Audi Q2 30 TFSI Advanced 110 cv – Ensaio Teste
O Audi Q2 já é um “velho conhecido” das estradas. SUV subcompacto lançado em 2016, baseado na plataforma MQB do Grupo Volkswagen, é já um produto com provas dadas. No ano passado, o Audi Q2 reinventou-se, com a versão Special Edition 30 TFSI Advanced.
O Audi Q2 é um veículo robusto, um ar algo desportivo, modelo de entrada da “gama Q” com dimensões menos proeminentes, o que facilita a vida em espaços citadinos.
Depois de termos recentemente ensaiado o Audi Q4 e-tron, entramos num mundo completamente diferente, mais conhecido da maioria dos condutores. O Audi Q2 é uma proposta interessante para quem procura um SUV compacto, confortável e de qualidade. O Q2 30 TFSI Advanced 110 CV foi a versão ensaiada.
Qualidade de construção do interior
Facilidade de uso dos sistemas de infotainment
Interior com linhas ultrapassadas
Motor algo curto
Exterior
O Q2 apresenta um design declaradamente Audi, com a linha poligonal que caracteriza o design do modelo. A grelha dianteira Singleframe octogonal, já característica na linguagem Audi, é ligeiramente mais baixa e tem agora três elementos horizontais. Um conjunto que permite que a secção frontal pareça mais larga. Não é um carro vistoso e as linhas são sóbrias, não se destacando na rua. Tem um aspeto robusto, mas sem extravagâncias com pormenores típicos da marca. Não é um carro que seja particularmente bonito, mas também não precisará de tapar o carro para andar na rua.
Interior
O interior destaca-se pela qualidade de construção. As linhas simples do interior seguem a filosofia exterior, mas ao contrário dos ângulos que encontramos nos contornos da carroçaria, no interior as curvas e as circunferências das saídas de ar dão-nos um contraste que se nota. No tablier, destaca-se o ecrã colocado no topo, onde as informações do infotainment podem ser acedidas. Visualmente não é a solução mais estética, mas não causa grande transtorno. Mais abaixo, botões físico e os controlos do sistema de climatização, que se usa de forma fácil e intuitiva, o que nos dias que correm é um ponto muito positivo. Também o controlo do sistema de infotainment é feito por uma roda com dois botões na zona onde se espera encontrar o travão de mão, uma solução algo datada, mas que ainda funciona. O painel de instrumentos é generoso q.b., com a informação disponível de forma clara e simples com a qualidade a que a Audi já nos habituou. O espaço para os ocupantes dos bancos dianteiros é mais que suficiente, tal como o espaço no bando de trás que recebe dois ocupantes (o terceiro terá um pouco mais de dificuldade). Os bancos são simples, mas confortáveis. O compartimento de bagagem tem uma volumetria de 405 litros, expandindo até 1050 litros quando as costas do banco traseiro são rebatidas. A qualidade de construção é boa e os plásticos são relativamente agradáveis ao toque e à vista, um pouco abaixo do que encontramos em outras propostas da marca, como seria de esperar. Em resumo, temos espaço suficiente, há conforto, mas o visual interior parece um pouco ultrapassado. A presença de botões físico é um ponto positivo, facilitando a utilização dos controlos, mas o interior do Q2 tem um ar já desatualizado. A simplicidade louva-se, mas falta um toque de maior modernidade.
Equipamento
Quanto a sistemas de infotainment, o Audi Q2 Special Edition 30 TFSI Advanced disponibiliza a tecnologia que garante um maior foco na condução e na segurança. O Audi Virtual Cockpit integra um painel de instrumentos totalmente digital, que apresenta de forma flexível as informações relevantes durante a condução: velocidade, rotações e outras informações do sistema. O ecrã de alta resolução, que se encontra no tablier, por sua vez, é compatível com Android Auto e Apple Car Play, que permite emparelhar o telemóvel do condutor ou de um passageiro, através do Audi smartphone interface. Desta forma, podem ser usadas várias aplicações pessoais, como os mapas, leitores de música, mensagens e chamadas. O telemóvel pode ainda ser carregado por indução através do Audi Phone Box Light, localizado no apoio de braço central. Todos estes sistemas são bastante intuitivos, graças ao comando rotativo na consola central. A estas novidades juntam-se também os sensores de estacionamento traseiros que simplificam as manobras ao estacionar o carro. Seguindo à filosofia de simplicidade, este Q2 é também simples na sua lista de equipamento, apesar de não lhe faltarem as comodidades necessárias para uma utilização confortável.
