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Fabricantes europeus cortam custos dos elétricos para combater chineses

By on 27 Julho, 2023

Os fabricantes de automóveis europeus já perceberam que têm mesmo de se preparar para lutar contra a ofensiva chinesa e nesse contexto procuram reduzir os custos dos seus veículos elétricos, de modo a poder vendê-los mais baratos.

Ainda recentemente, em declarações ao AutoSport/Auto+, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares dizia que a indústria automóvel europeia está numa encruzilhada em relação aos seus rivais chineses porque estes chegam à Europa com custos de produção 25% mais baixos e face a isso disse agora que “precisamos de usar os nossos próprios custos para garantir que continuamos a ter lucro com preços acessíveis para as nossas classes médias. Temos que usar as mesmas armas” que os seus rivais chineses, adquirindo peças em países com custos mais baixos e estabelecendo parcerias com fornecedores de baterias que ofereçam a melhor combinação de energia, custo e peso. O objetivo é “apresentar uma proposta de fornecimento que nos permita vender carros como o novo Citroen e-C3 a 25.000 euros ou menos, de forma rentável”, disse.

A Renault afina pelo mesmo diapasão e diz que o objetivo é reduzir os custos de produção dos seus veículos elétricos em 40%. O diretor financeiro da Renault, Thierry Pieton, afirma que a melhor forma de combater a concorrência é reduzir os seus próprios custos de desenvolvimento e fabrico.

O CEO da Renault, Luca de Meo, afirma que o grupo começará a registar custos de produção significativamente mais baixos a partir do segundo semestre deste ano, graças a uma queda nos custos das matérias-primas: “É claro que estamos a competir e que o tempo é essencial, mas é esse o negócio em que estamos”, disse citado pela Reuters.

Como se percebe, a oferta de veículos elétricos a preços acessíveis é uma prioridade para os fabricantes de automóveis europeus pois os chineses, como a BYD e a SAIC, recorrem a custos de mão de obra muito mais baixos e a fornecedores locais de baterias para obterem vantagem, e esse dado é muito difícil de combater pelos construtores europeus, que não vivem sob o mesmo tipo de regime que a China.

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