Governo italiano pode investir na Stellantis
Na sequência das declarações de Carlos Tavares, diretor executivo do grupo Stellantis, que disse que a Itália gastava menos do que outros países da Europa no desenvolvimento de veículos elétricos, o Ministro Adolfo Urso revelou que o governo italiano pode investir naquele grupo.
Enquanto a Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni, criticou a aposta da Stellantis na produção em países mais baratos, Urso garantiu que “se [Carlos] Tavares defende que a Itália precisa de fazer o mesmo que a França, que aumentou o seu investimento ativo no Stellantis, então podem pedir”, acrescentando que a única diferença entre estes dois países, “é que eles [França] estão no capital social e nós não. Façam um pedido e podemos discuti-lo em conjunto”.
O estado francês tem 6% do capital do grupo, com representação no conselho de administração, enquanto Itália não o tem, apesar da família italiana Agneli ser um dos maiores investidores, através da Exor.
Já este mês, Itália anunciou estar a considerar colocar em marcha um plano ambicioso, no valor de 930 milhões de Euros, para ajudar a substituição de parte do parque automóvel nacional, um dos mais antigos da Europa. Em causa, estará o incentivo à aquisição de veículos elétricos por parte das famílias com menos poder de compra, trocando os seus automóveis movidos a gasolina e gasóleo, mas também a compra de automóveis produzidos internamente, neste caso, uma intervenção estatal de ajuda à indústria nacional.
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