Consumos
O motor TFSI de 110 cv deu consumos a rondar os 7l/100km, um valor acima do esperado numa utilização mais expedita, podendo facilmente baixar para os 6.5l/100km. Mas como é um motor que exige alguma rotação para se fazer sentir, há momentos em que o consumo acaba por ser fazer ressentir. Nas rotações mais baixas sente-se falta de “alma” e isso complicar a equação neste caso.
Ao Volante
A posição de condução é agradável e a visibilidade é boa, exceto para trás, com um óculo traseiro que pouco ajuda em manobras. Sem câmara traseira, será preciso sempre algum cuidado extra e essa falta de visibilidade é também um ponto negativo. A vista é mais desafogada para a frente. O volante é confortável, tal como todos os comandos, usados com facilidade e com bom toque. A caixa de velocidades dá boas sensações, bem escalonada e todos os controlos do carro são fáceis de usar. Em estrada, é um carro que, por virtude das suas dimensões, se adapta bem ao meio citadino,a(pesar da sua altura), com agilidade digna de nota. Em estradas mais sinuosas, não lhe peçam para assumir um comportamento desportivo, pois não tem argumentos para isso. Nem ao nível da suspensão, muito menos ao nível do motor que em certas alturas parece algo curto. É um carro pensado para a cidade e tudo o resto é um mundo onde não se sente à vontade. Em traçados mais sinuosos, a sensação em certos momentos foi pouco satisfatória, mas numa utilização menos vigorosa, a suspensão resolveu os desafios com eficiência e com o conforto necessário.
Motor
A Special Edition do Audi Q2 está disponível com o motor 30 TFSI Advanced, com uma potência de 110 cv (81 kW) e 999 cm3 de cilindrada, conta com uma caixa manual de 6 velocidades e atinge a velocidade máxima de 197km/h. Um motor que por vezes fica algo curto, mas que serve para as “encomendas” do dia-a-dia.
Balanço Final
O Q2 tem alguns argumentos a seu favor, mas olhando para o que o mercado tem para dar, dificilmente será uma das primeiras escolhas, a não ser que haja um golpe de paixão por parte do condutor. As linhas exteriores não são vistosas, o interior é já de outra época e precisa de um toque de modernidade, mantendo os pontos fortes. O espaço não compromete e, ao volante, o Q2 cumpre os mínimos com tranquilidade, mas não mais que isso. O Q2 precisa de vida nova e nem esta Special Edition consegue disfarçar os pontos fracos. Não é um mau carro, mas falta chama, falta alguma vida e faltam argumentos mais interessantes. Tudo isto num mercado muito povoado com propostas interessantes e mais em conta.
Concorrentes
Fiat 500X 1.0 Firefly T3 88 kW (120 CV) Sport
Mazda CX-30 Zenith 2.0 SKYACTIV-G 90 kW (122 CV)
Nissan Juke DIG-T 84 kW (114 CV) Tekna
Peugeot 2008 GT PureTech 130
SEAT Ateca 1.0 TSI 81 KW (110 CV) Style
Skoda Karoq Ambition 1.0 TSI 81 kW (110 CV)
Volkswagen T-Roc Life 1.0 TSI 81 kW (110 CV)
Volkswagen Taigo R-Line 1.0 TSI 81 kW (110 CV)
Ficha Técnica
Velocidade máxima 197 km/h
Aceleração – 0-100 km/h 11,2 s
Consumo WLTP Combinado 5,8 l/100 km – Obtido 6.9l/100km
Número de portas 5
Comprimentos 4.208 mm
Largura 1.794 mm
Altura 1.537 mm
Peso 1.325 kg
Depósito de Gasolina 50 l
Volume da mala – 405l – 1050l
Potência máxima 110 CV / 81 kW
Número de cilindros – 3
Tração – Dianteira
Caixa –Manual de Seis velocidades
Equipamento opcional da versão ensaiada:
- Pintura metalizada
- Pacote bancos dianteiros Sport preto
- Audi Virtual Cockpit
- Frisos nas soleiras das portas em alumínio, iluminados
Pacote bancos dianteiros Sport preto inclui: Estofos em tecido “Index” Aplicações em alumínio look Pacote de luzes interiores em LED Bancos dianteiros desportivos
Mais/Menos
Mais
Qualidade de construção do interior
Facilidade de uso dos sistemas de infotainment
Menos
Interior com linhas ultrapassadas
Motor algo curto
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 36937.09€
Preço da versão base (Euros): 33093€
Exterior
O Q2 apresenta um design declaradamente Audi, com a linha poligonal que caracteriza o design do modelo. A grelha dianteira Singleframe octogonal, já característica na linguagem Audi, é ligeiramente mais baixa e tem agora três elementos horizontais. Um conjunto que permite que a secção frontal pareça mais larga. Não é um carro vistoso e as linhas são sóbrias, não se destacando na rua. Tem um aspeto robusto, mas sem extravagâncias com pormenores típicos da marca. Não é um carro que seja particularmente bonito, mas também não precisará de tapar o carro para andar na rua.
