Consumo de combustíveis rodoviários subiu 11.1% face a 2022, mas… irá ‘travar’?
A APETRO, Associação Portuguesa De Empresas Petrolíferas, divulgou recentemente o seu relatório do segundo trimestre de 2023, da Evolução e Consumo Combustíveis Líquidos e GPL.
Como principais conclusões, o facto do mercado total dos combustíveis rodoviários líquidos ter subido 149,0 milhares de toneladas (+11,1%) em relação ao trimestre homólogo e 66,0 milhares de toneladas (+4,6%) em relação ao trimestre anterior.
No consumo dos combustíveis gasosos (Total GPL), verificou-se uma descida de 115,3 milhares de toneladas (-47,8%) em relação ao trimestre homólogo e de 50,8 milhares de toneladas (-28,7%) face ao trimestre anterior.
Há muito que o consumo tem vindo a subir, mas esta semana assistimos ao maior aumento do ano, nove cêntimos por litro, algo que só tem paralelo nos aumentos subsequentes à invasão da Ucrânia por parte da Rússia em fevereiro de 2022.
Os ‘mercados’ financeiros onde os combustíveis são comprados e vendidos ‘assustaram-se’ e claro, como sempre os preços dispararam. Sabemos que os mercados de combustíveis são complexos e dinâmicos. Os preços dos combustíveis são influenciados por uma série de fatores, incluindo a oferta e demanda global de combustíveis, os preços do petróleo bruto, os custos de produção, as políticas governamentais e as expectativas do mercado.
A única coisa que não percebemos muito bem é a razão pela qual os preços dos combustíveis estavam nas últimas semanas muito semelhantes aos de Espanha, mas agora voltaram a ter novamente diferenças sensíveis no mesmo tipo de produtos.
A explicação está em parte no aumento dos preços antes de impostos registado nos mercados internacionais, que teve como consequência uma subida de 5 cêntimos no gasóleo e de 5,5 cêntimos na gasolina, mas a outra parte, até aos 9 cêntimos esteve na atualização que o Ministério das Finanças fez à taxa de carbono aplicada sobre os combustíveis, e que pelos vistos, vai continuar a suceder.
Só esta semana, entre a subida do crude nos mercados internacionais aliada ao descongelamento da taxa de carbono, o Estado passa a arrecadar mais 3,6 cêntimos no gasóleo e 3,5 cêntimos na gasolina.
Por cada litro vendido.
É verdade que com as medidas de mitigação que o Governo colocou de pé, diminuindo o ISP e suspendendo a atualização da taxa de carbono, teve uma perda significativa de receita fiscal, mas pelos vistos já está em processo de ‘recuperação’…
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