Marcas desaparecidas: Chenard-Walcker
Construtor francês entre 1900 e 1946, foi fundado por Ernest Chenard (1861-1922) e Henri Walcker (1877-1912). O primeiro era um engenheiro ferroviário e fabricante de bicicletas, o segundo um engenheiro que sonhava construir triciclos. Juntaram-se e formaram a Chenard & Walcker, ficando Chenard com a parte do estilo e mecânica e Walcker com as vendas e as finanças.
O primeiro automóvel foi concluído em 1900. Tinha um motor de dois cilindros, 1160 c.c., uma caixa de quatro velocidades e um pouco comum sistema de transmissão. Da caixa saiam dois veios de transmissão, um para cada cubo de roda posterior.
O carro foi apresentado no Salão de Paris de 1901. Em Março de 1906 a empresa tornou-se pública e mudou-se de Asniéres-sur-Seine para Gennevilliers em 1908. A produção aumentou de forma
sustentada tendo como principal mercado os táxis de Paris. Com 1500 carros produzidos em 1910, a Chenard & Walcker era o nono maior construtor francês. Antes da guerra, a empresa construiu
diversos motores, como um seis cilindros de 4.5 litros, ou os tetra cilíndricos de 2.0, 2.6 e 3.0 litros. Após a I Guerra Mundial, a fábrica retomou a produção, mas apenas com o modelo de seis cilindros, que viria a ter a companhia de um propulsor de 2.7 litros. Entretanto, Ernest Chenard morre em 1922 e fica à frente da marca o seu filho Lucien Chenard (1884-1971). A coroa de glória desta marca ficará assinalada para sempre através da vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1923, com um Chenard & Walcker de 3.0 litros pilotado por dois engenheiros da empresa: René Leonard e André Lagache. Em 1925, a marca chegou ao quatro lugar entre os maiores construtores franceses, mas a parceria com a Delahaye (até 1931) e a evolução muito rápida do mercado automóvel, começaram a minar a empresa. Ainda tentaram ser revolucionários com o lançamento de modelos com suspensão independente à frente e tração dianteira, só que o carro foi lançado ao mesmo tempo do Citroen Traction (a Arrastadeira), sendo muito mais caro que o carro de André Citroen.
Nunca tendo o capital suficiente para modernizar carros e fábrica, a Chenard & Walcker cultivava uma imagem cara, com preços exorbitantes e acabou falida em 1936. Comprada numa primeira fase pela Chausson, acabou nas mãos da Peugeot em 1946. Os últimos Chenard & Walcker eram comerciais feitos pela Peugeot e desapareceram em 1950.
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