International Concours of Elegance: Lamborghini presente com recordações dos anos 60 e 70
A Lamborghini tem muitas obras-primas para mostrar ao mundo e participou pelo segundo ano consecutivo no I.C.E. (International Concours of Elegance) realizado no lago gelado de St. Moritz nos dias 23 e 24 de fevereiro.
O Lamborghini Polo Storico, representando a Casa de Sant’Agata Bolognese, marcou presença, proporcionando uma experiência única aos entusiastas e colecionadores internacionais da marca presentes em St. Moritz.
Neste evento, puderam ser vistos dois carros do museu de Sant’Agata Bolognese: um Jarama GTS de 1973, e um 400 GT 2+2 de 1968, ambos modelos significativos na história da marca. Apesar de representarem duas décadas diferentes – os anos 60 com a suas formas arredondadas e os anos 70 com o seu design angular característico -, ambos os modelos 2+2 da Lamborghini apresentados em St. Moritz compartilham o lendário motor V12 de 4 litros da marca, com duas árvores de cames à cabeça, posicionado longitudinalmente na dianteira.
Jarama GTS de 1973
O Jarama GT foi apresentado no Salão Automóvel de Genebra em março de 1970. Foi o novo GT 2+2 da Lamborghini, criado para substituir o Islero, mantendo a mecânica. O estilo ultramoderno da carroçaria é obra da Bertone, e é uma expressão perfeita das formas que caracterizariam os automóveis da década de 70 do século passado, feitas de linhas esguias e angulares. O Jarama é um verdadeiro carro de Gran Turismo, um veículo de luxo perfeito para percorrer longas distâncias de modo rápido e confortável.
Em 1972 nasce o Jarama GTS, com o mesmo motor de 4 litros de capacidade, mais potente e agora capaz de 365 cv, e algumas alterações estéticas, como uma entrada de ar elevada no capot, entradas de ar nos guarda-lamas dianteiros e jantes Campagnolo de novo desenho. No habitáculo, o GTS recebe bancos de novo formato para permitir um maior espaço nos lugares traseiros, um painel de instrumentos em alumínio, uma nova disposição dos botões e comandos secundários e direção assistida de série. A produção durou até 1976 e não foi planeado qualquer modelo de substituição. No total, foram produzidas 327 unidades: 177 GT e 150 GTS. O GTS de 1973 em exposição em St. Moritz, agora propriedade da Automobili Lamborghini, foi vendido novo na Sicília e encontra-se na sua configuração original com carroçaria Blu Tahiti e interior amarelo mostarda.
400 GT 2+2 de 1968
Em 1966, o 400 GT foi apresentado no Salão Automóvel de Genebra, de linhas ligeiramente revistas em relação ao 350 GT, especialmente na secção traseira da carroçaria, elevada em 6,5 centímetros para se tornar num 2+2 e equipado com o motor de 12 cilindros de capacidade incrementada para 4 litros, debitando 320 cv às 6500 rpm graças ao aumento do diâmetro. Com o 400 GT, o motor V12 atinge o seu estado de desenvolvimento perfeito e torna-se o motor de excelência da Lamborghini, passando a equipar, com as respetivas evoluções, todos os automóveis de 12 cilindros produzidos na década seguinte em Sant’Agata Bolognese. O 400 GT também adotou a caixa de velocidades e o diferencial Lamborghini, concebidos e fabricados internamente, e uma suspensão traseira revista. O 400 GT 2+2 em exposição em St. Moritz foi entregue em março de 1968 à Grand Garage des Nations em Genebra, na pintura Grigio Saint Vincent com interior castanho tabaco e faz agora parte da coleção do Museu Automobili Lamborghini.
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