Nove veículos apreendidos em corridas ilegais no Seixal
São um fenómeno muito perigoso, que por vezes – vezes demais – acabam muito mal, inclusive para inocentes. As street races são ‘corridas’ ilegais que ocorrem em vias públicas, levadas a cabo por grupos de entusiastas de automóveis ou motos, que se reúnem para competir entre si. Quase sempre com carros ‘hot hatch’ ou carros muito modificados, quer em termos de motor, ou suspensões, entre outros.
O trânsito normal do que é o condutor médio português já é perigoso, e leva-nos a ter um dos piores registos da União Europeia em termos de sinistralidade rodoviária, imagine-se o perigo que são ‘corridas’ na via pública. No início de 2020, três jovens morreram num acidente numa dessas corridas, na 2ª Circular em Lisboa.
Apesar da ilegalidade, as “street races” são um fenómeno crescente em Portugal. Em 2022, foram registadas várias ocorrências de “street races” em todo o país, incluindo em Lisboa, Porto, Faro e Coimbra.
No mundo, as “street races” são um fenómeno também conhecido como “drag racing”.
Estas corridas são populares em vários países, incluindo nos Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Austrália.
As “street races” são frequentemente associadas a gangues e grupos de jovens que procuram adrenalina e emoções fortes, e a irresponsabilidade desta gente leva por vezes a desfecho com o o fevereiro de 2020 em Lisboa.
Em Portugal, as autoridades têm realizado várias operações de fiscalização para combater as “street races”, e na noite passada o Comando Territorial de Setúbal, através do Destacamento de Trânsito (DT) de Setúbal, desenvolveu uma operação policial de fiscalização rodoviária, com o intuito de prevenir a realização de corridas ilegais e desocupar a via pública no Parque Industrial do Seixal.
No decorrer da operação foram fiscalizados diversos veículos automóveis e motociclos, tendo sido intercetados e fiscalizados 42 condutores, elaborados 35 autos de contraordenação e apreendidos nove veículos por alterações às características e falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
Quanto às infrações detetadas, realçam-se as seguintes:
- 13 autos de contraordenação por transformação de veículos, por existência de veículos com alterações às características construtivas e ainda por existência de veículos com características não averbadas no Documento Único Automóvel.
- Dois autos de contraordenação por falta de inspeção periódica obrigatória;
- Dois autos de contraordenação por falta de uso de cinto de segurança;
- Dois autos de contraordenação por desobediência ao sinal regulamentar de paragem;
- Três autos de contraordenação por os veículos circularem com os pneus abaixo dos limites legalmente permitidos.
A ação decorreu com o reforço do Destacamento Territorial de Almada e do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP), da Unidade Intervenção (UI) da GNR.
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