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Segundo a ACEA a nova proposta da norma Euro 7 é positiva, mas considera necessárias mais melhorias

By on 15 Outubro, 2023

Foram precisos meses de negociações para os países da UE chegarem a um consenso sobre a norma Euro 7, o novo acordo prevê que a norma entre em vigor em 2025, mas com algumas concessões aos fabricantes de automóveis, um passo positivo considera a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), que ao mesmo tempo julga ser possível ir mais longe, após a Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI) do Parlamento Europeu ter adotado a sua posição sobre este processo com 52 votos a favor, 32 contra e uma abstenção.

A norma Euro 7 é a nova proposta regulamentar apresentada pela Comissão Europeia no ano passado para reduzir ainda mais as emissões poluentes dos automóveis, carrinhas, camiões e autocarros, que, depois de muitos meses de negociação com todos os países antes de chegar à votação no Parlamento Europeu, se tornou mais ‘suave’ em relação ao documento inicial. Por exemplo, os limites de emissões para veículos mais pequenos serão ligeiramente mais flexíveis do que o inicialmente proposto, podendo ‘salvar’ alguns dos modelos que estariam no risco de deixarem de ser produzidos, tendo sido aprovada na comissão ENVI antes do relatório ser discutido durante a sessão plenária de novembro e constituirá a posição negocial do Parlamento Europeu com os governos da UE sobre a forma final da legislação.

A ACEA considera que a nova proposta da norma Euro 7 “reflete melhor as preocupações da indústria em comparação com a proposta da Comissão Europeia, mas ainda são necessárias mais melhorias”

A diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries, afirmou que “há muito que defendemos objetivos Euro 7 e condições de ensaio que não tornem os veículos inacessíveis nem ponham em causa a competitividade da indústria, com pouco ou nenhum benefício ambiental. A votação da Comissão do Ambiente (ENVI) é uma melhoria em relação à proposta da Comissão, mas ainda fica aquém em aspetos fundamentais”. 

Entre a primeira norma Euro e a primeira versão da Euro 6, as emissões foram reduzidas em mais de 90%. A ACEA admite que a norma Euro 7 trará “benefícios adicionais marginais”, adiantando que as melhorias na qualidade do ar seriam muito maiores “se os veículos mais antigos nas estradas da UE fossem substituídos por modelos Euro 6/VI altamente eficientes, em paralelo com a transição para a eletrificação”.

A diretora-geral da associação, que representa os 14 principais fabricantes europeus de automóveis, carrinhas, camiões e autocarros – BMW, DAF Trucks, Daimler Truck, Ferrari, Ford Europe, Honda Motor Europe, Hyundai Motor Europe, Grupo Iveco, JLR, Mercedes-Benz, Grupo Renault, Toyota Motor Europe, Grupo Volkswagen e Grupo Volvo – disse ainda que não se deve “subestimar os enormes progressos realizados pelos fabricantes de veículos europeus na redução das emissões poluentes” e que é “simplesmente incorreto descrever os veículos Euro 6/VI” como muito poluentes, “como fazem algumas partes interessadas”. Avançou ainda que, na sua opinião, “os regulamentos Euro 6/VI cumpriram e continuam a cumprir os seus objetivos”.

Como tal, a ACEA apela que os eurodeputados votem favoravelmente a uma proposta “sensata e proporcional”.

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