Interior
O interior destaca-se pela qualidade de construção. As linhas simples do interior seguem a filosofia exterior, mas ao contrário dos ângulos que encontramos nos contornos da carroçaria, no interior as curvas e as circunferências das saídas de ar dão-nos um contraste que se nota. No tablier, destaca-se o ecrã colocado no topo, onde as informações do infotainment podem ser acedidas. Visualmente não é a solução mais estética, mas não causa grande transtorno. Mais abaixo, botões físico e os controlos do sistema de climatização, que se usa de forma fácil e intuitiva, o que nos dias que correm é um ponto muito positivo. Também o controlo do sistema de infotainment é feito por uma roda com dois botões na zona onde se espera encontrar o travão de mão, uma solução algo datada, mas que ainda funciona. O painel de instrumentos é generoso q.b., com a informação disponível de forma clara e simples com a qualidade a que a Audi já nos habituou. O espaço para os ocupantes dos bancos dianteiros é mais que suficiente, tal como o espaço no bando de trás que recebe dois ocupantes (o terceiro terá um pouco mais de dificuldade). Os bancos são simples, mas confortáveis. O compartimento de bagagem tem uma volumetria de 405 litros, expandindo até 1050 litros quando as costas do banco traseiro são rebatidas. A qualidade de construção é boa e os plásticos são relativamente agradáveis ao toque e à vista, um pouco abaixo do que encontramos em outras propostas da marca, como seria de esperar. Em resumo, temos espaço suficiente, há conforto, mas o visual interior parece um pouco ultrapassado. A presença de botões físico é um ponto positivo, facilitando a utilização dos controlos, mas o interior do Q2 tem um ar já desatualizado. A simplicidade louva-se, mas falta um toque de maior modernidade.
Equipamento
Quanto a sistemas de infotainment, o Audi Q2 Special Edition 30 TFSI Advanced disponibiliza a tecnologia que garante um maior foco na condução e na segurança. O Audi Virtual Cockpit integra um painel de instrumentos totalmente digital, que apresenta de forma flexível as informações relevantes durante a condução: velocidade, rotações e outras informações do sistema. O ecrã de alta resolução, que se encontra no tablier, por sua vez, é compatível com Android Auto e Apple Car Play, que permite emparelhar o telemóvel do condutor ou de um passageiro, através do Audi smartphone interface. Desta forma, podem ser usadas várias aplicações pessoais, como os mapas, leitores de música, mensagens e chamadas. O telemóvel pode ainda ser carregado por indução através do Audi Phone Box Light, localizado no apoio de braço central. Todos estes sistemas são bastante intuitivos, graças ao comando rotativo na consola central. A estas novidades juntam-se também os sensores de estacionamento traseiros que simplificam as manobras ao estacionar o carro. Seguindo à filosofia de simplicidade, este Q2 é também simples na sua lista de equipamento, apesar de não lhe faltarem as comodidades necessárias para uma utilização confortável.
