionais.
A investigação começou por determinar se os construtores chineses beneficiam de subvenções ilegais e se estas subvenções causam ou ameaçam causar prejuízo económico os produtores de elétricos da UE. A Comissão Europeia advertiu a BYD , a SAIC e a Geely de que não forneceram informações suficientes em resposta à sua investigação sobre subvenções.
Esta decisão surge numa altura em que os construtores europeus estão a reforçar laços com fabricantes chineses, havendo receios de retaliações por parte da China, que neste momento está numa posição muito confortável, quer na produção de veículos elétricos, quer na produção de baterias. No entanto, a Europa é um mercado forte para as marcas chinesas exportadoras de EV, pelo que aplicação de taxas, poderá encarecer o produto final em território europeu, retirado a vantagem competitiva dos elétricos chineses.
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