Comissão Europeia reitera necessidade de investigar subsídios do governo chinês às marcas
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou recentemente a abertura de uma investigação para entender os apoios do governo chinês às marcas locais, que promovem “preços artificialmente baixos”. O vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Valdis Dombrovskis, reiterou essa vontade para garantir um “comércio justo”
É sabido que a entrada em força das marcas chinesas vai mudar o paradigma do comércio automóvel na Europa. A quota de mercado das marcas chinesas de veículos elétricos na UE, subiu de 1% para 8%, o que mostra a força desta “ofensiva”, que pode prejudicar a economia europeia que tem como grande motor a indústria automóvel.
Dombrovskis pretende que a investigação faça incidir alguma luz sobre os subsídios do governo chinês a fabricantes de automóveis, de forma a garantir que regulamentos da Organização Mundial do Comércio (OMC) e os regulamentos da União Europeia (UE) são cumpridos. Temos visto a chegada de marcas que em apenas cinco anos conseguiram dar um salto qualitativo e quantitativo nunca antes visto.
Dombrovskis descartou a possibilidade de oferecer subsídios à compra de automóveis europeus, mas a Comissão Europeia está cada vez mais atenta ao que as marcas chinesas fazem. Se por um lado a Europa reage a esta mudança radical de paradigma, a China acusa a Europa de “protecionismo flagrante”.
A vantagem do lado chinês, é claro. Além de terem os principais fornecedores de baterias do mundo, têm acesso privilegiado à matéria prima e a indústria automóvel cresceu rapidamente graças às lições trazidas da Europa, cujas marcas apostaram no mercado chinês (e, por conseguinte, na capacidade fabril da China que) para aumentarem a sua margem de lucros. Resta ver como a Europa se defende, sabendo que há uma indústria fundamental em risco.
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