Fiat Balilla (1932/1937): o primeiro da marca com uma campanha ‘feminina’
Giovanni Battista ou Giambattista Perasso; nascido em 1729 na paróquia de Pratolongo de Montaggio, ou em 1735 na paróquia de Santo Stefano in Portoria, são pormenores que pouco importam. A verdade é que qualquer que fosse o seu nome de batismo, tinha uma alcunha que ficou na história de Itália: Balilla. Foi Balilla quem, a 5 de Dezembro de 1746, atirou o primeiro seixo contra os soldados austríacos atolados, com um morteiro, no desfiladeiro de Carignano – despoletando uma batalha ganha pelos camponeses locais, que ficaram orgulhosos proprietários de um canhão. Depois disso, em italiano Balilla é sinónimo de objeto de dimensões modestas, mas forte, ou tão simplesmente sinónimo de vigor, juventude, inovação. Assim, não espantou ninguém que, quando as portas da Fiera Campionaria di Milano se abriram, a 11 de Abril de 1932, e a lona destapou aquele pequeno carro que descera, incógnito, na calada da noite anterior, de um camião, ele fosse chamado de Balilla. Mais precisamente, Fiat 508 Balilla. Era a encarnação das necessidades da época: revolucionário, era “o carro que ía ao encontro das pessoas: pequeno, perfeito, ágil e barato. “O Balilla, que se manteve em produção durante cinco anos, através de diversas declinações, carroçarias, motores e equipamento, de imediato começou a bater recordes. Custava o equivalente ao Seicento (10.800 liras); foi o primeiro carro a ultrapassar as 100 mil unidades (113.095); a adotar travões hidráulicos; a ser montado em série; a ser maciçamente produzido no estrangeiro.
Foi, também, o primeiro automóvel dirigido a um público feminino – o “designer” Dudovich deu à estampa um cartaz publicitário em que o “leitmotiv” era a expressão “Eleganza della Signora”, com uma dama ao lado de um Balilla. No início, tinha um motor de 995cc com 20 cavalos e capaz de o impulsionar até aos 80 km/h. Mas, ao longo dos seus anos de vida, até nas Mille Miglia participou – e ganhou.
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