Paridade dos preço dos combustíveis sintéticos/fósseis é possível? sim, mas…
De acordo com um cientista da Aramco, os combustíveis sintéticos podem atingir a paridade de preços com os combustíveis fósseis, não só devido aos avanços tecnológicos, mas também muito com a massificação e especialmente uma tributação mais favorável, o que não sucede agora com os combustíveis fósseis.
Esta possível paridade de preços com os combustíveis fósseis exigirá fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento de modo a reduzir não só os custos de produção como também aumentar muito a sua eficiência.
O processo de produção atual dos combustíveis sintéticos é muito mais complexo e requer o uso de matérias-primas mais caras, no entanto, à medida que a tecnologia evolui e a escala de produção aumenta, os custos devem começar a cair.
O problema aqui será mais político que outra coisa qualquer, pois não só quem desenvolver e produzir, como também os governos, todos vão querer o seu quinhão.
Os combustíveis fósseis são muito taxados em todo o mundo por uma variedade de razões, especialmente por serem uma fonte importante de receita para os governos, e este é logo um ponto importante. Vão ceder nos impostos?
As taxas sobre os combustíveis fósseis também existem para que ninguém gaste combustível desnecessariamente.
Sabendo-se que os combustíveis sintéticos são uma tecnologia importante para a redução das emissões de gases de efeito estufa, será que os governos irão reduzir muito os impostos? É esperar para ver com uma enorme carga de dúvida…
A Saudi Aramco acredita que pode baixar o custo de produção dos combustíveis sintéticos o suficiente para os tornar uma forma viável de descarbonizar os veículos que funcionam com motores de combustão interna.
Os combustíveis sintéticos obtiveram este ano uma isenção dos regulamentos da UE que exigem que apenas os automóveis com emissões zero possam ser vendidos na Europa após 31 de dezembro de 2035.
Os testes da Stellantis e da Aramco revelaram que os combustíveis sintéticos são uma solução “drop-in” em 24 das 28 famílias de motores, incluindo os diesel, que estão certificados de acordo com as normas de poluição Euro 6. Isto abrange cerca de 24 milhões de motores atuais, revelou há algum tempo a Stellantis.
Contudo, há oposição: os críticos afirmam que os combustíveis são demasiado dispendiosos de processar, constituem uma utilização ineficaz das escassas energias renováveis e desviam recursos que poderiam ser utilizados para desenvolver veículos elétricos.
No meio disto tudo, o grande segredo do preço de venda dos combustíveis sintéticos não depende apenas da redução do custo de produção e do aumento da escala, mas pode ser ajustado com impostos, incentivos e planos de comércio de emissões. É aqui que está o Santo Graal…
FOTO Freepik
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