Europa refém? “decisão política para acabar com os motores de combustão é imprudente”
Em declarações ao jornal Handelsblatt uma publicação de negócios alemã, especializada em comércio e economia, o diretor executivo da BMW, Oliver Zipse, revelou que só com motores de combustão interna ou as pilhas de hidrogénio permitem à Alemanha e à Europa produzir automóveis “de forma quase autossuficiente”, assegurando que os automóveis elétricos estão muito dependentes das cadeias de abastecimento internacionais, e isso leva a que a Europa possa correr o risco de se expor a uma eventual chantagem dos fornecedores de recursos, caso o caminho seja mesmo a mobilidade elétrica: “É por isso que acredito que uma decisão política para acabar com os motores de combustão é imprudente”, disse, acrescentando que o que existe é “uma decisão de saída sem uma estratégia de entrada simultânea” para motores alternativos.
A maioria dos materiais que são necessários para a construção de carros elétricos em larga escala ‘escapa’ fortemente à Europa, que tem uma enorme falta do tipo de matérias-primas necessárias e sem elas a Europa coloca-se nas mãos de quem as tiver, se não for cautelosa, e mantiver um caminho drástico para os motores de combustão: “é aí que a Europa tem um problema estrutural”, diz Zipse.
Só há um pormenor que é um ‘pormaior’: é que sendo verdade que a produção de motores de combustão é feita de forma autosuficiente na Europa há muito, isso não sucede com os combustíveis fósseis, que sempre vieram de fora, quer seja dos EUA, Rússia, Arábia Saudita, Nigéria, etc.
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