Consumos
O motor TFSI de 110 cv deu consumos a rondar os 7l/100km, um valor acima do esperado numa utilização mais expedita, podendo facilmente baixar para os 6.5l/100km. Mas como é um motor que exige alguma rotação para se fazer sentir, há momentos em que o consumo acaba por ser fazer ressentir. Nas rotações mais baixas sente-se falta de “alma” e isso complicar a equação neste caso.
Ao volante
A posição de condução é agradável e a visibilidade é boa, exceto para trás, com um óculo traseiro que pouco ajuda em manobras. Sem câmara traseira, será preciso sempre algum cuidado extra e essa falta de visibilidade é também um ponto negativo. A vista é mais desafogada para a frente. O volante é confortável, tal como todos os comandos, usados com facilidade e com bom toque. A caixa de velocidades dá boas sensações, bem escalonada e todos os controlos do carro são fáceis de usar. Em estrada, é um carro que, por virtude das suas dimensões, se adapta bem ao meio citadino,a(pesar da sua altura), com agilidade digna de nota. Em estradas mais sinuosas, não lhe peçam para assumir um comportamento desportivo, pois não tem argumentos para isso. Nem ao nível da suspensão, muito menos ao nível do motor que em certas alturas parece algo curto. É um carro pensado para a cidade e tudo o resto é um mundo onde não se sente à vontade. Em traçados mais sinuosos, a sensação em certos momentos foi pouco satisfatória, mas numa utilização menos vigorosa, a suspensão resolveu os desafios com eficiência e com o conforto necessário.
Concorrentes
Fiat 500X 1.0 Firefly T3 88 kW (120 CV) Sport
Mazda CX-30 Zenith 2.0 SKYACTIV-G 90 kW (122 CV)
Nissan Juke DIG-T 84 kW (114 CV) Tekna
Peugeot 2008 GT PureTech 130
SEAT Ateca 1.0 TSI 81 KW (110 CV) Style
Skoda Karoq Ambition 1.0 TSI 81 kW (110 CV)
Volkswagen T-Roc Life 1.0 TSI 81 kW (110 CV)
Volkswagen Taigo R-Line 1.0 TSI 81 kW (110 CV)
Motor
A Special Edition do Audi Q2 está disponível com o motor 30 TFSI Advanced, com uma potência de 110 cv (81 kW) e 999 cm3 de cilindrada, conta com uma caixa manual de 6 velocidades e atinge a velocidade máxima de 197km/h. Um motor que por vezes fica algo curto, mas que serve para as “encomendas” do dia-a-dia.
Balanço final
O Q2 tem alguns argumentos a seu favor, mas olhando para o que o mercado tem para dar, dificilmente será uma das primeiras escolhas, a não ser que haja um golpe de paixão por parte do condutor. As linhas exteriores não são vistosas, o interior é já de outra época e precisa de um toque de modernidade, mantendo os pontos fortes. O espaço não compromete e, ao volante, o Q2 cumpre os mínimos com tranquilidade, mas não mais que isso. O Q2 precisa de vida nova e nem esta Special Edition consegue disfarçar os pontos fracos. Não é um mau carro, mas falta chama, falta alguma vida e faltam argumentos mais interessantes. Tudo isto num mercado muito povoado com propostas interessantes e mais em conta.
Qualidade de construção do interior
Facilidade de uso dos sistemas de infotainment
MenosInterior com linhas ultrapassadas
Motor algo curto
Ficha técnica
Velocidade máxima 197 km/h
Aceleração – 0-100 km/h 11,2 s
Consumo WLTP Combinado 5,8 l/100 km – Obtido 6.9l/100km
Número de portas 5
Comprimentos 4.208 mm
Largura 1.794 mm
Altura 1.537 mm
Peso 1.325 kg
Depósito de Gasolina 50 l
Volume da mala – 405l – 1050l
Potência máxima 110 CV / 81 kW
Número de cilindros – 3
Tração – Dianteira
Caixa –Manual de Seis velocidades
Equipamento opcional da versão ensaiada:
- Pintura metalizada
- Pacote bancos dianteiros Sport preto
- Audi Virtual Cockpit
- Frisos nas soleiras das portas em alumínio, iluminados
Pacote bancos dianteiros Sport preto inclui: Estofos em tecido “Index” Aplicações em alumínio look Pacote de luzes interiores em LED Bancos dianteiros desportivos
Preço da versão base (Euros): 33093€
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