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Clássicos: Subaru 360, o primeiro da marca…

By on 19 Novembro, 2023

Produzido entre 1958 e 1971, o Subaru 360 foi o primeiro automóvel produzido em série pela divisão automóvel da Fuji Heavy Industries. A particularidade do pequeno modelo era a utilização de um motor refrigerado a ar, com 356 c.c. e ciclo de dois tempos montado transversalmente na traseira. Outra característica era a clara inspiração no VW Carocha. Não só pela colocação do motor, mas também pelo estilo semelhante pese embora as dimensões muito menores.

Tendo um motor com cilindrada inferior a 360 c.c., o pequeno Subaru enquadrava-se na classe “Keicar” (os famosos minicarros japoneses) possuindo um chassis monobloco e o tejadilho em fibra de vidro, facto considerado como um enorme avanço tecnológico… para a época. Em termos de dimensões, o 360 media 2,9 metros de comprimento, 1,3 metros de largura e 1,4 metros de altura. O peso não ia além dos 408 quilogramas. O bloco a dois tempos debitava 16 cv e a Subaru reclamava um consumo em redor de 3,6 litros por cada 100 quilómetros. Em mais de uma dúzia de anos em produção, o pequeno motor conheceu algumas alterações e chegou aos 25 cv. Que se transformavam em 36 cv quando o cliente comprava o motor opcional com duplo carburador.

O que também é muito curioso neste primeiro automóvel de série da Subaru, é a profusão de versões realizadas. Ainda e sempre com base nas ideias da VW com o Carocha, a Subaru criou uma carrinha, um cabriolet, dois modelos desportivos e um pequeno comercial em versão furgão e “pick-up”, com muitas semelhanças ao VW Transporter, ou mais conhecido como “pão de forma”. Os modelos desportivos não conheceram incremento de potência (usavam o motor opcional de 36 CV), mas estavam equipados com bancos semelhantes aos das corridas, conta-rotações e um teto retráctil que tinha um encaixa para colocar uma prancha de surf. As versões comerciais conheceram grande sucesso no Japão e no exterior.

Exemplo disso foi a sua massiva utilização nos Estados Unidos como veículo de locomoção em parques naturais e em parques fabris. O modelo foi exportado para vários países e apesar das suas modestas dimensões, a verdade é que nos Estados Unidos foi a “lança em África” que permitiu à marca conhecer uma reputação imaculada ainda hoje. O facto de ter pouca potência e ser algo rudimentar em termos de segurança, levou a Subaru a enveredar por outro caminho e em 1971 surgiu com um novo modelo, o R-2, maior e tecnicamente mais desenvolvido.

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