Subscreve canais streaming? E se os automóveis tiverem funcionalidades por subscrição?
Já todos nos habituámos a subscrever tudo e mais alguma coisa, especialmente canais de streaming, mas há algo que não é habitual, mas pelos vistos está a começar a surgir aqui e ali e pode, de repente, tornar-se muito habitual. Acesso por subscrição a funcionalidades dos veículos…
Com a crescente ‘informatização’ dos sistemas dos automóveis, estes são cada vez mais computadores com rodas, e por isso podem ser alterados remotamente.
Já todos ouvimos falar de atualizações over-the-air (OTA) que são um tipo de transferência de software que tem lugar através de uma rede de internet ou ligação Wi-Fi e é entregue remotamente ao automóvel.
Isto é algo muito semelhante à forma como o seu smartphone é atualizado durante a noite e acordamos com um sistema operativo totalmente novo com novas funcionalidades e correções de erros.
Algo semelhante pode ser feito nos carros.
É óbvio que pensar em adquirir um automóvel com um determinado tipo de capacidade de grupo propulsor, elétrico, de bateria, por exemplo, e ver depois essa bateria receber um upgrade remoto, seria estranho, porque se nunca o fizéssemos andaríamos com uma bateria bem mais pesada no carro desnecessariamente, portanto a este nível não, embora fosse, em teoria, possível, mas em tudo o resto isso é perfeitamente possível.
Ou seja, o sistema operativo de base é igual para todos, e a subscrição ou não, dependeria de cada um.
Desta forma, os fabricantes de automóveis podem ter aqui uma nova forma de ganhar dinheiro.
E os carros-base, poderiam ser mais baratos e com o tempo as pessoas iam-no melhorando com upgrades, fosse do que fosse.
As marcas poderiam vender assinaturas e ativar funcionalidades de automóveis que podem ser ativadas remotamente, pela internet, de várias maneiras. Uma maneira é criar uma plataforma de assinatura online onde os clientes podem escolher as funcionalidades que desejam ativar.
Outra maneira é criar aplicativos de smartphone que os clientes possam usar para ativar as funcionalidades.
Ou as duas…
Os fabricantes de automóveis também podem trabalhar com parceiros terceiros, como seguradoras ou empresas de telecomunicações, para oferecer pacotes de assinatura que incluem funcionalidades para os automóveis.
Pense na sua internet de fibra ótica em casa: a única diferença entre uma internet lenta ou rápida, é o que paga ao operador. Porque não uma bateria com maior autonomia ou não conforme o que precisasse?
Claro que, pelos motivos já explicados anteriormente, isto seria estranho, andar a ‘passear’ peso a mais, mas pode ser viável se for fácil a troca de bateria. Nos meses de trabalho só precisa de 250 Km de autonomia, e no verão quando for de férias troca por uma bateria de 1000 Km de autonomia. Porque não?
Seja como for, as coisas mais lógica de usar como subscrição, se já não as tivesse adquirido logo com o carro, que é o que sucede hoje em dia com os packs de equipamento que todas as marcas têm, aqui ficam alguns exemplos de funcionalidades de automóveis que podem ser ativadas remotamente, pela internet:
Sistema de som de alta qualidade; Sistema de navegação; Sistema de aquecimento e arrefecimento dos assentos; Sistema de aquecimento e arrefecimento do volante; Sistema de entretenimento para os passageiros traseiros; Sistema de segurança avançado.
Os fabricantes de automóveis poderiam ganhar dinheiro com assinaturas de várias maneiras. Uma maneira é cobrar uma taxa mensal ou anual pelos serviços. Outra maneira é cobrar uma taxa única para ativar uma funcionalidade. Há um mundo de hipóteses…
A verdade é que as assinaturas de automóveis são uma tendência crescente na indústria automóvel.
Os fabricantes de automóveis estão cada vez mais a usar assinaturas para oferecer aos clientes mais flexibilidade e controlo sobre seus automóveis.
Há vários exemplos pelo mundo de marcas que já fazem isto. Ou que tentaram fazer e depois recuaram.
A grande vantagem da possível intervenção over-the-air (OTA), é que um problema que tenha no carro, se for software, pode ser corrigido à distância, se for hardware (peças defeituosas), funciona o ‘velho’ e habitual reboque, mas quando chegar ao centro de assistência (nome pomposo para oficina), já têm a peça à espera, é só trocar e seguir viagem. Ou até haver quem o venha assistir onde está. Serviço que também já existe…
É uma tendência, que muitos dizem ser preocupante. Mas é o que é…
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