Clássicos: FIAT 500, ícone italiano
Correspondendo às exigências do Pós-Guerra, a Fiat lançou-se na construção de um veículo económico que assegurasse mobilidade. A marca italiana definiu o projeto com motor traseiro, no caso, uma unidade de dois cilindros com 479 c.c., refrigerado a ar e que debitava 13 CV. Além da economia de utilização e preço reduzido, o Cinquecento teria de ser compacto. O trabalho de Dante Giacosa foi perfeito: menos de três metros de comprimento, 1,84 metros de distância entre eixos e uma largura de 1,32 metros, exatamente a mesma cifra para a altura. O seu desenho agradável, caiu no “goto” dos automobilistas italianos e de toda a Europa, de tal forma que nos quase 20 anos de vida, a Fiat produziu 3.770 908 unidades do 500. Um número invejável!
Ao longo da vida do pequeno modelo italiano, surgiram várias versões, mais concretamente, seis variações. O primogénito foi o Nuova 500 (1957-1960), equipado com o motor de 13 cv, que tinha como particularidade as portas “suicidas” (abriam ao contrário) e um tejadilho de abrir tipo cortina. Uma versão Sport existiu, contando com um motor de 499,5 c.c., que debitava impressionantes (para a época) 21 CV. A segunda variação era muito semelhante ao Nuova.
Chamava-se 500D (1960-1969) e as maiores diferenças estavam no motor de 499 c.c. com 17 CV e a ausência do tejadilho de enrolar. A terceira variante do 500 era a Giardiniera. Funcionava como a versão carrinha, tendo-se mantido em produção desde 1960 a 1977, sobrevivendo além das versões berlina. O Lusso (1968-1972) funcionava como a versão topo de gama, com para-choques cromados com batentes, um interior mais moderno e maior conforto. Finalmente, já no final da carreira do 500, surgiu o R (1972-1975) de “Rinovatta”. Este é o melhor 500 de sempre e, exceção feita ao 500 Sport e o 500 Nuova, é aquele que tem maior cotação. Infelizmente, foi canibalizado pelo 126, entretanto lançado em 1973.
Hoje, a legião de adeptos do pequeno Fiat é enorme e dentro do grupo italiano, a herança não foi enjeitada, como bem sabemos, tantos são os Fiat 500 que circulam em todo o mundo. ‘Velhos’ e novos…
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